Usuário(a):Cataleirxs/Carla Simón Pipó
Carla Simón | |
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Cerimónia dos Prêmios Gaudí de 2020 | |
Nome completo | Carla Simón i Pipó |
Nascimento | 22 de dezembro de 1986 (37 anos) Barcelona |
Nacionalidade | espanhola |
Ocupação | diretora de cinema roteirista |
Atividade | 2009 - autalidade |
Festival de Berlim | |
2017: Melhor filme de estreia (Estiu 1993) 2022: Urso de Ouro (Alcarràs) | |
Outros prêmios | |
2017: Prêmios Goya, melhor diretor debutante (Estiu 1993) 2018: Prêmios Gaudí, melhor direção (Estiu 1993) | |
Página oficial |
Carla Simón Pipó (Barcelona, 22 de dezembro de 1986) é uma roteirista e diretora de cinema catalã.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Estudos e primeiros trabalhos
[editar | editar código-fonte]Apesar de nascer em Barcelona, Simón cresceu em Les Planes d'Hostoles (comarca da Garrotxa).[3] Seus pais morreram de Aids (o pai quando ela tinha 3 anos, a mãe aos 6) e logo foi morar com seus tios e uma prima. Esta experiência foi a base da sua primeira longa-metragem.[4][5]
Graduou-se em comunicação audiovisual na Universidade Autónoma de Barcelona em 2009, incluindo uma etapa na Universidade da Califórnia, onde fez os seus primos curtos, Women e Lovers, em parceria com Marco Businaro.
Em 2010 fez um mestrado em Inovação e Qualidades Televisivas, organizado pela Televisão da Catalunha, onde realizou o capítulo piloto de uma série de ficção titulada La clínica.[6] Em 2011, com apoio de uma bolsa da Obra Social La Caixa, foi a estudar na London Film School.[7] Lá escreveu e dirigiu o documentário Born positive —sobre jovens nascidos do VIH— e as curtas Lipstick —onde dois meninos se enfrentam à morte da avó— e Les petites coses —onde narra a relação entre a sua avó e a sua tia.[8] Ambas curtas-metragens foram selecionadas para vários festivais internacionais. Estreou também a curta-metragem experimental Lagoas no ano 2015, criada a partir das cartas da sua mãe, Neus Pipó, figura que depois apareceria também no seu primeiro filme.
Primeira longa
[editar | editar código-fonte]Em 2017 estreou a sua primeira longa-metragem, Estiu 1993, que segundo a autora, tem como objetivo resolver a dúvida de como falar da morte com uma criança e como entender o que está a suceder ao redor dela: prantos, silêncios ou gestos.[4]
É um roteiro auto-biográfico, que narra a sua infância: com 6 anos é adotada pelos tios maternos, já que a sua mãe acaba de morrer vítima da sida, a mesma doença que tinha matado o pai três anos antes.[8] O filme propõe, desde o olhar da menina, o processo de adaptação difícil à sua nova família de adoção.[3][5] O papel da Frida, inspirado na vida da diretora, foi interpretado pela atriz-mirim Laia Artigas.
O filme recebeu numerosos prémios e nominações: na Berlinale (prémios ao melhor filme de estreia e Grande Prêmio da secção Geração Kplus), no Festival de Màlaga de cinema espanhol (Prémio Dunia Ayaso e Biznaga de Ouro), no FIC-CAT (Prémio do Júri e Prémio da Crítica), no Festival Internacional de Cinema de Istambul (Prémio especial do júri) e no Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires (melhor direção). Também obteve o Gaudí à melhor direção, o Goya à melhor direção debutante, e o prémio Cidade de Barcelona de 2017, na categoria de Audiovisuais. Em setembro de 2017 o filme foi escolhido pela Academia das Artes e as Ciências Cinematográficas da Espanha para representar a Espanha nos prémios Oscar.
No ano 2019 sacou à luz a curta-metragem Después también, que recebeu numerosos prémios e nominações, como nos Prémios Gaudí (nominação à melhor curta-metragem) e no Festival Internacional de Cinema de Cartagena de Indias (secção curtas).
Na curta-metragem documental Correspondència, de 2020, Simón falou com a cineasta chilena Dominga Sotomayor em um formato de conversa epistolar filmada, sobre cinema, presente e passado familiar, herança e maternidade.[9] O trabalho inaugurou o festival Filmets daquele ano.[7]
Em 2020 recebeu um Prêmio Nacional de Cultura da Generalitat, como reconhecimento a profissionais que são referentes para as gerações mais jovens» e por ter sido «uma clara fonte de inspiração para toda uma safra de diretores catalães».[10] Aquele ano também codirigiu, junto com Àlex Rigola, o capítulo Vania da série Escenario 0 (HBO), onde adapta a obra de teatro Tio Vânia de Anton Tchekhov.[11]
Desde junho de 2021 faz parte da nova Junta da Academia do Cinema Catalão, presidida pela diretora Judith Colell.[12]
Alcarràs
[editar | editar código-fonte]O filme Alcarràs foi a sua segunda longa, onde fez de diretora e coroteirsta. O filme ganhou o Urso de Ouro ao melhor filme na Berlinale de 2022. Assim, converteu-se na primeira cineasta catalã em conseguir este reconhecimento. Ao recolher o prémio, dedicou-o à sua família que cultiva pêssegos em Lleida.[13] Também foi a escolhida pela Academia de Cinema para representar a Espanha na luta pelo Oscar de melhor filme internacional.
Simón confirmou que estava escrevendo o roteiro do seu próximo filme.[11]
Filmografia
[editar | editar código-fonte]Ano | Título | Formato | Participação |
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2009 | Lovers | Curta | Direção |
Women | Curta | Direção | |
2012 | Born positive | Documentário | Roteiro e direção |
2013 | Lipstick | Curta | Roteiro e direção |
2014 | Les petites coses | Curta | Direção |
2017 | Estiu 1993 | Longa | Roteiro e direção |
2018 | Después también | Curta | Roteiro (com Aina Clotet) e direção |
2020 | Correspondència | Curta | Direção (com Dominga Sotomayor) |
2022 | Alcarràs | Longa | Roteiro (com Arnau Vilaró) e direção |
Referências
- ↑ «Carla Simón i Pipó». Gran Enciclopèdia Catalana (em catalão). Grupo Enciclopédia Catalã. Consultado em 17 de novembro de 2022
- ↑ «Carla Simón, la revelación del cine español de 2017 con "Verano 1993"». El Diario (em espanhol). 26 de junho de 2017. Consultado em 16 de novembro de 2022
- ↑ a b «"El cine me ha ayudado a entender el porqué de las cosas"». El Diario. 26 de julho de 2017
- ↑ a b Belinchón, Gregorio (7 de setembro de 2017). «'Verano 1993', un filme en catalán, representará a España en los Oscar». El País (em espanhol)
- ↑ a b «"Un lujo en una sala de Valladolid". Estiu 1993 (Carla Simón, 2017)». Último Cero (em espanhol). 9 de julho de 2017. Consultado em 5 de agosto de 2017
- ↑ «La clínica». TV3 (em catalão). CCMA. Consultado em 29 de abril de 2022
- ↑ a b «Una perla de l'arxiu de TV3: el primer treball de Carla Simón». TV3 (em catalão). CCMA. 20 de fevereiro de 2022. Consultado em 20 de fevereiro de 2022
- ↑ a b «Carla Simón: "És molt estrany que les pel·lícules competeixin entre elles"». Més 324 (em catalão). CCMA. Consultado em 19 de fevereiro de 2022
- ↑ Belinchón, Gregorio (22 de setembro de 2020). «Les cartes familiars de Carla Simón». El País (em catalão). Consultado em 19 de fevereiro de 2022
- ↑ «Proclamació dels Premis Nacionals de Cultura 2020». Generalitat de Catalunya (em catalão). 5 de outubro de 2020. Consultado em 19 de fevereiro de 2022
- ↑ a b «Entrevista amb Carla Simón, directora i guionista de cinema, Premi Nacional de Cultura 2020». Més 324 (em catalão). CCMA. Consultado em 19 de fevereiro de 2022
- ↑ «Judith Colell, nova Presidenta de l'Acadèmia del Cinema Català». Acadèmia del Cinema Català (em catalão). 14 de junho de 2021. Consultado em 15 de junho de 2021
- ↑ «Carla Simón: "Vull donar les gràcies a la meva família, que cultiva préssecs a Alcarràs"». Telenotícies (em catalão). CCMA. 16 de fevereiro de 2022. Consultado em 19 de fevereiro de 2022
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Entrevista a Carla Simón no programa Preguntes freqüents (TV3, 02/04/2022)
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