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Conjura Separatista de 1821

A Conjura Separatista foi uma manifestação ocorrida em 15 de julho de 1821, na praça de Paranaguá, onde estavam reunido o povo e as demais autoridades diante do juiz Antonio Azevedo de Melo e Carvalho, para jurarem lealdade a Constituição do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

Em suas reuniões secretas, os líderes queixavam-se do abandono em que se encontrava a região, além da falta de justiça devido à dificuldade em entrar com recursos perante autoridades paulistas e até falta de moeda na comarca. O ato foi protagonizado pelo comandante da guarda do Regimento de Milícias, capitão Floriano Bento Viana, que levantou-se em direção ao magistrado clamando pela separação da Comarca de Curitiba e Paranaguá, conhecida como 5ª Comarca, da Capitania de São Paulo.

Este brado ficou conhecido nos livros de História como a Conjura Separatista. Logo em seguida Bento Viana solicitou de imediato a formação de um governo provisório separado da capitania paulista, e que em sequência fosse comunicada a decisão ao Príncipe Dom João VI. O juiz ouviu prontamente as declarações do capitão ao que prontamente foi rechaçado pelo magistrado, não julgando ser a hora oportuna, ao que rapidamente disse: "Ainda não é tempo!".

Bento Viana discursou contra a pronúncia e esperou que outros que lutavam pela emancipação e se encontravam nas reuniões secretas se manifestassem, seu pronunciamento já havia sido combinado com demais líderes emancipacionistas que julgavam imprescindível o apoio do capitão, e que inclusive o haviam procurado dias antes. Mas em vão, o que capitão Floriano viu foram todos os seus colegas amedrontados diante da rápida e pronta resposta do magistrado, vendo-se então solitário em sua proclamação.

O resultado foi a instalação de um inquérito sob suspeitas de um movimento subversivo de larga repercussão. Porém o capitão Viana era um líder da região e um homem que todos julgavam ser de extrema confiança e logo o inquérito foi arquivado.