Saltar para o conteúdo

Usuário(a):EmiRobles155/Alejandro Brittes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Alejandro Brittes (Buenos Aires, 5 de julho de 1976) é um compositor, acordeonista e investigador de música do Litoral argentino, radicado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil desde o ano de 2010. Possui mais de 30 anos de difusão do chamamé pelo mundo, apresentando-se em mais de 10 países, tais como: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Portugal, Espanha, França, Itália, Áustria, Alemanha e República Checa. Investiga as origens musicais do ritmo Chamamé, preocupando-se pela identidade do gênero. Realizou tournées com artistas como: Chango Spasiuk, Raúl Barboza, Os Fagundes, Elton Saldanha y shows com artistas brasileiros como Luiza Possi.

Trajectória[editar | editar código-fonte]

Filho de Correntinos, aos 12 anos começou a estudar acordeão com Nini Flores, formando com apenas 15 aos o seu primeiro grupo musical, com o qual gravou seu primeiro álbum “Por la Senda Chamamecera”.

Em 1989, iniciou seus estudos acadêmicos de música na Escola Juan Pedro Esnaola, em Buenos Aires, continuando mais tarde, sua carreira como músico popular.

Em 1996, ganhou como melhor instrumentista do prêmio Cosquín de Ouro, sendo estreia nacional na praça Próspero Molina no Festival Nacional de Folklore de Cosquín, Córdoba, Argentina. No mesmo ano, é convidado pelo grupo de rock Os Piojos para gravar o Álbum “3er arco” participando em duas músicas: “Todo a Pasa” e “Don’t say tomorrow” e no Lançamento do disco no Estádio Fazes Sanitárias e no Micro Estádio de Ferro, Buenos Aires, Argentina, gravando novamente com o grupo “Vals Inicial” e “Y quemás” para o álbum “Azul”.

Em 2005 criou e produziu o grupo "Quarteto Típico de Chamamé" com Jorge Toloza e Luiz Santa Cruz, gravando em 2007 o álbum "Herencia chamamecera".

Já radicado no Brasil, em 2011 foi convidado para representar o Brasil e a Argentina no Festival Internacional de Acordeón Vallenato, na Colômbia.

Em 2012, recebeu o convite da Câmara de Comércio Brasil-Argentina de São Paulo, para apresentar um concerto no Memorial dá América Latina em São Paulo, Brasil, participando nos shows da cantora Luiza Possi e a Orquestra Heartbreakers.[1]

Ainda em 2012, fez a sua primeira digressão pela Europa acompanhado por André Ely e Lucas Rocha, realizando nove concertos com o acordeonista português João Gentil em Lisboa e na Praia da Tocha, Portugal. Posteriormente, inicia sua segunda turnê por Europa na França, acompanhado por André Ely, Lucas Rocha e Miguel Castilhos, apresentando-se em Cité Internationale Universitaire de Paris, na Maison de L’Argentine e também no Café El Sur.

Já em 2013, convida o grupo de música folclórica Plzenský Pepící da República Tcheca, para percorrer dez cidades do Brasil. Em janeiro do mesmo ano, gravou seu sétimo disco “El Viento y las hojas”, com financiamento do Ministério da Cultura do Brasil, realizando lançamentos no Teatro “Sociale”, no Itinerari Folk Festival[2] na Itália, e no Teatro “Kulturní dům Peklo” em República Tcheca.[3]

Em 2014, juntamente com sua produtora Magali de Rossi e a produtora da cantora e compositora Teresa Parodi, María Elvira Grillo Cevey, criaram o Projeto "Caravana Chamamecera" convidando os artistas Elton Saldanha e o grupo "Os Fagundes", formando um projeto de integração entre Brasil e Argentina, realizando mais de 150 shows no país e no exterior.

Em 2019, produziu e participou da turnê “80 anos”[4] do acordeonista Raúl Barboza no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, Brasil.[5]

Em 2021, é convidado, como solista, pela “Orquestra Sinfônica de Campo Grande”, Mato Grosso do Sul, no concerto “100 anos de Ástor Piazzola” do projecto “Encontro com a Música Clássica”, Brasil.[6] No mesmo ano publicou seu primeiro livro[7]: “A origem do Chamamé – Uma história para ser contada”(Simplíssimo, 2021), em formato físico e e-book, bilíngüe; Português e Espanhol, sendo um trabalho de pesquisa antropológica sobre ritmo, em conjunto com a historiadora e produtora Magali de Rossi.[8][9]

Em julho de 2022, realizou o projeto “Ponto e Pianada – Ponto de Encontro”[10], junto com o acordeonista Chango Spasiuk, em oito apresentações no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Sendo o principal concerto realizado no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, Brasil.

Em setembro de 2022, lançou seu nono álbum autoral, um duplo, intitulado “(L)ESTE”. O disco “A” foi arranjado e adaptado pelo maestro cravista barroco Fernando Cordella, com a participação de uma orquestra de câmara barroca; o disco “B” é composto por chamamés tradicionais.[11]

É considerado pelo musicólogo Mark Brill (PHD em música pela Universidade do Texas, San Antonio), Estados Unidos em seu livro "Music of Latin America and the Caribbean", como um dos três principais acordeonistas de Chamamé junto com Raúl Barboza e Chango Spasiuk.[12]

É membro da Academia Latina de Artes e Ciências da Gravação - Grammy Latino (2023).

Discografia[editar | editar código-fonte]

Discografia própria

  • Por La senda Chamamecera (1991)
  • A la Luz del Candil (1992)
  • Ganadores de Oro de Pré Cosquin (1996)
  • Pal’ Taconeo (1998)
  • Por la misma senda (2006)
  • Herencia Chamamecera (2008)
  • Puro chamamé (2010)
  • El Viento y las Hojas (2013)
  • (L)ESTE (2022)


Singles

  • "Raíces del Alma" feat Raúl Barboza (2019)
  • "Laberintos" (2022)
  • "La colorada" (2022)
  • "Un Mate y la distancia" (2022)
  • "Ala Ancha" (2022)
  • "Maga" (2023)
  • "Terracota" (2023)
  • "15 de Mayo" (2023)
  • "Agreste Bermejo" (2023)


Discografia compartilhada

  • La Cantora, Luisa Calcumil (2008)
  • Single “Caravana Chamamecera”, Os Fagundes y Elton Saldanha (2015)

Discos recopilados

  • Puro Chamamé (2010)


Colaborações discográficas

  • “Todo Pasa” e “Don't say tomorrow” 3er arco, Los Piojos (1996)
  • “Vals inicial” e “Y quemás”, Azul, Los Piojos (1998)
  • “El Alma del Chaco”, Andres Zito, produção e direção: Antonio Tarragó Ros (1999)
  • “El macho del siglo”, Música maestro,Antonio Ríos (2001)
  • “Lejos”, La Chicana (2006)
  • “Qué Será...” Satán Bemol, Pol Neiman (2006)
  • “El Anhelo de tu pañuelo”, Íntimamente, Julia Verdi, arranjos e produção de Nicolás "Colacho" Brizuela (2009)
  • “Coração de Chamamé e “Recorrendo”, Motivos de Campo, Jorge Freitas (2009)
  • “Chamamé”, vários músicos (2010)
  • “Querência da Gauchada”, Jari Terres (2010)
  • “Te conto porque volto”, Comparsa Musiqueira, vários músicos (2010)
  • “Estrela do coração” e “Amanhecer” Nossa Terra, Nossa Gente, Antônio Gringo (2011)
  • “Alma Costeira” e “Verdulera”, Canto e Cordeona, Robison Boeira (2014)
  • “Garzas Viajeras”, Cosecha de Luz, Alejandra Noya (2016)
  • “De Don Chico a Don Brittes”, Lida Campeira, Eduardo Vargas (2017)
  • “El Sembrador”, Coração de minha gente, Diego Muller e Érlon Péricles, Vol 2 (2020)


Audiovisual

  • DVD “Encontro Internacional de Chamameceros”, produzido por Magali de Rossi, vários músicos (2008)
  • “Pindo Hovy”, videoclipe com Raul Barboza e Nardo Gonzáles, projeto Elo Sul (2020)
  • WebDoc (L)ESTE (2022)
  • Gravação de três clipes musicais, “Vientos del Este", "Caiboaté" e "El Viento y las hojas" para o Conselho das Américas, New York - USA, distribuído pela AS/COA (2023).

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • 1992: Melhor compositor, solista instrumental e prêmio maior “La copa de la música” no concurso intercolegial organizado pelo Diario La Nación, Argentina.
  • 1995: Ganhador do prêmio Carlos Keen como melhor instrumentista, Argentina.
  • 1995: Ganhador como melhor instrumentista do Festival Ramallo Porá, Argentina.
  • 1996: Ganhador do Prêmio Cosquín de Oro como Solista Instrumental no Festival Nacional de Folklore de Cosquín, Argentina.
  • 1996: Prêmio revelação do Festival Nacional de Chamamé de Federal, Argentina.
  • 2011: Reconhecimento outorgado pela Secretaria de Cultura de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, pela criação da música “Décima do Território” para os Festejos Farroupilhas, Brasil.
  • 2011: Ganhador como Melhor instrumentista do festival “Rodeio da Canção Serrana” em Vacaria, Brasil.
  • 2012: Ganhador como Melhor Instrumentista no Evento “Encontro das Águas” em Foz do Iguaçu, Brasil.
  • 2022: Prêmio Açorianos de Música 2022 na categoria de Melhor Arranjo que outorga a Secretaria de Cultura de Porto Alegre, Brasil.

Referencias[editar | editar código-fonte]

  1. «04.12 - 69º Aniversário Festa da Amizade e Integração». Memorial da América Latina. 30 de novembro de 2012. Consultado em 11 de agosto de 2023 
  2. «www.ladigetto.it - Itinerari Folk 2013 – I ritmi «chamamé» di Alejandro Brittes». www.ladigetto.it. Consultado em 30 de agosto de 2023 
  3. «www.ladigetto.it - Itinerari Folk 2013 – I ritmi «chamamé» di Alejandro Brittes». www.ladigetto.it. Consultado em 11 de agosto de 2023 
  4. «"Embaixador do chamamé", argentino Raúl Barbosa celebra 80 anos em turnê pelo RS». GZH. 5 de junho de 2019. Consultado em 30 de agosto de 2023 
  5. «"Embaixador do chamamé", argentino Raúl Barbosa celebra 80 anos em turnê pelo RS». GZH. 5 de junho de 2019. Consultado em 11 de agosto de 2023 
  6. «Encontro de música clássica começa neste domingo». correiodoestado.com.br. Consultado em 11 de agosto de 2023 
  7. Rossi, Magali de; Brittes, Alejandro (24 de janeiro de 2022). El Origen del Chamamé: Una historia para ser contada. [S.l.]: Simplíssimo 
  8. Rossi, Magali de; Brittes, Alejandro (24 de janeiro de 2022). El Origen del Chamamé: Una historia para ser contada. [S.l.]: Simplíssimo. ISBN 978-65-00-38677-6. Consultado em 30 de agosto de 2023 
  9. «Ciclo Internacional de Palestras – Memória e Patrimônio recebe acordeonista». Coordenação de Comunicação Social. Consultado em 30 de agosto de 2023 
  10. JC (3 de outubro de 2022). «Chango Spasiuk e Alejandro Brittes levam o chamamé ao Theatro São Pedro». Jornal do Comércio. Consultado em 30 de agosto de 2023 
  11. Litoral, Diario El (30 de novembro de 2022). «Desde Brasil, Alejandro Brittes lanzó un disco de chamamé y música barroca - El litoral». www.ellitoral.com.ar (em espanhol). Consultado em 11 de agosto de 2023 
  12. Brill, Mark (22 de dezembro de 2017). Music of Latin America and the Caribbean (em inglês). [S.l.]: Routledge. ISBN 978-1-351-68230-5. Consultado em 11 de agosto de 2023 

Links externos[editar | editar código-fonte]

[[Categoria:Acordeonistas da Argentina]] [[Categoria:Músicos da Argentina]] [[Categoria:Homens nascidos em 1976]] [[Categoria:Pesquisadores]]