Usuário(a):Enrico Mendes Carnevalli/Testes
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O Clube de Xadrez São Paulo, fundado em 1902, é uma importante entidade no apoio ao enxadrismo brasileiro, sediada no Estado do São Paulo, Brasil. Organiza diversos torneios regionais entre seus membros.
Casa do enxadrismo no Brasil, é o clube mais antigo das Américas e um dos mais tradicionais do mundo, contendo um biblioteca com aproximadamente 4 mil títulos[1]. Sua fundação foi feita por um grupo de amigos alemães que se reuniam em bares no centro de São Paulo para disputar partidas. Antigamente, chegou a ser um dos mais importantes mundialmente, atraindo diversas estrelas da modalidade. Nos dias atuais, se encontra em crise, e luta para conseguir se manter ativo[2].
História
[editar | editar código-fonte]Fundado por alemães, sua ata inaugural foi toda escrita no dialeto do país europeu. Sua primeira casa foi na Rua General Osório, e seu primeiro presidente foi C. F. Lichtemberger, um dos fundadores.
Com instabilidades em seu início, o clube mudou constantemente de local passando do salão Progredior, à Rua 15 de Novembro, para a Rua Boa Vista, Largo da Sé, Ruas Libero Badaró, Quitanda, Álvares Penteado, Anhangabaú, Ladeira São João e Largo do Café. Sua prosperação se iniciou com os presidentes Marinho Briquet, e posteriormente, José de Azevedo Oliveira, ambos campeões do clube por um longo período. Foi, no entanto, com Vicente Túlio Romano, que o clube de fato iniciou sua consolidação. Na época, vindo do tradicional Café Guarany - localizado em Porto, Portugal - o presidente trouxe o primeiro representante da categoria internacional para o Clube de Xadrez São Paulo.
Em 1925, o clube se tornou notável para o mundo. Com a ida de Túlio Romano para um torneio internacional em Buenos Aires, a instituição teve seu ingresso no cenário mundial de xadrez. Após o torneio, grandes nomes do esporte como, Richard Réti, Alexander Alekhine e Jose Raul Capablanca visitaram a entidade brasileira, iniciando uma constante na história do clube: a tradição de receber os principais jogadores mundiais.
Continuando a crescer, foi em 1941 que o clube sediou o primeiro torneio internacional de xadrez no Brasil, denominado Torneio Internacional de Águas de São Pedro[3], que patrocinou o evento. Para a competição, foram convidados mestres europeus e sul-americanos, enquanto os brasileiros foram foram selecionados pela Confederação Brasileira de Xadrez e o Clube de Xadrez de São Paulo[4]. De todas partidas, apenas duas ocorreram no clube. Do resto, a maioria aconteceu no Grande Hotel de Águas de São Pedro, e outras duas no hall de entrada do Teatro Municipal de São Paulo.
No mesmo ano, o clube fundou a Federação Paulista de Xadrez. A entidade rapidamente se tornou a máxima do xadrez em São Paulo, organizando todos torneios e eventos da modalidade (http://www.fpx.com.br/v2012/) - atualmente, ela responde à Confederação Brasileira de Xadrez (CBX). A fundação da entidade ajudou o clube a sanar um problema interno de premiações e títulos. Até então, o título de campeão do CXSP se confundia com o de campeão paulista.
Já estabelecido, o clube se mudou para a movimentada Rua 24 de Maio, em 1951. No ano seguinte, considerado uma instituição sem fins lucrativos, foi declarado uma entidade de utilidade pública estadual. Em 1954, em homenagem, e como celebração, ao quarto centenário de São Paulo, o clube organizou o Festival Nacional de Xadrez, com convidados do Brasil inteiro, e o Torneio Internacional de Composição de Problemas. Para esse, foi criado um livro bilíngue, em francês e português, que foi distribuído para fora do país posteriormente.
O clube chegou a seu auge com a ascendência de Márcio Elísio de Freitas a presidência, em 1959. Eleito, o enxadrista brasileiro e ex-presidente da Federação Paulista de Xadrez (em 1955), propunha uma reforma estatuária e a compra da sede própria do clube. Seu sucesso foi grande, e reeleito em 1961, estabeleceu os anos mais próspero do CXSP, entre 1960 e 1970. À época, foram registrados 800 sócios[5]. Foi ele, também, o responsável por trazer o clube para a Rua Araújo, em 1960, local onde a entidade está estabelecida até os dias atuais. O enxadrista morreu em 1988. Seu filho, Celso Villares Freitas, comandou a instituição em 2017. Atualmente ele é vice-presidente. O cargo máximo do clube é ocupado por João Moisés Filho.
Já a partir do século XX, o clube ingressou em projetos sociais. Em 2008, fundou um curso de xadrez para crianças em Heliópolis. A intenção do curso é melhorar o desempenho escolar das crianças por meio da prática do esporte[6]
Crise
[editar | editar código-fonte]A partir da década de 90, se iniciou um momento turbulento para o CXSP. Com a organização do 1º Torneio de Xadrez por E-mail (1º TXE), em 1997, pelo Clube de Xadrez Epistolar Brasileiro (CXEB), o Clube de Xadrez São Paulo teve sua hegemonia ameaçada. O torneio virtual de tabuleiro já havia sido inaugurado nos Estados Unidos e na Europa, em 1994. Sua principal novidade era justamente a possibilidade de jogar uma partida por e-mail, o que acelerava a duração. À época, partidas não presenciais eram disputadas por correspondência, e organizados pela Federação Internacional de Xadrez por Correspondência (ICCF). Como consequência, a duração desses jogos eram de quase um ano. No entanto, com a novidade no país, as partidas passaram a ter em média oito meses de duração, sem as despesas postais e o vaivém às agências de correio[7]. A ação era pioneira no Brasil, e foi um sucesso.
O Clube de Xadrez São Paulo, por outro lado, manteve o estilo tradicional e presencial em suas partidas, o que levou a uma perda anual e gradativa de sócios, culminando em uma crise financeira. Em 2007, no entanto, o cenário piorou. O Banco Itaú, até então parceiro histórico, rompeu com clube por conta da saída de Sérgio Freitas (ex-presidente do CXSP) da diretoria do banco. Ele era a ligação entre as duas instituições, e também ocupava o cargo de presidente da Confederação Brasileira de Xadrez. A retirada de patrocínio foi dura para a entidade. Juntos, eles organizavam a Copa Itaú, maior torneio aberto do Brasil. A competição reunia em torno de 200 enxadristas, e toda receita das inscrições iam para o clube. Sem o lucro, a entidade foi levada a falência[8]. A instituição era dona de três andares em seu endereço (Rua Araújo, 154), mas para saldar dívidas teve de se limitar a apenas um - status que permanece atualmente.
Em 2008, uma forte crise tomou conta do Clube de Xadrez de São Paulo. A dívida ultrapassava R$ 20 mil, e não haviam sócios suficientes para haver qualquer tipo de lucro. Com pouco mais de 40 frequentadores, o clube se viu forçado a limitar seus horários de funcionamento e tirar o site do ar - inclusive, não tinham dinheiro para pagar a conta de água. Os torneios semanais passaram a ser cancelados por falta de competidores, e os profissionais, sem patrocínios, foram levados para outros lugares. Além disso, o Conselho Deliberativo não contava com seus 27 integrantes, e apenas 12 cadeiras eram ocupadas[8].
Parceria com Semp Toshiba
[editar | editar código-fonte]Ainda em 2008, Celso Freitas se tornou o presidente do CXSP. Com o novo mandatário, o clube começou a sair do vermelho. Em 2009, foi fechada uma parceria com a Semp Toshiba. O negócio rendeu por volta de R$ 60 mil a entidade enxadrista. Com a nova parceria, o CXSP voltou a fazer ações sociais em Heliópolis. Em 2011, junto com a empresa brasileira de eletrônicos, trouxeram o campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov para conhecer o Projeto Social de Xadrez no bairro em São Paulo - o dia de sua visita foi nomeado como "O Dia do Xadrez"[9].
A parceria com a marca de eletrônicos ainda rendeu dois novos torneios realizados na própria sede do Clube de Xadrez de São Paulo - ambos fazem parte do "Circuito Semp Toshiba de Xadrez". Com a volta de uma renda estável, o clube se restabeleceu na cidade, atingindo a estabilidade. Atualmente, a entidade enxadrista realiza diversos torneios semanais e internos, internacionais, além dos virtuais.
Filiação
[editar | editar código-fonte]Para se filiar ao Clube de Xadrez São Paulo, é necessário criar um cadastro na página oficial e solicitar sua inscrição. A filiação é feita mediante o pagamento de uma mensalidade no valor de R$ 50. Qualquer um pode se filiar ao CXSP.
Torneios/eventos sediados e realizados pelo CXSP em 2018
[editar | editar código-fonte]Todos os torneios e eventos realizados pelo Clube de Xadrez São Paulo seguem a regra de xadrez da FIDE.
- Torneios semanais CXSP - Rápido/ Blitz
- Circuito CXSP - Virgílio 2018
- IV Circuito de Xadrez Rápido de Osasco - 5ª etapa 2018
- Campeonato Escolar 2018 - categoria sub 8 - 10 - 12 - 14 anos
- Campeonato Brasileiro Blitz - sub 20 absoluto e feminino
- Campeonato Brasileiro sub 20 - absoluto e feminino
- 63ª etapa do Circuito Solidário de Xadrez
- Campeonato Escolar do CXSP
- Copa Escolar MKTV
- II Torneio Pensado FIDE sub 2200
- III Torneio Pensado FIDE sub 2200 CXSP
- II Copa MKTV de Xadrez Escolar
- Campeonato Paulista Feminino de Xadrez
- Festival Catavento/ CXSP de Xadrez 2018
- Simultânea do Mi Mauro de Souza
- IRT Rápido Jainy Rouse Magalhães
- IV Torneio Pensado FIDE sub 2200
- Campeonato Brasileiro Feminino de Xadrez Semi-final 2018
- ↑ «Capital tem um dos clubes de xadrez mais antigos do mundo». VEJA SÃO PAULO
- ↑ «Clube de xadrez de SP completa 112 anos». TV Gazeta. 20 de novembro de 2014
- ↑ «Correio Paulistano (SP) - 1940 a 1942 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 26 de novembro de 2018
- ↑ «Correio Paulistano (SP) - 1940 a 1942 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 26 de novembro de 2018
- ↑ «À beira do xeque-mate». revista piauí
- ↑ «100 anos do Clube de Xadrez de São Paulo - FALA FERNÃO - Fernão Gaivota». www.fernaogaivota.com.br. Consultado em 27 de novembro de 2018
- ↑ «Folha de S.Paulo - E-mail acelera competição de xadrez (com links) - 19/02/97». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 27 de novembro de 2018
- ↑ a b «Folha de S.Paulo - Xadrez agoniza em São Paulo - 25/12/2008». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 27 de novembro de 2018
- ↑ «Portal Fator Brasil». www.revistafatorbrasil.com.br. Consultado em 27 de novembro de 2018