Usuário(a):Fabiana Bitar Resende/Beleza
Teorias da Beleza nos séculos XVII e XVIII
[editar | editar código-fonte]Desde sempre na história da arte a relação entre os sentidos humanos e a beleza foi estudada. Os estudos sobre essa relação começam desde sua origem da palavra na Grecia Antiga: a palavra Estética deriva do grego aesthetikos , que signifíca "pertencente à percepção sensorial".[1]
Alguns pensadores, como Descartes, o maior expoente do chamado racionalismo clássico, defendiam que a beleza empregada pelos sentidos era falha, pois fugia da única coisa confiável para ele, ou seja, o próprio ato de pensar e que a arte e a beleza confiáveis seriam aquelas ditas Cartesianas, que exigiam significados objetivos para as coisas, significados que deviam ser deduzidos, não sentidos, excluindo manifestacões espontâneas e imaginárias que a arte tem a oferecer. Esse pensamento Cartesiano acarretaria mais tarde na ideia de que a dedução é mais importante do que os sentimentos, os sentidos, na esfera arquitetônica e artística.[1]
Em contraposição ao racionalismo de Descartes, Immanuel Kant, um dos pensadores centrais do Iluminismo [2],discordava do racionalismo cartesiano que descartava a credibilidade da imaginação e dos sentidos como forma de compor o conceito de Beleza. Pois, para Kant, a razão, mais especificamente, a construção do objeto no campo da razão, está diretamente veinculada aos sentidos. O objeto existe independente do sujeito, todavia, o efeito e a caracterização desse objeto se refere ao sujeito, à sua sensibilidade ou receptibilidade ao experimentá-lo e é expresso no predicado Beleza. Por isso, a estética kantiana é pensada não mais como uma dimensão objetiva do mundo e sim como uma dimensão mental, subjetiva.[1][2]
Para Hegel, arte é não apenas um mero jogo da imaginação com o entendimento nem o campo do que é somente ilusório, mas a expressão sensível da idéia. Hegel, o último dos grandes filósofos alemães, deu mais ênfase do que seus antecessoress aos aspectos intelectuais da arte. Ele definiu a Beleza como a aparência sensível da ideia e, embora se referisse à arte também como arte para os sentidos, reduziu os sentidos próprios do prazer estético exclusivamente à visão e à audição, excluindo o tato, o paladar e o olfato. Para Hegel, a obra de arte é dirigida antes de tudo para a mente e sua função, ou seja, permitirá que os sentidos captem a verdade. No entanto, a expressão máxima da verdade não ocorre por meio da arte, mas do pensamento abstrato da filosofia.[1]