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Usuário(a):Filipe Marcelino Duarte/Testes

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Tirania

A tirania é uma forma de governo em que o poder de decisão está nas mãos de um indivíduo que tenha tomado o controle, muitas vezes por meios ilícitos. A palavra tirania vem do grego tyrannos, que significa "usurpador com poder supremo". Com o tempo, a pessoa que governava através da tirania, ou um tirano, ficou conhecida como quem se agarra ao poder por meios cruéis e abusivos.

As tiranias na Grécia surgiram pela primeira vez em meados do ano 600 a.C.. Em muitas cidades-estados, uma crescente e rica classe média de comerciantes e fabricantes ficara descontente com seus governantes. Essa classe média exigia privilégios políticos e sociais para acompanhar sua nova riqueza, mas as oligarquias dominantes recusavam-se a conceder-lhes uma palavra a dizer no governo. Várias pessoas, na sua maioria ex-líderes militares, responderam às demandas da população de classe média e prometeram fazer as mudanças que eles queriam. Apoiados pela classe média, esses indivíduos tomaram o poder dos grupos governantes. Uma vez no poder, esses líderes (ou tiranos) frequentemente reformulavam as leis, a ajudavam os pobres, cancelavam dívidas, e davam aos cidadãos que não eram nobres uma voz no governo. Como recompensa, os cidadãos presenteavam os tiranos com frequência, que por sua vez ficaram bastante ricos.

Muitos tiranos governaram por curtos períodos de tempo. Em algumas cidades-estados, os tiranos se tornaram duros e gananciosos, e foram simplesmente derrubados pelo povo. O último tirano importante a governar a Grécia continental foi Hípias da cidade-estado de Atenas. Em 510 a.C. uma combinação de invasores espartanos e atenienses, que se opunham ao seu governo severo, forçaram Hípias a demitir-se e deixar a Grécia. Uma nova forma de governo, em que todos os cidadãos compartilhavam tomadas de decisão, eventualmente o substituiu.


Tirania

A tirania é uma forma de governo em que o poder de decisão está nas mãos de um indivíduo que tenha tomado o controle, muitas vezes por meios ilícitos. A palavra tirania vem do grego tyrannos, que significa "usurpador com poder supremo". Com o tempo, a pessoa que governava através da tirania, ou um tirano, ficou conhecida como quem se agarra ao poder por meios cruéis e abusivos.

As tiranias na Grécia surgiram pela primeira vez em meados do ano 600 a.C.. Em muitas cidades-estados, uma crescente e rica classe média de comerciantes e fabricantes ficara descontente com seus governantes. Essa classe média exigia privilégios políticos e sociais para acompanhar sua nova riqueza, mas as oligarquias dominantes recusavam-se a conceder-lhes uma palavra a dizer no governo. Várias pessoas, na sua maioria ex-líderes militares, responderam às demandas da população de classe média e prometeram fazer as mudanças que eles queriam. Apoiados pela classe média, esses indivíduos tomaram o poder dos grupos governantes. Uma vez no poder, esses líderes (ou tiranos) frequentemente reformulavam as leis, a ajudavam os pobres, cancelavam dívidas, e davam aos cidadãos que não eram nobres uma voz no governo. Como recompensa, os cidadãos presenteavam os tiranos com frequência, que por sua vez ficaram bastante ricos.

Muitos tiranos governaram por curtos períodos de tempo. Em algumas cidades-estados, os tiranos se tornaram duros e gananciosos, e foram simplesmente derrubados pelo povo. O último tirano importante a governar a Grécia continental foi Hípias da cidade-estado de Atenas. Em 510 a.C. uma combinação de invasores espartanos e atenienses, que se opunham ao seu governo severo, forçaram Hípias a demitir-se e deixar a Grécia. Uma nova forma de governo, em que todos os cidadãos compartilhavam tomadas de decisão, eventualmente o substituiu.

Em Atenas, o governo dos tiranos está intimamente relacionado com o desenvolvimento do teatro nesta pólis.[1] Antes de ser trazida à cidade, a representação teatral já estava presente nas festas dionisíacas, nomeadamente as Leneias e as Dionísias Rurais. Tratavam-se de festivais predominantemente rurais.[2] O culto à Dionísio, de caráter popular, não era, contudo, aceito pela aristocracia. Esta, que controlava o sacerdócio e determinava os cultos oficiais, considerava Dionísio um deus estrangeiro que estimulava a embriaguez.[3] [1]

No século VI a.C. em Atenas, em um cenário de disputa entre tiranos e aristocracia pelo controle político da cidade, o tirano Pisístrato institui em 535 a.C. as Grandes Dionísias Urbanas, festival dedicado a Dionísio. Por trás de tal fato estava a necessidade de consolidar seu poder frente ao antigo grupo dominante. Desejava, por um lado, atrair o apoio das massas ao favorecer cultos populares, e, por outro, quebrar o monopólio aristocrático sobre a religião tradicional, que dava sustentação ideológica ao seu poder econômico e político.[3][1]

A tragédia grega, como ela é conhecida hoje, desenvolve-se em Atenas nas Grandes Dionísias Urbanas. Durante as celebrações eram realizados cantos, dentre eles destaca-se o chamado ditirambo, um canto lírico realizado em coro que narrava os momentos tristes das passagens de Dionísio pelo mundo mortal e o íntimo relacionamento que desenvolvia com os humanos. Este canto acabou sendo definido como trágico e eventualmente deu origem à tragédia.[1]

  1. a b c d Santos, Adilson dos (28 de julho de 2005). «A tragédia grega: um estudo teórico». Revista Investigações (1): 41–67. ISSN 2175-294X. Consultado em 3 de agosto de 2022 
  2. Moerbeck, Guilherme (19 de abril de 2014). «Festivais, teatro e o campo político na Atenas do século V a.C.». Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos (2). 246 páginas. ISSN 2318-9304. doi:10.17648/rom.v0i2.7420. Consultado em 3 de agosto de 2022 
  3. a b Trabulsi, José Antonio Dabdab (7 de junho de 1984). «Crise social, tirania e difusão do dionisismo na Grécia arcaica». Revista de História (116): 75–104. ISSN 2316-9141. doi:10.11606/issn.2316-9141.v0i116p75-104. Consultado em 3 de agosto de 2022