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Usuário(a):G3UNIVESP/Testes

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'LENDAS URBANAS DE ITU'

As lendas urbanas são consto – verídicos ou não - que frequentemente descrevem o conflito entre as condições modernas e alguns aspectos do estilo de vida tradicional tratando assim de fatos sobrenaturais ou temas que abordam a segurança da vida humana moderna. No geral, as lendas urbanas expressam as complexidades que ameaçam a ordem tradicional. As lendas urbanas são exemplos de folclore na tradição oral. São memorizáveis, receptíveis e apropriadas para se repetirem sucessivamente em situações sociais.

São boas estórias, têm ação, descrevem a condição humana e reforçam os valores morais: atenção a quem e como prepara a tua comida; tem-se que compreender a existência do diabo no mundo; atenção às ações das grandes empresas; atenção aos ambientes em lugares públicos. Conforme o papel dos meios de comunicação, tais lendas são amplamente difundidas na sociedade, sendo comum ver cada cidade com suas tradições e folclore, tais como: a loira do banheiro com seu algodão no nariz. Ainda existem lendas urbanas midiáticas, estas ficam no limite entre a verdade e a mentira, criando cultos e seguidores. E.T. de Varginha, Chupa-Cabras e aparições de Nossa Senhora são algumas delas.

As características principais deste tipo de literatura são sempre pequenos contos, buscando o máximo de leitores com uma estrutura de fácil entendimento; Busca autenticidade por meio de fatos, locais reais, personagens conhecidos e provas; e Todos que as contam geralmente dizem ter ouvido de alguém conhecido e procuram dar veracidade ao fato como se tivesse realmente vivido.

O surgimento das lendas urbanas pode ser variado, mas, na maioria das vezes, sua origem vem de situações cotidianas, atuais ou antigas, que são coloridas com a fantasia, o sombrio e até mesmo o impossível. Geralmente, as lendas urbanas surgem de um fato que, supostamente, aconteceu e são mudadas com o passar do tempo e, de acordo com a cultura do povo que as incorpora. Quem nunca ouviu falar da loira do banheiro ou do homem do saco?  Exemplo disso é a lenda do homem do saco, que tem sua origem na Dinamarca do século 12, com a história de um velho que abusava sexualmente das crianças que eram abandonadas do lado de fora de suas casas no inverno rigoroso. Após chegar à América, o mito se transformou na história de um velho que carregava um saco e sequestrava crianças para fazer sabão.

Existem lendas urbanas que acabam tendo amplo alcance, sendo conhecidas em vários países, várias regiões. Outras, entretanto, são restritas a uma região ou grupo específico de pessoas, pois os costumes nela retratados não são universais. Um exemplo do tipo universal é a lenda que fala sobre a morte de Paul McCartney em 1966 e sua substituição por um sósia, hipótese baseada em centenas de pistas deixadas pelos membros restantes dos Beatles em seus discos após a suposta morte. Em todo o mundo, e até hoje, há quem acredite que o verdadeiro Paul está morto.

Outras lendas, por sua vez, atingem um público um pouco mais específico, como é o caso da “mulher na estrada”, mais conhecida entre os caminhoneiros, especialmente nos anos 50 e 60 que foi a época do crescimento das rodovias; da loira do banheiro, bastante comentada pelos estudantes; e dos bonecos assassinos, como o Fofão e a boneca da Xuxa, que amedrontaram as crianças nos anos 80.

As lendas urbanas, como todo outro tipo de história, podem gerar consequências, graves ou não, para as pessoas e a sociedade em geral. Isso ocorre porque certas pessoas são mais suscetíveis a acreditar numa história do que outras e, por isso, acabam tomando atitudes que nem sempre são boas.

Nos anos 70, por exemplo, surgiu a história de que o hambúrguer do McDonald’s era feito com carne de minhoca. Por mais descabida que pudesse parecer essa história, um enorme número de pessoas acreditou nela, as vendas da empresa caíram e tudo só foi resolvido quando uma pesquisa foi feita, mostrando que uma criação de minhocas para fazer os hambúrgueres sairia muito mais cara do que se eles fossem feitos de carne bovina mesmo.

Vejamos alguns exemplos de lendas urbanas de Itu:

PAIXÃO E MORTE TRÁGICA DE ALMEIDA JUNIOR

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Em 8 de maio de 1850, nascia em Itu José Ferraz de Almeida, um dos pintores mais importantes do Brasil, que retratava em suas obras os estilos do naturalismo e o realismo.

O fato que vou narrar aqui é do final do século XIX, porém não se sabe ao certo qual foi o principal motivo que levou o assassino a acabar com a vida de Almeida Junior. Existem várias versões que contam sobre o crime que abalou toda a sociedade ituana daquela época e admiradores do artista espalhados pelo Brasil. Parte dessa história, vem do livro “Almeida Junior através dos tempos”, do escritor Jorge Luiz Antônio e de informações trazidas nos periódicos daquela época.

Já na infância, sua familiaridade com a pintura se evidenciava mesmo nos desenhos feitos com carvão. À medida que ia ficando adulto, seus trabalhos ficavam melhores, com técnicas de desenho mais aprimoradas. E foi numa exposição precisamente analisando uma obra à óleo do futuro Visconde de Parnaíba, que D Pedro II impressionado com a destreza do rapaz, ofereceu-lhe uma bolsa de estudo para cursar pintura na Europa. Dinheiro recebido diretamente das mãos da princesa Isabel.

Quando Almeida Junior retornou ao Brasil, já era considerado um dos melhores pintores da sua época e estilo. Tudo isso lhe rendeu fama e dinheiro.

Naquela época, Almeida Jr costumava se relacionar com um casal de amigos residentes em uma fazenda de Rio das Pedras (próximo à Piracicaba): José de Almeida Sampaio (primo) e Maria Laura do Amaral Gurgel (antiga noiva de Almeida Jr). A relação era tão íntima, que o casal costumava posar na casa de Almeida Jr mesmo quando ele não estava por lá.   O que se sabe sobre esse casal é que o homem fazendeiro era de pouca cultura, jovem e bem simples. Já sua esposa Maria Laura, diziam ser uma mulher bem mais jovem que Almeida Jr e muito atraente, com a qual ele mantinha um romance escondido.

O casal de Rio das Pedras não ia bem financeiramente e por volta da década de 1890, Sampaio já falido começou a receber apoio do amigo pintor, que acabou se aproveitando da situação mantendo relações íntimas com Maria Laura, inclusive vindo a ter um filho com ela.

Por volta de 1899, Sampaio, fora alertado por conhecidos de que sua esposa estaria visitando sozinha o ateliê e casa de Almeida Jr, que ficava em SP na rua da Glória justamente nos dias em que Almeida Jr não estaria viajando.

Passado um tempo, em conversa, Almeida Jr teria dito ao amigo Sampaio que iria viajar até São Pedro e voltaria depois de alguns dias à Piracicaba.

Ainda desconfiado da traição, Sampaio seguiu até a casa de Almeida Jr em SP e revirou todo o ateliê. Para sua triste surpresa, ele acabou encontrando um pacote contendo várias cartas íntimas de Maria Laura com confissões amorosas todas endereçadas ao pintor. Numa das escrituras, Sampaio descobriu que eles se encontravam numa localidade próxima de sua fazenda. Estava comprovado: seu primo e sua esposa eram amantes.

Sampaio estava perplexo. Desejava a própria morte, pois não podia acreditar em tamanha traição e desonra.

Dias depois, um pouco recuperado da vontade insana de se matar, procurou pelo advogado Dr. Prudente de Moraes Barros mostrando-lhe todas as cartas comprometedoras com o intuito de pedir a separação legal.

Mas antes que tudo se resolvesse, a decisão de Sampaio tomou outra direção. Tudo o que ele desejava naquele momento era lavar sua honra com sangue, não com o seu, mas com a vida de Almeida Jr.

No dia 13 de novembro de 1899, Sampaio já sabendo que Almeida Jr e Maria Laura se encontrariam no hotel central de Piracicaba, foi munido da posse de uma faca amoladíssima esperar o primo.

Ele tinha informações privilegiadas de quando e onde iria chegar.

Já passava das 14 horas, quando uma carruagem luxuosa estacionou em frente ao hotel e para surpresa de Sampaio desceram Almeida Jr, Maria Laura e seus cinco filhos.

Do outro lado da rua, Sampaio então com 37 anos, só observava a movimentação quando de repente sem o menor aviso, partiu para cima do pintor, encurralando-o contra a parede e gritando palavras de fúria.

Para Sampaio era o momento da vingança, para Almeida Jr era o momento de morrer.

Sem a menor cerimônia e chance de reagir, o pintor então com 49 anos, levou uma facada na clavícula esquerda que acabou atingindo uma artéria importante, bem próxima do pescoço.

Diante da gravidade do ferimento, o sangue de Almeida Jr esguichou muito, fazendo -o perder muito sangue rapidamente. Mesmo cambaleando, ele tentou reagir, mas em vão.

Para a infelicidade de Maria Laura, o golpe havia sido preciso e fulminante.

Nas suas últimas palavras, já agonizando no colo da amada, Almeida Jr dizia que estava morto.

Após o crime, Sampaio fugiu para dentro do hotel, sendo preso logo em seguida.

Depois de passar alguns dias na cadeia, Sampaio foi absolvido por unanimidade pelo júri, pois a defesa do advogado Dr. Francisco Morato alegou a tese da legítima defesa da hora.

Maria Laura já com o casamento acabado, seguiu viver sua vida em Indaiatuba junto de familiares.  Vindo a morrer em 1913

Já Sampaio, depois de resolver problemas financeiros, se mudou para Itu onde se casou com uma italiana, com quem teve um filho. Morreu em 1930.

Dizem que nas últimas obras pintadas pelo pintor, é possível notar que ele estaria prevendo o que iria acontecer na sua vida, ou seja, os trágicos momentos que iriam ceifar sua vida e destruir a felicidade de Maria Laura.

O MISTERIOSO CASO DA LOIRA DESCONHECIDA

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Era uma quarta feira comum na cidade de ITU-SP. O dia era 19 de abril de 1972, quando um garoto logo pela manhã, avistou um corpo estirado ao chão e logo viu se tratar de um cadáver. O local era a Rodovia Marechal Rondon (estrada Itu-Jundiaí), próximo à fazenda Pedra Azul. Ao aproximar-se do corpo, que estava atrás de uma enorme pedra no acostamento, notou que era de uma mulher de cabelos loiros, que estava nua com algumas perfurações de balas de resolver.

Assustado, saiu rapidamente à procura de autoridades policiais, o qual não demorou a chegar, e vistoriando a cena do crime notaram que o corpo apesar de crivado de balas estava limpo como se tivesse sido lavado, porém com vários hematomas e escoriações.

O corpo foi então levado ao necrotério do cemitério de Itu e submetido à autópsia. Constatou-se que houve “homicídio causado por arma de fogo, anemia e hemorragia” e indicava também que a vítima teria sido torturada antes de morrer.

Começava então o trabalho para identificar a vítima, o que parecia, até então, não haver dificuldades por trata-se de uma mulher alta, loira, aparentando por volta de 32 anos, bonita, belo corpo, sexy, podendo passar-se tranquilamente por uma modelo ou atriz e que logo alguém a reconheceria. Mas não foi o que aconteceu. O assassino não deixou uma pista se quer, e pelo visto a mulher não era da região, e também não tinha nenhum parente ou amigos, e a polícia estava totalmente no escuro sem saber por onde começar.

O caso começou a ter grande repercussão pela região e logo ganhou destaque no estado de São Paulo inteiro causando muita estranheza porque ninguém conseguia identificar a vítima e deixando o caso vez mais misterioso.

Assim quatro dias após ser encontrada jogada na rodovia, ela acabou sendo enterrada no próprio Cemitério Municipal de Itu, na quadra Paz Celestial, sepultura de nº 328, acompanhada por centenas de pessoas de toda região em seu funeral.

Com o passar dos anos muitas pessoas iam à sepultura e começavam a praticar preces para a loira desconhecida, que por sua vez, de acordo com muitas pessoas, realiza milagres. Dentre essas pessoas havia uma senhora muito bondosa que doou um vestido de noiva com o qual ela foi enterrada, e passaram então a cuidar de sua sepultura em agradecimento das preces atendidas.

Um ano após sua morte surgiram rumores de que a loira se transformara em uma espécie de fantasma aterrorizando e apavorando as crianças, aparecendo no banheiro das escolas vestida de noiva assim como foi enterrada, causando histeria coletiva, já que as crianças se recusavam a irem à escola com medo de encontrar por lá a loira vestida de noiva.

Este caso se tornou tão popular que foi passando de geração a geração, pois as mães de hoje que ontem eram crianças, contam que seus filhos ainda conhecem a lenda da loira desconhecida e muitas delas somente vão hoje ao banheiro da escola, acompanhadas de outras amigas.

Conta-se que o local onde o corpo da loira foi encontrado também era parada de caminhoneiros, e que durante a madrugada ela aparecia sentada em cima daquela pedra ganhando fama de mal assombrado, e desde então nenhum caminhão jamais ousou parar ali novamente.

Apesar de até hoje haver algum tipo de investigação na tentativa de alguém ainda conseguir reconhecer a vítima através de processos tecnológicos e até mesmo pedidos de DNA (no caso de exumação do corpo) de pessoas que tiveram seus entes desaparecidos na mesma época do acontecido, no entanto, ainda não se chegou a nenhum esclarecimento definitivo sobre o caso.    

O ESTUPRADOR DO BAIRRO SÃO LUIZ

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Na década de 80 poucos homens eram mais temidos e odiados em Itu do que José Carlos Furquim. Com um olhar frio, penetrante e intimidador era capaz de causar calafrios em suas vítimas. Furquim como era mais conhecido flertou com o mundo do crime desde a adolescência. Pequenos assaltos, agressões e drogas eram frequentes em sua vida.

Mas foi como assassino e estuprador que ele ficou famoso. Em 1982, com apenas 24 anos, assassinou sua própria mulher a machadadas. Foi sua estreia na penitenciária. Mas não ficou muito tempo preso. Nos oito anos seguintes, ele seria preso e solto várias vezes acusado de agressões, assassinatos e estupros.


Em 1984 quando ele estava solto em regime de condicional, tendo que voltar a dormir na cadeia todos os dias, tornou-se o principal suspeito dos estupros seguidos de mortes das meninas Silvia Aparecida do Espírito Santo, de 9 anos, e Izabel Bezerra da Silva, de10 anos.

Os crimes haviam ocorrido naquele ano. Furquim estava no topo da enorme lista de suspeitos do investigador da Polícia Civil - Dimas de Cavalli, que morreria em janeiro de 1985, vítima de um acidente automobilístico.

Uma das meninas mortas tinha o corpo todo cheio de mordidas. Segundo o legista que fez a autópsia da menina, na presença do então aplicado delegado e do investigador o assassino tinha falhas nos dentes da frente. Dimas, que já conhecia o perfil psicológico de Furquim e sabia que ele era estuprador, deduziu imediatamente que a possibilidade dele ser o assassino era grande, principalmente por ele ter as falhas nos dentes da frente e morar há menos de mil metros da casa de uma das meninas estupradas e assassinadas.

Preso e interrogado, Furquim negou a autoria desses assassinatos. Admitiu que já havia estuprado antes, mas contou que nada tinha ver com esses dois casos. Foi liberado por falta de provas. Vez ou outra, estuprava uma mulher ali e aqui, sempre se safando da justiça.

Naquela época Furquim já havia ganhado status de lenda urbana.

“Se você ficar na rua, o Furquim vai pegar te pegar”, diziam alguns pais para seus filhos. Ele era o Bicho Papão do bairro São Luiz (onde morava). Temido até mesmo por muitos de seus comparsas do mundo do crime, que o consideravam um homem de comportamento agressivo e psicopata.


Em agosto de 1990, Furquim sem qualquer aviso prévio não fora mais visto por cerca de um mês.

Exatamente neste período uma menina de 15 anos compareceu na delegacia da Polícia Civil contando que tinha apanhado muito e sido estuprada por um maníaco. A descrição do ato fornecido por ela encaixava-se com Furquim. Após ver um retrato, a menina afirmou sem dúvidas se tratar de Furquim.

Furquim foi preso pela agressão e estupro. Porém, ninguém ainda tinha esquecido da morte das duas meninas de 1985, tanto é que ao ser preso agora dezenas de presos movidos por instinto assassino partiram para cima dele, determinados a arrancar uma confissão a qualquer custo. Furquim, que sempre escapava da justiça dos homens, agora se tornou réu dela.

Furquim negou veementemente a morte das meninas, mas percebendo que se não confessasse morreria linchado, cedeu. Foi após esta confissão que um preso conhecido como “Bica” pegou um vasilhame de aço, usado para transportar leite e desferiu um golpe na cabeça de Furquim.

Os policiais da época disseram que seu crânio foi massacrado na hora, tornando seu rosto irreconhecível. Satisfeitos os detentos voltaram para suas celas, deixando um cadáver estendido no pátio.

Furquim foi condenado e morto, exatamente por dois crimes que não cometeu. Enquanto ele era violentamente espancado na cadeia o verdadeiro assassino de Silvia e Izabel estava vivo perambulando tranquilamente pelas cidades vizinhas, à procura da próxima vítima....

Até hoje nas ruas ituanas, sempre que há um estupro, se lembra do Furquim ... Ou de um outro homem, que pode estar vivo, ainda não identificado ....