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Postergação na cadeia de suprimentos[editar | editar código-fonte]

Postergação na cadeia de suprimentos refere-se a um conceito em que as atividades na cadeia de suprimentos são adiadas até que uma demanda seja posta (Bucklin, 1965[1]; Van Hoek, 2001[2]). É uma tentativa de fazer duas coisas:

  • Reduzir incertezas e custos
  • Satisfazer clientes

As estratégias e as técnicas de gestão na cadeia de suprimentos (em inglês) Supply chain management (SCM) são muito variadas. Embora variada no método, a intenção de muitas destas estratégias são coerentes:

“Reduzir incertezas e os custos, enquanto satisfaz as necessidades do cliente.”

Alguns pesquisadores sugerem que a postergação tem o potencial para melhorar a resposta, reduzindo ao mesmo tempo inventário, transporte, armazenamento e obsolescência dos custos (Yang et al., 2004a)[3].

História[editar | editar código-fonte]

Em 1950 - Alderson[4] argumentou que os custos globais poderiam ser reduzidos por adiar a fase de diferenciação da produção (Alderson, 1950); Em 1965 Bucklin ampliou o conceito de postergação por considerá-la como uma oportunidade de transferir o risco de possuir bens a partir de uma posição em uma cadeia de suprimentos para a outra (Bucklin 1965); Mais tarde, e em parte até hoje, descrita como sendo composta de cinco tipos específicos (Zinn e Bowersox, 1988)[5][6]:

  1. Etiquetagem;
  2. Embalagem;
  3. Montagem;
  4. Fabricação;
  5. Tempo.

Em 2001, Van Hoek[7] apresentou uma revisão do conceito da postergação. Nesta revisão, Van Hoek (2001) identificou as lacunas existentes e emitiu cinco desafios futuros da postergação:

  1. Postergação como um conceito na cadeia de suprimentos;
  2. Integração de conceitos relacionados com a cadeia de suprimentos;
  3. Postergação na cadeia de suprimentos globalizada;
  4. Postergação na cadeia de suprimentos personalizada;
  5. Readaptação metodológica de postergação.

Estudo de casos práticos[editar | editar código-fonte]

Postergação tem uma longa história de aplicação prática nas empresas que remonta a década de 1920 (CLM, 1995)[8].

Exemplos:
  • BENETTON: ao adiar o tingimento das suas vestes está mais bem posicionada para responder ás demandas por roupas com cores populares e reduzir excesso de inventário de cores menos populares (Dapiran, 1992)[9];
  • WHIRLPOOL: percebeu uma redução significativa no inventário e nos custos de transporte retardando o envio de aparelhos para SEARS até que uma encomenda do cliente fosse recebida (Waller et al., 2000)[10][11];
  • HEWLETT PACKARD (HP): adiou a montagem final de suas impressoras DeskJet até estágios avançados das fases na cadeia de suprimentos. Esta postergação da montagem final, combinada com a transferência de localidades de montagem mais próximas aos clientes, resultou em uma melhor relação custo-eficiência do processo de produção enquanto os custos de transporte e logística foram reduzidos (Feitzinger e Lee, 1997)[12].

Referências

  1. Bucklin, L.P. (1965), “Postponement, speculation and structure of distribution channels”, Journal of Marketing Research, Vol. 2, pp. 26-31.
  2. Van Hoek, R.I. (2001), “The rediscovery of postponement a literature review and directions for research”, Journal of Operations Management, Vol. 19 No. 2, pp. 161-84.
  3. Yang, B., Burns, N. and Backhouse, C. (2004a), “Management of uncertainty through postponement”, International Journal of Production Research, Vol. 42 No. 6, pp. 1049-64.
  4. Alderson, W. (1950), “Marketing efficiency and the principle of postponement”, Cost and Profit Outlook, Vol. 3, pp. 15-18.
  5. Zinn, W. and Bowersox, D. (1988), “Planning physical distribution with the principle of postponement”, Journal of Business Logistics, Vol. 9 No. 2, p. 117.
  6. Zinn, W. and Levy, M. (1988), “Speculative inventory management: a total channel perspective”,International Journal of Physical Distribution & Materials Management, Vol. 18 No. 5,pp. 34-9.
  7. Van Hoek, R.I. (2000), “The role of third-party logistics providers in mass customization”, International Journal of Logistics Management, Vol. 11 No. 1, pp. 37-46.
  8. CLM (1995), Class Logistics: The Challenge of Managing Continuous Change, CLM, Oak Brook, IL.
  9. Dapiran, P. (1992), “Benetton – global logistics in action”, International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, Vol. 22 No. 6, pp. 1-5.
  10. Waller, M.A., Dabholkar, P.A. and Gentry, J.J. (2000), “Postponement, product customization, and market-oriented supply chain management”, Journal of Business Logistics, Vol. 21 No. 2, pp. 133-59.
  11. Waller, M.A., Dabholkar, P.A. and Gentry, J.J. (2000), “Postponement, product customization, and market-oriented supply chain management”, Journal of Business Logistics, Vol. 21 No. 2, pp. 133-59.
  12. Feitzinger, E. and Lee, H.L. (1997), “Mass customization at Hewlett Packard: the power of postponement”, Harvard Business Review, Vol. 75 No. 1, pp. 116-21.