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Usuário(a):Guilhermedeaquino123/Testes

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A Aviação na Primeira Guerra Mundial


Quando a Primeira Grande Guerra teve o seu estopim, com a morte do Arquiduque Francisco Ferdinando, havia apenas oito anos do acontecimento do primeiro voo com a aeronave 14-Bis, criada por Santos Dumont. Só para se ter uma ideia, a França detinha apenas 140 aeronaves antes do início da guerra, ao final da mesma ela já estava com 4500 aviões.[1]

É sabido que as aeronaves foram essenciais na Primeira Guerra, também se sabe que estas no início dos conflitos foram desprezadas, pois não se sabia o potencial que as mesmas poderiam ter enquanto arma de guerra. Com o advento de novas tecnologias é que as aeronaves passaram a ter um papel decisivo nos combates.[2]

No começo da Guerra, os aviões eram apenas utilizados como uma forma de espionagem aos territórios inimigos. Com o passar do tempo, houve uma implantação de armamentos acoplados aos aviões ou seguros pelo(os) tripulante(s). Então, quando dois ou mais caças (nome dado aos aviões de defesa e ofensiva) se encontravam, caso estando armados, eles firmavam uma batalha conhecida como batalha aérea. Além dos caças, também havia os bombardeiros, que eram aeronaves maiores e mais agressivas que os caças, pois eram utilizadas para bombardear locais deixando um rastro de destruição por onde passava.[3]

Com novas tecnologias surgindo e com o maior saberio técnico dos pilotos, os aviões ficaram mais potentes e mais destrutivos. Foram usados para bombardear locais, batalhas aéreas e também mostrar o poder tecnológico de uma nação (corrida armamentista). Enfim, a Primeira Guerra deixou rastros de destrição, mas contribuiu para o desenvolvimento de tecnologias avançadas.[4]

Como a aviação de guerra estava sendo algo importante nos combates entre países, os pilotos que abatiam aviões eram agraciados com reconhecimento por parte dos governos e da população. Segue uma lista com os nomes de pilotos renomados durante a guerra: Manfred Von Richthofen ou Barão Vermelho (abateu 80 aeronaves), René Fonck (abateu 75 aeronaves), William Bishop (abateu 72 aeronaves), Ernst Udet (abateu 62 aeronaves), Eduard Mannock (abateu 61 aeronaves), etc.[5]

Durante a Batalha do Marne, forças alemãs sobrevoavam París, mas foram forçadas a voltar por forças britânicas.[6]

O primeiro combate aéreo com vítimas ocorreu quando o russo Pyotr Nesterov arremeçou o avião em que ele estava sobre um avião francês. Os tripulantes morreram após a queda dos dois aviões. [7]

A primeira vitória em combate aéreo foi quando um avião francês denominado Voisin III abateu um Aviatik B-II.[8]

O primeiro avião em que foi acoplado armamento foi pilotado por Roland Garros (Francês) que, com o uso de metralhadoras com 45 graus da linha de voo, abateu cerca de três aviões.

Mais tarde, Anthony Fokker (Alemão) criou os primeiros aeroplanos (monoplanos), capazes de atirar para frente através de metalhadoras. Os monoplanos tornaram Oswald Boelcke (40 vitórias) e Max Immelmann (17 vitórias) os primeiros ases do combate aéreo.[9]

Temendo os germânicos, os aliados aprimoraram suas táticas de organização, criaram novas tecnologias de voo e manteram a característica de disparar para frente. Os mais bem sucedidos foram o inglês Airco DH2 e o francês Nieuport 11. Dessa forma os aliados eliminaram os Alemães da superioridade nos ares.[10]

O primeiro grupo de caça foi o 24 esquadrão da Royal Flying Corps que chegou a França comandado por Lanoe Hawker.[11]

Insatisfeita por ter perdido a superioridade nos ares, a Alemanha lançou novos aviões como o Halberstadt D-I e Albatros D-I que detinham tecnologias inovadoras que realmente superaram os aliados no início, até que a França lançou o Nieuport 17 e o Spad VII e os ingleses o Sopwith Pup. Assim, até o fim do conflito, nenhum dos dois lados obteve novamente a superioridade nos ares. Porém novas tecnologias foram implantadas até o fim da guerra. [12]

O fato da criação de aviões pesados pela Alemanha com o objetivo de bombardear a Inglaterra, levou a Inglaterra a também criar seus modelos pesados, equilibrando assim a disputa. Um modelo muito conhecido foi o Ilia Mourometz, primeiro quadrimotor do mundo, criado pela Rússia.[13]

Outro desenvolvimento importante foi adoção de pára-quedas para os pilotos, medida adotada pela Alemanha em 1918. Os aliados não adotaram essa medida de segurança pois acreditavam que o uso de pára-quedas poderiam deixar os pilotos despercebidos e mais vulneráveis a ataques, só que quando um avião era abatido, as chances de sobrevivência de um Alemão era bem maior do que as de um aliado.[14]

A Rússia deixou a guerra em 1918, isso fez com que a Alemanha ficasse livre dos ataques ao front oriental e lançasse contra a França e Inglaterra uma ofensiva chamada Ludendorff, que teve um apoio aéreo cerrado com manobras baixas, o que levou a uma penetração do exército alemão por uma longa distância em território aliado. Em contra-ataque, os ingleses fizeram um modelo de caça com motor blindado chamado Sopwith Camel e, posteriormente o Sopwith Salamander, que também podia carregar 4 bombas. Mas a ofensiva Alemã faliu pelo fato de as tropas alemãs estarem exaustas, a situação do país estava lamentável e também pelo fato dos Estados Unidos terem aderido à guerra ao lado dos aliados.[15]

A força aérea americana não contava com grandes tecnologias e seus pilotos não estavam habituados à batalha, por esse fato ocorreram muitos acidentes. Mesmo assim, eles não estavam exaustos e eram em grande número, diferente dos soldados alemães. Os americanos não tinham uma tecnologia de aviação avançada, mas receberam novos modelos da França, como o Nieuport 28 e o Spad XIII. Dessa forma, os aliados conseguiram vencer a batalha aérea dos alemães graças a situação dos pilotos e do país.[16]

Terminada a guerra, através das condições do armistício, o desenvolvimento aeronáutico da Alemanha ficou impedido. É importante ressaltar que, a força aérea alemã não foi derrotada, mas a guerra terminou pelo fato de os países estarem em calamidade.[17]

Os aviões não foram os únicos veículos de guerra aéreos, também haviam os balões que foram uilizados para observação, podendo com eles se corrigir os tiros de artilharia. Outro exemplo eram os dirigíveis (zepelins), que podiam voar mais alto que os balões e eram usados principalmente em bombardeios, no início eram vantajosos, mas depois de algum tempo se tornaram desvantajosos, já que eram muito vulneráveis após a criação de aviões que os alcançavam.[18]

Referências:

(Fonte://http://www.repositorio.virtual.fumec.br/demos/pdfs/aviacaoprimeiraguerra.pdf_ Acesso em 30/06/2014 às 22h. e 50min.)

(Fonte: http://garotasda802.blogspot.in/2007/09/aviao-guerra-no-ar_07.html/m=1_ Acesso em 30/06/2014 às 23h. e 09min.)

(Fonte: http://www.sistemadearmas.com.br/ca/Avicao1GM.pdf_ Acesso em 01/07/2014 às 22h.)