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Usuário(a):Joana Bicho/Rascunho Trabalho 4.2

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A logística no negócio electrónico, surge devido à necessidade da gestão de fluxos físicos, bens e serviços uma vez que estes suportam o serviço clientes/consumidores finais, facultando maior rapidez e fiabilidade na resposta. Permitem também a demarcação, possibilitando a fidelização de mercados (Carvalho et al., 2000, p. 156).

Com o aparecimento e expansão do e-business, é fundamental que se entenda a mensagem logística, de gestão e conciliação entre fluxos físicos e fluxos informacionais. É também necessário compreender qual o perfil do cliente final, uma vez que a sua principal característica é a exigência.

O negócio electrónico veio exigir ainda mais à logística, na medida em que a coordenação entre os fluxos físicos e os fluxos informacionais, é a sua finalidade por excelência. O propósito continua a ser o mesmo, isto é, pretende-se oferecer ao mercado o que este deseja, a baixo custo, em tempo apropriado e com qualidade na entrega. Estes aspectos criam distinções, proporcionando novas formas de competitividade. Sendo do conhecimento público as muitas experiências de insucesso do e-business, existem questões fundamentalmente logísticas por responder:

  • como irão funcionar os centros de distribuição;
  • as empresas de courier terão capacidade de resposta para os pedidos e a sua quantidade, variedade, aleatoriedade;
  • a experiência das empresas de venda por catálogo tradicional, será útil em termos de processo, de modo a que possa orientar as novas empresas.

Já exitem redes logísticas com capacidade para responder a pedidos tangíveis, todavia, a maioria não tem conhecimento de como decorre o processo físico. A menos que se trate de um mercado com características particulares, o custo para o início da montagem ou para a entrada numa rede logística, é extremamente elevado. Para além disso, há que ter em conta os custos dos sistemas de informação que permitem o desenvolvimento e gestão do negócio electrónico e a distribuição, desde a ligação informacional entre o pedido electrónico e o sistema da empresa (através do ERP) ao momento em que os produtos entram em armazém, passando picking, packing, transporte (geridos pelo SCM) (Carvalho et al., 2000, p. 155-158).

Importância da logística no negócio electrónico[editar | editar código-fonte]

O negócio electrónico, beneficia as empresas na medida em que aumenta a eficiência, reduzindo custos e estabelecendo relações mais próximas com os clientes, fornecedores, colaboradores.

Para que a empresa mantenha o seu nível de competitividade, deve oferecer aos seus clientes vantagens como a privacidade e protecção de dados, atendimento personalizado, distribuição e essencialmente serviços de entrega fiáveis. A logística reversa contribuiu para uma diminuição na apreensão do consumidor em relação à Internet, uma vez que são aceites devoluções, independentemente das causas.

Por outro lado, o negócio electrónico apresenta uma dificuldade acrescida no que diz respeito às respostas físicas. Apesar dos clientes se encontrarem próximos no que diz respeito à informação, o mesmo não acontece fisicamente.

É por isso essencial que as empresas possuam um planeamento e execução eficazes das encomendas, o ciclo físico deve aproximar-se o mais possível do virtual. O planeamento nas empresas é importante, os processos de aquisição e produção devem ser melhorados para que haja redução dos custos. É importante que o cliente não se aperceba de potenciais problemas, assim, as alterações efectuadas no plano não se reflectirão no mercado.

Em relação à produção, devem ser feitas estimativas de quando se deverá proceder ao reabastecimento de componentes, para que os stocks não sejam excessivos ou insuficientes. O produto, assim que sai do fabrico, deve ficar imediatamente disponível para ser distribuído.

É crítico possuir bom serviço a baixo custo. A entrega dos produtos no local certo requer sistemas logísticos apropriados e eficazes. Um dos grandes desafios tem sido deslocar pequenos volumes num enorme espaço geográfico, a logística é por isso um dos pontos mais problemáticos do negócio electrónico.

Neste contexto aumenta a importância dos operadores logísticos no comercio electrónico, integrando todo o processo, através de serviços que se estendem da encomenda, passando pelo controlo de stocks até à distribuição.

O negocio electrónico obriga as empresas a gerir dois fluxos de natureza distinta: físicos e informacionais. Esta especificidade faz com que o raciocínio logístico seja fundamental, minimizando as lacunas formadas pelos diferentes fluxos, tornando o negócio electrónico completo e bem sucedido (Carvalho et al., 2006, p. 61-64).

Serviços logísticos no e-commerce[editar | editar código-fonte]

A maioria das empresas recorre a a outras empresas especializadas na prestação de serviços logísticos, para efectuarem as sua entregas, isto é, são representadas por empresas de entregas rápidas, couriers e transportadores de cargas fraccionadas. Todavia, as grandes empresas têm a possibilidade de optar por sistemas próprios de entregas.

O conceito de hub-and-spoke (a carga é colocada num centro de operações onde é efectuada a triagem e o reenvio para os diferentes destinos) desenvolvido pela FedEx, nos Estados Unidos, introduziu uma nova modalidade nos serviços de entregas rápidas, uma vez que permitiu uniformizar os prazos de entrega, possibilitando o planeamento das actividades, redução nos custos e cumprimento dos prazos de entrega (Santos et al., 2004, p. 39).

Serviços de entregas expresso[editar | editar código-fonte]

Apesar da UPS ter iniciado a sua actividade mais cedo, é à sua rival FedEx que é atribuído o mérito por ter revolucionado os conceitos logísticos (Santos et al., 2004, p. 39). O conceito hub-and-spoke, especificamente aplicado ao transporte aéreo de cargas, consiste na recolha de cargas de diversos pontos do país, e concentrar a mesma em centros regionais, sendo posteriormente transportada por via aérea até ao hub, em Memphis (cidade escolhida especificamente, uma vez que se localiza no centro dos Estados Unidos e o tráfego aéreo raramente é prejudicado devido a condições climatéricas adversas). Ao chegar ao hub, as encomendas são descarregadas, separadas por destino e reenviadas por via aérea. No dia seguinte, uma frota de veículos procede à entrega das encomendas (Santos et al., 2004, p. 40).

Desenvolver o e-business e a componente logística[editar | editar código-fonte]

Para que a entrada no e-business seja bem sucedida, esta deve ser sustentada segundo alguns princípios (Carvalho et al., 2000, p. 158-161):

  • a tecnologia tem um papel fundamental no e-business, uma vez que esta deixou de ser apenas um suporte;
  • o modelo de aplicado ao negócio do electrónico, deverá ser distinto do modelo do negócio convencional;
  • a inabilidade de alterar um modelo actual para um modelo pensado de origem para o e-business, pode conduzir ao insucesso do negócio electrónico;
  • pretende-se que este tipo modelo de negócio possa satisfazer expeditamente as variações de procura, impostas pelo cliente;
  • o e-business tem a capacidade de exigir às empresas que atendam aos pedidos dos seus clientes/consumidores;
  • a tecnologia também deve ser aproveitada para inovar, facilitar o processo desde a encomenda, passando pela sua recepção, até ao serviço adicional;
  • no futuro, o negócio electrónico deverá estar assente em business communities, de modo a que seja possível responder às necessidades dos clientes com maior eficiência;
  • é necessária uma forte liderança, por parte da gestão, para que as estratégias do negócio, dos processos, seja mais eficaz.

Estrutura logística tradicional vs modelos de negócio electrónico[editar | editar código-fonte]

Tradicionalmente, as organizações tratavam as estruturas logísticas de forma interna, dando maior relevância ao transporte e armazenagem. Acreditava-se que era efectuado um melhor trabalho na área da logística se esta fosse desenvolvida pelas próprias empresas, ao invés de serem contratados prestadores de serviços especializados na área (Carvalho et al., 2006, p. 82).

Actualmente, a tecnologia aliada ao negócio e ao mercado, permitem um melhor conhecimento das necessidades dos clientes/consumidores, potenciando uma melhor resposta logística, de forma a que seja possível a fidelização por parte do cliente. Estes factores têm contribuído para o desenvolvimento da CRM, QR/CR, ECR e CPFR (Carvalho et al., 2006, p. 83).

Os mercados apostam em factores que façam a diferença de modo a que possam ser mais competitivos, isto é, estão orientados para a qualidade e tempo de resposta, por conseguinte, conferem à logística respostas menos tradicionais.

Logo, pode-se depreender que a gestão das actividades logísticas, deve ser efectuada recorrendo à gestão dos transportes, armazenagem, infra-estruturas e utilização de sistemas e tecnologias (Carvalho et al., 2006, p. 84).

Referências[editar | editar código-fonte]

  • SANTOS, Célia Rodrigues dos; PINTO, Soares Edna; MICHELÂO, Renato Jesus - Logística de distribuição física no Brasil e a influência do comércio eletrônico [Em linha]. Faculdade Módulo Paulista. São Paulo: 2004. Trabalho de conclusão de curso apresentado à faculdade Módulo Paulista para obter título de Bacharel e Administração. [Consult. 13 Maio 2008]. Disponível em WWW:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • NISSANOFF, Daniel - FutureShop: how the new auction culture will revolutionize the way we buy, sell, and get the things we really want. Nova Iorque: Penguin, 2006. ISBN 978-1-59420-077-9.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Wikibooks[editar | editar código-fonte]