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Usuário(a):Juliane Carla Guedes Lima da Silva/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A palavra sítio vem do Latim Situs, que significa posição, local ou situação, nesse sentido sítio arqueológico é um espaço que contém um conjunto de vestígios produzidos pelos humanos, podendo conter desde fragmentos cerâmicos ou mega estruturas, como as pirâmides do Egito. Em relação ao conceito de sítio arqueológico, não existe consenso entre os pesquisadores, há cientistas que afirmam que não é necessário haver uma concentração vestigial para definir determinado local como um sítio, já que, sobretudo nos tempos mais remotos, quandos os grupos humanos eram nômades e por consequência precisavam estar em constante deslocamento em busca de recursos para subsitência, é certo que muitas regiões foram pontos de passagem de clãs humanos, mas que por diversos motivos, não foi possível recuperar nenhum registro da passagem destes por este ou àquele local.

Os sítios arqueológicos são estudados por profissionais da Arqueologia, através de autorização do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que possuem conhecimento aprofundado e específico sobre os artefatos, tipos de sítios arqueológicos e os contextos que circundam esses locais. Com isso, se faz necessário avisar para instituições de pesquisa se caso evidenciar algum material do passado humano ou o conjuto de artefatos. No Brasil, esses locais são protegidos por lei e é crime destruí-los.

É importante ressaltar que os sítios arqueológicos são testemunhos de evidências de atividades da humanidade, tanto na pré-história quanto no passado recente, como exemplo as pinturas rupestres ou ambientes que foram cenários de conflitos bélicos, respectivamente. Os sítios arqueológicos mais conhecidos correspondem a cidades, templos, cemitérios e túmulos antigos soterrados em várias partes do mundo.

Os espaços que compõem as materialidades da cultura humana podem nos dizer muito sobre nossa história e de nossos antepassados, sendo os sítios arqueológicos locais que antes foram espaços de alimentação de um grupo, ou de caça para uma comunidade, ou até mesmo um lugar sagrado, quando se trata de enterramentos, por exemplo. Em contextos históricos, é possível exemplificar o Cais do Valongo, lugar reconhecido como espaço de memória de resistência por possuir uma grande carga simbólica para pessoas de matriz africana, pelo fato de que o espaço está compreendido por remanescentes ósseos de pessoas que foram trazidas à força da África para o comércio de pessoas escravizadas no Brasil. Com isso, se faz necessário compreendermos que, apesar dos sítios arqueológicos terem seu início em um passado distante ou em um passado recente, muitas comunidades do presente possuem ligações simbólicas e ritualísticas, cabe a todos o respeito.

Fatores pós deposiciais, como a erosão do solo, ou a própria água dos rios ou chuvas podem ter levado os artefatos arqueológicos para outro local. Além disso, o reuso um debate trazido por Schiffer, coloca que muitos materiais descartados, podem ter sido reutilizados pelo próprio grupo que o produziu ou outras pessoas, que podem ter o levado a outros locais. Nessa perspectiva, Plog, Plog e Wait, ainda na década de 70 lançaram o termo "não-sítio", para se referirem a locais onde há presenças efêmeras de atividade humana, as quais não podem ser delimitadas espacialmente.

Caso o foco da pesquisa não estiver atrelado à história da humanidade através das suas atividades, através da sua cultura material, mas sim ao estudo da evolução da vida na Terra, as correspondentes áreas de pesquisa em campo são então denominadas sítios paleontológicos. Os sítios paleontológicos são, assim, áreas que historicamente mostraram-se propícias à formação e preservação de fósseis. Com base nos fósseis coletados em dispersos sítios paleontológicos ao longo do globo, com alguns remontando ao éon arqueano, é possível construir um cenário elaborado da evolução da vida no planeta ao longo de sua existência. Com isso, a Arqueologia não estuda dinossauros, nem fósseis no geral, importante a compreensão que para estes estudos, os paleontólogos que assumem as pesquisas.