Usuário(a):Lina Ramduque/Testes
O espanhol chileno apresenta grandes diferenças do espanhol falado em outros países, portanto, ele é considerado uma variedade do espanhol. A gíria chilena representa as diferentes expressões e palavras do espanhol chileno. O léxico chileno inclue palavras da linguagem coloquial, as quais foram influenciadas pelo espanhol argentino, por línguas indígenas como mapudungun, quechua, aimara e por palavras de origem não hispânica. Com o tempo, o espanhol chileno sofreu transformações devido à influência de outras línguas e seu vocabulário teve um aumento significativo.
Origem das Gírias
[editar | editar código-fonte]As gírias e o uso de muitas palavras do espanhol chileno tem sua origem com a chegada dos espanhóis no ano 1541[1]. Com a colonização, as línguas indígenas chilenas se misturaram com o espanhol e, a partir de então criaram-se novas palavras e variantes da língua espanhola diferenciá-la do espanhol trazido pelos colonizadores. Tambén há outras que foram produto da entrada de extrangeiros, principalmente pelos ingleses e franceses.
Gírias de origem crioula
[editar | editar código-fonte]Estas palavras derivam do mesmo espanhol, mas em Chile têm outro significado. Alguns exemplos são:
- Paloblanco = testaferro: testa de ferro
- Roto: baixo nível sociocultural
- Volantín = cometa: papagaio de papel
- Rotoso = desarrapado: esfarrapado
- Habiloso: habilidoso
- Al tiro = inmediatamente: imediatamente
- Ya = sí, bueno: sim, bom
Gírias de origem quechua
[editar | editar código-fonte]O encontro entre os espanhóis e os quíchuas produziram mudanças importantes em ambas línguas. O espanhol, desde os primeiros anos da conquista, influenciou o quíchua em aspectos léxicos e em aspectos de sua morfologia e sua sintaxe. Hoje é impossível encontrar uma variedade de quíchua que não use o espanhol em sua conversação diária[2]. Algumas palabras mais comuns do quechua usadas no espanhol são[1]:
- Callampa[1]: habitação pobre
- Chala: sapato rústico que deixa partes do pé expostas
- Choclo: maçaroca
- Guagua: bebê pequeno, bebê amamentando
- Pucho: sobras de cigarro ou cigarro
Gírias de origem mapuche
[editar | editar código-fonte]A partir do contato do povo Mapuche com os conquistadores espanhóis, o léxico referente ao ambiente natural local e à cultura indígena passou a ser incorporado à língua destes últimos[3]. Algumas palavras, excluindo aquelas que se referem a alimentos típicos, plantas, animais endêmicos e o corpo humano, comumente usados de origem Mapuche são:
- Cahuín: festa, às vezes envolvida com embriaguez
- Guatón: barrigudo
- Copuchar: Propalar noticias alarmantes, exagerando los hechos
- Pilucho: nu
- Pololear: Manter relacionamentos românticos com um certo nível de formalidade.
- Quiltro: cachorro vira-lata, cachorro de rua
Gírias de origem não hispânica
[editar | editar código-fonte]As palavras estrangeiras têm sido incorporados de países como Alemanha, França, Inglaterra e os Estados Unidos; sendo o Inglês a língua moderna mais influente. Alguns exemplos são:
- Monje: monge ( palavra de origem francesa)
- Biombo: móveis formados por duas ou mais folhas verticais de tecido (palavra de origem japonesa)
- Cóctel: coquetel (palavra de origem inglesa)
- Fútbol: futebol (palavra de origem inglesa)
- Boom: o estrondo (palavra de origem inglesa)
- kuchen: torta doce (palavra de origem Aleman)
- schop[1]: vaso de cerveja de barril ( palavra de origem Aleman)
Gírias típicas chilenas do linguagem coloquial
[editar | editar código-fonte]Muitas expressões que são usadas atualmente na língua chilena foram construídas a partir da mistura de palavras espanholas com palavras crioulas e indígenas. Alguns exemplos são:
- Ir de carrete [4]: sair de festa
- A calzón quitado: falar abertamente, direto ao ponto
- Cabeza de agua: pessoa com apenas água na cabeça/ significa poucade poca inteligencia
- Cabros chicos: crianças, ligeiramente rudes ou insultuosos
- Cachar/¿cachai? :entender algo/entendes?
- Qué chori: que fofo, que legal
- Porfiado: obstinado, teimoso
- Estar arriba de la pelota: ficar bêbado
- Apretar cachete: estar apressado ou atrasado.
- Andate a la cresta: vá para o inferno
- Tincar: achar algo bom, interessar-se
- Quincho: lugar dum prédio onde se faz churrasco
- Tirar el poto para las moras[5]: uma pessoa corajosa
- Está pato: estar sem dinheiro
- Vale callampa: algo sem valor
- Mano de guagua: chileno pão duro
- Perro muerto: pessoa que não paga a conta
- Quedo la escoba[6] : causar uma grande bagunça
- Apitutado: usar os próprios contatos para obter algo
- La pega: o trabalho
As gírias mais usadas
[editar | editar código-fonte]- Weón[6] : amigo, cara
- Bacán: legal, incrível
- Al tiro: imediato
- Flaite: pessoa de baixa classe social, geralmente relacionada ao mundo do crime
- Lata: coisa que causa fastio ou desgosto
- Fome: chato, sem graça
- Chato: chateado ou exausto
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c d e Rencoret Aliga, J., Osorio Aravena, P., García Farias, D., Hidalgo, M. e Muñoz Moya, P. (2006). El español de Chile: Cinco momentos [Informe final de seminario de grado para optar al grado de licenciado en lengua y literatura hispánica con mención en lingüística, Universidad de Chile]. https://www.academia.edu/17259116/El_espa%C3%B1ol_de_Chile_Cinco_momentos
- ↑ a b Molina Merma, Gladys (2007). Contacto lingüístico entre el español y el quechua: un enfoque cognitivo-pragmático de las transferencias morfosintácticas en el español andino peruano, Universidad de Alicante. ISBN: 978-84- 690- 5984- 5. Obtido o 14 de Dezembro de https://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/4114/1/tesis_doctoral_gladys_merma.pdf
- ↑ a b Sánchez Cabezas, Gilberto (2010). «Los mapuchismos en el DRAE» (PHP). Boletín de filología (Santiago,Chile) 45 (2): 149-256. ISSN 0718-9303. Obtido o 29 de Novembro 2020 de http://dx.doi.org/10.4067/S0718-93032010000200008.
- ↑ a b Romey, Jared. (2019). Speaking Chileno. RIL editores.
- ↑ a b Gírias chilenas (2020). As melhores dicas de viagens para o Chile. Obtido o 22 de Novembro 2020 de https://likechile.com/girias-chilenas/
- ↑ a b c Diccionario de chilenismos (2005). Obtido o 22 de Novembro 2020 de https://web.archive.org/web/20100826014709/http://www.juanelo.cl/diccionario-de-chilenismos/