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Usuário(a):Maria Teresa Cavalcante Araujo/Testes

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Maestro João Cavalcante

O maestro-tenente João Cavalcante fundou em São João del-Rei, aonde residiu, a Sociedade de Concertos Sinfônicos e o Orfeão da Escola Normal.

Foi o maestro da banda de música do 11º Regimento de Infantaria, ocasião em que organizou um orfeão masculino.

É o autor do hino do Regimento de Infantaria de São João del-Rei, do hino da cidade de São João del-Rei e do hino do Colégio Nossa Senhora das Dores.

Foi um divulgador da música mineira e dirigiu uma temporada de operetas na Bahia.

Em 1972 foi agraciado com o título de cidadão honorário são-joanense.

Biografia :

Nasceu em Passagem de Mariana, Minas Gerais, em 18 de maio de 1902, filho de Francisco Cavalcante e de Francisca Cavalcante.

Aos 9 anos de idade começou seus estudos de música.

Aos 16 anos passou a dirigir a Banda de Música da cidade. Casou-se com Dª Maria Teresa Gallo, também nascida em Mariana, e tiveram seis filhos.

Como militar, serviu em Ouro Preto, Minas Gerais e, mais tarde, em Belo Horizonte, onde se formou no Conservatório Mineiro de Música, atual Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi aluno do maestro Francisco Nunes, no curso de Harmonia, e do maestro Assis Republicano, no curso de Contraponto e Fuga.

No Rio de Janeiro, tomou aulas intensivas de regência coral com Villa-Lobos.

Transferido para São João Del Rei, Minas Gerais, fundou a Sociedade de Concertos Sinfônicos (Orquestra Sinfônica de Orfeãos) e o Orfeão da Escola Normal Nossa Senhora das Dores, onde lecionava. Dirigiu a Banda de Música do 11° Regímento de Infantaria, onde organizou um orfeão.

Em Juiz de Fora, Minas Gerais, fundou um orfeão e uma orquestra, compostos de elementos da sociedade e de músicos da banda do exército.

Voltando a Belo Horizonte, fundou a Orquestra Sinfônica Mineira e o Orfeão Mineiro. Como Maestro e Diretor Artístico, dirigiu inúmeros concertos e foi responsável pela Temporada Oficial de Operetas, sob o patrocínio da Prefeitura Municipal, sendo Belo Horizonte a única cidade do país a contar com uma temporada anual e regular. Foram apresentadas doze das mais belas e aplaudidas operetas, como “A Viúva Alegre” , “A Princesa das Czardas”, “Sonho de Valsa”, “Eva”, “O Barão Cigano”, “ A Casa das Três Meninas”, etc. Os componentes da orquestra e do orfeão não recebiam salários, eram entidades sem fins lucrativos e a renda obtida com os ingressos das apresentações era utilizada para sua manutenção ( uniformes, cenários, vestuário para operetas, etc.) e em benefício de instituições de caridade.

O maestro João Cavalcante dirigiu entidades Musicais nas seguintes cidades mineiras : Ouro Preto, Mariana, São João Del Rei, Itaúna, Sete Lagoas, Pará de Minas, Cordisburgo, Nova Lima, Sanos Dumont, Itapecerica, Barbacena, Oliveira, Caeté, Divinópolis, Sabará, Lavras e Ubá. Dirigiu uma temporada de operetas na Bahia.

Organizou o setor de música do SESI - Serviço Social da Indústria, em 1953, com aulas de teoria e solfejo, violino, canto orfeônico e outras.

Formou a Orquestra de Câmara Pró-Arte, composta somente de membros de sua família: 1°s violinos : ele próprio e seu filho Mozart; 2°s violinos : Teresa e Haydn; Viola : Ivone; Violoncelo : Dulce e Piano : Nilce.

Com a Pró-Arte foram realizadas audições em teatros, colégios, rádios e televisão.

Regente, arranjador e compositor, o maestro João Cavalcante dedicou sua vida à difusão da música em Minas Gerais, tendo revelado talentosos artistas, cantores, instrumentistas, regentes e compositores. Dentre suas obras, compôs fantasias, aberturas para orquestras ( tais como “Nilce”, “Ivone”,”Dulce” e “Teresa” , dedicadas a suas filhas), músicas sinfônicas, peças para côro (“Canção do Exílio “, “O Meu Sertão”, “ Sou Brasileiro”, “Avante Brasileiro”, “ Barcarola” ), uma gavota para orquestra de câmara ( “Betinha” , para sua primeira neta), quartetos de cordas, marchas e dobrados para banda de música ( dentre eles “Pretensioso” e “Seresteiro”).

Produziu arranjos de peças de autores conhecidos e de pelos menos doze das mais famosas operetas.

Homenagens prestadas ao maestro João Cavalcante:

1936 - Batuta de Prata, Ébano e Madrepérola- Sociedade Concertos Sinfônicos de São João Del Rei

1967 - Medalha de Honra ao Mérito da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

1970 - Diploma de Honra ao Mérito da cidade de Belo Horizonte

1972 - Cidadão Honorário de São João Del Rei

1972 - Acadêmico de Honra da Academia Marianense de Letras - Mariana - MG

1979 - Sócio da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais

1982 - Placa de Prata - Sociedade de Concertos Sinfônicos- São João Del Rei

Por ocasião de sua morte, em 14 de agosto de 1985, havia na Câmara Municipal de Belo Horizonte projeto para outorgar ao maestro o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte. A Câmara, então, deu o seu nome a uma das ruas belorizontinas.

Relação das 53 músicas de sua autoria :

. São Sebastião

. Pretensioso

. Barulho

. Assalto Guajuvyra

. Mario Thiago

. 1937

. 1938

. 1939

. Cruz Vermelha

. Cruz Azul

. Tréco

. Minúsculo

. Anão

. Garboso

. Sargento Martins F. da Costa

. Pétit

. Terezinha

. Bandeira Branca

. Lembranças de José A. Lino

. Álvaro Marciano

. Seresteiro

. Arlindo

. Saudades

. Gente Simples

. Enlevo

. Baú Velho

. Tango

. Anita

. Aos Pulos

. Betinha

. Quarteto para Cordas

. Música de Arraial ( quarteto para cordas)

. Tu és Sacerdos

. Oremos Pro Pontífice

. Canção do Exílio

. Salve

. O Meu Rosário

. Canção do Regimento Tiradentes (11° R.I.)

. Sou Brasileiro

. O Meu Sertão

. Avante

. Hino da Escola e Ginásio N.Sra. das Dores

. Barcarola

. São João Del Rei

. Hino a Santa Cecília

. Minueto

. Serenata

. Gavota

. Fantasias de Caçador

. Nilce ( abertura)

. Ivone  ( abertura)

. Dulce  ( abertura)

. Teresa  ( abertura)

Fontes : 1. artigo do jornal TRIBUNA SANJOANENSE de 26 de março de 1996, de autoria de Sebastião de Oliveira Cintra, da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais. 2. texto da contra capa do CD Quarteto de Cordas da UNI-BH, de autoria de Ney Soares, Reitor do Centro Universitário de Belo Horizonte 3. Memórias das filhas do maestro João Cavalcante.

< artigo do jornal Tribuna SANJOANENSE de 26 de março de 1996 >