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Concreto armado como sistema construtivo no Brasil[editar | editar código-fonte]

O Brasil possuía diversos sistemas construtivos antes da hegemonia do Concreto Armado, como o Adobe, Pedra, Cantaria e outros. [1]   O concreto armado se inseriu no Brasil, no início do século XX e empresas vindas do exterior, distribuíram o produto pelo país e o popularizaram, até que ele ganhou protagonismo na história da arquitetura brasileira, com normas e métodos de ensino próprios. [2]

Essa técnica, inicialmente chamada de cimento armado, possui uma carência de informações sobre os seus primeiros usos, mas sabe-se que esse momento tem relação com a Revolução lndustrial. As primeiras aplicações datadas são de 1904, por Antonio de Paula Freitas, na Escola Polytechnica do Rio de Janeiro . As primeiras realizações demonstram o emprego em casas de habitação no Rio de Janeiro, calculados pelo engenheiro Carlos Poma, que teve outras produções com esse sistema produtivo, calculando cerca de seis prédios todos estruturados em concreto armado, em Copacabana e  Petrópolis. Outras construções pioneiras em concreto armado, são do mesmo tipo, como,  casas de habitações, reservatórios de água, galerias de estradas [3] e saneamento sanitário, principalmente em Santos. [4]Após isso inicia-se a necessidade de normalização do uso do concreto.

Os registros pioneiros, são da cidade de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Considera-se que as primeiras  obras de concreto calculadas foram de Carlos Euler, junto ao Mário de Andrade Martins Costa, atuando no Rio de Janeiro , em 1908, na construção da ponte em arco sobre o rio maracanã . A primeira obra documentada em São Paulo, ficava localizado na rua São Bento, esquina com a atual praça do Patriarca. Diz-se que muitos dos primeiros cálculos estruturais eram feitos no exterior para maior segurança na obra, as dosagens e aplicações também usavam as recomendações estrangeiras, quanto ao traço, pedregulhos e consistência.[2] Pedro Carlos da Silva Telles, registra o que teria sido obras iniciais com o uso do concreto armado. Cita que entre 1911 e 1914 a Ponte que passa pelo rio Tamanduateí e muros de arrimo em suas laterais para revitalização do rio, em São Paulo e em 1912, em Belo Horizonte, foi utilizado na reconstrução de reservatórios de abastecimento de água da cidade. [2]

O primeiro escritório de concreto armado no Brasil, localizado no Rio de Janeiro, pertencia a Emílio Baungart, em 1925. O concreto passou a ser utilizado em grande escala, necessitando de uma regulamentação, que ocorreu em 1929, envolvendo várias tipologias construtivas, no código Saboya , afim de dar início a padronização brasileira. Esse sistema construtivo passa a ser ensinado e estudado. O texto pioneiro no Brasil sobre o assunto foi de Paula Souza da EPUSP, em 1912 e em 1930 já era lecionado em faculdades. Foi criado o IBRACON (Instituto Brasileiro de Concreto Armado), para que em 1970, inciassem pesquisas no Brasil quanto ao uso do concreto armado e sua qualidade. [2] Passa a ser um material de fácil aceitação, pela sua plasticidade, simplicidade de confecção com preços baixos e por proteger armaduras da corrosão . O Brasil passa a utilizar o concreto armado de maneira preeminente em todas as localidades do país, tanto por pessoas com mais ou menos recursos, em arquiteturas mais ou menos arrojadas. [5]  Pelo largo consumo de concreto, as suas aplicações passam a ter novidades e inovações que só o Brasil tinha realizado, como fundações profundas, marquises, grandes áreas construídas, monumentos como o Cristo Redentor e vencendo grandes vãos. [2]

  1. Colin, Silvio. «Técnicas construtivas do período colonial» (PDF). Consultado em 19 de setembro de 2017 
  2. a b c d e Vasconcelos, Augusto Carlos (1985). O Concreto no Brasil: Recordes - Realizações - História. São Paulo: Copiare 
  3. Santos, Roberto Eustaáquio dos (2008). «A ARMAÇÃO DO CONCRETO NO BRASIL História da difusão da tecnologia do concreto armado e da construção de sua hegemonia». Consultado em 19 de setembro de 2017 
  4. MARCOLIN, Neldson (Setembro, 2006). «Criação do concreto». Pesquisa Fapesp. Consultado em 19 de setembro de 2017 
  5. Santos, Roberto Eustáquio dos (2006). «A cultura do concreto armado no Brasil: educação e deseducação dos produtores do espaço construído». Consultado em 19 de setembro de 2017