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Usuário(a):Marquioneban/(in) Tolerância Religiosa

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(in) Tolerância Religiosa[editar | editar código-fonte]

Cristo, a igreja e a tolerância[editar | editar código-fonte]

Na linguagem oral o verbo tolerar significa suportar algo ou alguém. Neste caso, a palavra tolerar expressa a dificuldade das religiões aceitarem umas as outras ou até mesmo o direito de discordar.


No principal livro cristão, a Bíblia, os evangelhos contam que Jesus Cristo teve esta dificuldade com seus discípulos. Jesus a caminho de Jerusalém quis passar pela Galiléia. Os habitantes daquela região não o quiseram receber pelo fato de ser judeu. Ao saber disso, dois discípulos quiseram que Jesus os castigasse fazendo descer sobre eles o fogo Divino. Jesus os repreendeu dizendo: "Vocês não sabem de que espírito sois" (Lc 9, 55). Jesus também disse a um discípulo que queria proibir alguém de expulsar demônios, porque não pertencia ao grupo deles: "Não o proíbam. Quem não está contra nós, está do nosso lado" (Lc 9, 49- 50). Ele quis ensinar seus discípulos a descobrir Deus no diferente, como é o caso do oficial romano Paulo – que é um dos apóstolos - na mulher estrangeira e nos samaritanos.


Certamente, vale para toda pessoa, em qualquer tradição ou corrente religiosa, a palavra que, há alguns anos, os bispos católicos da Ásia escreveram: "Deus é amor e se dá de mil maneiras à humanidade. Não nos pede permissão para se revelar às diversas comunidades e grupos humanos. Reconhecer estas múltiplas formas de como seu amor se revela é um modo importante de honrá-lo e corresponder ao seu amor".


Jesus deixou dois mandamentos. O primeiro é: “amar o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito;” (MT 23,37), e o segundo é: “amarás o teu próximo, como a ti mesmo” (MT 23,39). Para a irmã Márcia Maria presidente do CONIC-MG (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs) “ser ecumênico não significa que todos devem ser católicos ou pertencerem a Assembléia de Deus, mas sim aceitar as diferenças e colocar em pratica as igualdades ensinados por Cristo”, afirma. Ela disse ainda que a “igreja nasceu católica, universal” e que só depois se constituiu Católica Apostólica Romana. “No inicio a igreja era de todos, judeus, gregos e outros”, completa a Irmã.


Intolerância religiosa[1][editar | editar código-fonte]

Segundo o site Portas Abertas os cinco países que possuem maior intolerância religiosa são Coréia do Norte, Arábia Saudita, Irã, Afeganistão e Somália. Ao todo o portal enumera 50 nações que não cumprem o artigo dezoito da Declaração dos Direitos Humanos. “Todo homem tem direito a liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião e/ou crença (…)” afirma a Declaração.

O cerceamento religioso ainda existe e leva a sociedade a um debate ainda maior. Até que ponto o ocidente interfere no oriente? Dos cinqüenta países listados pelo portal somente Cuba não freqüenta a geografia oriental.

De acordo com o jornal O Lutador apesar de Cuba ter abandonado sua política ateísta na década de 90, em 2005 criou uma lei que supostamente legalizava as igrejas domesticas. Por meio desta lei foi possível controlar algumas religiões. Para Michael Cromatie, representante da agencia Baptist Press, “os quase 50 anos de Fidel Castro no poder foram marcados por um tempestuoso e, às vezes, brutal relacionamento com comunidades religiosas”, diz em entrevista ao O Lutador.

Para Luiz António, professor de cultura religiosa do UNILESTE-MG, a intolerância religiosa e algo contraditório aos ensinamentos de cada religião, pois na sua maioria ensinam a paz. “A questão não é a religião em si, mas o uso político da religião. Cuba foi ateísta devido a Igreja ter sido contra a revolução” afirma o professor.

Em um evento realizado no ano de 2008 para discutir a intolerância religiosa, o professor Raufal-Jaber, da Universidade de Petra, em Amã, disse “injusto o colonialismo, injusta a divisão da humanidade em classes, injusta também a discriminação entre etnias, religiões e sexos”. E continua, “devemos voltar nosso esforço para remover a injustiça do coração do homem”. Raufal-Jaber é islâmico.


Legislação sobre tolerância religiosa[editar | editar código-fonte]

A Constituição[2] brasileira preve no artigo 5º que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias ,e a aceitação dos diferentes tipos de religião existente no mundo e na sociedade.” Também é considerado crime atraves do codigo penal, em seu artigo 208 “escarnecer1 de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar2 publicamente ato ou objeto de culto religioso.”

O Dia Nacional de combate à intolerância religiosa foi criado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente da República no dia 27 de dezembro de 2007, por meio da lei n. 11.635[3]. O decreto é muito conciso: "Fica instituído o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, a ser comemorado anualmente em todo o território nacional no dia 21 de janeiro.” O artigo 2 diz que “a data fica incluída no Calendário Cívico da União para efeitos de comemoração oficial.” Traz as assinaturas do presidente da República e do ministro da Cultura.


A fé, a religião e a tolerancia organizada em entidades e eventos.[editar | editar código-fonte]

Hoje no Conselho Mundial da Igrejas[4] – CMI - existem 349 igrejas cadastradas. Esse numero é muito maior no mundo. Em defesa da tolerancia as igrejas procuram se encontar no CMI, não para debater as diferenças, mas para desenvolverem o lado comunm existente entre elas.


No Brasil existe um conselho similar a CMI, o CONIC[5] – Conselho Nacional da Igrejas Cristãs do Brasil. Ele é composto pela Igreja Católica Apostolica Romana, Igreja Cristã Reformada, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia e Igreja Presbiteriana Unida. Juntas elas desenvolvem a cada 5 anos a Campanha da Fraternidade Ecumenica[6]. O Conselho já realizou três campanhas ecumenicas, em 2000 foi a primeira e era Fraternidade e os Excluidos; em 2005 a segunda e o tema foi Fraternidade e Paz e a em 2010 a terceira campanha ecumênica com o tema: Economia e vida. Diferente do CMI o CONIC não aceita ainda igrejas e religiões de confissões diversas a Cristã.


No Brasil existe também as Comunidades Eclesiais de Base[[7]], que promovem seu evento, a nivel de Brasil, a cada 5 anos. O encontro de CEB’s é marcado pelo pluralismo religioso. O evento conta com a pesença em massa de católicos embora haja grande participação de indigenas e sua tradições, menbros do Candomble e outras tradiçoes africanas. Semelhante a CEB’s o Movimento Nacional de Fé e Política[8] também é ecumênico.


Saiba mais:[editar | editar código-fonte]

Agencia Baptist Press[9]

O que ecumenismo?[10]

Conselho Mundial das Igrejas[11]



Bibliografia:[editar | editar código-fonte]

BRASIL; PINTO, Antonio Luiz de Toledo; WINDT, Márcia Cristina Vaz dos Santos; CÉSPEDES, Livia. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 40. ed., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2007. 448 p. ((Coleção Saraiva)) ISBN 9788502061279


DECLARAÇÃO universal dos direitos humanos. 4. ed. Atualizada. s.l: s.n., 1978. 32p



Referências:[editar | editar código-fonte]

http://www.jornalmundojovem.com.br/artigo-48.php

http://www.overmundo.com.br/blogs/o-brasil-e-a-tolerancia-religiosa

http://www.oikoumene.org/es/quienes-somos.html

http://oanunciador.wordpress.com/

http://www.portasabertas.org.br/

http://www.fepolitica.org.br/

http://www.olutador.com.br

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal

http://www.bibliaonline.com.br/