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Maria Joana Moreira Mendes Leal | |
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Pseudónimo(s) | Coccinelle |
Nascimento | 12 de outubro de 1896 Torroselo |
Morte | janeiro de 1976 (79 anos) Lisboa |
Nacionalidade | portuguesa |
Progenitores | Mãe: Maria da Conceição Mendes Moreira Pai: José Joaquim Mendes leal |
Ocupação | Educadora, escritora, colunista, redatora. |
Período de atividade | 1922-1976 |
Prémios | Condecorações: Pro Eclesia et Pontifica(1936), Comenda da Ordem da Benemerência, Comenda da Ordem da Instrução Pública, Medalha da Cruz Vermelha, Dama da Ordem de Santiago da Espada |
Religião | Católica |
Maria Joana Moreira Mendes Leal (Torroselo, 12 de outubro de 1896 –Lisboa, janeiro de 1976) foi uma convicta e empenhada militante católica que se tornou uma das figuras mais marcantes em termos católicos e políticos e com maior manifestação ao publico durante o Estado Novo, o qual apoiava ferverosamente.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Maria Joana Moreira Mendes Leal nasceu em 12 de outubro de 1896 em Torroselo, freguesia hoje conhecida por União das freguesias de Torroselo e Folhadosa e na qual existe uma rua em seu nome “Rua Dª Joana Mendes Leal”, era filha de Maria da Conceição Mendes Moreira e de José Joaquim Mendes leal. Teve uma educação simples e normal, aprendendo as primeiras letras com o pai até aos 11 anos.
Frequentou depois o Instituto de Odivelas, antes conhecido por Instituto Infante D. Afonso, durante dois anos letivos (1908/1910). O inicio da Republica fez com que a sua família saísse da sua casa em Lisboa e voltasse a morar em Torroselo. Maria Joana Moreira Mendes Leal termina assim os seus estudos oficiais e continua a sua educação em casa.
Iniciou uma colaboração com o jornal católico ”As novidades”, em 1929, assinando com o seu pseudónimo “Coccinelle” colaboração esta que revelou ter imenso sucesso, este comprovado pela inúmera correspondência dirigida à autora. Envolveu-se no Congresso Eucarístico de Loriga em 1931 e em 1932 percorreu todas as sedes de pontifícios do país.
Esteve associada ao Movimento Noelista e à Associação Católica Internacional da Obra de Proteção às Raparigas (O.P.R.) sendo ainda nomeada Vice-presidente desta em junho de 1934. Nesse mesmo ano apresentou publicamente a recentemente criada Liga Independente Católica Feminina e em maio de 1935 participou no X Congresso Internacional da OPR na Suíça. Maria Joana Moreira Mendes Leal até agora mostrando-se uma mulher cheia de empenho e de convicção, teve o seu árduo trabalho reconhecido pelo Papa Pio XI ao receber uma condecoração Pro Eclesia et Pontifica em 1936.
A notoriedade de Maria Joana Moreira Mendes Leal é reconhecida por parte do Estado Novo e são lhe conferidos cargo políticos de destaque. Em 1937 torna-se vogal da direção da Obra das Mães, é também membro da Junta Nacional de Educação a partir de 1939 continuando a movimentar-se pelas várias Dioceses do país, sempre no âmbito da O.P.R, até 1941 ano no qual é nomeada presidente da Junta Nacional de Proteção. O seu fraco estado de saúde e o seu empenho em afazeres políticos fazem com que modere as suas atividades a partir deste ano. Foi também procuradora à Câmara Corporativa em três legislaturas representando as Associações Particulares de Assistência a partir de 1942.
Maria Joana Moreira Mendes Leal foi diretora do Boletim da Mocidade Portuguesa Feminina desde 1947 até 1972. Esta mocidade criada em 1937 possuía um boletim desde 1939 e que a partir de maio de 1947 foi desdobrado em dois boletins diferentes, estes sendo o “Boletim para Dirigentes” (1947-1952 e 1963-1968) e o “Menina e Moça” (1947-1974).
É eleita para a Junta Internacional da Proteção da Moralidade Pública em 1952 e em 1954 publica o seu livro mais reconhecido até hoje “O Santo Padre Cruz”. Tudo isto deu-lhe uma grande visibilidade pública e apoiou, também publicamente, a candidatura de Américo Tomás em 1958. Envolveu-se politicamente apelando ao voto nas páginas do “Diário de Lisboa” e apesar da doença, a convite da embaixada dos Estados Unidos da América em Portugal, deslocou-se até lá durante 3 meses. Foi também a Goa, em 1960, convidada pelo Governador-geral Vassalo e Silva tendo sido esta a sua última grande viagem. No entanto não a última viagem pois em 1964 foi à Madeira e aos Açores para uma conferencia sobre” A palavra saudade no Cancioneiro Português”
Foi agraciada com a Comenda da Ordem da Benemerência, Comenda da Ordem da Instrução Pública, Medalha da Cruz Vermelha e foi-lhe concedida a designação de Dama da Ordem de Santiago da Espada.
Maria Joana Moreira Mendes Leal faleceu após doença prolongada em janeiro de 1976.
Caracterização da obra[editar | editar código-fonte]
Maria Joana Moreira Mendes Leal com a sua habilidade incrível de oração e de escrita publicou inúmeros artigos em revistas e jornais, declamou centenas de elocuções e conferencias divulgando sempre os valores do afeto à ruralidade, moral cristã e às virtudes das mulheres.
Prémios[editar | editar código-fonte]
- Comenda da Ordem da Benemerência
- Comenda da Ordem da Instrução Pública
- Medalha da Cruz Vermelha
- Dama da Ordem de Santiago da Espada
Condecorações[editar | editar código-fonte]
- Pro Eclesia et Pontifica por Pio XI (1936)
Obras[editar | editar código-fonte]
- A Província (1928, Lisboa) Seminário de propaganda e defensor dos interesses provincianos
- As novidades (1929) Jornal católico onde foi colunista
- A Proteção (1932-1968, Lisboa) Jornal onde foi redatora de artigos ideológicos
- Conferência: Associação Católica Internacional para Obras de Protecção às Raparigas (1935)
- Beato João de Brito (1940)
- O que é a protecção (1940, Lisboa, Inst. Sup. Técnico) Trabalho apresentado na sessão solene das bodas de prata da fundação portuguesa da Associação Católica Internacional de Obras de Protecção às Raparigas
- A enfermeira ideal (1943)
- A luz dum alto ideal (1950, Beira, Mocidade Portuguesa Feminina) Movimento para o desenvolvimento do espirito nacional e social
- O cruzeiro à Africa da Mocidade Portuguesa Feminina (1950, Lisboa, Neogravura) Movimento para o desenvolvimento do espirito nacional e social
- A mensagem de Fátima (1951, Lisboa, Mocidade Portuguesa Feminina)
- O Santo Padre Cruz (1954, Porto, Livraria Apostolado da Imprensa, 1ª Edição)
- A saudade (1961, Bastorá)
Referências[editar | editar código-fonte]
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
Azevedo, Carlos Alberto de Pinho Moreira de (2013).Bibliografia para a História da Igreja em Portugal (1961-2000), CEHR-UCP, ISBN: 9789728361563
Braga, Paulo Drumond; Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond (2012). A Mocidade Portuguesa Feminina e a formação culinária em Menina e Moça (1947-1962), Campinas, Cadernos Pagu, ISSN 1809-4449
Madeira, António (2013). Famílias ilustres de Torroselo, Disponível em: http://correiodetorroselo.blogs.sapo.pt/7545.html (data da consulta: 20/11/2017).
Pimentel, Irene Flunser (2007). Influências internas e externas na Obra das Mães e na Mocidade Portuguesa Feminina. Campus Social - Revista Lusófona de Ciências Sociais, [S.l.], n. 3 & 4, p. 19-43, june 2009. ISSN 1645-9857. Disponível em: <http://revistas.ulusofona.pt/index.php/campussocial/article/view/222>. Acesso em: 25 nov. 2017.
Sousa, António Ferreira de (2005). Maria Joana Mendes Leal - Uma activista Católica durante o Estado Novo, Boletim Semestral NEHM
Silva, Ana Isabel (2008). A Arte de Enfermeiro: Escola de Enfermagem Ângelo da Fonseca, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press, 2008, ISBN: 9789728704995