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Os tradutores e as suas qualificações acadêmicas
[editar | editar código-fonte]Quando a Comissão da Tradução do Novo Mundo doou todos os direitos de autor sobre a sua tradução da Bíblia à Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, pediu que seus membros permanecessem no anonimato, mesmo depois de sua morte. Esta opção da Comissão foi explicada da seguinte forma:
- "Os tradutores não buscavam proeminência para si, mas apenas dar honra ao Autor Divino das Escrituras Sagradas." [1]
Outras comissões de tradução adoptaram um conceito similar. Por exemplo, a sobre-capa da Edição de Referências da Nova Bíblia Normal Americana, (1971, em inglês), declara:
- "Não usamos o nome de nenhum erudito para referencia ou recomendações, porque cremos que a Palavra de Deus deve destacar-se pelo seu próprio mérito."
Por não se fornecerem nomes nem qualificações acadêmicas, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas tem de ser avaliada pelos seus próprios méritos. Isto pode ser feito, em especial por se usar a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências. Esta edição contém uma Introdução com explicações sobre os fundamentos usados para a tradução, mais de 125.000 referências marginais, mais de 11.000 notas de rodapé, uma concordância extensiva, mapas, e 43 artigos no apêndice.
Em processo que transitou em juízo, Franz admitiu, sob juramento, que não conseguia traduzir Génesis 2:4 a partir do hebraico - um versículo que qualquer estudante do primeiro ano de hebraico num seminário teológico poderia facilmente traduzir.[2]
Em Os Testemunhas de Jeová o Dr. Walter Martin concluiu que na Comissão de Tradução do Novo Mundo "não havia nenhum tradutor de reputação com títulos reconhecidos em exegese ou tradução grega ou hebraica".[3]
A biografia sobre George Gangas menciona que era um turco que falava grego moderno. Barbara Anderson, ex-pesquisadora assistente do Departamento de Redação (1989-1992) da Sociedade Torre de Vigia, tornou público que Albert Schroeder e Karl Klein fizeram as muitas notas de rodapé e marginais, bem como as referências cruzadas que nos seis volumes originais da Tradução do Novo Mundo. Outras Testemunhas como assistentes desta Comissão, contribuíram na sua elaboração, nas sucessivas revisões, bem como na tradução em outros idiomas. {{Carece de fontes}}
Segundo os críticos, Frederick Franz era o único membro capaz entre os membros da Comissão da Tradução do Novo Mundo para fazer um trabalho de tradução. Afirmam ainda que George Gangas, um turco que falava grego, sabia pouco de grego bíblico (ou grego koiné). Também acrescentam que Albert Schroeder e Karl Klein fizeram as muitas notas de rodapé e marginais, bem como as referências cruzadas que nos 6 volumes originais da Tradução do Novo Mundo eram mais numerosos do que na edição revisada de 1984. Outros elementos anónimos como assistentes desta Comissão, talvez possuindo melhores habilitações, poderão ter contribuído na sua elaboração, nas sucessivas revisões, bem como na tradução em outros idiomas. Qualquer referência a nomes, no entanto, permanece como especulação visto que nada foi publicado até hoje sobre o assunto.
Opinião dos defensores
[editar | editar código-fonte]Apesar das críticas, esta tradução possuí também os seus defensores. Por exemplo, em 1989, o professor Benjamin Kedar[1], de Israel, disse:
- "Em minha pesquisa linguística relacionada com a Bíblia hebraica e suas traduções, várias vezes eu consulto a edição em inglês do que é conhecido como Tradução do Novo Mundo. Ao fazer assim, confirmo repetidamente meu conceito de que essa obra reflecte um esforço honesto de obter uma compreensão do texto tão precisa quanto é possível. Dando evidência de amplo domínio da língua original, verte inteligivelmente as palavras originais para um segundo idioma sem se desviar desnecessariamente da estrutura específica do hebraico. (…) Toda a declaração linguística permite certa latitude de interpretação ou de tradução. Assim, a solução linguística em qualquer dado caso pode ser discutida. Mas, eu nunca descobri na Tradução do Novo Mundo intento preconceituoso de dar ao texto uma interpretação que este não contenha."
- ↑ As Testemunhas de Jeová no Propósito Divino, 1959, pág. 258, edição em inglês; A Sentinela de 15 de Março de 1975, pág. 191
- ↑ Walsh vs. Honorable James Latham, Court of Session Scotland 24/11/1954, cross-examination of Frederick Franz, pág. 90-2
- ↑ Walter Martin, Os Testemunhas de Jeová, editora Betânia, 1987, pág. 61-2, em inglês