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Usuário(a):Pachequis/Testes

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Histórico

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Primeiros anos

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O Bate-Papo do UOL surgiu junto com a criação do UOL, em 28 de abril de 1996.[1] No início, havia 46 salas, com capacidade de 20 pessoas. Ele inicialmente foi criado para servir como um ponto de encontro entre fãs e artistas. O bate-papo tornou-se popular logo em sua estreia, e meses depois já contava com salas temáticas.[2] Nos anos 90, havia uma média de 30 mil participantes simultâneos, com pico de 1,5 milhão de visitas diárias.[3] De acordo com a Ernst & Young, em 1999 o Bate-Papo do UOL retinha 70% do mercado brasileiro.[4]

Aplicativo

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Em 6 de fevereiro de 2014, o Bate-Papo do UOL ganhou um aplicativo grátis para Android e iOS.[5] De acordo com a Serasa Experian, em 2014 o Bate-Papo era a décima rede social ou fórum mais acessado do país, na frente de serviços como o Google+.[6] Em novembro de 2023, o aplicativo foi indicado ao Prêmio de Escolha dos Usuários da Play Store.[7]

Em maio de 2017, havia uma média de 60 mil participantes simultâneos, com o pico de mais de 2,5 milhões de visitas diárias.[3] Em agosto, o aplicativo bateu o recorde de um milhão de usuários únicos.[5]

Atualizações

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Em 26 de dezembro de 1996, havia 115 salas abertas, com salas como Bar e Namoro às Escondidas tendo temas escuros.[8] Em 27 de janeiro de 1997, o bate-papo contava com 153 salas, e houve mudanças no design. A janela nos navegadores Netscape Navigator 2.0 e Microsoft Explorer 3.0 eliminaram a barra de botões.[9] Em 6 de outubro, o UOL comprou um novo servidor e criou 139 salas novas para a Estação de Bate-papo do UOL, que passou a ter o total de 278 salas, além de aumentar a capacidade em 25%, permitindo que 9.400 internautas conversassem simultaneamente.[10] Em 3 de dezembro, o bate-papo foi integrado na versão beta do UOL Já, que também permitia que o usuário recebesse notícias instantaneamente.[11] Em 6 de fevereiro de 1998, foram abertas 17 salas novas para a Cidade e Regiões, incluindo para as cidades Americana, Barueri, São Carlos, Cuiabá e Pelotas, Por idade e Imagens Eróticas receberam 17 salas, Sexo recebeu 4 salas e Encontros recebeu 1 sala.[12] Em 30 de março de 1998, o UOL expandiu o número de salas para 500, tornando-se o maior bate-papo do Brasil.[12] No dia 30, o total de salas eram 520, comportando 3 mil internautas. Também foi aberto três salas para pessoas de 15 a 20 anos e duas salas para o grupo de 10 a 15 anos.[13] Em 10 de janeiro de 1999, o UOL estreou salas sobre séries de televisão.[14] Em 20 de agosto de 2008, o número de salas foi dobrado.[15]

Funcionalidades

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Interface

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Originalmente, o acesso era gratuito, mas assinantes tinham prioridade nos servidores. Os bate-papo funcionava 24 horas por dia.[10] Ao abrir, o usuário podia escolher três modalidades de bate-papo: assuntos pessoais, negócios e temas adultos.[16] As salas eram divididas em canais. Entre os canais disponíveis, estavam Cidades e Regiões, Por Idade, Imagens Eróticas, Sexo, Cinema, Futebol, Vestibulares, entre outros.[17] Há canais exclusivos de texto. É possível observar o número participantes de um dos canais em antemão.[9] Originalmente as salas comportavam 20 pessoas,[9] mas salas com mais de 30 pessoas passaram a ser disponíveis apenas para assinantes do UOL.[17] Apenas assinantes podiam criar salas novas.[18] Em 2008, a navegação passou a ser realizada por abas e o menu passou a contar com quatro grandes subdivisões: Cidades, Idades, Temas e Só Para Assinantes. A versão completa do bate-papo contava com leitor de RSS para notícias, todos os canais da Rádio UOL, além do recurso de sons MIDI.[15]

No início, o usuário precisava digitar seu nome todas as vezes que entrava em uma sala nova. Após a mudança de design em janeiro de 1997, o nome tornou-se fixo. Dois usuários podem ter o mesmo nome, desde que não estejam na mesma sala. A atualização também trouxe a opção de "espiar", que permite o usuário observar o que está ocorrendo no bate-papo mesmo sem participar dele. A opção funciona mesmo que a sala esteja lotada.[9]

O servidor possui um dispositivo de buscas, onde o usuário pode procurar por uma pessoa em particular.[16] Havia um mural onde era possível agendar conversas em salas específicas ou enviar mensagens, que ficavam armazenadas até uma semana. É possível criar conversas privadas. Nesse caso, não é possível utilizar a opção "espiar".[9] Dentro do UOL Já, caso o usuário estivesse offline, a mensagem era armazenada e entregue no instante em que ele se conectasse. Porém, esta opção era paga.[11] A partir de 2008, era possível selecionar até 5 pessoas para deixar seus usuários coloridos.[15]

Em 2016, em comemoração aos 20 anos de existência, o Bate-Papo passou por outra reformulação. Uma das novidades foi o "Agora no BP", que permite rodar vídeos sem sair da sala.[6]

Segurança

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Dentro do UOL Já, o programa era disponibilizado apenas para assinantes e as mensagens do bate-papo contavam com criptografia.[11] As salas são monitoradas por um software de segurança que gera um alerta para os moderadores caso surja algum tema suspeito. Também é possível acionar a Central de Denúncia do UOL. O UOl também barra crianças menores do que quinze anos, incluindo com o software Desktop Mágico. O programa UOL Antifraude, presente na Barra UOL, diminuia as chances de visita a um site fraudulento. Pessoas que cometam o crime de pedofilia são denunciadas ao Ministério Público.[19]

Em agosto de 2007, William Ribeiro da Silva, de Tremembé, foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por interrupção ou perturbação de serviço telegráfico ou telefônico e formação de quadrilha por pagar programadores de Belo Horizonte e Fortaleza para espalhar links de sites pornográficos no bate-papo que roubavam as informações do computador da vítima, e faz com que o usuário infectado repasse os links em outras salas.[20]

Chamada com vídeo

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Em maio de 1998, o UOL estreou o Video Papo.[21] Originalmente, as chamadas com vídeo eram disponibilizadas através de uma webcam conectada ao NetMeeting, da Microsoft.[16]

Geolocalização

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Em março de 2014, o aplicativo para Android e iOS passou a contar com geolocalização.[22]

Outros programas

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Em 1998, surgiu o Meu Bate-Papo, que era capaz de criar um sistema de localização por nome, apelido ou endereço eletrônico, a própria lista de contatos, enviar e receber textos e imagens com extensão bmp. Ele estava disponível para Windows 95, NT e 3.x.[23] O programa foi baseado em um programa canadense.[24]

Em 1999, surgiu o Jane, mais tarde apelidado de Bate-Papo Jane, que permitia enviar mensagens automáticas. a mudança de cor e a inclusão de sons nas mensagens. Ele foi criado por um programador denominado Ender, e estava disponível para Explorer 4.01, Netscape 3.01, 3.04, 4.04.[25]

Em 2008, surgiu o CrazyChat, que agregrava funções ao bate-papo. O programa foi criado por Miguel Targa, que notorizou-se por ganhar dinheiro descobrindo falhas em sites como Orkut e YouTube. O programa habilitava diversas funções, como a possibilidade de trocar a cor do usuário sem sair da sala. O uso do CrazyChat foi banido do Bate-Papo do UOL em junho de 2008 por propagação de vírus e divulgação de propaganda ilegal, mas os programadores concordaram em reestruturar conforme as regras do UOL. No fim de 2008, na versão 2.1, foi implementado a função "kick", onde era possível expulsar uma pessoa da sala. Por isso, em 2009, o programa foi banido de forma definitiva.[26][27]

Transmissões

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Bate-papo com Convidados

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O UOL promovia conversas ao vivo com personalidades do mundo artístico, cultural e esportivo, que respondiam as perguntas através do bate-papo.[10] Com a criação da TV UOL, as entrevistas passaram a ser disponibilizadas na plataforma.[28] Em 4 de janeiro de 2001, o bate-papo também passou a realizar conversas no auditório virtual Dante Alighieri, com capacidade para 7 mil pessoas.[1]

O primeiro bate-papo ao vivo foi realizado com o jornalista Clóvis Rossi, em 13 de maio de 1996.[29] Entre os que participaram, estão Débora Rodrigues, Dado Villa Lobos,[10] Vanessa Menga,[30] Ney Latorraca,[31] Paulo Autran,[32] Umberto Cavenago,[33] Tom Zé,[34] Eliane Caffé,[35] Otávio Donasci,[36] Christian Huebler, Andreas Broecklann,[37] Zé Celso,[38] Jac Leirner, Itamar Assumpção,[39] P.MC e DJ Deco Murphy,[40] os membros do Planet Hemp,[41] os membros do Sepultura,[42] os membros dos Virgulóides,[43] os membros do Sobrinhos do Ataíde,[44] Herbert Vianna e Fito Paez (em parceria com o Clarín),[45] Rosi Campos, Zezeh Barbosa,[46] Luana Piovani, Nizan Guanaes,[47] José Mojica Marins,[48] Cássio Scapin,[49] Maurício Gugelmin,[50] Roberta Close,[51] Rita Lee,[52] Jorge Ben Jor,[53] Martinho da Vila,[54] Gilberto Gil,[55] Gerald Thomas,[56] Sônia Braga, Ellen Rocche, Lívia Andrade, Laura Müller, Elke Maravilha, Caco Barcellos, Laerte Coutinho, Heródoto Barbeiro, Daiane dos Santos, Túlio Maravilha, Cleo Pires, Joana Prado, membros da Rouge, Mirella Santos,[57] Caio Túlio Costa,[58] Jô Soares,[59] Maurício Gugelmin,[60] Luana Piovani, Nizan Guanaes,[61] Andrea Guerra e Mari Alexandre.[62]

Sandy & Junior tinham seu site oficial hospedado no UOL e apareciam regularmente no site. Em outubro de 1997 os fãs chegaram a disputar quem gritava mais alto para poder teclar e ganhar um beijo dos músicos.[63][64] Em 5 de fevereiro de 2001, pessoas se passando pela dupla iniciaram um bate-papo, onde 21 mil pessoas participaram. Ele foi agendado por uma pessoa que simulou ser a mãe deles, Noely Lima. Na ocasião, a dupla estava viajando nos Estados Unidos. Na ocasião, foram anunciadas medidas judiciais contra os impostores e maneiras de evitar novas fraudes.[64][65]

Debates

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O Bate-Papo do UOL também foi usado como uma plataforma para debates online. Em março de 1998, José Antonio Ramalho mediou um debate sobre o Windows 98.[66] Em abril, Luís Guisasola, diretor de marketing da Intel para a América Latina, debateu sobre o "PC do futuro".[67] Em junho, o médico da Pfizer, Valdir Pinto, e o professor do Departamento de Fármacos e Medicamentos da Unesp, José Carlos Nassute, discutiram sobre o viagra.[68]

Política

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O primeiro debate político na internet no Brasil foi realizado em 19 de outubro de 2000 entre os candidatos da prefeitura de Belo Horizonte Célio de Castro (PSB) e João Leite (PSDB), onde as perguntas seriam feitas ao vivo.[69] Em 20 de outubro de 2000, o Bate-Papo do UOL iria promover um debate entre os candidatos para a prefeitura do Rio de Janeiro Cesar Maia (PTB) e Luiz Paulo Conde (PFL). Conde não compareceu, e o evento foi transformado em uma entrevista com Maia.[70] A candidata a prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT) também participou de uma entrevista no mesmo ano.[71] Luiz Inácio Lula da Silva participou do bate-papo em 2 de agosto de 2000, onde falou sobre corrupção. Na época, ele era o presidente de honra do PT.[57]

Novelas

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Em 25 de novembro de 1996, o Bate-Papo do UOL transmitiu O Moscovita, a primeira novela brasileira na internet. O trama girava em torno de um criminoso que digitalizava fotos de suas vítimas para chantageá-las online. Era possível enviar e-mails para os personagens, que eram respondidos durante a trama. A novela foi finalizada no dia 25 de dezembro. Na ocasião, foi sorteado um computador Compaq para o telespectador que adivinhasse o mistério da trama.[72]

Cultura

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Bate-papo

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Normalmente, as conversas começavam com "quer teclar?" ou com sua sigla "quer tc?"[3]

Encontros offline

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Logo no início do Bate-Papo, foram agendados encontros na vida real. Em 8 de março de 1997, ocorreu um encontro offline dos usuários da sala "a" para a faixa etária de 40 a 50 anos. Ele ocorreu no Finnegan's Pub, no Jardim Paulista, São Paulo, que foi escolhido pela possibilidade de acesso à internet. Também foram marcados encontros em Brasília, Rio de Janeiro, Goiânia, Bahia, Paraná e em Orlando, nos Estados Unidos.[73] Também ocorriam muitos encontros entre os canais de pessoas com deficiência física e idosos, e havia até mesmo camisetas temáticas dos eventos.[2] A banda Detonautas foi criada em uma das salas do Bate-Papo em 1997.[74]

Sexo e relacionamentos

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Logo no início do bate-papo, havia salas com temática de sexo, como seguro, selvagem e swing. Além da sala de héteros, após a Parada do Orgulho Gay de junho de 1997, foram criadas salas para lésbicas, gays e bissexuais.[2] Também havia uma cultura de BDSM.[75] No início do bate-papo, as webcams não eram comuns, o que consolidou a cultura do sexting.[2] Também, há pessoas que passaram a namorar depois de se conhecerem online.[76] Houve casos de relacionamentos onde uma das partes escondeu que era casada.[2] Ainda, há relatos de pessoas que entraram em relacionamentos estáveis e em casamentos.[77][78] Em 1996, a Folha de S.Paulo publicou uma série de reportagens sobre internautas do Bate-Papo do UOL durante o Natal.[79] De acordo com o jornal, as salas sobre sexo foram as mais requisitadas durante o feriado.[8] Muitas das pessoas que frequentaram as salas foram descritas pelo jornal como "melancólicas", como um homem recém-divorciado[80] e um estudante de engenharia que simulou suicídio online.[81] Em 1999, o UOL realizou a campanha VirtualSex, pela agência DM9.[2] Em 2013, uma advogada espalhou quatro faixas no bairro Santo Antônio, em Belo Horizonte, atrás de um homem que conheceu no Bate-Papo.[82] Ela revelou seu nome nos jornais locais e rádios, e foi convidada para participar de programas de televisão.[83] De acordo com o TecMundo, em 2017 as salas com temáticas sexuais eram as mais populares do Bate-Papo, e havia muitos spams oferecendo serviços privados.[6]

Havia ainda casos de crimes sexuais que foram cometidos no bate-papo. A polícia quebrou o sigilo de 500 usuários que frequentavam uma sala denominada incesto, onde era postado material de pedofilia.[84] Em 6 de junho de 2008, o UOL precisou explicar-se para a CPI da Pedofilia.[85]

Memes

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A comunidade do bate-papo possui uma forte cultura de memes.[86][87]

Referências

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  2. ↑ a b c d e f Milly Lacombe e Mauricio Svartman (8 de outubro de 2022). «'Oi, quer tc?' Os primórdios do 'sexting' no lendário chat de sexo do UOL». BOL. Consultado em 7 de julho de 2024. Cópia arquivada em 7 de julho de 2024 – via UOL TAB]] 
  3. ↑ a b c Nilton Kleina (21 de junho de 2017). «Entramos no Bate-Papo da UOL em 2017 para saber o que ainda acontece por lá». Tecmundo. Consultado em 2 de agosto de 2024. Cópia arquivada em 2 de agosto de 2024 
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