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Gambá | |||||||||||||||||
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Gambá,Sarue.
Espécie: Didelphis Albiventris
O termo da língua tupi-guarani, onde "gã'bá" ou "guaambá", que significa um seio oco, uma referência aos marsúpias (que tem a características de possuir uma abertura ventral em forma de bolsa, onde se localiza as mamas do animal, sendo o local que os filhotes nutrem-se e protegem-se durante parte de seu desenvolvimento e crescimento).[1]
"Gambá" procede do tupi gã'bá, "seio oco", "Sariguê", "saruê", "sarigueia" e "saurê" procedem do tupi antigo sarigûeîa (sarigûé).[2]
O gambá, também chamado de sariguê, saruê ou sarigueia na Bahia, mucura na Amazônia, timbu na Paraíba e em Pernambuco, cassaco no Ceará e no Agreste pernambucano, gambá no Mato Grosso, Raposa na Região Sul do Brasil, taibu, tacaca, corintiano em São Paulo e Minas Gerais, e saurê[3], é um mamífero marsupial que habita desde o sul dos Estados Unidos até a América do Sul. É um dos maiores marsupiais da família dos didelfídeos.
Características[editar | editar código-fonte]
Essa espécie pertence aos marsupiais, como também os Koalas. No Brasil é existente duas espécies de gambá, sendo entre eles o Gambá de Orelha B. e o Gambá de Orelha P.[4]
Possui os pelos longos e grossos, de cor preta com as extremidades brancas que dão aspecto de acinzentado ou grisalho. Sua cabeça é grande e apresenta uma listra negra no centro que alcança o focinho, o qual é alongado e rosado. A cauda é grossa, afilada e praticamente desprovida de pelos, sendo estes somente encontrados em sua região anterior. Mede de 45 a 50 cm de comprimento, sem contar a cauda, que mede de 35 a 37 cm de comprimento, é prêensil e funciona como um quarto membro para auxiliar no deslocamento em árvores. O ventre é de cor clara e como o próprio nome sugere, possui as orelhas brancas. Apenas a fêmea possui o marsúpio, onde ficam alojados os filhotes.[5]
Têm um corpo parecido com o do rato, incluindo a cabeça alongada, mas com uma dentição poliprotodonte. As patas são curtas e têm cinco dedos em cada mão, com garras; o hálux (primeiro dedo das patas traseiras) e, em vez de garra, possui uma unha. Têm marsúpio e, ao contrário da maioria dos marsupiais, sua cauda é menor que seu corpo.[6]
Hábitos Alimentares[editar | editar código-fonte]
Os hábitos alimentares e a dispersão de sementes promovidos pelo marsupial Didelphis albiventris foram analisados em duas vertentes florestais de Curitiba, sul do Brasil, entre fevereiro de 1995 e fevereiro de 1997. Quarenta armadilhas vivas foram colocadas uniformemente nos fragmentos para captura e coleta de gambá de suas cicatrizes. [7]A dieta foi determinada por análise fecal e a dispersão de sementes foi testada através de experimentos de germinação de sementes. Com um total de 1842 armadilhas, 71 gambá-de-orelha-branca foram coletados e 51 continham sementes.
O gambá é onívoro, consumindo invertebrados , frutas e vertebrados; Alimentos comuns que são encontrados na ninhada. A diversidade de alimentos foi semelhante entre gambás de diferentes faixas etárias. Sementes de várias espécies de plantas passaram sem danos pelos intestinos e permaneceram viáveis, com base em pesquisas. Os frutos das plantas pioneiras foram os principais consumidos.[8]
Esse animal alimenta-se praticamente de tudo, como raízes, frutas, vermes, insetos, moluscos, crustáceos(quando encontrados em manguezais), anfíbios, lagartos, aves e serpentes (são imunes ao veneno). Pode alimentar-se de ovos e aves domésticas e de resíduos orgânicos (em locais urbanos).[9]
Os Gambás e cuícas são extremamente resistentes ao veneno das cobras do Novo Mundo, o que significa, além de mecanismo de escape de um predador, uma fonte alimentar alternativa.[10]
Ciclos Reprodutivos[editar | editar código-fonte]
Estudando os aspectos histológicos do sistema genital feminino de Didelphis albiventris , consideramos o período entre julho e janeiro a estação reprodutiva dos Didelfídeos[11]. A fase reprodutiva é de aproximadamente 30 dias e a cópula restringe-se a 1 ou 2 dias antes da ovulação, mas o esperma não sobrevive mais do que um dia. Os filhotes de gambá nascem na forma de embrião e pesam dois gramas, aproximadamente. O desenvolvimento ocorre na bolsa materna da mãe.[12]
Descrevendo a biometria do sistema genital masculino de D. albiventris durante o ciclo reprodutivo anual, ocorre o aumento do peso da próstata e das glândulas bulbo-uretrais de junho a janeiro, período de reprodução. Como as fêmeas tem seu período de acasalamento a partir de julho a janeiro. O achado de fêmeas com filhotes na bolsa nos meses de fevereiro e março, em menor número, é decorrente de fecundação ocorridas nos meses de novembro, dezembro ou janeiro. [13]
Possuem hábitos solitários, porém, na época do acasalamento, formam casais para reproduzir, Neste período o casal constrói um ninho de galhos e folhas secas. nesse período produzem um cheiro forte pelas axilas para espantar predadores, este mesmo odor é produzido pela fêmea na época da reprodução, para atrair o macho. Os filhotes de gambá nascem na forma de embrião e pesam dois gramas, aproximadamente. eles se desenvolvem nessa bolsa.[14]
Os gambás podem reproduzir-se três vezes durante o ano, dando dez a vinte filhotes em cada gestação, que dura de doze a catorze dias. Como nos restantes marsupiais, ao invés de nascerem filhotes, nascem embriões com cerca de um centímetro de comprimento, que se dirigem para o marsúpio, onde ocorre uma soldadura temporária da boca do embrião com a extremidade do mamilo. Os filhotes permanecem no marsúpio até quatro meses e, quando crescem não são ainda capazes de viver sozinhos, são transportados pela mãe em seu dorso. Em cativeiro, o período de vida é de dois a quatro anos.[15]
Um filhote marsupial é surdo e cego; suas patas posteriores e cauda são vestigiais. As patas anteriores, precocemente desenvolvidas, são constituídas de unhas temporais que auxiliam o filhote em sua escalada para o marsúpio, o que acontece sem o auxílio da mãe. Normalmente nasce um número bem maior de filhotes (aproximadamente 22) do que o de tetas (13), porém, no máximo 10 sobrevivem.[16]
Comportamento[editar | editar código-fonte]
Alguns gambás são imunes ao veneno de escorpiões e de serpentes, incluindo as jararacas (Bothrops sp.), cascavéis (Crotalus spp.) e corais (Micrurus spp.), podendo atacá-las pela cabeça e ingeri-las por esta. Segundo um estudo científico, a dose letal em um experimento com gambás foi de 660 miligramas de veneno, o que corresponde a uma dose 4 000 vezes superior à suportada por bovinos de quatrocentos quilogramas.[17]
A interação do homem com gambás é antiga: esses animais resistem bem à ação do homem no meio ambiente, vivem bem em forros das casas, ocos de árvores e outros abrigos; resistem bem aos restos alimentares do homem. Onde,muitas vezes os seres humano os utilizam como fontes de alimento. Atualmente, a tendência é de considerá-los como sinantrópicos. E mais, são os únicos mamíferos que permanecem em áreas muito devastadas.[18]
Parasitas[editar | editar código-fonte]
O gambá contém vários hábitos noturnos, por ser bastante oportunista, se acostuma facilmente a diversos ambientes, apresenta grande sinantropia e chega a viver com o homem no meio rural e nas cidades. Tais características fazem com que o gambá seja um disseminador, em potencial, de doenças. O animal pode atuar como hospedeiro definitivo de inúmeros parasitos como por exemplo carrapatos e pulgas, que agem como parasitos de ação irritativa, sendo, também, transmissor de bactérias responsáveis por doenças entre animais silvestres ou até humanos. [19]
No Brasil são reconhecidas 54 espécies de carrapatos das quais 33 pertencem ao gênero Amblyomma, sendo 10 ao gênero Ixodes e 10 a outros tipos de gêneros, todas importantes, pela espoliação sangüínea, transmissão de patógenos. O gênero Amblyomma é constituído por 106 espécies, das quais 45 estão em região neotropical. A esse gênero pertencem os carrapatos maiores, que parasitam anfíbios, répteis, aves e mamíferos em todas as regiões do Brasil.[20]
Amblyomma aureolatum, também conhecido como “carrapato amarelo do cão”, tem os canídeos como hospedeiros. É encontrado em zonas rurais e de mata, com ampla distribuição, também, parasitando bovinos, caprinos, veados, gambás, coatis, carnívoros. [21]
Parasitas que podem ser encontrados em gambás são: Trypanosoma cruzi, T. rangeli, T. freitasi, Leishmania chagasi, L. brasiliensis, Babesia sp, Physaloptera sp, Capillaria sp, Gnathostoma sp, Acantocephala sp, Paragonimus sp. Destes, Phisaloptera sp é considerado o único potencialmente odieno, é recomendável a vermifugação dos animais infectados.[22]
Predador[editar | editar código-fonte]
Seu principal predador é o gato-do-mato (Leopardus spp.). Por conta do nome é, por vezes, confundido com o cangambá (Mephitis mephitis), que não é um marsupial, mas um mustelídeo (ou um mefitídeo).[23]
Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]
Didelphis virginiana, com pelagem de inverno, têm uma ampla variedade na América Central e do Norte, que continua a se expandir. Hoje em dia, os gambás da Virgínia podem ser encontrados da Costa Rica ao sul de Ontário, Canadá.[24]
Didelphis aurita,gambá-de-orelha-preta: em todo o estado de São Paulo, Rio de Janeiro, principalmente nas regiões de Mata Atlântica deste e dos estados próximos; ocorre também no norte do Rio Grande do Sul e na Amazônia[25]
Didelphis albiventris - gambá-de-orelha-branca: Brasil Central, especialmente no Estado de São Paulo e no Rio Grande do Sul; também endêmico no Nordeste, especialmente Pernambuco, Paraíba e adjacências, onde é denominado timbu;[26]
Didelphis marsupialis – gambá-comum: desde o Canadá ao norte da Argentina e Paraguai; no Brasil, principalmente na região amazônica;[27]
Didelphis paraguaiensis - Rio Grande do Sul e Mato Grosso, podendo também ser encontrado no Paraguai;[28]
URL[editar | editar código-fonte]
- ↑ «Saruê, o Gambá Brasileiro! - ECOloja». www.ecoloja.blog.br. Consultado em 16 de janeiro de 2020
- ↑ «Saruê, o Gambá Brasileiro! - ECOloja». www.ecoloja.blog.br. Consultado em 8 de janeiro de 2020
- ↑ Gianastacio, Vanderlei. «A presença do sufixo -ismo nas gramáticas da língua portuguesa e sua abrangência dos valores semânticos, a partir do Dicionário de Língua Portuguesa Antônio Houaiss»
- ↑ «Saruê, o Gambá Brasileiro! - ECOloja». www.ecoloja.blog.br. Consultado em 16 de janeiro de 2020
- ↑ «Saruê, o Gambá Brasileiro! - ECOloja». www.ecoloja.blog.br. Consultado em 19 de dezembro de 2019
- ↑ Guedes, Maria Helena. Os saruês. [S.l.]: Clube de Autores (managed). pp. https://books.google.com.br/books?id=1w5yDwAAQBAJ&vq=ano+de+publica%C3%A7ao&dq=T%C3%AAm+um+corpo+parecido+com+o+do+rato,+incluindo+a+cabe%C3%A7a+alongada,+mas+com+uma+denti%C3%A7%C3%A3o+poliprotodonte.+As+patas+s%C3%A3o+curtas+e+t%C3%AAm+cinco+dedos+em+cada+m%C3%A3o,+com+garras%3B+o+h%C3%A1lux+(primeiro+dedo+das+patas+traseiras)+e,+em+vez+de+garra,+possui+uma+unha.+T%C3%AAm+mars%C3%BApio+e,+ao+contr%C3%A1rio+da+maioria+dos+marsupiais,+sua+cauda+%C3%A9+menor+que+seu+corpo.&hl=pt–BR&source=gbs_navlinks_s
- ↑ Cáceres, Nilton C. (1 de agosto de 2002). «Food Habits and Seed Dispersal by the White-Eared Opossum, Didelphis albiventris, in Southern Brazil». Studies on Neotropical Fauna and Environment. 37 (2): 97–104. ISSN 0165-0521. doi:10.1076/snfe.37.2.97.8582
- ↑ «Mau cheiro de gambá. Verdade ou mito?». G1. Consultado em 16 de janeiro de 2020
- ↑ «Saruê, o Gambá Brasileiro! - ECOloja». www.ecoloja.blog.br. Consultado em 16 de janeiro de 2020
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- ↑ Jansen, Ana Maria (27/09/2002.). «Marsupiais Didelfídeos» (PDF). SciELO Books. Consultado em 6 de janeiro de 2020 Verifique data em:
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- ↑ «Planeta dos gambás: animais se espalham em vários bairros do Rio». O Globo. 20 de julho de 2014. Consultado em 8 de janeiro de 2020
- ↑ Martina, Leila Siciliano. «Didelphis virginiana (Virginia opossum)». Animal Diversity Web (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2020
- ↑ «Gambá (Didelphis aurita)». FAUNA DIGITAL DO RIO GRANDE DO SUL. Consultado em 8 de janeiro de 2020
- ↑ «Gambá (Didelphis albiventris)». FAUNA DIGITAL DO RIO GRANDE DO SUL. Consultado em 8 de janeiro de 2020
- ↑ Celi, Renata (11 de fevereiro de 2019). «Gambá: entenda mais sobre esse animal!». Stoodi. Consultado em 8 de janeiro de 2020
- ↑ «Marsupiais Brasileiros: GAMBÁ». Marsupiais Brasileiros. 11 de agosto de 2017. Consultado em 8 de janeiro de 2020