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Usuário(a):Rita.freitass/Testes-chacina-beco-do-candeeiro

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Monumento em homenagem aos adolescentes assassinados na Chacina do Beco do Candeeiro - Cuiabá, Mato Grosso

Em 10 de julho de 1998, ocorreu em Cuiabá um crime que levou à morte de três adolescentes que viviam em condições de rua. O crime ficou mais conhecido como a Chacina do Beco do Candeeiro. O assassinato ocorreu na rua 27 de dezembro, conhecida popularmente como Beco do Candeeiro, localizada no Centro Histórico de Cuiabá.[1][2]

Chacina[editar | editar código-fonte]

O assassinato ocorreu por volta das 21 horas, o assassino sacou a arma e disparou contras os meninos, que estavam sentados lado a lado e provavelmente foram pegos de surpresa. O primeiro a ser atingido foi Baby que levou um tiro na cabeça, o segundo atingido foi Nado que levou um tiro no pulso que atravessou a cabeça, o terceiro garoto, Indinho, foi atingido na região do rosto, levando-o a óbito de imediato. Os outros dois meninos chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.[3] A chacina deixou um sobrevivente que presenciou os assassinatos do outro lado rua, o Verminose. Quando a assassino percebeu que havia um garoto que presenciou tal acontecimento passou a disparar contra o menino, que saiu correndo pelo Beco até chegar a Igreja da Matriz saindo ileso.[4]

Vitimas[editar | editar código-fonte]

As vitimas do trágico episódio eram adolescentes de periferia que viviam em situações de rua:[3]

  • Reginaldo Dias Magalhães, mais conhecido por Nado, 16 anos.
  • Edgar Rodrigues de Almeida, apelidado de Indinho, 15 anos.
  • Adileu Santos Nascimento, conhecido por Baby, 14 anos.
  • Edilson Ferreira, intitulado de Verminose, 16 anos (o sobrevivente).

Investigações[editar | editar código-fonte]

Até os dias de hoje não houve condenados. As investigações nos primeiros anos pós chacina chagaram até Jair Cândido da Cruz e Lúcio da Silva - que foram inocentados por falta de prova no envolvimento da chacina.[3] Em 2003 surgiu como o autor da chacina o nome do ex-militar Adeir de Souza Guedes conhecido por "Zé do caixão". Ele foi levado a júri e inocentado pois não havia provas o suficiente que comprovasse que ele seria o autor da chacina.

Monumento[editar | editar código-fonte]

No mesmo ano do acontecimento o artista plástico Jonas Correia construiu um monumento em homenagem aos meninos, atualmente se chama "Monumento do Beco do Candeeiro". A estatua retrata os três meninos antes da morte, com seus olhos de horror. Instalada na entrada do Beco do Candeeiro, na Praça “Dona Euphrosina Hugueney Mattos”, precisou ser finalizada em mármore sintético e resina para que fosse bem resistente e não pudesse ser destruída como já havia acontecido.[5]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Chacina que matou 3 adolescentes no Beco do Candeeiro completa 20 anos e mães cobram justiça em Cuiabá». G1. 10 de julho de 2018. Consultado em 21 de junho de 2024 
  2. «RDNEWS - Portal de notícias de MT». RDNEWS - Portal de notícias de MT. Consultado em 21 de junho de 2024 
  3. a b c MARCUS, Johnny (2020). «BECO SEM SAÍDA: A Chacina do Beco do Candeeiro 20 anos depois.». Umanos ed.  
  4. SILGUEIRO, Gabriela Rangel (2019). «. Luz no Candeeiro: vínculos de pertencimento em torno do memorial de uma chacina no Centro Histórico de Cuiabá» (PDF). Universidade Federal de Mato Grosso. Tese de mestrado em Antropologia Social – Programa de Pós Graduação em Antropologia Social. Consultado em 24 de abril de 2024  line feed character character in |título= at position 59 (ajuda); line feed character character in |publicado= at position 14 (ajuda); line feed character character in |periódico= at position 21 (ajuda)
  5. GONDIM, Kelly Cristina Pereira (2018). «Monumentos catástrofes e narrativas urbanas nas capitais do cerrado: Brasília, Cuiabá e Goiânia» (PDF). Universidade Estadual de Goiás. Tese de mestrado em Ciências Sociais e Humanidades – Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais e Humanidades “Territórios e Expressões Culturais no Cerrado”. Consultado em 24 de abril de 2024