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Usuário(a):SaruêCamamu/Testes

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaPachycondyla striata

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
Família: Formicidae
Subfamília: Ponerinae
Género: Pachycondyla
Espécie: P. striata
Nome binomial
Pachycondyla striata

A formiga-de-ferrão Ou cientificamente chamada (nome cientifico: Pachycondyla striata) é um inseto himenóptero da família dos formicídeos, encontrada em regões neo-tropicais como o sul do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. É capaz de se alimentar de outras formigas como a Odontomachus chelifer[1], fungos, líquens, sementes, outros insetos ou animais mortos e outros materiais orgânicos. É uma espécie bastante agressiva, sendo isso uma das suas principais características, tem um corpo alongado e hábitos terrícolas. Possui um ferrão, cuja picada é altamente dolorosa. Essa formiga é negra e pode chegar a até 3,0 cm. Também é conhecida pelos nomes de maria-pretinha, come-cobra, formiga-aguilhoada, mata-cobra, vagabunda, formigão e formiga-pica.

Podem ser formigas que possuem uma colônia que tenha mais de uma rainha coexistindo entre si, esse fato pode ou não afetar o comportamento da mesma, são bastante agressivas e se assemelham muito a vespas pelo seu comportamento hostil e estrutura corporal, podem ser reconhecidas por possuírem um aspecto negro, antenas que se localizam na parte superior da sua cabeça, grandes presas, olhos arredondados, inchaço na região anterior ao ferrão, pelos dourados e um ferrão deveras grande e outras estruturas também que são características da P.striata , seu ferrão tem uma estrutura proteica na forma de cristais, possui também uma toxina não letal, mas muito intrigante já que pode ser estudado para outros fins, entretanto em pessoas sensíveis ou alérgicas pode causar até choque anafilático, por esse fator ela é conhecida por muitos, tem ninhos extremamente simples e muito bem feito com uma estabilidade térmica invejável e por esse motivo algumas especies se instalam em seus ninho para reprodução ou apenas para moradia.

Tipicamente diurna porém com uma leve atividade noturna, isso se prevalece por todas estações tendo picos de forrageamento e atividade em estações mais úmidas, em estações mais secas e chuvosas sua atividade cai um pouco, pode apresentar atividade de forrageamento solitária ou em dupla dependendo do local e qual situação se encontra levando em conta que a P.striata tem várias estratégias de forrageamento principalmente para prevenção de escarces como se alimentando de operarias de outras formigas e outros seres mortos, é tipicamente carnívora mas se alimentam sim de materiais orgânicos é uma das suas estratégias de sobrevivência um cardápio vasto

Distribuição[editar | editar código-fonte]

São encontradas em regiões tropicais como todo o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, esse inseto pode ser encontrado normalmente em terrenos arenosos e úmidos, pode ser encontrada em florestas úmidas, florestas tropicais, matas ciliares, áreas gramadas abertas e cerrado, é encontrado também principalmente em locais onde concentra-se materiais orgânicos e fungos do qual se alimenta.

Identificação[editar | editar código-fonte]

Pode ser identificado por não possuir garras internas nas garras do tarso, uma cor negra tendo também inchaços na região anterior superior do pós-petíolo, é alongada com um par de asas e sua pare rostral com a influência de suas a fêmea é semelhante à trabalhadora, com olhos relativamente grandes e com pelos dourados eretos e sub-retos em quase todo o corpo, os pelos nas pernas são semelhantes e abundantes mas a maioria deles não são eretos.[2]

Tem também uma cabeça com antenas, suas presas quando juntas tem uma forma triangular, tórax com três pares de pernas e dois pares de asas, se assemelha muito a uma vespa até em seu comportamento agressivo.

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Mandíbulas triangulares, com pelo menos 6 dentes (geralmente mais) na parte interna margem, quando as mandíbulas estão fechadas, o margens internas na vista frontal atingem o cípeo. Os lobos frontais estão próximos frente da cabeça, de modo que eles estão quase a se tocar possui duas patas traseiras, esporões tibiais apicais, um simples e um pectinado.

Superfícies dorsais do mesossomo e metassoma glabras quase inteiramente desprovidas de escultura; pubescência no metassoma extremamente esparsa a ausente brilhando fortemente, uma formiga com superfícies pretas dorsais do mesossomo e metassoma não glabro, coberto com moderado a pubescência densa, ou escultura de superfície, ou ambos seu dorso da cabeça profundamente estriado com um tamanho maior de (3,0 mm)o dorso da cabeça liso, sem estriação;tamanho menor (2,0 mm), dorso do mesossoma sem pilosidade permanente com dorso do mesossoma com pilosidade permanente.

Margens póstero-laterais do nó peciolar arredondado e bandas antenais relativamente mais curto (<1.0) tem também margens póstero-laterais do nó peciolar angular, bandas antenais. Pygidium com um dente triangular virado para cima em ambos os lados da picada com um nó peciolar robusto e quase cuboide; crassinoda Pygidium sem dentes, mandíbula com 6 dentes bem pronunciados espécies pequenas (<1,5 mm), olhos reduzidos, com menos de 25 ommatidia, seu estigma mandíbula tem pelo menos 8 dentes ou dentículos, ou outras características variáveis. Abertura do espirro propodeal redondo ou elíptico em vista lateral com Abertura de espiráculos propodeais como fendas em vista lateral é pelo menos duas vezes ampla e geralmente muito mais longos (> 1.0), em frente completa vista, eles ultrapassam a margem posterior da a cabeça pelo menos ¼ seu comprimento; propódio fortemente deprimido por baixo nível de mesonoto em vista lateral, sutura mesonotal claramente impressa.[2]

Nidificação[editar | editar código-fonte]

Essa espécie cria seu ninho no solo, entre tanto não se limitam apenas a ninhos terrestres elas podem criar suas colônias em galhos, cascas de arvores, raízes, arvores ou outros locais, na parte da arquitetura dos ninhos, elas são bem simples, seu ninho é construído com diversos materiais de uma maneira que sua regulação térmica seja adequada, isso é um dos principais fatores para que seu ninho seja tão agradável e termo estável, constroem câmaras separadas para a instalação de cada um dos indivíduos imaturos, também não possuem separações de indivíduos imaturos, sua hierarquia varia de idade para estruturas corporais como presas maiores no caso das operárias, normalmente as operárias são as mais jovens,causando assim um deficit bem alto de perda de indivíduos mais jovens e imaturos os mais jovens podem estar envolvidos em atividades de cuidados com a ninhada, sexuados e manutenção de ninhos, e os trabalhadores mais velhos estavam envolvidos em defesa, exploração e forrageamento. Seus ninhos tem uma arquitetura muito boa em questões térmicas, alguns artrópodes aproveitam e se instalam no ninho da P. striata já que são muito bem feitos, usam para se reproduzir ou apenas para sua instalação.[3][4]

Toxina[editar | editar código-fonte]

De acordo com estudos as operárias de Pachycondyla striata possuem um veneno que se resume em três glândulas de veneno em regiões distintas uma secretora externa, outra secretora interna e uma em armazenada em forma de reservatório em forma de saco.[5]

Seu veneno é composto por proteínas, peptídeos e hidrocarbonetos. Estima-se que possa possuir na faixa de trinta e oito proteínas/peptídeos e 48 compostos não-proteicos que foram encontrados compondo o veneno de P. striata. Entre as proteínas identificadas estão proteínas clássicas de veneno (fosfolipase A, hialuronidase e aminopeptidase N), proteínas alergênicas (diferentes alérgenos de veneno) e peptídeos com atividade biológica comprovada (buforina, dinoponeratoxina Da- 1837, U10- ctenitoxina Pn1a e sarafotoxina). Entre os compostos não-proteicos, estão principalmente os hidrocarbonetos de cadeia longa (C19-C36).[6]

Foi estudado a atividade antimicrobiana do veneno foi testada e para isso o veneno foi purificado em HPLC por fase-reversa e por troca iônica. Cinco frações oriundas do fracionamento por fase reversa apresentaram elevada atividade antimicrobiana contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, mas apenas a proteína analgesina 2, com atividade antimicrobiana comprovada, foi testado como anticonvulsivo entretanto foi obtida pouca eficiência.[6]

Seu veneno pode causar choque anafilático em pessoas sensíveis ou alérgicas a sua toxina.

Atividade[editar | editar código-fonte]

É tipicamente diurna tendo pouca atividade de forrageamento nas noites esse fator se mantem em todas as estações, mas tem seu pico de atividade em momentos mais úmidos a temperatura a umidade afeta o sua atividade de certo modo, na estação seca sua atividade de forrageamento se reduz; nesta estação parece haver menor quantidade de imaturos na colônia sendo eles normalmente operarias[4] provavelmente, as operárias evitam o risco de dessecação, conta com uma estrategia de forrageamento solitário tanto para adquirir mais alimentos para o recrutamento de outras formigas de outras colonias. Conta com cerca de 234 adultos em sua colônia e com várias estratégias caso ocorra uma seca, a dieta da P. striata inclui itens muito variados, estando formigas e outros insetos mortos entre os itens mais comumente consumido. Suas forrageadoras utilizam como estratégia mais frequentemente a coleta de artrópodes mortos para se alimentar, não sendo muito predadoras, porém em certos casos predando apenas ocasionalmente cupins, quilópodes e outras espécies de formigas. Materiais vegetais como sementes, flores, líquens e outros fungos e materiais orgânicos também podem ser levados por operárias. As forrageadoras coletam, na maior parte das vezes, itens de peso seco menor que ou igual a 3 mg. As áreas de vida das colônias variam não só entre as colônias em cada estação, como também sazonalmente para cada colônia, sendo maiores na estação chuvosa que na seca já que como dito o clima influência de certo modo sua atividade.[7]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Demonstram um comportamento altamente agressivo principalmente quando é o caso da colônia possuir mais de uma rainha, nesse caso ela pode mostrar uma agressividade um pouco superior, são muito protetoras no quesito de reprodução, por esse fator em colônias com mais de uma rainha a Formiga-de-ferrão mostra uma agressividade mais elevada,

O comportamento de caça de P. striata é similar ao de outras formigas da subfamília Ponerinae e do gênero Pachycondyla. Antes da captura itens grandes ou potencialmente perigosos, como larvas de lepidópteros dotadas de defesas químicas, as formigas normalmente inspecionam demoradamente a presa potencial. As operárias se mostram agressivas em relação a operárias e rainhas coespecíficas e também de outras espécies; vários conflitos territoriais podem ser observados.

Foram feitos estudos para saber se com a presença de mais de uma rainha isso poderia influenciar o comportamento das suas operárias, é percebido que quanto mais distante de outros ninho uma colonia de rainhas coexistentes estiver de outra, mais agressiva ela mostra ser.[8]

Demonstra um grande número de forrageamento solitário ou em dupla quando o ambiente esta a seu sendo isso uma estrategia ótima de sobrevivência e prevenção de escarces, sendo utilizada por todas as forrageadoras e que a atividade solitária aumentava quando o alimento próximo ao ninho era proteína, usam isso como estratégia para obter alimentos.[9]


Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Revista FAPESP: Jardineiras fiéis - Edição Impressa 161 - Julho 2009
  2. a b WILD, ALEXANDER (1 de agosto de 2002). «THE GENUS PACHYCONDYLA (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) IN PARAGUAY» (PDF). Department of Entomology,University of California, Davis. Consultado em 29 de janeiro de 2020 
  3. da Silva-Melo, A.; Giannotti, E. (1 de fevereiro de 2010). «Nest architecture of Pachycondyla striata Fr. Smith, 1858 (Formicidae, Ponerinae)». Insectes Sociaux (em inglês). 57 (1): 17–22. ISSN 1420-9098. doi:10.1007/s00040-009-0043-z 
  4. a b Adolfo da Silva-Melo Edilberto Giannotti (2012). Division of Labor in Pachycondyla striata Fr. Smith, 1858 (Hymenoptera: Formicidae: Ponerinae). [S.l.]: Psyche. OCLC 809776590 
  5. Ortiz, Gabriela; Mathias, Maria Izabel Camargo (1 de abril de 2006). «Venom gland of Pachycondyla striata worker ants (Hymenoptera: Ponerinae). Ultrastructural characterization». Micron. 37 (3): 243–248. ISSN 0968-4328. doi:10.1016/j.micron.2005.10.008 
  6. a b Pereira, Pollyanna (26 de março de 2015). «Chemical components and biological activity of venom Pachycondyla striata F. Smith (Formicidae: Ponerinae)». UFV. Consultado em 28 de janeiro de 2020 
  7. Medeiros, Flavia Natercia da Silva (1997). «Ecologia comportamental da formiga Pachycondyla striata Fr. Smith (Formicidae: Ponerinae) em uma floresta do sudeste do Brasil» 
  8. Rodrigues, M. S.; Vilela, E. F.; Azevedo, D. O.; Hora, R. R. (2011). «Multiple queens in founding colonies of the neotropical ant Pachycondyla striata smith (Formicidae: Ponerinae)». Neotropical Entomology (em inglês). 40 (3): 293–299. ISSN 1519-566X. doi:10.1590/S1519-566X2011000300001. Consultado em 9 de janeiro de 2020 
  9. Silva, Janiele Pereira da (19 de fevereiro de 2018). «Forrageamento de Pachycondyla striata Smith, 1858 (Hymenoptera: Formicidae: Ponerinae) em ambiente urbano». São Paulo. doi:10.11606/d.47.2018.tde-06022018-104130