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Usuário(a):Serena-m2/Testes

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Pseudoboa nigra popularmente conhecida como cobra preta ou muçurana, é uma espécie de serpentes pertencentes a família Colubridae, constituída por serpentes consideradas como não peçonhentas. É distribuída pelo centro da América do sul nas regiões do cerrado e da caatinga[1] , pode ser encontrada na Bolívia, Paraguai e Brasil.[2][3]

Esta espécie é dócil e tem como defesa a sua coloração juntamente a seus hábitos noturnos, sua fuga é lenta e quando manuseada esconde a cabeça embaixo do corpo. Devido à alguns tipos de aniquilamento a Pseudoboa nigra está correndo risco de extinção.[4]


Índice 1 Descrição 2 Significado da nomenclatura 3 Distribuição 4 Hábitos e comportamentos de caça 5 Conservação 6 A lenda da cobra que mama 7 Notas 8 Referências 9 Bibliografia 10 Ligações externas Descrição Fêmeas tem tamanho maior que os machos[5], que por sua vez possuem uma cauda de comprimento maior que o corporal, estes não possuem armazenamento de esperma a longo prazo. Apresenta mudanças na coloração corporal durante o crescimento; jovens possuem cabeça negra no dorso cortada por uma faixa branca e o corpo apresenta-se de cor avermelhado, já os adultos possuem colorido negro no dorso e branco ventralmente, alguns exemplares apresentam-se irregularmente manchados de branco por todo o corpo, trata-se apenas de uma variação de coloração normal. comprimento máximo em torno de 1,2 m. Cabeça destacada do corpo; olho com pupila vertical. Massa corpórea de 201,76 g [6]. Dentição opistóglifa. Ovípara.

Significado da nomenclatura Pseudoboa nigra ----> pseudo (falsa) boa negra.

Nomenclatura se dá pelo fato desta espécie pertencer a família colubridae (animais não peçonhentos).

Distribuição Argentina (Bolívia, Missiones, Correntes). Brasil (Paraná, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Goiás, Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Rio grande do norte , São Paulo[7], Tocantins). Paraguai.[8] Wikimedia | © OpenStreetMap Hábitos e comportamentos de caça Hábitos crepusculares e noturnos Alimenta-se principalmente de lagartos, porém na usa dieta também estão inclusos os roedores e até outras serpentes. Constrição: a serpente mata sua caça por asfixia e parada circulatória , agarrando a presa com a boca e envolvendo-a com as astes do seu corpo pressionando levemente, em poucos instantes a presa já está sufocada.[9] Conservação Esta espécie está correndo um grande risco de extinção devido principalmente por crenças e lendas populares, como a lenda da “cobra que mama” que foi citada por 28,6% dos entrevistados de uma pesquisa feita pela Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE [10] , sua cor quando jovem também influencia em sua matança, a aparição em meio humano , ocorre com maior frequência no mês de maio , por conta do período chuvoso , com maior disponibilidade de recursos vegetais e consequentemente animais podem atrair espécies que fazem parte da dieta de P. nigra , que comumente acabam aparecendo nos telhados das residências, atraindo a cobra-preta até a sua captura, A pele do animal também é usada para confecção de artesanato e ate para fins medicinais.

A lenda da cobra que mama Em algumas das regiões onde esta especie se encontra, surgiu a lenda da cobra que bebe leite [11], consequência de suas manchas brancas espalhadas pelo corpo. A criação da lenda se deve principalmente ao liquido branco e espesso fruto do processamento metabólico do cálcio de suas presas, que são liberados quando a cobra é dilacerada.

Notas Este artigo incorpora texto disponível sob licença cc-by-sa-4.0 da obra: Argôlo, Antônio Jorge Suzart (2004). As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia (PDF). Ilhéus: Editus. 259 páginas. ISBN 85-7455-067-1

Referências

«Black False Boa - Pseudoboa nigra - Overview - Encyclopedia of Life». Encyclopedia of Life (em inglês). Consultado em 16 de setembro de 2018.
DUMÉRIL, BIBRON & DUMÉRIL (1854). «Pseudoboa nigra». The Reptile Database
Duméril, C. (Constant); Bibron, Gabriel; Duméril, Auguste Henri André (1834). Erpétologie générale, ou, Histoire naturelle complète des reptiles. [S.l.]: Paris, Roret
«Lista vermelha da Bahia - Avaliação do Estado de Conservação da Fauna e Flora do Estado da Bahia». www.listavermelhabahia.org.br (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2018.
Orofino, Renata de Paula; Pizzatto, Lígia; Marques, Otavio A. V. (1 de julho de 2010). «Reproductive biology and food habits of Pseudoboa nigra (Serpentes: Dipsadidae) from the Brazilian cerrado». Phyllomedusa: Journal of Herpetology (em inglês). 9 (1): 53–61. ISSN 2316-9079. doi:10.11606/issn.2316-9079.v9i1p53-61
Argôlo, 2004, p.174
Marques, Otavio Augusto Vuolo; Pereira, Donizete Neves; Barbo, Fausto Erritto; Germano, Valdir José; Sawaya, Ricardo Jannini. «Os répteis do município de São Paulo: diversidade e ecologia da fauna pretérita e atual». Biota Neotropica. 9 (2): 139–150. ISSN 1676-0603. doi:10.1590/S1676-06032009000200014
Orofino, Renata de Paula; Pizzatto, Lígia; Marques, Otavio A. V. (1 de julho de 2010). «Reproductive biology and food habits of Pseudoboa nigra (Serpentes: Dipsadidae) from the Brazilian cerrado». Phyllomedusa: Journal of Herpetology (em inglês). 9 (1): 53–61. ISSN 2316-9079. doi:10.11606/issn.2316-9079.v9i1p53-61
BERNARDE, P. S (2012). «Hábitos alimentares e comportamento de caça de serpentes». www.herpetofauna.com.br. Consultado em 16 de setembro de 2018.
«Unicap». www.unicap.br. Consultado em 16 de setembro de 2018.
Spalding, Walter (11 de fevereiro de 2016). «História pra Contar: COBRA QUE MAMA - CIA Contacausos». CIA Contacausos

Bibliografia de Paula Orofino, Renata; Pizzatto, Lígia; Marques, Otavio AV (2010). «Reproductive biology and food habits of Pseudoboa nigra (Serpentes: Dipsadidae) from the Brazilian cerrado». Phyllomedusa: Journal of Herpetology. 9 (1): 53–61. Consultado em 24 de julho de 2017. de Noronha, Janaina da Costa; Barros, Ana Bárbara; de Miranda, Robson Moreira; Almeida, Everton José; de Jesus Rodrigues, Domingos (2013). «Record of leucism in Pseudoboa nigra (Serpents: Dipsadidae) in southern Amazon, Brazil» (PDF). Consultado em 24 de julho de 2017. Viola, Laerte B.; Attias, Marcia; Takata, Carmen SA; Campaner, Marta; De Souza, Wanderley; Camargo, Erney P.; Teixeira, Marta MG (2009). «Phylogenetic Analyses Based on Small Subunit rRNA and Glycosomal Glyceraldehyde-3-Phosphate Dehydrogenase Genes and Ultrastructural Characterization of Two Snake Trypanosomes: Trypanosoma serpentis n. sp. from Pseudoboa nigra and Trypanosoma cascavelli from Crotalus durissus terrificus». Journal of eukaryotic microbiology. 56 (6): 594–602. Consultado em 24 de julho de 2017. Bailey, Joseph R. (1967). «The synthetic approach to colubrid classification». Herpetologica. 23 (2): 155–161. JSTOR 3891249. Consultado em 24 de julho de 2017. Ligações externas Wikispecies O Wikispecies tem informações sobre: Pseudoboa nigra

Ícone de esboço Este artigo sobre cobras, integrado no Projeto Anfíbios e Répteis é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Identificadores taxonómicos EOL: 790911 GBIF: 5223056 iNaturalist: 28942 ITIS: 701228 NCBI: 211649 Reptile DB: ID Categorias: Espécies vulneráveisColubridaeEspécies descritas em 1854Répteis do Brasil