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Usuário(a):Sergio1836/Testes

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Inspirado por um professor paulista, no Brasil o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro.

No dia 15 de outubro de 1827, Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida[1].

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira homenagem e comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor. Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos[2], conhecido como "Caetaninho". O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a ideia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa e de congraçamento e troca de ideias com os pais. O principal, entretanto, era a análise conjunta do conteúdo do aprendizado e de rumos no ensino para o restante do ano.

O professor Salomão Becker, ainda no primeiro semestre deste ano de 1947, sugeriu que o encontro se chamasse "Dia do Professor" e se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais[3][4]. O discurso do professor Becker, além de ratificar a ideia de se manter na data um encontro anual, trazia a essência daquele encontro. Disse ele: "Professor é profissão. Educador é missão", "Em Educação, não avançar já é retroceder". "Professor, a profissão que dá origem a todas as outras"[5]. Com a participação dos professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a ideia estava lançada.

A comemoração - que se mostrou um sucesso - espalhou-se pela cidade e pelo país a partir daí. No ano seguinte, 1948, na Capital de São Paulo, dezenas de escolas já celebravam a data. Os Estados de São Paulo e Santa Catarina foram os primeiros a oficializar a data como feriado escolar[6], seguidos depois por vários outros. No Brasil, a data se torna oficial nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682[7], de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado, como idealizado 16 anos antes: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".


Referências

  1. «A lei de 15 de outubro de 1827». DireitoNet. Consultado em 17 de outubro de 2021 
  2. «| CAETANO DE CAMPOS». www.caetanodecampos.com.br. Consultado em 23 de novembro de 2021 
  3. «A história de Salomão Becker, o criador do Dia do Professor». Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. 15 de outubro de 2019. Consultado em 17 de outubro de 2021 
  4. «educador - Ministério da Educação». portal.mec.gov.br. Consultado em 23 de novembro de 2021 
  5. «APEOESP - 'Para meu pai, educação não avançar já era retroceder', diz filho do criador do Dia do Professor». www.apeoesp.org.br. Consultado em 17 de outubro de 2021 
  6. «Lei n° 174, de 13/10/1948». www.al.sp.gov.br. Consultado em 17 de outubro de 2021 
  7. «D52682». www.planalto.gov.br. Consultado em 23 de novembro de 2021 


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