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Usuário(a):Tay Cassettari/Testes

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Casamento[editar | editar código-fonte]

Ao decorrer do livro temos ao todo 4 casamentos cada um dos noivos tem personalidades diversas e interesses ainda mais diferentes sendo contada ao longo da história fazendo nos pensar em como a representação desses casamentos são únicos.”. [1]

Logo no começo da obra pode se ver como o casamento tem uma necessidade de extrema importância não só para as mulheres Bennet e sim no todo da sociedade Inglesa “É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de esposa”[2] sendo uma grande diferença seria a necessidade de se casar cedo que rondam o universo feminino da época.

Mr. Collins aparece na história a procura de uma noiva não parecendo se importa com quem seria, e com ele ocorreria o primeiro casamento durante o livro, entre ele e Charlotte, esse casamento foi feito uma troca de interesse, ela por já ser considerada velha para se casar e o senhor Collins devido a sua posição no clérigo, ele fala na necessidade de se dar o exemplo ao povo com um bom casamento [3].

Sendo um casamento de interesse e convivência mas sem amor, seu convívio foi escasso e podendo dizer inexiste antes do pedido devido à vontade anterior do noivo. Esse casamento se tornou uma grande oportunidade aos dois, podendo ter uma vida tranquila e de forma leve[4].

E temos também o casamento da irmã mais nova das Bennet que se casa fugida, com um homem de péssimo caráter. Esses dois tem um casamento de forma bem inconsequente se o mesmo não ocorresse rápido não desgraçaria apenas a ela mesma e sim todas as suas irmãs perante a sociedade, eram pessoas de caráter duvidoso. Esse casamento parece vir apenas para confirmar a falta de caráter dos noivos e de integridade, vemos um interesse quase autêntico por parte dela já o Mr. Wickhan não tinha interesse nenhum de se casar só avisou a ela que iria embora do regimento devido a dividas e ela uma pessoa avoada e imatura e sem o discernimento de distinguir o certo do errado[5].

Jane que no começo do livro esperava se casar logo só é pedida quase no fim do livro[6]. Ela tem sua sorte mudada com o retorno do Sr. Bingley, que vem junto ao Sr. Darcy para lhe dar coragem de fazer o pedido, dessa forma ele e Jane começa a ter uma relação mais próxima como era o costume da época só permitindo o convívio depois do pedido de casamento , isso ainda tinha regras de etiquetas que deveriam ser seguidas rigorosamente, nunca deixando o casal sozinhos[7].

E Elizabeth que já tinha recusado Sr. Collins e depois o próprio Sr. Darcy, ela tem um comportamento bem menos brando e com uma personalidade viva. Essas recusas ocorrem no começo e meio do livro, mais já no fim ela é pedida de novo em casamento devido a uma interferência de sua tia de Darcy muda a sua resposta e aceita se casar com o mesmo.[8].

Sua fortuna e boa vida foram fatores importantes para que a família dela o aceitasse de forma tão rápida e tranquila, mas olhando para a personagem que temos uma mulher forte e que mesmo em outros dois momentos tenha perdido chance de melhorar as perspectivas da família continuou atrais de seus ideias únicos e diversos[9].

Temos um pequeno relato de como foi após o casamento e como pode se esperar os Sr. e Sra. Bingley eram calmos e serenos demais e muitas vezes tinham pessoas que se aproveitava disso. Já o Sr. e Sra. Darcy viviam muito bem com a irmã mais nova de Darcy. As duas casadas fizeram muitas coisas para contribuir com as irmãs mais novas e solteiras[10].

Lydia como e de se imaginar tinha bastante dificuldade de viver muitas vezes recebendo dinheiro das duas irmãs mais velhas, era sempre deixada para trás por seu marido e logo o amor da juventude foi sendo esquecido com o desgosto de homem que o mesmo era. Passando longas temporadas com as irmãs algumas vezes acompanhada do marido outras ele ficava em lugares jogando enquanto ela ia para a casa das irmãs consegui algum tipo de abrigo[11]. O livro nos apresenta pessoas diversas numa mesma família que querendo ou não tinham bastantes interesses em comum e a sua convivência com pessoas a sua volta, era o cotidiano de suas vidas a procura de um bom casamento e da estabilidade das mesmas[12].

Esses acontecimentos ao longo do livro e os casamentos são construídos para vermos como mulher tem uma importância e um peso muito além do que a cultura Inglesa da seu valor[13], em uma família que mesmo tendo como seu principal foco casar as filhas e assim melhorar suas chances de futuro não só para seu conforto mais principalmente porque um bom casamento chama a atenção e aumenta as chances de casarem suas outras filhas bem, elas ainda tem voz mesmo que de forma difícil e decidem com quem se casam e de uma forma leve e singular são donas de seus destinos pelo menos na parte em que aceitam seus noivos [14].

Em uma época em que a mulher não passa de uma propriedade e uma moeda de troca onde os pais podem conseguir vantagens e seus maridos procuram também vantagens e interesses[15], temos nesse livro casamentos diversos mas com o poder da decisão por parte delas, mesmo Charlote que se casou com base nesse interesse de conseguirem trocas foi ela a pessoa que teve voz na escolha e tomou a iniciativa de aceitar.

Para uma perspectiva mais profunda vemos mulheres fortes na sua grande maioria tomando muitas vezes as rédeas de seus destinos criando chances e perspectivas diversas, pensando em Elizabeth vemos uma personagem feminista que acredita em si mesma e vai atrais de seus ideias não se deixando ser subjugadas pelas vontades dos homens a sua volta nem de sua mãe[16].

O romance parece, à primeira vista, como uma simples história de amor, com um final previsível e feliz para as personagens principais; entretanto, depois de uma leitura mais atenta, de uma análise um pouco mais detalhada do enredo, é que se percebe a verdadeira intenção de Austen ao escrever esta obra. Ela critica a sociedade em que vivia e seus costumes, como também e talvez principalmente, por trás do romance açucarado, chamar a atenção das moças de sua época para a discriminação que sofriam para as leis patriarcais e injustiças, para as poucas opções da mulher dentro da sociedade, enfim, para a condição feminina[17].

Austen criou um universo onde mesmo que sua personagem principal ainda se case e tenha sonhos comuns para a época, luta e critica de forma única o comportamento das mulheres que até o presente momento estavam sendo exaltadas, esse perfil amável e delicado e a forma de nos comportar perante todos[18].

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito. 2. ed. São Paulo: Landmark Editora, 2014. 400 p.
  2. Austen, Jane (2014). Orgulho e Preconceito. São Paulo: Landmark. 09 páginas 
  3. AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito. 2. ed. São Paulo: Landmark Editora, 2014. 400 p.
  4. Caporale, Camila Cano Um olhar político para as personagens leitoras de Razão e Sensibilidade (1811) e Orgulho e Preconceito (1813) de Jane Austen / Camila Cano Caporale. - São Carlos : UFSCar, 2016. 169 p
  5. AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito. 2. ed. São Paulo: Landmark Editora, 2014. 400 p.
  6. AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito. 2. ed. São Paulo: Landmark Editora, 2014. 400 p.
  7. BARROS, Samira Alves de. REPRESENTAÇÕES DAS PERSONAGENS FEMININAS DE ORGULHO E PRECONCEITO, DE JANE AUSTEN. 2013. 92 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado AcadÊmico em Letras, Centro de CiÊncias Humanas e Letras, Universidade Estadual do PiauÍ, Teresina, 2013. Cap. 4. Disponível em: <http://www.uespi.br/mestradoemletras/wp-content/uploads/2015/07/REPRESENTA%C3%87%C3%95ES-DAS-PERSONAGENS-FEMININAS-DE-ORGULHO-E-PRECONCEITO-DE-JANE-AUSTEN.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2018.
  8. Caporale, Camila Cano Um olhar político para as personagens leitoras de Razão e Sensibilidade (1811) e Orgulho e Preconceito (1813) de Jane Austen / Camila Cano Caporale. - São Carlos : UFSCar, 2016. 169 p
  9. BARROS, Samira Alves de. REPRESENTAÇÕES DAS PERSONAGENS FEMININAS DE ORGULHO E PRECONCEITO, DE JANE AUSTEN. 2013. 92 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado AcadÊmico em Letras, Centro de CiÊncias Humanas e Letras, Universidade Estadual do PiauÍ, Teresina, 2013. Cap. 4. Disponível em: <http://www.uespi.br/mestradoemletras/wp-content/uploads/2015/07/REPRESENTA%C3%87%C3%95ES-DAS-PERSONAGENS-FEMININAS-DE-ORGULHO-E-PRECONCEITO-DE-JANE-AUSTEN.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2018.
  10. AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito. 2. ed. São Paulo: Landmark Editora, 2014. 400 p.
  11. Austen, Jane (2014). Orgulho e Preconceito. São Paulo: Landmark 
  12. BARROS, Samira Alves de. REPRESENTAÇÕES DAS PERSONAGENS FEMININAS DE ORGULHO E PRECONCEITO, DE JANE AUSTEN. 2013. 92 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado AcadÊmico em Letras, Centro de CiÊncias Humanas e Letras, Universidade Estadual do PiauÍ, Teresina, 2013. Cap. 4. Disponível em: <http://www.uespi.br/mestradoemletras/wp-content/uploads/2015/07/REPRESENTA%C3%87%C3%95ES-DAS-PERSONAGENS-FEMININAS-DE-ORGULHO-E-PRECONCEITO-DE-JANE-AUSTEN.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2018.
  13. Caporale, Camila Cano Um olhar político para as personagens leitoras de Razão e Sensibilidade (1811) e Orgulho e Preconceito (1813) de Jane Austen / Camila Cano Caporale. - São Carlos : UFSCar, 2016. 169 p
  14. Caporale, Camila Cano Um olhar político para as personagens leitoras de Razão e Sensibilidade (1811) e Orgulho e Preconceito (1813) de Jane Austen / Camila Cano Caporale. - São Carlos : UFSCar, 2016. 169 p
  15. BARROS, Samira Alves de. REPRESENTAÇÕES DAS PERSONAGENS FEMININAS DE ORGULHO E PRECONCEITO, DE JANE AUSTEN. 2013. 92 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado AcadÊmico em Letras, Centro de CiÊncias Humanas e Letras, Universidade Estadual do PiauÍ, Teresina, 2013. Cap. 4. Disponível em: <http://www.uespi.br/mestradoemletras/wp-content/uploads/2015/07/REPRESENTA%C3%87%C3%95ES-DAS-PERSONAGENS-FEMININAS-DE-ORGULHO-E-PRECONCEITO-DE-JANE-AUSTEN.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2018.
  16. BARROS, Samira Alves de. REPRESENTAÇÕES DAS PERSONAGENS FEMININAS DE ORGULHO E PRECONCEITO, DE JANE AUSTEN. 2013. 92 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado AcadÊmico em Letras, Centro de CiÊncias Humanas e Letras, Universidade Estadual do PiauÍ, Teresina, 2013. Cap. 4. Disponível em: <http://www.uespi.br/mestradoemletras/wp-content/uploads/2015/07/REPRESENTA%C3%87%C3%95ES-DAS-PERSONAGENS-FEMININAS-DE-ORGULHO-E-PRECONCEITO-DE-JANE-AUSTEN.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2018.
  17. BARROS, Samira Alves de. REPRESENTAÇÕES DAS PERSONAGENS FEMININAS DE ORGULHO E PRECONCEITO, DE JANE AUSTEN. 2013. 92 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado AcadÊmico em Letras, Centro de CiÊncias Humanas e Letras, Universidade Estadual do PiauÍ, Teresina, 2013. Cap. 4. Disponível em: <http://www.uespi.br/mestradoemletras/wp-content/uploads/2015/07/REPRESENTA%C3%87%C3%95ES-DAS-PERSONAGENS-FEMININAS-DE-ORGULHO-E-PRECONCEITO-DE-JANE-AUSTEN.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2018.
  18. BARROS, Samira Alves de. REPRESENTAÇÕES DAS PERSONAGENS FEMININAS DE ORGULHO E PRECONCEITO, DE JANE AUSTEN. 2013. 92 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado AcadÊmico em Letras, Centro de CiÊncias Humanas e Letras, Universidade Estadual do PiauÍ, Teresina, 2013. Cap. 4. Disponível em: <http://www.uespi.br/mestradoemletras/wp-content/uploads/2015/07/REPRESENTA%C3%87%C3%95ES-DAS-PERSONAGENS-FEMININAS-DE-ORGULHO-E-PRECONCEITO-DE-JANE-AUSTEN.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2018.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito. 2. ed. São Paulo: Landmark Editora, 2014. 400 p.
  • Caporale, Camila Cano Um olhar político para as personagens leitoras de Razão e Sensibilidade (1811) e Orgulho e Preconceito (1813) de Jane Austen / Camila Cano Caporale. - São Carlos : UFSCar, 2016. 169 p
  • BARROS, Samira Alves de. REPRESENTAÇÕES DAS PERSONAGENS FEMININAS DE ORGULHO E PRECONCEITO, DE JANE AUSTEN. 2013. 92 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado AcadÊmico em Letras, Centro de CiÊncias Humanas e Letras, Universidade Estadual do PiauÍ, Teresina, 2013. Cap. 4. Disponível em: <http://www.uespi.br/mestradoemletras/wp-content/uploads/2015/07/REPRESENTA%C3%87%C3%95ES-DAS-PERSONAGENS-FEMININAS-DE-ORGULHO-E-PRECONCEITO-DE-JANE-AUSTEN.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2018.