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Climatologistas consultados pela imprensa, como Paulo Artaxo e Carlos Nobre, que já participaram do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), e Marcio Astrini, secretário-executivo de Observatório do Clima, apontaram a crise no estado como um exemplo dos eventos extremos desencadeados pelas mudanças climáticas produzidas pelo homem,[1][2][3][4][5] e essa relação também foi destacada na cobertura da imprensa internacional.[6]

Os especialistas assinalaram ainda que as cidades e governos não estão preparados adequadamente para enfrentar as mudanças, carecendo de políticas públicas consistentes de prevenção de desastres e programas de mitigação e adaptação ao aquecimento global, um problema que é agravado pelos danos ao meio ambiente e pela fragilização da legislação ambiental.[1][2][5]

Segundo Astrini, num contexto climático alterado, eventos extremos tendem a se tornar mais frequentes, e já não podem mais ser tratados como imprevistos.[1] Um relatório científico publicado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas em 2013 já apresentava a tendência de aumento significativo das chuvas no Sul do Brasil por conta das mudanças climáticas, mas devido à existência de variáveis difíceis de quantificar com precisão, havia incerteza a respeito do nível de aumento, podendo oscilar de 25 a 30%.[7] Outras projeções que já haviam sido feitas, citadas por Nobre, variavam de 10% a 20% de aumento.[2]