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Usuário(a):Tiago santoscosta/Testes

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Presença Indígena em Maricá[editar | editar código-fonte]

Primeiras ocupações humanas: As primeiras ocupações fixaram-se nas proximidades das lagoas e do mar, organizados em pequenos grupos, vivendo da pesca. De acordo com kneip (1994), em Saquarema, município vizinho Maricá, o povoamento iniciou-se há 4.520 A.P., por 3000 anos, populações humanas sucessivas percorreram o litoral, assim sendo, acreditam que tais registros também possam corresponder ás primeiras ocupações em Maricá. [1]

Sítios arqueológicos[editar | editar código-fonte]

No município de Maricá existem registros de sítios arqueológico nas áreas de Cordeirinho e Jaconé com a presença de vestígios tupis-guaranis. [2]

Tupis-Guaranis[editar | editar código-fonte]

O litoral maricaense foi ocupado por grupos de horticultores, aldeões, vindos do interior, de origem Tupi-Guarani. Os vestígios de suas ocupações correspondem as aldeias e acampamentos. Até o ano de 2005 localizou-se sítio arqueológico com cerâmica Tupi-guarani, próximo à lagoa do Padre (Dias Jr, 1969),já destruído, como também na área da enseada de São Bento. foram achados sítios arqueológicos correspondentes ao período da chegada do europeu, quando ocorre o contato destes com os grupos Tupi, próximos à lagoa de Maricá e Ponta Negra. [3]

Aldeamentos[editar | editar código-fonte]

Com o estabelecimento português no Rio de Janeiro e a dominação dos grupos indígenas, vários aldeamentos foram estabelecidos. O município de Maricá situava-se entre os aldeamentos de São Lourenço-Niterói, São Barnabé-Itaboraí e São Pedro dos Índios. Na enseada de São Bento, descobriram a existência de cerâmica que corresponde, provavelmente, a acampamentos indígenas dos períodos coloniais que provavelmente estão relacionados ao Aldeamento de São Barnabé. A população nativa se dedicava ao trabalho nas terras dos jesuítas, e às suas próprias terras e outras atividades de subsistência. A área procurada para realizar pescarias parece ter sido a lagoa de Maricá, sendo famosa a milagrosa pescaria do padre José de Anchieta na referida lagoa, quando visitou o aldeamento de São Barnabé. [4]

Visitantes do século XIX[editar | editar código-fonte]

Charles Darwin[editar | editar código-fonte]

Charles Darwin[editar | editar código-fonte]

No dia 8 de abril de 1832, a equipe do naturalista inglês Charles Darwin, composta por sete membros, chegou à localidade de Itaocaia. Embarcados no navio Beagle, os viajantes partiram da Inglaterra com a missão de fazer a cartografia de novas rotas de navegação e descobrir recursos naturais que pudessem ser comercializados. Depois de passarem por alguns campos cultivados, entraram numa floresta descrita por Darwin em seus diários na região de Maricá.[5] Nesta estrada entre Maricá e Niterói, Darwin teve um de seus primeiros contatos com a biodiversidade da Mata Atlântica. Ele se hospedou na fazenda Itaocaia, localizada no Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Maricá, e percorreu um trecho de 2,2 quilômetros pesquisando pela região. Darwin viajou pelo norte fluminense subindo a Serra da Tiririca, em Niterói, passando por Maricá,Rio Bonito, Itaboraí Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Barra de São João, Macaé e Conceição de Macabu. Em alguns desses lugares, descreveu construções, a natureza e o clima em seu diário de viagens, como no caso da Fazenda Itaocaia, em Maricá, a Estrada do Vai e Vem, a qual percorreu quando viajava pela região de Niterói e ruínas da Fazenda Campos Novos, em Cabo Frio. Em seu diário, destacou o colorido da paisagem, observou uma floresta de acácias, em Itaboraí, e as samambaias de Conceição de Macabu. Descreveu alguns animais que mais o interessaram, como insetos. Darwin passava os dias coletando, observando e estudando o comportamento desses animais e suas anotações foram utilizadas para a formulação da Teoria da Evolução e o princípio da seleção natural.[6] O navio Beagle deixou o Brasil em 5 de julho de 1832, dirigindo-se a Montevidéu, dando continuidade à expedição. Em agosto de 1936, o navio retornou ao Brasil em outra expedição, fazendo suas últimas paradas em Salvador e Recife. Hoje existe um projeto que busca revitalizar o percurso feito por Darwin, em 1832. O projeto surgiu com as trilhas das comemorações feitas pelos 200 anos de nascimento do naturalista inglês, no ano de 2009. Em Maricá, a trilha faz parte do projeto Caminhos de Darwin e se localiza no Parque Estadual da Serra da Tiririca, cortando as cidades de Niterói e Maricá, [7]

turismo[editar | editar código-fonte]

Fazendas[editar | editar código-fonte]

Fazenda de Itapeba[editar | editar código-fonte]

Parte das terras da Fazenda de Itapeba formam hoje a Fazenda Nossa Senhora do Amparo. Em 1593, Salvador Correa de Sá concedeu a sesmaria a João de São João, uma propriedade composta por 2000 braças ao longo da lagoa de Maricá. Tomando como ponto de partida o quilômetro 28 onde hoje é Itapeba, o terreno da antiga fazendo abrangia Caxito, Retiro, Buriche, Ponta Grossa, Cachoeira, Marine, São José de Imbassaí, Camburi e Cassorotiba.[8] Em 1830, a sede da fazenda foi reconstruída, sendo feita uma casa em estilo colonial que modificou completamente a casa antiga feita de pau-a-pique. Há oito anos as paredes da casa ruíram e hoje ela não existe mais. Atualmente esta grande fazenda ficou reduzida a 36 alqueires.[9]

Fazenda do Pilar[editar | editar código-fonte]

A Fazenda do Pilar sempre foi uma propriedade familiar. Consta que João Soares de Lemos Brandão teria recebido as terras por herança, adquirindo novas terras e enriquecendo com as atividades econômicas ligados à produção canavieira.[10] Com o seu falecimento em 1803, a propriedade ficou nas mãos do seu genro José Inocêncio de Matos. Com o falecimento deste, em 1839, o novo proprietário se tornou o seu genro, o Comendador Antônio Joaquim Soares Ribeiro. Ele ampliou o engenho e construiu a casa grande, finalizando em 1848, data estampada em sua fachada. A fazenda média, de 530 braças de testada por meia légua de fundos, fica situada em uma área de 79 alqueires. No século XIX, a indústria canavieira se tornou uma atividade econômica muito forte e o Comendador Antônio Ribeiro adquiriu terras na fazenda de Ubatiba, ampliando seu terreno para 210 alqueires. A Fazenda do Pilar possuía dois engenhos de cana-de-açúcar onde era feita a moagem.[11] Também possuía cerca de cem escravos e consta que em 1868 a Princesa Isabel e o Conde D`Eu ficaram hospedados na fazenda. Há também relatos da visita do naturalista Charles Frederick Hart, que fez anotações sobre lagoas e o litoral de Maricá. [12]

  1. Referencia:LAMBRAKI,Alexandra,Compêndios da história de Maricá,Maricá, COP EDITORA E GRÁFICA LTDA,2005.P.38
  2. Referencia:LAMBRAKI,Alexandra,Compêndios da história de Maricá,Maricá, COP EDITORA E GRÁFICA LTDA,2005.P.39
  3. Referencia:LAMBRAKI,Alexandra,Compêndios da história de Maricá,Maricá, COP EDITORA E GRÁFICA LTDA,2005.P.38
  4. Referencia:LAMBRAKI,Alexandra,Compêndios da história de Maricá,Maricá, COP EDITORA E GRÁFICA LTDA,2005.P.39
  5. BRUM,Cezar. Contando a história de Maricá. Maricá: GBN designer's,2004, p.40-41
  6. http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/caminho-de-darwin
  7. http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_422528.shtml
  8. (LAMBRAKI, Alexandra. Compêndios da história de Maricá. Maricá: Cop Editora e gráfica ltda. 2005, p.88)
  9. (LAMBRAKI, Alexandra. Compêndios da história de Maricá. Maricá: Cop Editora e gráfica ltda. 2005, p.89)
  10. (LAMBRAKI, Alexandra. Compêndios da história de Maricá. Maricá: Cop Editora e gráfica Ltda. 2005, p.71).
  11. (LAMBRAKI, Alexandra. Compêndios da história de Maricá. Maricá: Cop Editora e gráfica Ltda. 2005, p.72)
  12. (Revista Maricá já, n.27, novembro de 2013, p.46)