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Usuário(a):Williana Nayara/Testes

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Armas biológicas na I Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

As armas biológicas são aquelas obtidas a partir de organismos vivos ou material infeccioso produzido por eles, como as toxinas, sendo utilizados para causar sérias doenças e, até mesmo, a morte em humanos. Por terem a capacidade de causar uma destruição em massa, com sérias pandemias e pela falta de antídotos, além de sua ação invisível e silenciosa, até que se tenha suas consequências, as armas biológicas são amplamente combatidas no mundo atual. Atualmente, vírus e bactérias que não sejam fatais podem se tornar resistentes a qualquer antibiótico ou outra defesa conhecida, quando aperfeiçoados pela engenharia genética, vitimando populações inteiras. Segundo o CDC (Center for Disease Control and Prevention), os agentes biológicos podem ser divididos em três categorias de acordo com sua facilidade de dispersão, severidade da doença ou morte que causam:

  • Categoria A: organismos ou toxinas facilmente dispersos ou transmissíveis por contato, resultando em altas taxas de mortalidade e terem um importante potencial de impacto à saúde pública;
  • Categoria B: apresentam um risco menor, por terem facilidade de dispersão moderada, taxas de infecção moderadas, baixas taxas de mortalidade.
  • Categoria C: patógenos emergentes que poderiam ser modificados para dispersão em massa no futuro, por sua fácil disponibilidade, produção e dispersão, e potencial para altas taxas de morbidade e mortalidade e grande impacto à saúde.

As vias de transmissão mais comuns dos agentes biológicos são a disseminação por aerossol na atmosfera ou através da contaminação da água de consumo ou de alimentos, sendo os crus ou mal cozinhados os mais vulneráveis. Os microrganismos utilizados como armas podem causar diversas doenças, entre as quais estão, principalmente: varíola, encefalite equina oriental e venezuelana, encefalite transmitida por carrapatos, botulismo, antraz, febre amarela, dengue, carbúnculo, cólera, peste pneumônica, tularemia, febre tifoide e brucelose. Essas doenças são nocivas aos humanos, por exemplo, o botulismo pode danificar o sistema nervoso e causar more por paralisia dos músculos respiratórios, a dengue provoca dores no corpo, febre e pode causar hemorragias. O antraz ataca animais, porém, quando inalados, alojam-se nos pulmões, multiplicam-se e produzem toxinas letais que se espalham pelo organismo e, nos casos graves, falência pulmonar, podendo ser fatal. Ainda em tempos remotos, microrganismos ou toxinas retiradas de organismos vivos eram utilizados em armas rudimentares de defesa e ataque, dando surgimento às armas biológicas há muitos séculos atrás na era neolítica, fase da pré-história que ocorreu entre 12 mil e 4 mil a.C, em que ocorria o uso de setas envenenadas com curare e toxinas derivadas de anfíbios por indígenas sul-americanos. Durante a Primeira Guerra Mundial, no período entre 1914 e 1918, os dados históricos mostram que a Alemanha desenvolveu um programa de guerra biológica para contaminar as mercadorias importadas por sua inimiga Rússia, utilizando Bacillus anthracis e Pseusomonas mallei para infectar animais romenos e estoques argentinos que eram enviados à mesma, em busca de contaminar alimentos que seriam exportados aos inimigos russos. As armas biológicas utilizadas atualmente possuem um potencial de contaminação e letalidade muito maiores que no passado, visto o desenvolvimento da ciência microbiológica e da biotecnológica. Com isso, o uso indevido da ciência ou das conquistas científicas para criar armas que envenenam ou espalham doenças causa preocupação e repúdio na população em geral, e hoje muitas são as iniciativas de organizações e Estados para garantir a segurança da população e proibir o uso de armas biológicas.[1][2] [3][4] [5]


Referências

  1. «Armas biológicas». Consultado em 28 de agosto de 2014 
  2. «Armas biológicas». Consultado em 28 de agosto de 2014 
  3. «Armas biológicas». Consultado em 28 de agosto de 2014 
  4. «Armas biológicas» (PDF). Consultado em 28 de agosto de 2014 
  5. «Armas biológicas». Consultado em 28 de agosto de 2014