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As Interleucinas

Interleucina 1 (IL-1alfa e IL-1beta) Existem duas formas de Interleucinas: a Interleucina 1 alfa (IL-1alfa) e a 1 beta (IL-1beta)produzidas por dois genes diferentes. Ambas são fabricadas como uma proteína precursora mais longa, que sofre uma clivagem (quebra) por enzimas proteolíticas seletivas que produzem a proteína ativa. Muitas células são responsáveis por sua produção e os efeitos das IL-1 são numerosos dos quais destacam-se a ativação da resposta inflamatória e a ação como pirogenios na estimulação da produção de prostaglandinas no hipotálamo.

Interleucina 2 (IL-2) A IL-2 é um polipeptídio de 15,5 kDa produzidos principalmente pelas células TH1 ativadas por antígenos ou mitógenos teciduais. Suas ações biológicas são intermediadas por um receptor quase exclusivamente expresso nas células T (linfócitos timo-dependentes) ativadas mas não naquelas em repouso. A ligação da IL-2 a seu receptor pode resultar em um número de efeitos incluindo a indução da proliferação das células TH e as Tc, bem como a indução das outras células não-T , as células B (bursa-dependentes), as Natural-Killers (NK) e os macrófagos.

Interleucina 4 (IL-4) A IL-4 é uma citoquina produzida predominantemente pelas células TH2 CD4 - e está envolvida na proliferação e diferenciação das células B ativadas. A IL-4 aumenta a expressão dos antígenos classe II do Complexo de Principal Histocompatibilidade (MHC Classe II) e receptores de imunoglobulina E (IgE) sobre as células B em repouso. Nas células B ativadas, IL-4 aumenta a expressão de IgG1 e IgE. IL-4 assim como age sobre as células B, também afeta um número de outras células incluindo granulócitos, fibroblastos células endoteliais e certos timócitos. Os efeitos biológicos do IL-4 são numerosos e muitos são resultado das ações indiretas sobre outras células também produtoras de outras citoquinas.

Interleucina 6 (IL-6) A IL-6 é uma glicoproteína de 21 a 28 kDa, produzida por monócitos e macrófagos ativados embora muitos outros tipos de células produzam esta citoquina quando estimuladas. IL-6 é uma citoquina multifuncional, que influencia reações antígeno-anticorpo e inflamatória. Ela induz a diferenciação de células B e a secreção de imunoglobulinas, o crescimento das células T e a diferenciação dessas células em T "citotóxicas". Também participa da produção de proteínas de fase aguda durante a resposta inflamatória. A IL-6 parece agir sobre uma variedade de células progenitoras hematopoiéticas e possivelmente até as próprias células tronco. Trata-se da inteleucina de aplicação clínica mais difundida como marcadora precoce da septicemia e inflamação aguda, notadamente em crianças.

Interleucina 8 (IL-8) A IL-8 é uma proteína entre 8 e 9 kDa, pertencente à família das C-X-C quimoquinas. Esta quimoquina é inicialmente sintetizada como um precursor de 99 aminoácidos, cuja clivagem do precursor pode resultar nas variantes amino-terminais das IL-8 (variantes 69,72,77 e 79 aminoácidos). IL-8 é um potente agente quimiotático dos neutrófilos, células T e basófilos. Adicionalmente, IL-8 inibe a adesão de leucócitos às células endoteliais, demonstrando assim um papel antiinflamatório e participando de alguma forma na angiogenese.

Interleucina 10 (IL-10) É uma proteína homodimérica, produzida por células T, monócitos ativados, mastócitos e alguns linfomas de células B. Ela é também conhecida como o "Fator Inibidor da Síntese de Citoquinas" por desempenhar múltiplas ações incluindo a inibição das citoquinas de ação pró-inflamatórias de monócitos e macrófagos ativados, a promoção da proliferação da célula B e a secreção de imunoglobulinas. IL-10 é muito proximamente relacionada ao produto do gene BCRF-1 do vírus Epstein-Barr, compartilhando cerca de 84% de homologia com o produto deste gene.

Interferon gama ( INF-gama) O Interferon gama (INF-gama), é produzido pelas células T (Timo-dependentes) e "Natural-Killers" (NK) em resposta a ativação por antígenos e mitógenos. Esta citoquina glicoprotéica exibe a maior e mais potente ação anti-viral e age sinergisticamente com outras citoquinas para uma ampla variedade de efeitos. INF-gama é capaz de aumentar os efeitos antivirais dos outros interferons ( o INF-alfa e INF-beta ) e pode agir aumentando os efeitos citotóxicos do TNF-alfa. Outros efeitos incluem a indução dos antígenos classe II do Complexo de Histocompatibilidade Principal (MHC Classe II), a ativação dos macrófagos, a produção aumentada de imunoglobulinas a partir de células B e atividade de células NK.

Fator de Necrose Tumoral - alfa (TNF-alfa) O Fator de Necrose Tumoral-alfa (TNF-alfa) é uma citoquina secretada pelos macrófagos, monócitos, células T, neutrófilos e células NK. As ações do TNF-alfa são numerosas e afetam um amplo arco de tipos celulares. Macrófagos em repouso, podem ser induzidos por TNF-alfa para sintetizar IL-1, e prostaglandina E2. TNF-alfa pode, em conjunto com outras citoquinas inflamatórias, induzir a produção de proteínas de fase aguda de hepatocitos durante a resposta inflamatória. Adicionalmente ele estimula a expressão dos antígenos classe I e II do Complexo de Histocompatibilidade Principal (MHC Classe I e Classe II), bem como a expressão de várias citoquinas e dos fatores estimuladores de colônias de Granulócitos e/ou Macrofagos (G e/ou GM-CSF). O TNF-alfa age através de dois tipos de receptores (TNF-R1 e TNF-R2 ou CD120a e CD120b respectivamente), O primeiro contém o chamado "domínio da morte" por estar ligado às proteínas TRADD e FADD, indutoras de apoptose e na ativação do fator de transcrição Nf-kB enquanto que o segundo não contém aquele domínio mas pode ativar o Nf-kB.

Fator de Crescimento Epidérmico (EGF) O Fator de Crescimento Epidérmico (EGF) é uma proteína de 6,4 kd que atua como um potente mitógeno para várias células de origem endo, ecto ou mesodérmica. Muitas proteínas foram agrupadas a essa superfamília de fatores de crescimento baseadas na homologia de suas estruturas e a presença de resíduos EGF ricos em cisteína (conhecidos como substâncias EGF-like). As atividades biológicas dos EGF são várias e, em sua maioria, através de um receptor de membrana denominado HER-1. Os efeitos proliferativos dos EGF são importantes na promoção da recuperação de agressões e na organogenese.

Fator de Crescimento Vascular Endotelial (VEGF) O Fator de Crescimento Vascular Endotelial (VEGF) é um fator de crescimento glicoprotéico homodimérico produzido por várias células como fibroblastos, monócitos, neutrófilos, células endoteliais e da glia, entre outros. Pelo menos quatro tipos de VEGFs derivados do processo de "splicing" de um precursor foram identificados. Eles possuem uma forte ação mitogênica (divisão celular) para as células vasculares endoteliais e exibe grande atividade angiogênica (formadora de vasos sanguíneos). O receptor de VEGF é expresso em células vasculares endoteliais e é necessário o acoplamento de uma molécula heparinóide para que haja a perfeita ligação ao receptor.

Proteína Quimotática de Monócitos (MCP-1) Diversos peptídios com ação quimiotática foram descritos nos últimos anos. Tais fatores derivados dos Monócitos pertencem a família das C-C quimoquinas. Até o momento, cinco foram identificados em humanos (os MCP-1, MCP-2, MCP-3, MCP-4 e MCP-5) e podem exercer suas ações apenas sobre monócitos e não sobre neutrófilos, possuem certa homologia suas cadeias protéicas e podem executar ações complementares e superpostas. Sua expressão e ação estão sob o controle de uma combinação variada de outras citoquinas. As ações do MCP-1 são feitas pela indução das células CHAK (células "Killer" ativadas pelas quimoquinas C-C) e dentre outras ações regulam a expressão das dos antígenos de superfície CD11b e CD11c. Adicionalmente MCP-1 regula a expressão das moléculas de adesão e citoquinas nos monócitos e ativa os basófilos a liberar histamina. MCP-2 é produzido pelos monócitos e pelas células do osteossarcoma, sendo quimiotático sobre monócitos e eosinófilos, sendo muito correlacionada ao MCP-1 e 3. O MCP-3 foi inicialmente identificado em células de osteossarcoma e é quimiotático sobre linfócitos, monócitos e eosinófilos. Possui homologia molecular em 75% com o MCP-1. O MCP-4 é muito parecido com o MCP-3, e é expresso em células epiteliais e endoteliais após estimulação com citoquinas. O MCP-5 é o recente membro desta superfamíla de quimoquinas. Possui homologia estrutural com o MCP-1 em 65% e é muito expresso em macrófagos ativados.

Sua edição em Chapinha foi revertida

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Salebot (discussão) 00h08min de 19 de Outubro de 2008 (UTC)