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Usuário(a) Discussão:Ramiro da Silva Ledo

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--Salebot (discussão) 13h07min de 25 de novembro de 2011 (UTC)Responder

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--Salebot (discussão) 14h13min de 25 de novembro de 2011 (UTC)Responder

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--Salebot (discussão) 23h34min de 26 de novembro de 2011 (UTC)Responder

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--Salebot (discussão) 12h15min de 6 de dezembro de 2011 (UTC)Responder

Povoado de Trairas(Município de Serra Dourada – BA)

Origem:

Dois lavradores (Trazíbulo Lédo e Thedoro Martins) em 1947, ainda sobre os rumores do término da Segunda Grande Guerra Mundial, adentraram a caatinga a procura de caça para sobrevivência e de terras férteis com objetivo de fixação de residência. Recém-casados e com muita energia no peito, o desejo de criar suas famílias em paz, eram as preocupações de suas mentes. Nesta busca descobriram um lugar agraciado pela mãe natureza, que continha uma vasta pastagem rasteira com muitos umbuzeiros e araticuns, onde lhe deram o nome de Larga, tomando posse dela o Sr. Theodoro Martins. A busca continuava pelo mesmo objetivo e seguindo trilhas de animais silvestres (veados, porcos do mato, caititus, tatus, onças, etc.) depararam com uma grande lagoa. No seu leito um grande lamaçal pisoteado pelos habitantes da selva, e ao seu derredor, sob a sombra das canafístulas, se podia perceber que era o lugar de descanso das manadas trilhadas. Eles ficaram atordoados com tanta beleza, quando de repente avistaram no centro do lamaçal um salpicar de lamas. Ainda atônitos e cautelosos, com auxílio de um gancho retiraram o suplicante animal que, assim como eles, travava uma luta pela sobrevivência. Feito a limpeza do achado descobriram ser uma traíra, da qual fizeram um saboroso almoço às sombras das árvores. A partir deste momento aquele lugar passou a ser referenciado nas estórias dos caçadores como Lagoa da Traíra. Continuaram a jornada na densa mata ainda na trilha dos animais e a 3 km no sentido sudoeste chegaram noutra lagoa, que recebeu o nome de Lagoa dos Porcos, em homenagem a grande concentração desses animais, tomando posse da mesma o Sr. Trazibulo da Costa Lédo.

Nessa época a mata era muito densa, com muitas árvores de diversas espécies tais como: cedro, peroba, umburana, jacarandá, ipê roxo, pau darco, aroeira, sucupira, lambira, angico, cerejeira, etc. Surgem os primeiros roçados de arroz e de milho, ranchos para armazenar a farta produção, abertura de estradas pela força do braço humano, na condição de adjutório.

Essas estradas começaram a ser trilhadas, inicialmente, por um comerciante de pequeno poder econômico, mas de grande importância para as famílias que surgiam as suas margens. Ele abastecia sua pequena frota de jumentos no município de Santana com rapaduras e as vendia ou permutava por peles de animais silvestres, muito comercializadas naquela época, nas fazendas e povoados. Tendo como ponto final da sua jornada as Vilas de Sitio do Mato e Gameleira, situadas á margem direita do Rio São Francisco, ele revendia as peles e a carga remanescente, retornando com novas mercadorias, sal, peixe e fumo de rolo, etc., alimentando o processo de venda novamente. Ou seja: “enquanto descansa carrega-se pedra”. Era um vendedor nato, com status de maratonista, por percorrer longas distâncias a pé na trilha dos animais, sem utilizar nenhum deles como montaria, nem mesmo se algum estivesse sem carga, o que poderia ocorrer após a venda das mercadorias. Seu nome, porte físico e estatura representa muito bem o personagem bíblico que derrotou o gigante Golias com uma funda. E aqui, o nosso Davi, com uma frota de dois ou três jegues derrotou o preconceito das distâncias, chegando aonde o seu concorrente não chegava, surpreendendo seus clientes de maneira prazerosa, não pelo dinheiro somente, porém muito mais pelo simples ato de servir. Foi um verdadeiro mordomo.

Os acontecimentos acima foram decisivos para fixação de residências nas proximidades da lagoa, dada a capacidade do solo para contenção de água; surgindo assim os primeiros lavradores e criadores de gado bovinos, ovinos, eqüinos e muares. A família Martins dos Anjos assume um papel importantíssimo nesse processo de povoamento iniciado pelo seu patriarca, José de Patrício. Outros personagens não menos importantes que os Martins, são merecedores de destaques, como Otaviano Ramos e Trazíbulo da Costa Ledo, que sem medirem esforços e com poucos recursos, trouxeram a primeira professora: Dona Benedita (em1953) dando origem a primeira Escola na então residência do Sr. Otavianin, como era chamado, que logo acometido por doença mudou-se para a Vila de Sítio do Mato, aonde veio posteriormente a óbito.

Hoje, passados 60 anos, não é possível falar de Traíras sem citar os “Martins dos Anjos”, povo de famílias numerosas, habilidades comerciais, manejo com animais e de extrema coragem e dedicação ao desenvolvimento deste povoado. Com o passar dos anos, políticos desvinculados dos fatos históricos lançaram um plebiscito para alterar o nome deste povoado, sendo vencedor o seu próprio nome: Traíra. A partir de então nasceu na mente dos descendentes a 2ª traíra, companheira da 1ª, que fora encontrada agonizante no lamaçal da morte. Esta última, ratificada pela vontade absoluta do povo, pela ação manifesta no voto popular, conquistou o merecido plural: TRAÍRAS.

Localizado a 40 km de Serra Dourada, Traíras é hoje o maior povoado rural do município, com atividade comercial que saltita aos olhos dos comerciantes de sua sede e das vizinhas, Santana ( 42 km de Traíras) e Sítio do Mato ( 36 km ). Possui 350 casas residenciais, um posto de saúde, um hospital em construção, um prédio escolar, água encanada de dois poços semi-artesianos, um mercado público na praça central, onde é realizada a tradicional feira dos domingos, farmácia, bares, casa de material de construção, mini-mercados, padaria, pensão, 03 Igrejas evangélica e uma Católica, fábrica de móveis e um destaque especial à fábrica de queijo mussarela com capacidade para processamento de 3.000 kg/dia, gerando emprego e renda para produtores rurais. Também merece atenção a criatividade dos proprietários da borracharia local, que juntando restos de ferros, baterias, latas, madeira e bancos fizeram um BIG CARRO motorizado, dando-lhe o nome de TIQIN sendo alegria das crianças e admiração de visitantes.

A zona rural tem como principal atividade a pecuária de corte e de leite. Nos últimos anos registraram-se o ingresso de pequenos e médios fazendeiros oriundos dos estados de Alagoas e Sergipe, atraídos pelo baixo preço das terras, sua topografia, características climáticas e o seu potencial de fertilidade para uso em pastagens.