Usuário:Cseabra/Testes
 | Esta é uma página de testes do utilizador Cseabra, uma subpágina da principal. Serve como um local de testes e espaço de desenvolvimento, desta feita não é um artigo enciclopédico. Para uma página de testes sua, crie uma aqui. Como editar: Tutorial • Guia de edição • Livro de estilo • Referência rápida Como criar uma página: Guia passo a passo • Como criar • Verificabilidade • Critérios de notoriedade |
 | |
| Fundação | 1962 |
| Presidente | Tetê Avelar |
| Sítio oficial | blogs |
Fundado na década de 60, o Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC) é uma entidade sem fins lucrativos que luta pelo movimento cineclubista no Brasil. O conselho teve uma importante atuação, reunindo entidades como associações, sindicatos, igrejas, escolas e universidades, nas quais exibia e debatia filmes, com especial ênfase no cinema nacional.
Atividades[editar | editar código-fonte]
O cineclube é uma associação sem fins lucrativos que tem como objetivo estimular seus membros a ver, discutir e refletir sobre o cinema. Surgiu na França nos anos 20 do século XX e chegou ao Brasil em 1929 com o Cineclube Chaplin Club, fundado no Rio de Janeiro por Plínio Sussekind e Octavio de Faria, entre outros. O Chaplin Club teve uma contribuição importante para a maturidade da crítica cinematográfica brasileira durante seu período de atividade entre 1928 e 1931. [1][2][3]
Com diferentes práticas, de acordo com o desenvolvimento das sociedades em que se inserem, os cineclubes surgiram como resposta a necessidades não atendidas pelo cinema comercial. No entanto, todos têm em comum o objetivo de exibir cinematografias que não estariam disponíveis ao público de outra maneira, além de promover a discussão, o intercâmbio de ideias, filmes e espaços para novos profissionais. [4] Vários renomados cineastas, como Cacá Diegues, Glauber Rocha, Wim Wenders e Jean-Luc Godard, foram formados por cineclubes.
Uma concepção democrática e revolucionária de organizar a relação do público com o cinema é a que distingue os cineclubes. [5] Estes foram perseguidos pelo autoritarismo, ignorados pela maior parte das esferas institucionais e marginalizados pelo poder econômico devido a terem uma concepção revolucionária e democrática de organizar a relação do público com a obra cinematográfica. [6][7]
As atuais tecnologias digitais oferecem uma oportunidade única de democratização de meios de produção e distribuição do audiovisual, tornando a proposta cineclubista uma das mais adequadas para uma perspectiva de renovação democrática no campo do audiovisual.
História[editar | editar código-fonte]
A fundação do Conselho Nacional de Cineclubes foi precedida de grande cobertura jornalística, principalmente de São Paulo, Porto Alegre e do Rio de Janeiro. O jornal O Estado de São Paulo anunciava no dia 25 de maio de 1962: "Está marcado para amanhã às 14 horas, na sede da Cinemateca Brasileira, no Parque do Ibirapuera, Portão 5, uma assembléia geral, convocada pelo Centro dos Cine-Clubes do Estado, de quem é presidente o Sr. Carlos Vieira, visando a fundação do Conselho Nacional de Cineclubes, que coordenará todas as atividades dos cineclubes do país".
Em 1968, durante a ditadura militar brasileira (1964 a 1984), as práticas dos encontros nacionais foram interrompidas e o conselho teve suas atividades perseguidas. Em 1974, as atividades do conselho foram retomadas por um grupo de cineclubistas, em Curitiba, com foco na defesa na produção, distribuição e exibição de filmes do cinema nacional. Para garantir o acesso dos cineclubes aos filmes nacionais, incluindo os curtas-metragens, foi criada a Dinafilme (Distribuidora Nacional de Filmes). A Federação Paulista de Cineclubes iniciou as atividades da distribuidora em São Paulo, recebendo parte do acervo da Cinemateca Brasileira em 16mm. Posteriormente, a Dinafilme expandiu suas atividades por todo o país e chegou a atingir mais de 2.000 pontos de exibição. [8][9][10]
Com a posse de Gilberto Gil como ministro da cultura, e de Leopoldo Nunes como secretário do audiovisual, em 2003, o movimento cineclubista se rearticulou. A 24ª Jornada Nacional de Cineclubes Brasileiros foi realizada durante o Festival de Cinema de Brasília nesse mesmo ano. Desde então, o movimento tem tido altos e baixos, mas tem crescido e evoluído, e atualmente está caminhando para a 31ª Jornada Nacional. [11]
Histórico de presidências[editar | editar código-fonte]
Presidentes do CNC de 1962 até 2023: [12][13]
| Data | Presidente | Origem |
|---|---|---|
| 1962 a 1964 | Carlos Vieira | (São Paulo/SP) |
| 1964 a 1966 | Olavo Macedo de Freitas | (Porto Alegre/RS) |
| 1967 a 1969 | Geraldo Sobral | (Brasília/DF) |
| 1974 a 1975 | Carlos Vieira | (São Paulo/SP) |
| 1975 a 1978 | Marco Aurélio Marcondes | (Rio de Janeiro/GB) |
| 1978 a 1980 | Luiz Felipe Bacelar de Macedo | (São Paulo/SP) |
| 1980 a 1982 | Antônio Claudino de Jesus | (Vila Velha/ES) |
| 1982 a 1984 | Nelson Krumholz | (Rio de Janeiro/RJ) |
| 1984 a 1986 | Diogo Gomes dos Santos | (São Paulo/SP) |
| 1986 a 1987 | José Gil de Almeida | (Curitiba/PR) |
| 1987 a 1989 | Antônio Claudino de Jesus | (Vila Velha/ES) |
| 1989 a 1991 | Fernando José da Silva | (Ribeirão Preto/SP) |
| 2004 a 2010 | Antônio Claudino de Jesus | (Vila Velha/ES) |
| 2010 a 2013 | Luiz Alberto Cassol | (Santa Maria/RS) |
| 2013 a 2015 | Jorge Conceição | (Salvador/BA) |
| 2015 a 2019 | Jorge Eduardo Paes Aguiar | (São Paulo/SP) |
| 2019 a 2023 | Terezinha Lúcia de Avelar | (Belo Horizonte/MG) |
Jornadas Nacionais de Cineclubes[editar | editar código-fonte]
Jornadas realizadas por ano e localização geográfica: [14]
| Ano | Cidade | UF | Jornada |
|---|---|---|---|
| 1959 | São Paulo | SP | I Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1960 | Belo Horizonte | MG | II Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1962 | Porto Alegre | RS | III Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1963 | N/D | N/D | IV Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1965 | Salvador | BA | V Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1967 | Fortaleza | CE | VI Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1968 | Brasília | DF | VII Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1974 | Curitiba | PR | VIII Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1975 | Campinas | SP | IX Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1976 | Juiz de Fora | MG | X Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1977 | Campina Grande | PA | XI Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1978 | Caxias do Sul | RS | XII Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1979 | Santa Tereza | ES | XIII Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1980 | Brasília | DF | XIV Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1981 | Campo Grande | MS | XV Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1982 | Piracicaba | SP | XVI Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1983 | Petrópolis | RJ | XVII Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1984 | Curitiba | PR | XVIII Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1985 | Ouro Preto | MG | XIX Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1986 | Brasília | DF | XX Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1987 | Curitiba | PR | XXI Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1988 | Campinas | SP | XXII Jornada Nacional de Cineclubes |
| 1989 | Vitória | ES | XXIII Jornada Nacional de Cineclubes |
| 2003 | Brasília | DF | XXIV Jornada Nacional de Cineclubes |
| 2004 | São Paulo | SP | XXV Jornada Nacional de Cineclubes |
| 2006 | Santa Maria | RS | XXVI Jornada Nacional de Cineclubes |
| 2008 | Belo Horizonte | MG | XXVII Jornada Nacional de Cineclubes |
| 2010 | Recife | PE | XXVIII Jornada Nacional de Cineclubes |
| 2015 | Itaparica | BA | XXIX Jornada Nacional de Cineclubes |
| 2019 | Viçosa | MG | XXX Jornada Nacional de Cineclubes |
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Blog do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros
- Federação Internacional de Cineclubes (em inglês]
- Cine Sud (em inglês e espanhol)
- Cineclube: apontamentos (blog de Felipe Macedo)
Referências
- ↑ Santos, Diogo Gomes dos (15 de janeiro de 2023). «CINECLUBES: um pouco de história -». Consultado em 4 de abril de 2023
- ↑ Lourenço, Júlio César (2011). «A contribuição da atividade cineclubística do Chaplin Club (1928-1931) para a maturidade da crítica cinematográfica brasileira» (PDF). Consultado em 4 de abril de 2023
- ↑ «Ciclo Cinefilia e cineclubismo -». centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br. Consultado em 4 de abril de 2023
- ↑ Mundim, Luiz Felipe Cezar (2016). «O público organizado para a luta» (PDF). Consultado em 4 de abril de 2023
- ↑ Macedo, Postado por Felipe. «Diário do Cineclube». Consultado em 4 de abril de 2023
- ↑ «Um cineclube na comunidade». CENPEC. Consultado em 4 de abril de 2023
- ↑ Costa Júnior, Hélio Moreira da. «O onírico desacorrentado: o movimento cineclubista brasileiro (do engajamento estético à resistência política nos anos de chumbo - 1928 - 1988)». Consultado em 4 de abril de 2023
- ↑ Zachariadhes, Grimaldo Carneiro; Ivo, Alex de Souza; Brito, Antonio Mauricio Freitas; Santana, Cristiane Soares de; Santana, Ediane Lopes de; Silva, Elizete da; Melo, Izabel de Fátima Cruz; Dias, José Alves; Carvalho Neto, Joviniano Soares de (2009). Ditadura militar na Bahia novos olhares novos objetos novos horizontes. [S.l.]: EDUFBA
- ↑ Velloso, Gustavo (31 de dezembro de 2013). «ARRUDA, José Jobson de Andrade. São Paulo nos séculos XVI-XVII. (Coleção História Geral do Estado de São Paulo, v.1. Coordenação Geral: Marco Antonio Villa). São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/POIESIS, 2011.». Revista Cadernos de Clio (1). ISSN 2447-4886. doi:10.5380/rcc.v4i1.40447. Consultado em 4 de abril de 2023
- ↑ Andrade, João Batista de (2005). O homem que virou suco. Ariane Abdallah, Newton Cannito. São Paulo: Cultura, Fundação Padre Ancheita. OCLC 64709332
- ↑ «Cineclubes Brasileiros apresentam demandas ao Grupo de Transição da Cultura do Governo Lula». Rede Estação Democracia - RED (em Portuguese). 5 de dezembro de 2022. Consultado em 4 de abril de 2023
- ↑ Souza, Adriana Carneiro de (2011). «Cineclubismo no Brasil: visões de ontem e perspectivas do contemporâneo» (PDF). Consultado em 4 de abril de 2023
- ↑ Redação (24 de novembro de 2008). «Conselho Nacional de Cineclubes tem nova diretoria». TELA VIVA News. Consultado em 4 de abril de 2023
- ↑ Souza, Adriana Carneiro de (2011). «Cineclubismo no Brasil: visões de ontem e perspectivas do contemporâneo» (PDF). Consultado em 4 de abril de 2023