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Usuário:Eduardo P/Bom Jardim de Minas

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A região onde atualmente se localiza Bom Jardim era habitada pelos índios Puri. Em 1770, houve o início da ocupação da região por colonizadores, entre os quais o português Manoel Arriaga de Oliveira (casado com D. Maria Alcântara de Oliveira, com quem teve seis filhos) e sua família. Após se estabelecerem na região, fundaram a Colônia de Campo Vermelho, próximo à atual sede municipal.

A colônia foi atacada por um grupo de índios, e durante o ataque, um dos filhos de Manoel, que tinha o mesmo primeiro nome do pai, foi morto. Com a tragédia, Manoel Arriaga afastou-se da colônia organizou uma fazenda às margens do Córrego Milho Branco, onde passou a morar com sua família. Eles escolheram o topo de uma colina - conhecida atualmente por "Morro da Igreja" - considerada o melhor local para se defender de eventuais ataques indígenas. A partir de então, durante anos, Manoel Arriaga, praticou a agropecuária. Seu trabalho foi notado pelo Capitão Antônio Corrêa de Lacerda. No ano de 1779, ele e sua esposa, D. Ana de Souza D'Guarda, e os três filhos do casal, visitaram o fazendeiro, e propuseram-lhe uma parceria, onde passaram a também comercializar os produtos.

O capitão Antônio Corrêa de Lacerda trouxe dinheiro e escravos, o que facilitou a expansão do negócio, que passou a ser chamado de "Fazenda Bom Jardim". Em suas proximidades começaram a surgir pequenas moradias e, logo, formou-se a Freguesia do "Bom Jardim", num tempo onde muitos portugueses chegavam para explorar ouro no Rio Grande. Uma capela foi construída no terreiro da fazenda em 1770 e, a pedido de Antonio Corrêa de Lacerda, seu padroeiro passou a ser "Senhor Bom Jesus de Matozinhos". Uma nova imagem do santo foi esculpida posteriormente em 1781. A parte central da capela foi ampliada no ano de 1800, quando Bom Jardim tornou-se sede de freguesia. No dia 12 de fevereiro de 1892, Antonio Corrêa doou todo o seu patrimônio em terras à Igreja do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, vindo a falecer em 1903, onze anos após a doação. O cemitério de Bom Jardim situa-se ao lado da Igreja Matriz (atual Capela dos Passos), o que era uma característica da época. Em 1819, era chamada de Capela do Bom Jardim do Turvo [1].

Referências

  1. Auguste de Saint-Hilaire, "Viagem pela região do Rio Grande", capítulo 5, página 57