Usuário:Gato Preto/Testes/11
Galego-português | ||
---|---|---|
Pronúncia: | [ɡɐleɡɔpurtuˈɡeʃ] | |
Falado(a) em: | Originalmente Reino da Galiza agora no mundo inteiro (ver distribuição geográfica) | |
Total de falantes: | Extinto/250.000.000 | |
Posição: | 5.ª como língua nativa[1][2] 6.ª como língua nativa e segunda língua | |
Família: | Indo-europeia Itálica Românica Ocidental Galo-ibérica Ibero-românica Ibero-ocidental Galego-português | |
Escrita: | Alfabeto latino | |
Estatuto oficial | ||
Língua oficial de: | 10 países 6 regiões soberanas | |
Regulado por: | * Galego: Real Academia Galega
| |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | gl
| |
ISO 639-2: | glg | |
ISO 639-3: |
| |
Língua materna
Língua oficial e administrativa
Língua cultural ou de importância secundária
Comunidades de minorias lusófonas
|
O termo galego-português é usado em duas temáticas diferenciadas com definições diferentes:
- Consoante à norma política em vigor foi uma língua falada durante a Idade Média nas regiões que hoje são Portugal (incluindo as vilas de Olivença e Talega), a Galiza, parte occidental das Astúrias, nos extremos occidentais de Castela e Leão e nas vizinhanças occidentais da Estremadura. Dividiu-se em várias falas: o português, o galego, o galego-asturiano e o xalimego.[3][4][5]
- Consoante à avaliação filológica reintegracionista é uma língua falada nos territórios acima mencionados, derivada do latim vulgar surgida na Idade Média e separada por dois macro-dialectos: o português e o galego; isto é, a presença dum continuum dialectal e/ou dum diassistema.[6][7][8][9][10]
Originalmente a língua galego-portuguesa era chamada pelos seus falantes de romanço ou de linguagem,[11] sendo que o termo actual só foi cunhado algures no século XIV.[12] O facto dos falantes do galego-português não terem sido conscientes da sua realidade linguística pode muito bem propiciado a formação duma fronteira política já no século XII que ainda hoje se mantém quase intacta.[12]
Classificação
[editar | editar código-fonte]O galego-português é/era uma língua indo-europeia, pertencente ao grupo occidental das línguas românicas estando do lado galo-românico na Linha de Massa-Senigallia, partilha/partilhava duas características importantes; a formação com s do plural[13] e a vocalização[14][15] ou não de algumas consoantes.[16][17]
O galego-português é classificado como língua românica porque descende/descendia da língua latina trazida pelos soldados de Roma aquando da sua conquista da Península Ibérica.[18] Desta maneira faz parte do grupo das línguas itálicas que incluem o latim, o osco, o umbro etc. e por conseguinte à família linguística indo-europeia.[18]
Mais perto do galego-português está/estavam: o asturo-leonês (especialmente na sua variedade mirandesa) e o castelhano; as duas línguas são como o galego-português, línguas ibero-românicas.[19][20][21] O castelhano antigo era ainda mais próximo do galego-português por reter a f inicial e outras características arcaicas preservadas no galego-português que entretanto foram perdidas no castelhano actual.[22][23] Algumas características do galego-português são:
- Manutenção da f- inicial latina: lat. filĭu → gl-pt. fillo-filho[24][25]
- Evolução do grupo latino -ct- em -it-: lat. nocte → gl-pt. noite[26][27]
- Evolução dos grupos latinos pl-, cl- e fl- em africada /tʃ/: lat. pluvĭa → gl-pt. chuvia-chuva;[28][29] lat. clave → gl-pt. chave;[30][31] lat. flamma → gl-pt. chama[32][33]
- Conservação dos ditongos ei e ou nas suas variantes latinas: lat. riparĭa → gl-pt. ribeira;[34][35] lat. tauru → gl-pt. touro[36][37]
- Não palatização da consoante inicial L: lat. lingŭa → gl-pt. lingua-língua[38][39]
- Perda das consoantes l e n em posição intervocálica: lat. malu → gl-pt. mao-mau;[40][41] luna → gl-pt. lúa-lua[42][43]
- Não palatização das geminadas ll, nn: lat. castellu → gl-pt. castelo;[44][45] lat. annu → gl-pt. ano[46][47]
- Manutenção dos pares mn e mb: lat. damnu → gl-pt. dano;[48][49] lat. palumba → gl-pt. pomba[50][51]
- Manutenção da vogal breve: lat. terra → gl-pt. terra;[52][53] lat. ponte → gl-pt. ponte[54][55]
No século XIII, por exemplo, o léxico do galego-português tinha cerca de 80% de suas palavras com origem latina e 20% com origem pré-romana, céltica, germânica e árabe. Actualmente o galego e o português moderno adicionaram ao seu léxico palavras de variadíssima procedência, são de referir os préstimos: do tupi, do quicongo, do quimbundo, do umbundo, do provençal, do holandês, do hebraico, do persa, do quíchua, do chinês, do turco, do japonês, do alemão, do russo, do inglês, do francês, do castelhano e do italiano. Também houve influência de algumas línguas africanas.[56][57]
História
[editar | editar código-fonte]Época pré-romance
[editar | editar código-fonte]Os pré-romanos
[editar | editar código-fonte]A actual região coberta pela língua galego-portuguesa antes da conquista romana povoada a Norte do Douro pelos galaicos e a Sul deste rio pelos lusitanos (há provas de que outros povos viveram nestas terras antes dos povos antes mencionados).[58] Os galaicos eram de origem céltica e deixaram algum léxico na língua, por exemplo as palavras manteiga e tona.[59][60] Em relação aos lusitanos existe debate acerca da sua origem, alguns argumentam que era um povo celta e outros que era itálico.[61] Parece que os lusitanos e os galaicos eram povos muito relacionados levando à hipótese dum conjunto linguístico lusitano-galaico.[62][63] Nota-se também a influência celta na evolução fonética do grupo latino -ct (lat. nocte → gl-pt. noite), há a possibilidade do abrandamento (t < d) tenha raizes celtas.[61] Os termos carro,[64] caminho, bétula, bragas, camisa, cerveja não provêm nem do galaico nem do lusitano porque apesar de serem de origem celta estas palavras foram trazidas pelos romanos de outras línguas célticas não-peninsulares como o galo.[60]
Os romanos
[editar | editar código-fonte]Lá chegaram os romanos e depois de intensas guerras contra os lusitanos primeiro liderados por Viriato,[65] conquistaram a Lusitânia e a Galécia.[66] Iniciou-se então um processo de intensa romanização, este processo consistia na adopção dos costumes romanos, da arte greco-romana, do latim, das leis e da religião romana;[66] uma assimilação cultural propiciada por mais de quinhentos anos de domínio romano que deixaram marca nas gentes peninsulares.
Apesar da feroz resistência galaica e lusitana frente aos romanos estes povos acabaram por sucumbir à cultura romana, processo acelerado pelas políticas do romano Sertório.[67] Foi tão intenso este processo de aculturação que em pouco tempo os povos autóctonos esqueceram a sua identidade e tornaram-se parte da comunidade romana.[68]
As migrações bárbaras
[editar | editar código-fonte]Começaram então as invasões bárbaras que findaram com a fragmentação política do Império Romano Ocidental e o início dum processo de transição político, cultural, legislativo que decorreu em mudanças ao longo da Idade Média[69][70][71][72], sendo considerados por alguns autores a exercer influência até o Renascimento.[73][74] A Igreja Católica ganhou poder e tornou-se no centro do Mundo Cristão depois do século VII,[75] muitas das actividades culturais foram proibidas por não estarem, segundo com a Igreja, 'correctas' e por não representarem a vontade eclesiástica daquele tempo.[76][77][78]
As línguas germânicas deixaram poucas palavras e as que foram adoptadas são quase todas do âmbito bélico.[79] Exemplos desta influência são os termos albergue, guardar, guerra e trégua.[79] Curiosamente os pontos cardeais Norte[80] e Sul[81] vêm do anglo-saxão e Oeste[82] e Este[83] do inglês moderno.[79] Já o termo Leste, sinónimo de Este vem do francês[84] e o termo centro vem do grego.[85]
Os mouros
[editar | editar código-fonte]Os vândalos e os alanos, os quais tinham se estabelecidos na península deixaram-na após derrotas nas guerras contra os Visigodos de Alarico,[86] foram à África e criaram o Reino Vândalo.[87][88][89] Ficaram os suevos e os visigodos, estes últimos vinham fugindo da expansão dos francos.[90] Acontece que os suevos que dominavam a Lusitânia e a Galécia[91] foram derrotados pelos visigodos que dominaram todas as paragens até à Septimânia.[92][93]
O Reino Visigodo era muito instável, tinha a ameaça franca no Norte, o expansionismo bizantino no Mediterrâneo;[94] a questão religiosa, porque os visigodos eram cristãos arianos e a povo labrego hispano-romanos era cristão católico tendo desavenças graves nesse âmbitos, problema que foi parcialmente arranjado com a conversão ao catolicismo do rei visigodo Recaredo.[95] Contudo o Reino atravessava sérios problemas e a conversão real trouxe também alguns problemas entre a nobreza visigoda; para piorar o sucessor de Vitiza, o rei Rodrigo, não gozava de muita popularidade entre a aristocracia e era especialmente mal visto pelos filhos do monarca anterior que organizaram várias rebeliões chegando à guerra civil.[96][97][98]
Uma ameaça que tinha sido esquecida, os muçulmanos, colectivo religioso do Médio Oriente e Norte de África estava a expandir-se por todo o mundo e tinha agora fortes interesses mediterrâneos visando a conquista da Hispânia para que esta servisse depois como plataforma de invasão à Europa.[99][100]
Os muçulmanos desembarcaram no Estreito de Gibraltar e bateram-se com o exército do rei visigodo Rodrigo que fora derrotado.[101] Em apenas dois anos os sarracenos já dominariam quase a metade da Península.[102] Os governantes mouros permitiram o uso do romanço penínsular, a manutenção dos costumes hispano-romanos e a legalidade da prática de religião cristã; isto permitiu a sobrevivência das falas latinas e do Cristianismo.[103][104] No Sul dominado pelos mouros surgiu o moçárabe, uma língua românica bastante conservadora que tinha adquirido muitos empréstimos do árabe.[105][106][106] No Norte reinado pelos novos reinos cristão surgiram várias línguas; no Reino da Galiza, o galego-português;[107] no Reino de Leão, o asturo-leonês;[108] no Reino de Castela, o castelhano;[108] no Reino de Navarra e no Reino de Aragão, o navarro-aragonês (no de Navarra falava-se ainda o basco)[108] e na Catalunha, o catalão.[108]
À medida que a Reconquista avançava e ganhavam-se territórios, os moçárabes deixaram de falar a sua língua e adoptaram as falas dos reinos cristãos que à sorte ocupariam a sua região.[109] O maior centro moçárabe da Lusitânia era a cidade de Coimbra.[110] O galego-português tomou palavras árabes de duas maneiras: por contacto directos com os mouros ou por meio dos moçárabes.[111][112] O árabe doou muitos termos à língua, para o filólogo, arabista e historiador José Pedro Machado o português padrão tem novecentas cinquenta e quatro palavras de origem árabe, o número dado pela lexicógrafa Carolina Michaëlis aproxima-se é à volta de mil; no campo léxico o árabe teve mais influências nas zonas do Sul porque governaram mais tempo nessas paragens.[113][114] O castelhano, porém, teve mais influência léxica desta fala do que o galego-português.[114]
A língua árabe deixou vestígios e algumas palavras sem o tão característico artigo definido al- no início do termo, por exemplo; o pronome indefinido, fulano;[115] uma preposição, até;[116] uma interjeição, oxalá[117] e o nome mesquinho.[118][113] Houve casos nos quais a partícula al- foi assimilada à consoante inicial da palavra árabe (arrabalde,[119] Arrábida,[120] arrais[121]), havendo muitas vezes simplificação da consoante geminada (açorda,[122] açúcar,[123] ataúde[124] e açougue[125]).[113]
Houve também influência relevante no campo da toponímia.[113] Os rios com nome começado em Guad- ou Od- são de origem sarracena, esta partícula inicial significa "rio" do árabe wadi;[126] exemplos são: Odiáxere, Odeceixe, Odeleite, Odemira, Odiana (Guadiana),[126] Guadalaxara, Guadalete e Guadalquivir.[113] Outros topónimos de origem não muçulmana foram adaptados fonéticamente ao árabe e foi esta versão que nos foi legada; por exemplo Lisboa (latim: Olissipo, árabe: Al-Ušbuna)[127][128][129] e Sevilha (latim: Hispalis, árabe: Isbilia).[130][113]
Galego-português antigo
[editar | editar código-fonte]Começos
[editar | editar código-fonte]O primeiro estágio da língua galego-portuguesa é chamado de galego-português antigo ou arcaico (c. 750– c. 1420).[131][132] O galego-português antigo desenvolveu-se a partir do latim vulgar galaico e lusitânico falado no Reino da Galiza pela população hispano-romana.[133] O latim até então a língua culta e popular deixou de ser falada perdendo para as falas novilatinas que nasceram dela, contudo o latim continuou a ser a língua da administração pelo que não houve textos em romanço até mais tarde;[3] este processo foi acelerado pela dissolução das escolas latinas e a invasão muçulmana que destruiu a unidade dos dialectos românicos.[134]
Embora os documentos escritos em latim no noroeste da Península Ibérica, como é exemplo a Carta de Fundação da Igreja de Lardosa (882 a.D), anunciem já formas da língua vulgar falada na região,[135] o galego-português surge apenas entre os anos de 1170 e 1255, sobretudo em documentos de menor importância com palavras ou frases em romance inseridas num latim de pouca qualidade[136] (com a notável excepção do Testamento de Afonso II). Este conjunto de escassos documentos recebe o nome de Produção Primitiva.[136]
Existe debate entre qual o primeiro texto em galego-português, tanto a Notícia de Fiadores[137] como o Pacto dos Irmãos Pais[138] como as Despesas de Pedro Parada[139] e a Notícia de Herdades[140] são datados da mesma altura.[138]
Notícias de Fiadores
[editar | editar código-fonte]A Notícia de Fiadores reza:
“ | Noticia fecit pelagio romeu de fiadores Stephano pelaiz .xxi. solidos lecton .xxi. soldos pelai garcia .xxi. soldos. Güdisaluo Menendice. xxi soldos /2 Egeas anriquici xxxta soldos. petro cõlaco .x. soldos. Güdisaluo anriquici .xxxxta. soldos Egeas Monííci .xxti. soldos [i l rasura] lhoane suarici .xxx.ta soldos /3 Menendo garcia .xxti. soldos. petro suarici .xxti. soldos Era Ma. CCaa xiitia Istos fiadores atan .v. annos que se partia de isto male que li avem[141] | ” |
— Notícia de Fiadores |
Pacto dos Irmãos Pais
[editar | editar código-fonte]O Pacto dos Irmãos Pais diz:
“ | Ego Gomenze Pelaiz facio a tibi irmano. meo Ramiru Pelaiz isto plazo ut non intret meo maiordomo inilla villa super vostros homines deslo mormuiral. & de inde antre as casas d’Ousenda Grade & d’Elvira Grade. & inde pora pena longa & de ista parte perilla petra cavada de Sueiro Ramiriz dou vobis isto que sejades meo amico bono. & irmano bono & que adjuderis me contra toto homine fora el rei & suos filios. & si Pelagio Soariz. ou Menendo Pelaiz. ou Velasco Pelaiz. ou Petro Martiniz. Daquele que torto fezer a Don Ramiru. ou a Don Gomeze si quiser caber en dereito & se non ajudarmonos contra illos. Des illo mormoiral ata en frojom non laver {jure} mala Dos ergo illos que abet hodie fora se ganar herdade de gavaleiros ou de engeoida. & in vostra herdade habet tal foro quale dóóspital. & herdade for de penores & ibi morar suo dono dar calupnia & fosadeira & si se for dela abere tal foro quomodo vostros herdades. Se {homenem} entrar enaquela vila que torto tenia a Don Gomeze dar dereito dele si seu for de Don Ramiro {quen} de fora venia. & {quen} isto plazo exierit ad vos Ramiro Pelaiz se erar coregelo & se non {q} volverit peitar quinientos soldos. jsto pleito est taliado de isto maio que venit ad .IJs. anos. | ” |
— Pacto dos Irmãos Pais |
Ora faz host'o senhor de Navarra
[editar | editar código-fonte]O primeiro texto lírico galego-português é o Ora faz host'o senhor de Navarra de João Soares de Paiva de c. 1196,[142] presente no Cancioneiro da Biblioteca Nacional e no Cancioneiro da Vaticana.[142] Marca o início da idade de ouro trovadoresca galego-portuguesa que a tornará num referente a nível europeu.[143]
A trova galego-portuguesa divide-se em três tipos de cantigas; as de amigo, as de amor e as de escárnio e maldizer.[144] A de amigo tinha uma cariz romântica como as de amor mas o enfoque é diferente;[145] as de escárnio e de maldizer têm um objectivo satírico e por vezes chegando a insultar.[146]
O poema Ora faz host'o senhor de Navarra:
“ | Ora faz ost’o senhor de Navarra,
pois en Proenç’est’el-Rei d’Aragon; non lh’an medo de pico nen de marrra Tarraçona, pero vezinhos son; nen an medo de lhis poer boçon e riir-s’an muit’Endurra e Darra; mais, se Deus traj’o senhor de Monçon ben mi cuid’eu que a cunca lhis varra.
que de Pamplona oístes nomear, mal ficará aquest’outr’en Todela, que al non á a que olhos alçar: ca verrá i o bon Rei sejornar e destruir atá burgo d’Estela: e veredes Navarros lazerar e o senhor que os todos caudela.
ele sa ost’e todo seu poder; ben sofren i de trabalh’e de pëa, ca van a furt’e tornan-s’en correr; guarda-s’el-Rei, comde de bon saber, que o non filhe a luz en terra alhëa, e onde sal, i s’ar torn’a jazer ao jantar ou se on aa cëa.[142] |
” |
— Ora faz ost’o senhor de Navarra, João Soares de Paiva |
Cantiga de Ribeirinha
[editar | editar código-fonte]De cantiga de amor temos a Cantiga de Ribeirinha de Paio Soares de Taveirós dedicada a Maria Pais Ribeira, a Ribeirinha, concubina de Sancho I de Portugal.[147]
A cantiga:
“ |
No mundo nom me sei parelha, mentre me for como me vai; ca ja moiro por vós, e ai!, mia senhor branca e vermelha, queredes que vos retraia quando vos eu vi em saia? Mao dia me levantei, que vos entom nom vi feia! E, mia senhor, des aquelha, me foi a mi mui mal di' ai! E vós, filha de Dom Pai Moniz, en bem vos semelha d' haver eu por vós gabundarvaia? Pois eu, mia senhor, d' alfaia nunca de vós houve nem hei valia d'ua correia!” |
” |
— Paio Soares de Taveirós |
Atribui-se ao rei português Sancho I a autoria do famoso texto lírico Ay eu coitada, que trata os lamentos de uma donzela por causa do seu 'amigo' estar à já muito tempo fora, na cidade da Guarda.[148][149] Alguns apontam a autoria a Afonso X de Leão e Castela, Carolina Michaëlis é a primeira em defender a autoria de El-Rei português.[149]
O poema:
“ | Ay eu coitada, como vivo em gram cuidado
por meu amigo que Gahei alongado; muito me tarda o meu amigo na Guarda.
por meu amigo que tarda e nom vejo; muito me tarda o meu amigo na Guarda. |
” |
— Sancho I de Portugal |
Testamento de Afonso II de Portugal
[editar | editar código-fonte]Ainda que o galego-português não fosse a língua oficial que foi o latim até o reinado de D. Dinis já começava a ter mais relevância administrativa e régia.[150] O primeiro documento régio na língua vernacular, o Testamento de Afonso II é testemunha disso.[151][152]
Parte inicial do Testamento:
“ | En’o nome de Deus. Eu rei don Afonso pela gracia de Deus rei de Portugal, seendo sano e saluo, temẽte o dia de mia morte, a saude de mia alma e a proe de mia molier raina dona Orraca e de meus filios e de meus uassalos e de todo meu reino fiz mia mãda per que depos mia morte mia molier e meus filios e meu reino e meus uassalos e todas aquelas cousas que Deus mi deu en poder sten en paz e en folgãcia. Primeiramente mãdo que meu filio infante don Sancho que ei da raina dona Orraca agia meu reino entegramente e en paz. E ssi este for morto sen semmel, o maior filio que ouuer da raina dona Orraca agia o reino entegramente e en paz. E ssi filio barõ nõ ouuermos, a maior filia que ouuermos agia’o. E ssi no tẽpo de mia morte meu filio ou mia filia que deuier a reinar nõ ouuer reuora, segia en poder da raina sa madre e meu reino segia en poder da raina e de meus uassalos ata quando agia reuora. E ssi eu for morto, rogo o apostoligo come padre e senior e beigio a terra ante seus pees que el recebia en sa comẽda e so seu difindemẽto a raina e meus filios e o reino. E ssi eu e a raina formos mortos, rogoli e pregoli que os meus filios e o reino segiã en sa comẽda. E mãdo da dezima dos morauidiis e dos dieiros que mi remaserũ de parte de meu padre que sũ en Alcobaza e do outr’auer mouil que i posermos pora esta dezima que segia partido pelas manus do arcebispo de Bragaa e do arcebispo de Santiago e do bispo do Portu e de Lixbona e de Coĩbria e de Uiseu e de Lamego e da Idania e d’Euora e de Tui e do tesoureiro de Bragaa. E outrossi mãdo das dezimas das luctosas e das armas e doutras dezimas que eu tenio apartadas en tesouros per meu reino, que eles as departiã assi como uirẽ por derecto. | ” |
— Testamento de Afonso II, Afonso II. |
Notícia de Torto
[editar | editar código-fonte]Depois apareceria a Notícia de Torto que é o primeiro texto notarial particular em galego-português.[153] Esta 'notícia' é uma longa narrativa dos agravos que Lourenço Fernandes da Cunha sofreu às mãos de outros senhores.[153]
Trecho da narrativa:
“ | De noticia de torto que fecerũ a Laurẽcius Fernãdiz por plazo qve fece Gõçauo
Ramiriz antre suos filios e Lourẽzo Ferrnãdiz quale podedes saber: e oue auer, de erdade e dauer, tãto quome uno de suos filios, daquãto podesẽ auer de bona de seuo pater; e fiolios seu pater e sua mater. E depois fecerũ plazo nouo e cõuẽ uos a saber quale; in ille seem taes firmamentos quales podedes saber Ramiro Gõcaluiz e Gõcaluo Gõca [luiz e] Eluira Gõcaluiz forũ fiadores de sua irmana que o[to]rgase aqu[e]le plazo come illos Super isto plazo ar fe[ce]rũ suo plecto. E a maior aiuda que illos hic cõnocerũ, que les |
” |
— Notícia de Torto |
Foro do bõ burgo de Castro Caldelas
[editar | editar código-fonte]Todos estes documentos são do Condado Portucalense sendo que apenas em 1228 é que aparece o primeiro texto Idaem galego-português na Galiza.[136] É o Foro do bõ burgo de Castro Caldelas, um foral outorgado por Afonso IX de Leão ao município de Alhariz.[136] Excerto do foro:
“ |
Eu don Alfonso porla gratia de Deus Rey de Leon a vos omes [do boo Burgo?], assy aos presentes como aos que an de víír, et a vossos fillos et a toda vossa generacion faço karta de donacion et texto de firmidũe, et dou a vos foros en que sempre vivades. Inprimeiramente omẽs do bon Burgo non ayam nullo señor senon el Rey ou quen esse Burgo tover de sua mão (tover). |
” |
— Foro do bõ burgo de Castro Caldelas, Afonso IX de Leão. |
Idade de Ouro
[editar | editar código-fonte]É a partir de agora que o galego-português se torna numa língua erudita e de prestígio sucedendo ao latim e ao occitano, o rei castelhano Afonso X, o Sábio escreveu as suas Cantigas de Santa Maria na fala minhota marcando o auge da trova e poesia galego-portuguesa a qual durante o século XII foi a língua erudita e culta de Castela.[154] As Cantigas de Santa Maria é uma colecção de quatrocentas e vinte e sete composições líricas que se encontram repartidas em quatro manuscritos, um deles na Biblioteca Nacional da Espanha (Codex To, por Toledo), dois no El Escorial (Codex E e T) e o quarto em Florença (Codex F).[155]
Existem dúvidas sobre a autoria directa do Rei Afonso X, o Sábio, mas ninguém duvida da sua participação directa como compositor em muitas delas. Walter Mettmann, autor duma edição crítica dos textos das Cantigas,[156] acredita que muitas delas podem ser atribuídas ao poeta e trovador galego Airas Nunes, e que Afonso X teria escrito oito ou dez delas.[157]
O feito que marca a história da língua galego-portuguesa é quando o rei português D. Dinis torna-a a língua oficial do Reino e da sua administração tirando ao latim a sua posição milenária.[150] El-Rei durante o seu reinado fortaleceu a identidade nacional, como a Reconquista portuguesa tinha sido findada pelo seu pai ele pôde dedicar-se à administração e à cultura.[158][159] O rei D. Dinis amava a trova e a poesia pelo que foi um grande mecenas do trovadorismo, ele próprio também compunha trova, a sua cantiga mais conhecida é a cantiga de amigo, Verde Pino.[160]
A Cantiga:
“ | Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo? Ai Deus, e u é?
se sabedes novas do meu amado? Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pôs conmigo? Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado, aquel que mentiu do que mi há jurado? Ai Deus, e u é?
- Vós me preguntades polo voss'amigo e eu bem vos digo que é san'e vivo. Ai Deus, e u é?
e eu bem vos digo que é viv'e sano. Ai Deus, e u é?
e será vosco ant'o prazo saído. Ai Deus, e u é?
- E eu bem vos digo que é viv'e sano e será vosc[o] ant'o prazo passado. Ai Deus, e u é?[160] |
” |
— Dinis I de Portugal |
Galego-português médio
[editar | editar código-fonte]Divisão galego – português
[editar | editar código-fonte]O Reino da Galiza tinha-se dividido em dois, a parte do Norte ficaria baixo o domínio de Leão e Castela e o Sul que se tinha tornado independente em 1128 depois da Batalha de São Mamede, como Portugal.[161] Embora o romanço fosse bastante uniforme ao longo das duas margens do Minho devido aos conflictos entre a nobreza galega e a portucalense, os interesses forasteiros e a malquerença entre os bispos de Santiago e de Braga propiciaram a balcanização do Reino e a divisão do povo galego-português em dois caminhos opostos.[162][163]
A língua sofreu com estas hostilidades políticas;[164] porém, manteve-se unida até ao século XIV, prova disso é a sublevação do povo galego contra os Trastâmara de Castela e a proclamação em várias cidades galegas de Fernando I de Portugal como seu rei.[165] Porém Fernando perderia as guerras contra Castela e retirar-se-ia da Galiza.[165] Muitos refugiados galegos foram a Portugal mas por causa dos acordos de paz assinados com os castelhanos o rei de Portugal teve de os expulsar.[166]
O galego-português na Galiza ainda gozava de prestígio e poder, aí os Reis Católicos por causa dos nobres galegos terem apoiado a outra pretendente na guerra civil castigaram a Galiza e o galego-português começou a ser perseguido e cair em desgraça, os Reis Católicos aproveitaram a guerras fracticidas entre os labregos galegos e a pequena nobreza local para posteriormente subjugar a região, este episódio acabaria na doma e castración da Galiza e mais metafóricamente a longa noite de pedra.[167][168] Entretanto Portugal vigorava mais do que nunca, desde 1415 com a Conquista de Ceuta criou o mais duradouro império colonial da história chegando até 2002;[169] Lisboa era um centro internacional de comércio e a língua galego-portuguesa lusitana tornara-se a lingua franca do Mundo, sendo bastante falada no Extremo Oriente.[170][171]
Galego
[editar | editar código-fonte]A língua ficou então divida, aos galegos foram aplicadas medidas contra a utilização da língua e promoveu-se o uso do castelhano sobre as falas locais.[172] É nesse espírito de prejuízo e agravo que a florescente literatura galega desaparece caindo nos Séculos Escuros.[172][173] O galego-português falado na Galiza adquriria muito léxico do superestrato, o castelhano;[174] listada abaixo muitas das mudanças ocorridas na Galiza algures nesse tempo:
- Perda das vogais nasais (mantidas no galego-português lusitano);[175]
- Betacismo, confusão de [v] com [β] e [b] (fenómeno similar nos falares setentrionais de Portugal);[176]
- Ensurdecimento da sibilante alveolar [z] tornando-se fricativa dental surda [θ] (no galego occidental confude-se [θ] com [s]);[177]
- Junção da africada alveolar sonora [d͡z] com a africada alveolar surda [t͡s] acabando sempre na solução africada alveolar surda, no fim acabaria por se fundir com [θ];[178]
- Junção da fricativa palatoalveolar sonora [ʒ] com a fricativa palatoalveolar surda [ʃ] acabando sempre na solução fricativa palatoalveolar surda.[179]
Português
[editar | editar código-fonte]Fernão Lopes
[editar | editar código-fonte]Gomes Eanes de Zurara
[editar | editar código-fonte]Gomes Eanes de Zurara foi o guardião-mor da Torre do Tombo, cronista escreveu várias obras de relevância historiográfica.[180] Nelas, neste caso na Chronica do descobrimento e conquista de Guiné do qual há um extrato abaixo permite visualizar várias mudanças a decorrer na língua.[181]
O extrato:
“ | E assy que em estes annos nom forom navyos a allem daquelle cabo, pollas razooẽs que já disemos. Bem he que no anno de quarenta se armarom duas caravelas afim de irem a aquella terra, mas porque ouverom aqueecimentos contrairos, nom contamos mais de sua vyagem.[182] | ” |
— Gomes Eanes de Zurara, in Chronica do descobrimento e conquista de Guiné |
Neste ejemplo pode reparar-se na maior antiguidade léxica comparado à obra de Gil Vicente, porém, há vários pontos em comum e vários a inovações em relação ao antigo galego-português; a maioria das diferenças são ortográficas e a terminação om em vez de am que ainda usa a distinção antiga que seria unificada quase sempre no diptongo nasal ão.[183]
Gil Vicente
[editar | editar código-fonte]Em Portugal florescem muitos escritores, a lírica galego-portuguesa compartilharia importância com a literatura de cordel.[184] Gil Vicente, um deles, foi o primeiro grande dramaturgo a escrever em galego-português além de ser também poeta;[185] a sua obra mostra a transição entre o galego-português antigo e o novo que se iria desenvolver em Portugal, o português moderno.[186]
Uma das suas primeiras obras, Auto da Alma é um bom exemplo das mudanças que estavam a ocorrer na língua.
Extrato da obra:
“ | Assi como foi cousa muito necessária haver nos caminhos estalagens, pera repouso e refeição dos cansados caminhantes, assi foi cousa conveniente que nesta caminhante vida houvesse uma estalajadeira, pera refeição e descanso das almas que vão caminhantes pera a eternal morada de Deus. Esta estalajadeira das almas é a Madre Santa Igreja, a mesa é o altar, os manjares as insígnias da Paixão. E desta perfiguração trata a obra seguinte.
Este Auto presente foi feito à muito devota Rainha D. Leonor e representado ao mui poderoso e nobre Rei Dom Emanuel, seu irmão, por seu mandado, na cidade de Lisboa, nos Paços da Ribeira, em a noite de Endoenças. Era do Senhor de 1518.[187] |
” |
— Gil Vicente, in Auto da Alma |
Como é possível divisar à exepção de assi, pera e mui o texto tem uma composição e grafia quase igual à actual. Uma das mudanças mais importantes entre o português médio e o moderno é o uso do verbo auxiliar haver em vez de ter, podendo ver-se neste excerto o uso anterior à mudança.[188] Quanto a assi sofreu um processo de nasalização que terminou com a forma moderna assim, a mesma cousa aconteceu com si que agora é sim; alguns pensam que foi uma alteração independente, outros que foi análoga à transformação de nom em não.[189] Pera é um arcaísmo que significa para.[190] Mui é também um arcaísmo, uma forma apocopada de muito que é usada no galego e no castelhano.[191] Cousa é uma palavra de ainda uso corrente e é o par de coisa,[192] é parte das mudanças dialectais e fonológicas dos diptongos ou e oi, análogo a touro–toiro e ouro–oiro.[193]
Galego-português moderno
[editar | editar código-fonte]Galego
[editar | editar código-fonte]No século XVI o galego continuaria na mesma situação, a língua castelhana era a língua de prestígio e oficial e o galego ficaria nas bocas do povo labrego, por motivações políticas o galego era achado "dialecto baixo" do castelhano.[194] Até aparecerem as primeiras obras pós-trovadorescas em galego, com destaque a Martín Sarmiento, um dos poucos achados na fala local daquela altura é o Soneto de Monterrei.[194]
Soneto de Monterrei
[editar | editar código-fonte]O Soneto de Monterrei é um poema do século XVI atribuído tradicionalmente a Camões e é um dos poucos textos em galegos durante os Séculos Escuros, é datável dentre 1530 e 1540.[195] Actualmente duvida-se de que tenha sido escrito pelo poeta português.[195]
Extrato do soneto:
“ |
|
” |
— Desconhecido |
Frei Martín Sarmiento
[editar | editar código-fonte]Martín Sarmiento foi um frade e escritor galego dos séculos XVI e XVIII e é considerado um dos pais da filologia galega, contribuiu também no Iluminismo.[196] Figura muito importante pela sua análise à língua galega numa altura na qual a língua de estudo era o castelhano e, numa época na qual os intelectuais distanciavam-se da tradição popular e do folclore.[196] O Dia das Letras Galegas de 2002 foi em sua honra.[197] As suas obras marcam o início do Rexurdimento, o ressurgimento literário do galego que atingirá o seu alvor no século XIX.[197]
Dentre as suas obras destacam:
- Colección de voces y frases gallegas;
- Coloquio de vintecatro galegos rústicos.[197]
Português
[editar | editar código-fonte]Cancioneiro Geral
[editar | editar código-fonte]O Cancioneiro Geral de 1516, uma compilação de poemas reunidos pelo escritor Garcia de Resende marca o fim do período arcaico da língua portuguesa.[198] Esta obra marca a divisão entre a literatura e a música, actividades até lá muito ligadas porque ao contrário da época trovadoresca, quando a poesia era pensada para ser cantada e bailada, os poemas do Cancioneiro são autónomos e o ritmo é conseguido pela sonoridade das palavras e pela organização em versos e estrofes.[199]
Trecho introdutório:
“ | cum preuilegio / [Foy ordenado e eme[n]dado por Garcia de Reesende fidalguo da casa del Rey nosso senhor e escriuam da fazenda do principe]. - Almeyrym e acabouse na muyto nobre e sempre leall cidade de Lixboa : per Hermã de Cãmpos, 28 Sete[m]bro 1516.[200] | ” |
— Hermã de Cãmpos |
Luís Vaz de Camões
[editar | editar código-fonte]Luís Vaz de Camões foi um poeta português do século XVI que marca com a sua obra Os Lusíadas[201] um referente da língua galego-portuguesa, a epopeia nacionalista é considerada um dos pilares da língua portuguesa e obra mais representativa desta.[202] Actualmente é tido como o poeta nacional de Portugal.[203] Os Lusíadas fixaram a língua portuguesa no seu padrão, mantendo até hoje os mesmo princípios e características definitórias que o linguajar e a pronúncia do Renascimento fosse ligeiramente diferente à contemporânea.[204]
Alguns académicos apontam que a obra de Camões representa uma ponte entre o galego-português antigo e o moderno, evidencia-se que a epopeia camoniana apresenta um ortografia simplificado, tendo deixado muito dígrafos e etimologismos latinos e gregos e reduziu o número de letras duplicadas.[205] É notado também que as vogais duplas desaparecem ou escasseiam e estão presentes apenas para realizar o trabalho que hoje é feito pela crase ou o timbre das vogais.[205] O til deixou de ser utilizado na sua extensão antiga e começou a adoptar um uso mais parecido à normativa moderna.[205] Podem apreciar-se, ainda, algumas terminações arcaicas n'Os Lusíadas, nomeadamente -bil em terríbil.[204]
O modelo ortográfico oferecido por Camões foi usado como referente pelo filólogo e lexicógrafo Gonçalves Viana na sua proposta de reforma ortográfica do português no século XIX.[205][206] Esta proposta derivou no que seria a Reforma Ortográfica de 1911,[207] a qual estabelecer-se-ia tanto em Portugal quanto no Brasil.[205]
Fernão Oliveira
[editar | editar código-fonte]João de Barros
[editar | editar código-fonte]Folclore galego-português
[editar | editar código-fonte]O folclore galego-português é um erário comum de tradições endémicas da Galiza e de Portugal[208] que têm sido perpetuadas, muitas delas, através da transmissão oral com ênfase na língua.[209][210] Algumas regiões não galego-portuguesas têm sido influênciadas por estas tradições, um exemplo são as Ilhas Canárias.[211] Tem havido várias exposições na Galiza das músicas galego-portuguesas.[210][212][213]
Música celta
[editar | editar código-fonte]Tanto na Galiza como em Portugal setentrional há um grande contingente musical de inspiração celta.[214] A região da actual Galiza e do Norte de Portugal foi povoada antes da chegada dos romanos por celtas que deixaram vários vestígios tanto léxicos como de outros tipos,[215] mas essa não seria a única época de contacto entre as gentes do noroeste peninsular com os celtas, sendo que depois da Invasão Anglo-Saxónica da Britânia muitos dos seus habitantes fugiram e estabelercer-se-iam na Galiza.[216]
Deixaram pegadas na tradição etnomusical galego-portuguesa e desde a década de 1970 o movimento céltico ressurgiu num renascimento originário da Escócia e da Irlanda e que chegou até à Galiza.[214] Neste sentido, na década de 1980 a gaita-de-foles torna-se num ícone da música tradicional galega, propagando-se pelo ensino oficial da região e pelas diversas agrupações recreativas locais.[214] Assinala-se desde a década de 1990 a penetração deste movimento ao Norte de Portugal onde acadou reconhecimento e serviu como elemento de promoção regional.[214]
Os festivais de música celta são os dinamizadores deste conceito cultural e os mais influentes na área galego-portuguesa são, a saber:
- Festival Internacional do Mundo Celta de Ortigueira (Corunha, Galiza);
- Festival de Musica Intercéltica do Porto (deixou de ser realizado em 2008);
- Festival de Musica Celta de Santulhão (Vimioso, Bragança).[214]
Ainda que não esteja no espaço galego-português, o Festival Intercéltico de Sendim (estando numa área asturo-leonesa) por ser território português tem feito notar a sua influência em todo o resto do Norte de Portugal e na Galiza.[214]
A saia da Carolina
[editar | editar código-fonte]A saia da Carolina é uma das canções tradicionais mais populares na Galiza[217] como em Portugal[218][219] sendo um ícone do galego e do português estendendo-se ao longo da franja occidental da Península, incluindo regiões das Astúrias e de Castela e Leão.[217][220] A letra das versões galega e portuguesa varia consideravelmente, algumas são exactamente iguais e outras são inteiramente diferentes.[217] Tem também sido alvo de controvérsia na Galiza por causa do uso traduzido da sua versão para o castelhano.[220][221]
Vira do Minho e Malhão
[editar | editar código-fonte]Tem sido sugerido que a Vira do Minho e o Malhão surgiram numa área musical comum situada desde os concelhos da Guarda e Tominho na Galiza até ao sul pelo Minho português, limitando lá com o Douro Litoral; o género musical tradicional do Baixo Minho galego as Treboadas é muito similar ao seu equivalente português minhoto.[222] É possível que a concertina e o acordeão tenham substituído a gaita-de-foles galega como instrumento de uso das cantigas dessa região que são a Vira do Minho e o Malhão,[222] embora a gaita continue a prevalecer nas bandas de Zés-P'reiras.[222][223][224]
Referências
- ↑ Schütz, Ricardo (4 de agosto de 2003). «A Presença do Inglês e do Português no Mundo». Consultado em 5 de julho de 2011
- ↑ «The 30 Most Spoken Languages of the World». KryssTal. Consultado em 5 de julho de 2011
- ↑ a b «Galego-Idioma - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 18 de setembro de 2016
- ↑ «A lingua galega». Xunta de Galicia (em galego). 10 de fevereiro de 2009. Consultado em 19 de setembro de 2016
- ↑ «portugués, sa» (em espanhol). Consultado em 1 de outubro de 2016
- ↑ «A língua portuguesa na Galiza - Lusofonias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 11 de outubro de 2016
- ↑ «Que é o reintegracionismo?». www.agal-gz.org. Consultado em 19 de setembro de 2016
- ↑ DUBERT-GARCÍA, Francisco. Sobre as origens da vogal radical/i/em sigo~ siga no verbo galego-português: um fenómeno de contacto linguístico?. Studies in Hispanic and Lusophone Linguistics, 2011, vol. 4, no 2, p. 301-342.
- ↑ CONDE, Xavier Frias. Revisitando o sistema dos pronomes de cortesia no diassistema galego-português. Revista de lenguas y literaturas catalana, gallega y vasca, 2011, vol. 16.
- ↑ ««A língua é um bem enriquecedor» - Diversidades - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 18 de setembro de 2016
- ↑ Henrique Monteagudo, Historia Social da Lingua Galega, Vigo, Galaxia, 1999, págs. 117-12
- ↑ a b «Galego-português e galego medieval - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 18 de setembro de 2016
- ↑ CAMBRAIA, César Nardelli; DE LELES VILAÇA, Cynthia Elias; DE MELO, Teresa Cristina Alves. Unidade lexical e unidade cultural: o léxico românico de religião em traduções medievais. In-Traduções Revista do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC, 2013, vol. 5, no 9, p. 22-39.
- ↑ POLITZER, Robert L. Final-s in the Romania. Romanic Review, 1947, vol. 38, no 2, p. 159.
- ↑ LOUSADA, Marisa; JESUS, Luis MT; HALL, Andreia. Temporal acoustic correlates of the voicing contrast in European Portuguese stops. Journal of the International Phonetic Association, 2010, vol. 40, no 03, p. 261-275.
- ↑ ENTWISTLE, William James. Las lenguas de España: castellano, catalán, vasco y gallego-portugués. Ediciones AKAL, 1973.
- ↑ GIL, José Enrique Gargallo. Gallego-portugués, iberorromance: la" fala" en su contexto románico peninsular. Limite: Revista de Estudios Portugueses y de la Lusofonía, 2007, no 1, p. 31-49.
- ↑ a b «A LÍNGUA LATINA: SUA ORIGEM, VARIEDADES E DESDOBRAMENTOS». www.filologia.org.br. Consultado em 19 de setembro de 2016
- ↑ NATEL, Tania Beatriz Trindade. La proximidad entre el portugués y el español,¿ facilita o dificulta el aprendizaje. Actas ASELE XIII, 2002, p. 825-832.
- ↑ PARAQUETT, Marcia. Multiculturalismo y aprendizaje de lenguas extranjeras. En Actas del II Simposio José Carlos Lisboa de Didáctica de Español para Extranjeros. 2005.
- ↑ FURTADO, Maria Manuela Saraiva. A afinidade das línguas portuguesa e espanhola: estratégias de ensino/aprendizagem dos falsos cognatos. 2012. Tesis Doctoral. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa.
- ↑ TORREBLANCA, Máximo. La" f" prerromana y la vasca en su relación con el español antiguo. Romance philology, 1984, vol. 37, no 3, p. 273-281.
- ↑ ALONSO, Amado. Trueques de sibilantes en antiguo español. Nueva Revista de Filología Hispánica, 1947, vol. 1, no 1, p. 1-12.
- ↑ «Definição ou significado de filho no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de noite no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de chuva no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de chave no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de chama no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de ribeira no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de touro no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de língua no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de mau no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de lua no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de castelo no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de ano no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de dano no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de pomba no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de terra no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de ponte no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ «Dicionario-Portada - Real Academia Galega». academia.gal. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ CARDOSO, Wilton & CUNHA, Celso Ferreira da (2007). «Aspectos da construção do léxico português». Consultado em 9 de junho de 2012
- ↑ Joseph-Maria PIEL (1989). «"Origens e estruturação histórica do léxico português"» (PDF). Consultado em 9 de junho de 2012
- ↑ «Línguas antigas da Lusitânia - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 18 de setembro de 2016
- ↑ «tona». infopédia. Consultado em 18 de setembro de 2016
- ↑ a b «Palavras celtas na língua portuguesa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 18 de setembro de 2016
- ↑ a b «Línguas antigas da Lusitânia - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 18 de setembro de 2016
- ↑ Silva, A. C. F. D. (2003). O nome de Viriato. Portugália, 24, 2003, p. 45-52.
- ↑ Freire, J. M. A. B. (1999). A Toponímia Céltica e os vestígios de cultura material da Proto-História de Portugal. Regista de Guimarães, Volume especial, I, 265-275.
- ↑ «carro». infopédia. Consultado em 18 de setembro de 2016
- ↑ «Viriato, la pesadilla de los romanos». Consultado em 24 de setembro de 2016
- ↑ a b Yanguas, Narciso Santos (1 de janeiro de 1988). El ejército y la romanización de Galicia: conquista y anexión del noroeste de la Península Ibérica (em espanhol). [S.l.]: Universidad de Oviedo. ISBN 9788474681444
- ↑ Encarnação, J. D. (2009). Sertório, general romano: guerrilheiro e mito?.
- ↑ QUARESMA, J. C., & CALAIS, C. (2005). S. Pedro (Coruche): novos dados para o processo de romanização do vale do Sorraia na época augustana e júlio-cláudia. Revista Portuguesa de Arqueologia, 8(2), 429-447.
- ↑ BROWN, Peter. O fim do mundo clássico: de Marco Aurélio a Maomé. Lisboa: Editorial Verbo, 1972.
- ↑ FRIGHETTO, R. Antiguidade Tardia: Roma e as Monarquias Romano – Bárbaras numa época de Transformações (Séculos II-VIII). Curitiba: Juruá, 2012.
- ↑ FREND, E. W. H. C. A New Eyewitness of The Barbarian Impact On Spain, 409-419. In: MARTINEZ, J. M. B. BLANCO, A. G. B. (Eds.). Cristianismo y aculturación en tiempos del Imperio Romano. Murcia: VII, 1990.
- ↑ GARCIA MORENO, L. A. España Visigoda. Las invasiones. Las sociedades. La Iglesia (Historia de España R. Menéndez Pidal, III, 1). Madrid, 1991.
- ↑ Martín, J. L. (1976). La península en la Edad Media. Teide.
- ↑ LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. 2. ed. Lisboa: Editorial Estampa, 1995
- ↑ NOVA historia da Igreja. 2. ed. Petropolis: Vozes, 1971-1976. 5v., il.
- ↑ Le Goff, J. (2007). A bolsa e a vida: economia e religião na Idade Média. Editora Record.
- ↑ Ribeiro, D. V. (1995). Igreja e Estado na Idade Média: relações de poder. Ed. Le.
- ↑ Feldhay, Rivka (26 de maio de 1995). Galileo and the Church: Political Inquisition Or Critical Dialogue? (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 9780521344685
- ↑ a b c «A influência dos povos germânicos na língua portuguesa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 24 de setembro de 2016
- ↑ «Norte». infopédia. Consultado em 24 de setembro de 2016
- ↑ «Sul». infopédia. Consultado em 24 de setembro de 2016
- ↑ «Oeste». infopédia. Consultado em 24 de setembro de 2016
- ↑ «Este». infopédia. Consultado em 24 de setembro de 2016
- ↑ «Leste». infopédia. Consultado em 24 de setembro de 2016
- ↑ «Centro». infopédia. Consultado em 24 de setembro de 2016
- ↑ MITRE, E. F. Los germanos y las grandes invasions. Bilbao: Ediciones Moreton. p. 102 – 104.
- ↑ SCHWARCZ, A. The settlement of the Vandals in North Africa. In: MERRILS, A. H (Ed.). Vandals, Romans and Berbers: New Perspectives on Late Antique North Africa. Aldershot, Eng., and Burlington, Vt.: Ashgate, 2004.
- ↑ Arce, J. (2003). Los Vandalos in Hispania (409-429 aD). Antiquité Tardive, (10), 75-86.
- ↑ LIEBESCHUETZ, W. Gens into Regnum: The Vandals. In: GOETZ, H.W., JARNUT, J.; POHL, W. (Eds.). Regna and Gentes: the relationship between late antique and early medieval peoples and kingdoms in the transformation of Roman World.Leiden-Boston: Brill, 2003.
- ↑ Egea, M. E. G. (2003). Un asunto de familia: las relaciones diplomáticas entre los reinos ostrogodo y vándalo por el conflicto de la sucesión al trono de los visigodos. Polis: revista de ideas y formas políticas de la Antigüedad Clásica, (15), 63-76.
- ↑ Mira, Á. X. L. (2012). Galicia y Portugal: retazos de nuestra historia común. Madrygal. Revista de Estudios Gallegos, 15, 159-165.
- ↑ Fontes, L. F. O., Martins, M., Ribeiro, M. D. C. F., & Carvalho, H. P. A. D. (2010). A cidade de Braga e o seu território nos séculos V-VII. Espacios urbanos en el Occidente Mediterráneo:(S. VI-VIII)., 255-262.
- ↑ Martín-Cleto, J. P. (1990). Los visigodos y el III Concilio de Toledo. Toletum: boletín de la Real Academia de Bellas Artes y Ciencias Históricas de Toledo, (24), 155-169.
- ↑ Armario, F. J. G. (2013). La política exterior de los visigodos en Hispania. Un ensayo sobre la debilidad del reino de Toledo. Estudios sobre Patrimonio, Cultura y Ciencias Medievales, (15), 215-234.
- ↑ Cómitre, D. A conversão do reino visigodo ao catolicismo e a legislação antijudaica: um exame dos concílios entre os séculos IV e VII (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
- ↑ ABENGOCHEA, Juan José SAYAS; VARELA, Manuel ABAD (7 de fevereiro de 2013). Historia antigua de la península ibérica II. Época tardoimperial y visigoda (em espanhol). [S.l.]: Editorial UNED. ISBN 9788436265347
- ↑ Frez, Amancio Isla (1 de janeiro de 2010). Ejército, sociedad y política en la Península Ibérica entre los siglos VII y XI (em espanhol). [S.l.]: Editorial CSIC - CSIC Press. ISBN 9788497815741
- ↑ «Collins, Roger - La España visigoda (doc)». Scribd. Consultado em 24 de setembro de 2016
- ↑ Cesari, Jocelyne (4 de dezembro de 2009). Muslims in the West after 9/11: Religion, Politics and Law (em inglês). [S.l.]: Routledge. ISBN 9781135188733
- ↑ Chan), 陳志海 (Warren (28 de outubro de 2015). All Kinds of Everything: From Chinese Civilization to World History (until 1912) 2nd edition (精裝本) (em inglês). [S.l.]: Red Publish. ISBN 9789888380008
- ↑ Cela, C. J. (1970). Spain: Its People, Language, and Culture'. DOCUHENT RESUME ED 052 100 SO 001 428, 118.
- ↑ Samu, L. (2010). Presença árabe no português: 1300 anos depois. Revista Augustus, 46-51.
- ↑ de Cortázar, J. A. G., & de Aguirre, R. (1995). Yermo estratégico, encuadramiento social, final de una sociedad de tipo antiguo en Castilla en los siglos VII a X. In Anales de historia antigua y medieval (Vol. 28).
- ↑ Bueyes, Luis Ramón Menéndez (1 de janeiro de 2001). Reflexiones críticas sobre el origen del reino de Asturias (em espanhol). [S.l.]: Universidad de Salamanca. ISBN 9788478009336
- ↑ ABAD, Francisco. L. Peñarroja, El mozárabe de Valencia. Anaquel de Estudios Árabes, 1992, 3: 338.
- ↑ a b Griffin, D. A. (1967). Arcaísmos dialectales mozárabes y la Romania Occidental. In Actas del Segundo Congreso Internacional de Hispanistas (pp. 341-345). Instituto Español de la Universidad de Nimega.
- ↑ Cardeira, E. (2011). Revisitando a periodização do português: o português médio. Domínios de Lingu@ gem, 3(2), 103-120.
- ↑ a b c d Bezerra, A. P. A RECONQUISTA CRISTÃ DA PENÍNSULA E A CONSTITUIÇÃO DO REINO PORTUGUÊS.
- ↑ SIMONET, Francisco Javier. 2T. HISTORIA DE LOS MOZARABES. Editorial MAXTOR, 2005.
- ↑ RAMOS, Gonçalo de Carvalho; BAETA, Matos. Paradigmas de liminaridade no Entre-Douro-e-Tejo: um interface arqueológico de poderes (987-1131). 2014. Tesis Doctoral.
- ↑ SIDARUS, Adel. Arabismo e traduções árabes em meios luso-moçárabes (Breves apontamentos). Collectanea Christiana Orientalia, 2005, vol. 2, p. 207-223.
- ↑ FAULSTICH, Enilde; CARVALHO, Elzamária Araújo. Aspectos de herança da língua árabe na língua portuguesa pontos de terminologia. Debate Terminológico. ISSN: 1813-1867, 2006, no 02.
- ↑ a b c d e f «Influência árabe na língua portuguesa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 26 de setembro de 2016
- ↑ a b «Palavras portuguesas de origem árabe - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 1 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de fulano no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de setembro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de mesquinho no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de setembro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de oxalá no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de setembro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de mesquinho no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de setembro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de arrabalde no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de setembro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de Arrábida no Dicionário Infopédia de Toponímia». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de setembro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de arrais no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de setembro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de açorda no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de setembro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de açúcar no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de setembro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de ataúde no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de setembro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de açougue no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de setembro de 2016
- ↑ a b «Definição ou significado de Guadiana no Dicionário Infopédia de Toponímia». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 1 de outubro de 2016
- ↑ DA SILVA, Rodrigo Banha; GOMES, Rosa Varela; GOMES, Mário Varela. Obairro ISLÂMICO DA PRAÇA DA FIGUEIRA (LISBOA). CRISTÃOS E MUÇULMANOS NA IDADE MÉDIA PENINSULAR, p. 17.
- ↑ VON KEMNITZ, Eva Maria. A construção de uma nova sociedade: o caso específico da minoria moura. Revista de Guimarães, 1996, no 106, p. 159-174.
- ↑ FONTES, Paulo. Iniciativas científicas e culturais no âmbito da história religiosa (2014). Lusitania Sacra, 2015, vol. 30, p. 142-178.
- ↑ BERENJENO, Enrique Luis Domínguez. Teoría y práctica de la crítica historiográfica: transformaciones socioproductivas y procesos urbanos en Isbilia-Sevilla (ss. XI-XIII). 2003. Tesis Doctoral. Universidad de Sevilla.
- ↑ Lindley Cintra. Homenagem ao Homem, ao Mestre e ao Cidadão, ed. Isabel Hub Faria, Lisboa, Cosmos, 1999, pp. 367-370
- ↑ MAIA, Clarinda de Azevedo. Sociolinguística histórica e periodização linguística. Algumas reflexões sobre a distinção entre português arcaico e português moderno. Diacrítica vol, 1995, vol. 10, p. 3-30.
- ↑ «Como surgiu o Português - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 2 de outubro de 2016
- ↑ Os bárbaros e os mouros / Crisóstomo Alberto Coimbra: Pé de Página, 1998
- ↑ António Emiliano (outubro de 1998). "O mais antigo documento latino-português (882 a. D.) - edição e estudo grafémico" (Português). Universidade Nova de Lisboa.
- ↑ a b c d Monteagudo, Henrique. «O Foro do Bo Burgo do Castro Caldelas, dado por Afonso IX en 1228» (PDF). Sección de lingua. Consello da cultura galega. Consultado em 3 de outubro de 2016
- ↑ PEREIRA, António. Alguns d'os mais antigos textos escritos em português: notícia de fiadores (1175): estudo antroponímico. Actas do Encontro Comemorativo dos 25 anos do Centro de Linguística da Universidade do Porto, 2002, vol. 1, p. 69-82.
- ↑ a b «Documento anterior a 1175: Descoberto o mais antigo texto escrito em galego-português». Consultado em 3 de outubro de 2016
- ↑ Mateus, Maria Helena Mira (1 de janeiro de 2001). Caminhos do português: exposição comemorativa do Ano Europeu das Línguas : catálogo. [S.l.]: Biblioteca Nacional Portugal. ISBN 9789725653302
- ↑ Pereira, A. (2002). Alguns d'os mais antigos textos escritos em português: notícia de fiadores (1175): estudo antroponímico. Actas do Encontro Comemorativo dos 25 anos do Centro de Linguística da Universidade do Porto, 1, 69-82.
- ↑ Ministério da Educação (setembro de 2007). «Revisão da Terminologia linguística para os Ensinos Básico e Secundário» (PDF). Consultado em 3 de outubro de 2016
- ↑ a b c «.:: Cantigas Medievais Galego-Portuguesas ::.». cantigas.fcsh.unl.pt. Consultado em 4 de outubro de 2016
- ↑ Vasconcellos, Carolina Michaëlis de; Vieira, Yara Frateschi (1 de janeiro de 2004). Glosas marginais ao cancioneiro medieval português. [S.l.]: Univ Santiago de Compostela. ISBN 9789726162230
- ↑ OSÓRIO, Jorge Alves. Cantiga de Escarnho galego-portuguesa: sociologia ou poética. Revista da Faculdade de Letras: Línguas e Literaturas, II série, vol. 3 (1986), p. 153-198, 2014.
- ↑ PEREIRA, Paulo Alexandre. Uma «arqueologia produtiva»: Natália Correia e a tradição trovadoresca. Presenças de Régio. Actas do 8º Encontro de Estudos Portugueses, Aveiro: Universidade de Aveiro, 2002, p. 113-26.
- ↑ LOPES, Maria da Graça Videira. A sátira nos cancioneiros medievais galego-portugueses. Editorial Estampa, 1994.
- ↑ ALGERI, Nelvi Malokowsky; SIBIN, Elizabete Arcalá. A poesia trovadoresca e suas relações com a literatura de cordel e a música contemporânea. 2011.
- ↑ «.:: Cantigas Medievais Galego-Portuguesas ::.». cantigas.fcsh.unl.pt. Consultado em 4 de outubro de 2016
- ↑ a b Rigall, Juan Casas; Martínez, Eva María Díaz (1 de janeiro de 2002). Iberia cantat (em espanhol). [S.l.]: Univ Santiago de Compostela. ISBN 9788497501347
- ↑ a b Bechara, Evanildo (22 de março de 2012). Moderna Gramática Portuguesa: Revista, ampliada e atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico. [S.l.]: Nova Fronteira. ISBN 8520930492
- ↑ «O Tempo da Língua - Os mais antigos textos escritos em português». 8 de julho de 2014. Consultado em 4 de outubro de 2016
- ↑ «Língua portuguesa: porquê 27 de Junho?». Consultado em 4 de outubro de 2016
- ↑ a b «"Notícia de Torto" - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 4 de outubro de 2016
- ↑ Marco, Sebastián Quesada (1 de janeiro de 1997). Diccionario de civilización y cultura españolas (em espanhol). [S.l.]: Ediciones AKAL. ISBN 9788470903052
- ↑ «Cantigas de Santa María - Alfonso-X-, Rey de Castilla - Manuscrito - entre 1201 y 1300?». bdh.bne.es. Consultado em 4 de outubro de 2016
- ↑ METTMANN, Walter (1986)
- ↑ Cfr. pág 25 de MONTOYA MARTÍNEZ (1988).
- ↑ AFONSO, Luís U. «La cultura secular y las artes suntuarias en Portugal (siglos XII-XIV). 2010.
- ↑ Ventura, Susana (1 de janeiro de 2012). Convite à navegação: uma conversa sobre literatura portuguesa. [S.l.]: Editora Peirópolis LTDA. ISBN 9788575962633
- ↑ a b «.:: Cantigas Medievais Galego-Portuguesas ::.». cantigas.fcsh.unl.pt. Consultado em 4 de outubro de 2016
- ↑ Serrano, César Olivera (1 de janeiro de 2005). Beatriz de Portugal: la pugna dinástica Avís-Trastámara (em espanhol). [S.l.]: Editorial CSIC - CSIC Press. ISBN 9788400083434
- ↑ «Galaico-português / galego-português - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 7 de outubro de 2016
- ↑ López, Emilio González (1 de janeiro de 1978). Grandeza e decadencia do reino de Galicia (em espanhol). [S.l.]: Editorial Galaxia. ISBN 9788471543035
- ↑ SOTO RÁBANOS, José María. ¿ Se puede hablar de un entramado político religioso en el proceso de independencia de Portugal?. 2007.
- ↑ a b Serrano, César Olivera (1 de janeiro de 2005). Beatriz de Portugal: la pugna dinástica Avís-Trastámara (em espanhol). [S.l.]: Editorial CSIC - CSIC Press. ISBN 9788400083434
- ↑ S.A, Rialp, Ediciones (1 de janeiro de 1981). Los Trastamara y la Unidad Española (em espanhol). [S.l.]: Ediciones Rialp. ISBN 9788432121005
- ↑ Murado, Miguel-Anxo (26 de setembro de 2013). Otra idea de Galicia (em espanhol). [S.l.]: Penguin Random House Grupo Editorial España. ISBN 9788499923598
- ↑ Medeiros, António (30 de janeiro de 2013). Two Sides of One River: Nationalism and Ethnography in Galicia and Portugal (em inglês). [S.l.]: Berghahn Books. ISBN 9780857457240
- ↑ Guedes, Maria Helena (28 de maio de 2015). Como Explorar O Mundo!. [S.l.]: Clube de Autores
- ↑ Darwin, John (7 de novembro de 2012). El sueño del imperio: Auge y caída de las potencias globales 1400-2000 (em espanhol). [S.l.]: Penguin Random House Grupo Editorial España. ISBN 9788430601981
- ↑ Salomão, Sonia Netto (1 de janeiro de 2012). A língua portuguesa nos seus percursos multiculturais. [S.l.]: Edizioni Nuova Cultura. ISBN 9788861348400
- ↑ a b Gil, Manuel Justo (1 de janeiro de 1981). La literatura en lengua gallega (em espanhol). [S.l.]: Cincel
- ↑ Ruffino, Giovanni (1 de janeiro de 1998). Sezione 1, Grammatica storica delle lingue romanze (em espanhol). [S.l.]: Walter de Gruyter. ISBN 9783110961522
- ↑ Calero, Ricardo Carballo (1 de janeiro de 1976). Gramática elemental del gallego común (em espanhol). [S.l.]: Editorial Galaxia. ISBN 9788471540379
- ↑ Calero, Ricardo Carballo (1 de janeiro de 1976). Gramática elemental del gallego común (em espanhol). [S.l.]: Editorial Galaxia. ISBN 9788471540379
- ↑ DĘBOWIAK, Przemysław, et al. Nota sobre os dialectos de Portugal. Romanica Cracoviensia, 2008, vol. 8, no Numer 1, p. 21-28.
- ↑ ALVAR, Manuel. Galicia en la cartografía lingüística. 1974.
- ↑ Letras, Universidad de Oviedo Facultad de Filosofía y. Archivum Revista de la Facultad de Filosofia Y Letras (em espanhol). [S.l.]: Universidad de Oviedo. ISBN 9788474680263
- ↑ http://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0071-17132000003500007&script=sci_arttext&tlng=pt
- ↑ «Os Guarda-Mores da Torre do Tombo». Arquivo Nacional Torre do Tombo. 17 de dezembro de 2010. Consultado em 15 de outubro de 2016
- ↑ Zurara, Gomes Eanes de; de), Manuel Francisco de Barros e Sousa Santarém (Visconde; Roquete, José Ignacio (1 de janeiro de 1841). Chronica do descobrimento e conquisita de Guiné. [S.l.]: Publicada por J. P. Aillaud.
- ↑ Zurara, Gomes Eanes de; de), Manuel Francisco de Barros e Sousa Santarém (Visconde; Roquete, José Ignacio (1 de janeiro de 1841). Chronica do descobrimento e conquisita de Guiné. [S.l.]: Publicada por J. P. Aillaud.
- ↑ Nunes, Naidea Nunes; Kremer, Dieter (1 de janeiro de 1999). Antroponímia primitiva da Madeira e Repertório onomástico histórico da Madeira: (Séculos XV e XVI). [S.l.]: Walter de Gruyter GmbH & Co KG. ISBN 9783110909425
- ↑ Curran, Mark J. (24 de setembro de 2014). Relembrando-A Velha Literatura de Cordel e a Voz dos Poetas. [S.l.]: Trafford Publishing. ISBN 9781490746067
- ↑ Ribeiro, Cilene Gomes; Soares, Carmen (1 de dezembro de 2015). Odisseia de sabores da Lusofonia. [S.l.]: Imprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press. ISBN 9789892610856
- ↑ Vicente, Gil (1 de janeiro de 1987). As barcas: Las barcas (em espanhol). [S.l.]: Universidad de León. ISBN 9788477190592
- ↑ «www.cm-mortagua.pt - Encontros com a Cultura». www.cm-mortagua.pt. Consultado em 12 de outubro de 2016
- ↑ SILVA, Rosa Vírginia Mattos. Caminhos de mudanças sintático-semânticas no português arcaico. Revista de Estudos da Linguagem, 1992, vol. 1, no 1, p. 85-99.
- ↑ «Nasalização: - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 12 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de pera no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 12 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de mui no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 12 de outubro de 2016
- ↑ «Definição ou significado de cousa no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 12 de outubro de 2016
- ↑ «Ouro e oiro - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 12 de outubro de 2016
- ↑ a b Compostela, Universidade de Santiago de (1 de janeiro de 1997). O Padre Sarmiento e o seu tempo: Lingua, folclore e educación. Ciencias naturais e medicina (em espanhol). [S.l.]: Univ Santiago de Compostela. ISBN 9788481216257
- ↑ a b c Estudos dedicados a Ricardo Carvalho Calero: Literatura, miscelánea. [S.l.]: Univ Santiago de Compostela. 1 de janeiro de 2000. ISBN 9788481218282
- ↑ a b Angueira, Anxo (29 de novembro de 2013). Das copras de Sarmiento ós cantares de Rosalía de Castro: Cara a unha nova periodización do Rexurdimento (em galego). [S.l.]: Frank & Timme GmbH. ISBN 9783865964946
- ↑ a b c Galicia, La Voz de (14 de maio de 2012). «Día das Letras Galegas 2002, Frei Martín Sarmiento». La Voz de Galicia
- ↑ Xavier, José (19 de abril de 2010). Cultura Geral I. [S.l.]: Clube de Autores
- ↑ Moisés, Massaud (1 de janeiro de 1997). A literatura portuguesa. [S.l.]: Editora Cultrix. ISBN 9788531602313
- ↑ Miranda; Campos, Hermão de; Resende, Garcia de. Cancioneiro geral: cum preuilegio. Almeyrym e acabouse na muyto nobre e sempre leall cidade de Lixboa: per Hermã de Cãmpos
- ↑ Neave, Guy; Amaral, Alberto (21 de dezembro de 2011). Higher Education in Portugal 1974-2009: A Nation, a Generation (em inglês). [S.l.]: Springer Science & Business Media. ISBN 9789400721340
- ↑ Rocamora, José Antonio (1 de janeiro de 1994). El nacionalismo ibérico: 1792-1936 (em espanhol). [S.l.]: Universidad de Valladolid, Secretariado de Publicaciones. ISBN 9788477624042
- ↑ Jackson, Kevin (30 de dezembro de 2014). Invisible Forms: A Guide to Literary Curiosities (em inglês). [S.l.]: Macmillan. ISBN 9781466888548
- ↑ a b «A língua no tempo de Fernão Lopes e Camões - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 7 de dezembro de 2016
- ↑ a b c d e Sugimoto, Luiz. «:: JORNAL DA UNICAMP ::». www.unicamp.br. Jornal da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. Consultado em 7 de dezembro de 2016
- ↑ Clyne, Michael G. (1 de janeiro de 1992). Pluricentric Languages: Differing Norms in Different Nations (em inglês). [S.l.]: Walter de Gruyter. ISBN 9783110128550
- ↑ «História da Língua Portuguesa em linha». cvc.instituto-camoes.pt. Consultado em 7 de dezembro de 2016
- ↑ Lapa, Manuel Rodrigues (1 de janeiro de 1965). Cantigas D'escarnho E de Mal Dizer. [S.l.]: Editorial Galaxia
- ↑ «Helena Queirós: "... acabámos todos a cantar canções tradicionais comuns ou muito parecidas… Temos muito em comum, sem dúvida!"». Portal Galego da Língua - PGL.gal. 22 de junho de 2016
- ↑ a b Vigo, Faro de. «Música tradicional galego-portuguesa en As Neves»
- ↑ Revista de dialectología y tradiciones populares (em espanhol). [S.l.]: La Sección. 1 de janeiro de 1983
- ↑ 20Minutos. «El Festigal inunda Santiago este lunes con magia, regueifas y música portuguesa, gallega, brasileña y africana - 20minutos.es». 20minutos.es - Últimas Noticias
- ↑ «Gala dos Premios da Música en Galego e Portugués - Lindeiros». Lindeiros (em galego). 14 de outubro de 2016
- ↑ a b c d e f «O celtismo e as suas repercussões na música na Galiza e no Norte de Portugal — Universidade Nova de Lisboa». www.fcsh.unl.pt. Consultado em 8 de dezembro de 2016
- ↑ López, Emilio González (1 de janeiro de 1978). Grandeza e decadencia do reino de Galicia (em espanhol). [S.l.]: Editorial Galaxia. ISBN 9788471543035
- ↑ Rovira, José Orlandis (15 de dezembro de 2009). Historia del reino visigodo español (em espanhol). [S.l.]: Ediciones Rialp. ISBN 9788432137525
- ↑ a b c «A Carolina | CRTVG». www.crtvg.es. Televisión de Galicia. 29 de janeiro de 2013. Consultado em 8 de dezembro de 2016
- ↑ «Junta de Freguesia de Sortelha - Tradições». www.sortelha.sabugal.pt. Junta de Freguesia de Sortelha. Consultado em 8 de dezembro de 2016
- ↑ Raposo, Mónica Mendes (24 de novembro de 2009). «As canções de embalar nos cancioneiros populares portugueses : sugestões para a sua aplicação didáctica no ensino pré-escolar». Repositorium - Universidade do Minho. Consultado em 8 de dezembro de 2016
- ↑ a b Gallego, Grupo El Correo. «"Tentan roubarnos a alegría"». GaliciaHoxe.com. Consultado em 8 de dezembro de 2016
- ↑ «Marín cantará A saia da Carolina 'como debe ser' | Galicia | elmundo.es». www.elmundo.es. El Mundo. Consultado em 8 de dezembro de 2016
- ↑ a b c Ferrín, Xosé Luis Méndez (1 de janeiro de 2001). Un escritor nos xornais: artigos periodísticos, 2000. [S.l.]: Univ Santiago de Compostela. ISBN 9788481219586
- ↑ Como trajava o povo português: exposição integrada no FESTINATEL/91-5o. Festival Internacional de Folclore. [S.l.]: Instituto Nacional para Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores. 1 de janeiro de 1991
- ↑ Neiva, Manuel Albino Penteado; Matos, Sebastião José de Sá; Almeida, Carlos Alberto Brochado de; Esposende, Casa da Cultura de; Municipal, Esposende (Portugal) Biblioteca (1 de janeiro de 1987). Actas do Colóquio Manuel de Boaventura, 1985. [S.l.]: Câmara Municipal de Esposende
- Cintra, Luís F. Lindley (1971) Nova proposta de classificação dos dialectos galego-portugueses. Boletim de Filologia XXII, pp. 81–116.
- LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. 2. ed. Lisboa: Editorial Estampa, 1995
- BROWN, Peter. O fim do mundo clássico: de Marco Aurélio a Maomé. Lisboa: Editorial Verbo, 1972.
- MARTINEZ, J. M. B. BLANCO, A. G. B. (Eds.). Cristianismo y aculturación en tiempos del Imperio Romano. Murcia: VII, 1990.
- MERRILS, A. H (Ed.). Vandals, Romans and Berbers: New Perspectives on Late Antique North Africa. Aldershot, Eng., and Burlington, Vt.: Ashgate, 2004.
- FRIGHETTO, R. Antiguidade Tardia: Roma e as Monarquias Romano – Bárbaras numa época de Transformações (Séculos II-VIII). Curitiba: Juruá, 2012.
- GARCIA MORENO, L. A. España Visigoda. Las invasiones. Las sociedades. La Iglesia (Historia de España R. Menéndez Pidal, III, 1). Madrid, 1991.
- GOETZ, H.W.; JARNUT, J.; POHL, W. (Eds.). Regna and Gentes: the relationship between late antique and early medieval peoples and kingdoms in the transformation of Roman World. Leiden-Boston: Brill, 2003.
- MITRE, E. F. Los germanos y las grandes invasions. Bilbao: Ediciones Moreton.
- NOVA historia da Igreja. 2. ed. Petropolis: Vozes, 1971-1976. 5v., il.
- «Património imaterial galego-português»
- «Vídeos sobre o património imaterial galego-português»
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «O mais antigo documento latino-português»
- «Os mais antigos textos escritos em português»
- «Pergaminhos: colecção da Casa de Sarmento»
- «d'Azevedo, Pedro; Documentos de Vairão (século XII), Revista Lusitana, Volume XIV, Livraria Clássica Editora, Lisboa 1911» (PDF)
- «Geografia da língua portuguesa - Dialectos portugueses»
- «Ethnologue»