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Medicina ortomolecular[1][2] é um tipo de medicina alternativa que visa manter a saúde através suplementação nutricional e com base na ideia de que existe um ambiente nutricional ótimo do corpo humano e que as doenças refletem deficiências existentes neste ambiente. O tratamento para a doença, de acordo com este ponto de vista, é uma tentativa de corrigir "desequilíbrios ou deficiências baseado na bioquímica individual" pelo uso de substâncias supostamente "naturais" como vitaminas, minerais, aminoácidos, oligoelementos e ácidos graxos.[3][4][5] As premissas da medicina ortomolecular não são suportadas pelas evidências médicas e a terapêutica não é eficaz.[6][7] Desde a década de 1970 há questionamentos sobre a adequação de se considerar a abordagem ortomolecular como uma forma de medicina.[8]
A abordagem é às vezes chamada de "terapia megavitamínica"[1][2] já que a prática evoluiu a partir de doses de vitaminas e minerais muitas vezes maiores do que a ingestão diária recomendada. Em alguns casos ainda se usa tal procedimento. Médicos ortomoleculares podem incorporar também vários outros estilos de tratamento em suas abordagens, incluindo restrição na dieta, megadoses de nutrientes não-vitamínicos e integrar drogas convencionais.[1][9] Os defensores argumentam que níveis não ideais de certas substâncias podem causar problemas de saúde além de uma simples deficiência de vitamina e consideram o balanceamento destas substâncias como parte integrante da saúde.[10]
O termo "ortomolecular" foi cunhado por Linus Pauling para designar "as moléculas certas nas quantidades certas" (orto é a palavra grega para "certo").[11] Os defensores da medicina ortomolecular sustentam que o tratamento deve ser baseado na bioquímica individual de cada paciente.[12][13]
O consenso médico-científico é de que as reivindicações generalistas de eficácia sugerida pelos defensores da medicina ortomolecular não são devidamente testadas como o são as terapias medicamentosas convencionais.[6] Ela tem sido descrita como uma forma de dieta da moda e até mesmo como charlatanismo.[14] Proponentes apontam para fontes publicadas pelas principais correntes científicas que apoiam os benefícios da suplementação de nutrientes[15][16] e para casos onde a medicina convencional usa vitaminas como tratamentos para algumas doenças.
Algumas vitaminas em grandes doses têm sido associadas ao aumento do risco de câncer e morte.[17][18][19] A visão do consenso científico é que, para indivíduos normais, uma dieta equilibrada contém todas as vitaminas e minerais necessários e que a suplementação de rotina é desnecessária se não há diagnóstico de deficiências específicas.[20]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Movimento de liberdade da saúde
- Prolongamento de vida
- Lista de tratamentos ineficientes contra câncer (em inglês)
- Higienismo
- Ortorexia
- Pseudociência
- Charlatanismo
Referências
- ↑ a b c Saul AW; Hoffer A (2008). Orthomolecular Medicine For Everyone: Megavitamin Therapeutics for Families and Physicians. Laguna Beach, California: Basic Health Publications. ISBN 1-59120-226-4. OCLC 232131968. OL 16944688M
- ↑ a b McMichael, AJ (1981). «Orthomolecular medicine and megavitamin therapy». Med. J. Aust. (em inglês). 1 (1): 6–8. PMID 7207301
- ↑ Hoffer A, Walker M (2000). Smart Nutrients. [S.l.]: Avery. ISBN 0-89529-562-8
- ↑ Skinner Patricia (2004). «Gale encyclopedia of alternative medicine: holistic medicine». Thomson Gale
- ↑ «Orthomolecular medicine». orthomed.org. Consultado em August 2013 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ a b Aaronson S, et al. (2003). «Cancer medicine». In: Frei Emil, Kufe Donald W, Holland James F. Cancer medicine 6. Hamilton, Ontario: BC Decker. 76 páginas. ISBN 1-55009-213-8.
There is no evidence that megavitamin or orthomolecular therapy is effective in treating any disease.
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inválido; o nome "Aaronson2003" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes - ↑ «NIH state-of-the-science conference statement on multivitamin/mineral supplements and chronic disease prevention». NIH Consens State Sci Statements. 23 (2): 1–30. 2006. PMID 17332802
- ↑ Lipton M.; et al. (1973). «Task Force Report on Megavitamin and Orthomolecular Therapy in Psychiatry». American Psychiatric Association
- ↑ Braverman Eric (1979). «Orthomolecular Medicine and Megavitamin Therapy: Future and Philosophy» (PDF). Journal of Orthomolecular Medicine (em inglês). 8 (4). 265 páginas
- ↑ Singh, S; Ernst E. (2008). Trick or Treatment: The Undeniable Facts About Alternative Medicine. [S.l.]: Norton. pp. 320. ISBN 978-0-393-06661-6
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(ajuda) - ↑ Duff, Roberta Larson: American Dietetic Association Complete Food and Nutrition Guide, ISBN 0470912073
Leituras adicionais
[editar | editar código-fonte]- Hoffer Abram; with Pauling Linus (2004). Healing cancer:complementary vitamin & drug treatments. Toronto: Canadian College of Naturopathic Medicine. ISBN 1-897025-11-4. OCLC 56682217
- Barrett Stephen (1980). The health robbers : how to protect your money and your life Second ed. Philadelphia: G. F. Stickley. 52 páginas. ISBN 0-89313-023-0. OCLC 6994138
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- Bender David A (2003). Nutritional biochemistry of the vitamins Second ed. Cambridge; New York: Cambridge University Press. 230 páginas. ISBN 0-521-80388-8. OCLC 50948594
- Gratzer Walter B (2005). Terrors of the table : the curious history of nutrition. Oxford; New York: Oxford University Press. 210 páginas. ISBN 0-19-280661-0. OCLC 60837725
Ligações externas
[editar | editar código-fonte][[Categoria:Medicina alternativa]] [[Categoria:Fraudes médicas]]