Usuário:JMagalhães/IR
Tecnologia
[editar | editar código-fonte]As principais contribuições tecnológicas romanas para a arquitetura foram o arco, a abóbada e a cúpula. Mesmo após mais de dois mil anos, algumas estruturas romanas ainda se mantêm erguidas, devido em parte a métodos sofisticados de fabrico de cimento e betão.[1]
A invenção do cimento tornou a construção em pedra imensamente mais barata e rápida.[2]
As pontes romanas estão entre as primeiras pontes de grande dimensão e durabilidade, construídas em pedra e betão e de estrutura em arco. A ponte de Trajano sobre o rio Danúbio, projetada por Apolodoro de Damasco, foi durante mais de um milénio a ponte mais extensa alguma vez construída.[3]
Os romanos construíram um elevado número de represas e barragens, principalmente nas regiões semi-áridas das fronteiras do império, como o norte de África, Médio Oriente e Hispânia.[4][5][6] Destinavam-se a armazenar água para irrigação, controlo de cheias, desvio de rios, contenção de terrenos ou para várias destas funções em simultâneo.[7] Entre as inovações tecnológicas romanas para este tipo de estruturas estão a introdução da barragem de arco-gravidade[5][8] e da barragem em arco,[9][10][11] [12][13] A invenção da argamassa hidráulica, particularmente opus caementicium, aumentou significativamente a impermeabilidade das construção, permitindo também a construção de estruturas de muito maior dimensão.[14]
A água era transportada de nascentes de montanha para as cidades através de uma rede de canais e aquedutos, recorrendo apenas à força da gravidade. Ao chegar às cidade, a água dos aquedutos era então armazenada em cisternas, de onde partia uma rede de canalização que abastecia fontanários públicos, termas, sanitários e zonas industriais.[15] A maior parte dos aquedutos era escavada no subsolo e apenas alguns tramos é que se encontravam acima da superfície, sendo suportados por arcos.[16] A cidade de Roma era abastecida por onze aquedutos, que levavam mais de um milhão de metros cúbicos de água por dia a 3,5 milhões de pessoas.[17]
As termas e algumas casas abastadas nos climas mais frios possuíam vidro duplo e hipocausto, um sistema de aquecimento central por baixo do pavimento. Os romanos foram a primeira cultura a conjugar os componentes essenciais do muito posterior motor a vapor, quando Herão construiu a eolípila.Ritti, Grewe & Kessener 2007, p. 156, fn. 74 A serraria de Hierápolis é a mais antiga máquina de que há conhecimento a combinar uma manivela com uma biela.[18]
- Calcani, Giuliana; Abdulkarim, Maamoun (2003). Apollodorus of Damascus and Trajan's Column: From Tradition to Project. [S.l.]: L'Erma di Bretschneider. ISBN 88-8265-233-5ref=harv Verifique
|isbn=
(ajuda)
- McClellan, James E. (2006). Science and Technology in World History: An Introduction 2ª ed. [S.l.]: Johns Hopkins University Press. ISBN 0801883601
- ↑ W. L. MacDonald, The Architecture of the Roman Empire, rev. ed. Yale University Press, New Haven, 1982, fig. 131B; Lechtman and Hobbs "Roman Concrete and the Roman Architectural Revolution"
- ↑ McClellan 2006, p. 90.
- ↑ Calcani 2003, p. 11.
- ↑ Hodge 1992, p. 80.
- ↑ a b Hodge 2000, p. 332.
- ↑ Schnitter 1978, p. 28.
- ↑ Hodge 1992, pp. 86f..
- ↑ James & Chanson 2002.
- ↑ Smith 1971, pp. 33–35.
- ↑ Schnitter 1978, pp. 31f..
- ↑ Schnitter 1987a, p. 12.
- ↑ Schnitter 1987c, p. 80.
- ↑ Hodge 2000, p. 332, fn. 2.
- ↑ Smith 1971, p. 49.
- ↑ Chandler, Fiona "The Usborne Internet Linked Encyclopedia of the Roman World", page 80. Usborne Publishing 2001
- ↑ «Water and Wastewater Systems in Imperial Rome», International Water History Association, WaterHistory.org, consultado em 22 de novembro de 2005
- ↑ Rihll, T.E. (11 de abril de 2007), Greek and Roman Science and Technology: Engineering, Swansea University, consultado em 13 de abril de 2008
- ↑ Ritti, Grewe & Kessener 2007, p. 161