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Estrias | |
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As estrias surgem como linhas vermelhas que posteriormente atrofiam e perdem pigmentação | |
Especialidade | Dermatologia |
Sintomas | Linhas vermelhas na pele, que posteriormente atrofiam, perdem pigmentação e se tornam lustrosas.[1][2] |
Início habitual | Puberdade ou gravidez[3] |
Duração | Crónica[4] |
Causas | Rotura da derme durante fases de rápido crescimento do corpo[5] |
Fatores de risco | Sexo feminino, gravidez (principalmente em em idade precoce), elevado índice de massa corporal, súbito ganho ou perda de peso, uso de corticosteroides, antecedentes familiares, síndrome de Cushing, síndrome de Marfan[2] |
Prevenção | Peso saudável durante a gravidez.[6] |
Frequência | 90% das gravidezes.[7] |
Classificação e recursos externos | |
Leia o aviso médico |
Estrias são sulcos na pele resultantes da rotura da derme.[1] São comuns em jovens em período de maior crescimento, em grávidas ou em doentes com síndrome de Cushing.[1] Inicialmente surgem como linhas vermelhas ou roxas de comprimento e largura diversa. Com o tempo, algumas destas lesões desaparecem, enquanto outras atrofiam, perdem pigmentação e tornam-se lustrosas.[1][2] As estrias geralmente surgem no abdómen, embora também sejam comuns nas mamas, braços, costas, coxas e nádegas.[4] Em alguns casos podem causar irritação, prurido e stresse emocional. No entanto, as estrias não são um risco para a saúde nem comprometem qualquer função corporal, sendo meramente uma condição estética.[2] Embora as estrias possam diminuir com o tempo, não chegam a desaparecer por completo.[4]
As estrias são causadas pela rotura da derme durante fases de rápido crescimento do corpo, como durante a puberdade ou gravidez.[8] Pensa-se que a relaxina e o estrogénio associados ao aumento da quantidade de cortisol durante a gravidez causem uma acumulação de mucopolissacarídeos. Esta acumulação faz aumentar a absorção de água pelo tecido conjuntivo, tornando-o mais vulnerável à ruptura sob stresse mecânico.[9][5][10] As estrias podem também ser influenciadas por alterações hormonais associadas à puberdade, gravidez, musculação ou terapia de substituição hormonal.[6] Entre os fatores de risco para o desenvolvimento de estrias estão o sexo feminino, gravidez (principalmente em em idade precoce), elevado índice de massa corporal, súbito ganho ou perda de peso, uso de corticosteroides, antecedentes familiares, e ter síndrome de Cushing, síndrome de Marfan ou determinadas condições genéticas.[2][11][5][12]
A prevenção consiste em manter um peso saudável durante a gravidez.[6] Não existem evidências de qualidade que comprovem a eficácia dos cremes para prevenir o aparecimento de estrias, incluindo ácido hialurónico, Alphastria, Trofolastin ou Verum.[13][14][7] O azeite e a manteiga de cacau não são eficazes.[7] Embora a tretinoína aparente ser promissora, trata-se de um teratógeno que pode causar malformações do feto.[7] Uma vez formadas as estrias, não existe tratamento que apresente benefícios claros.[15] Os tratamentos tópicos apresentam apenas resultados ligeiros e não há evidências que cremes com ingredientes específicos sejam superiores a cremes hidratantes normais.[16] Não existem evidências de qualidade que apoiem a utilização de tratamentos com laser, ácido glicólico ou microdermoabrasão.[11][14][17] No entanto, o tratamento com laser pode melhorar a aparência de estrias imaturas, embora a eliminação total das lesões seja muito rara.[16] Os tratamentos tópicos não são capazes de prevenir a ocorrência de estrias durante a gravidez.[16] A Centella asiatica pode não ser segura durante a gravidez.[11]
A condição é mais frequente entre mulheres jovens[9] e na sequência de uma gravidez.[3] As estrias afetam cerca de 90% das mulheres grávidas.[7] Muitas mulheres desenvolvem estrias apenas durante a primeira gravidez.[11] Desde a Antiguidade que as mulheres procuram remédios caseiros para prevenir o aparecimento de estrias durante a gravidez. Os antigos gregos e romanos usavam azeite, enquanto os etíopes e somalis usavam olíbano.[18]
Referências
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- ↑ a b c d e «Stretch Mark». Mayo Clinic. Consultado em 10 de novembro de 2011
- ↑ a b James, William D.; Berger, Timothy G.; et al. (2006). Andrews' Diseases of the Skin: clinical Dermatology. [S.l.]: Saunders Elsevier. ISBN 0-7216-2921-0
- ↑ a b c «Stretch Mark». Encyclopædia Britannica. Consultado em 1 de novembro de 2009
- ↑ a b c Atwal, G.S.S.; Manku, L.K.; Griffiths, C.E.M.; Polson, D.W. (2006). «Striae gravidarum in primiparae». British Journal of Dermatology. 155 (5): 965–9. PMID 17034526. doi:10.1111/j.1365-2133.2006.07427.x
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- ↑ «Are Pregnancy Stretch Marks Different?». American Pregnancy Association. Arquivado do original em 19 de janeiro de 2013
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