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Mogi das Cruzes
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Mogi das Cruzes
Bandeira
Brasão de armas de Mogi das Cruzes
Brasão de armas
Hino
Lema Bandeirantes Gens Mea
"Procedo dos Bandeirantes"
Gentílico mojiano ou mojicruzense
Localização
Localização de Mogi das Cruzes em São Paulo
Localização de Mogi das Cruzes em São Paulo
Localização de Mogi das Cruzes em São Paulo
Mogi das Cruzes está localizado em: Brasil
Mogi das Cruzes
Localização de Mogi das Cruzes no Brasil
Mapa
Mapa de Mogi das Cruzes
Coordenadas 23° 31′ 22″ S, 46° 11′ 16″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana São Paulo
Municípios limítrofes Santa Isabel (N e O), Guararema (N), Arujá (N e L), Itaquaquecetuba (L), Biritiba-Mirim, Santo André (O e S), Bertioga, Santos e Suzano (S)
Distância até a capital 48 km
História
Fundação 1 de setembro de 1560 (464 anos)
Administração
Prefeito(a) Marco Aurélio Bertaiolli (DEM)
Características geográficas
Área total 725,300 km²
População total (est. IBGE/2009 [1]) 375,268 hab.
 • Posição SP: 15º
Densidade 0,5 hab./km²
Clima subtropical (Cfa)
Altitude 780 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [2]) 0,801 muito alto
PIB (IBGE/2005 [3]) R$ 4.425.513 mil
 • Posição BR: 70º
PIB per capita (IBGE/2005 [3]) R$ 12 092,00

Mogi das Cruzes[1] é um município do estado de São Paulo. Em 2009 possuía 375.268 habitantes, o que resulta em uma densidade demográfica de 512,23 hab/km². Faz parte da Região Metropolitana de São Paulo.

Ver artigo principal: História de Mogi das Cruzes

Mogi das Cruzes começou como um povoado, por volta de 1560, servindo como um ponto de repouso aos bandeirantes e exploradores indo e vindo de São Paulo, entre eles Brás Cubas. Gaspar Vaz Guedes foi responsável pela abertura da primeira estrada entre à Capital e Mogi, iniciando o povoado, posteriormente elevado à "Vila", com o nome "Vila de Sant'Anna de Mogi Mirim"[4]. O fato foi oficializado em 1º de setembro, dia em que se comemora o aniversário da cidade. Em 13 de março de 1865 foi elevada à cidade, e em 14 de Abril de 1874 à comarca.

Mogi das Cruzes acolhe colônias de todos os cantos do mundo, com destaque especial para a colonização japonesa, com uma grande quantidade de japoneses e seus descendentes (aproximadamente 8% segundo a prefeitura), que já estão em sua terceira geração no município. Além disso, o município possui uma considerável população nordestina, sendo que a maioria veio para Capital e depois mudaram-se para Mogi das Cruzes em busca de qualidade de vida.[5][6]

Mogi das Cruzes situa-se a uma altitude média de 780 metros. Seu ponto mais alto é o pico do Urubu, localizado na serra do Itapety. O município é cortado por duas serras: a serra do Mar e a serra do Itapety e ainda pelo rio Tietê. Em seu território se encontram duas represas que fazem parte do Sistema Produtor do Alto Tietê, os reservatórios de Taiaçupeba e do rio Jundiaí.

O clima do município, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. Verão pouco quente e chuvoso. Inverno ameno e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 20°C, sendo o mês mais frio julho (média de 15°C) e o mais quente fevereiro (média de 23°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1.300 mm.

Localização

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Mogi das Cruzes está situada na região leste da Grande São Paulo, no Alto Tietê. O ponto de referência é o marco zero, um obelisco instalado na Praça Coronel Almeida, em frente à Igreja Matriz Catedral Sant'Ana.

  • Altitude: 742 metros acima do nível do mar.

Os limites são Santa Isabel a noroeste e norte, Guararema a nordeste, Biritiba-Mirim a leste, Bertioga e Santos a sul, Santo André a sudoeste, Suzano a sudoeste e oeste, Itaquaquecetuba a oeste e Arujá a noroeste.

Após a capital, Mogi das Cruzes é o maior município em área da Grande São Paulo, com 725 km².

(Fonte: IPEADATA)

O município é servido pelos trens da Linha 11 da CPTM da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e conta com quatro estações ferroviárias:

Além da CPTM, existem outras ligações através de ônibus urbanos municipais das empresas Breda Serviços e Transcel, e metropolitanos da EMTU. Há ainda os ônibus rodoviários que partem do Terminal Rodoviário Geraldo Scavone, para a capital e litoral, além de outros Estados. O município é cortado e servido pelas seguintes rodovias estaduais:

  • SP-39 Estrada das Varinhas (Rodovia Engenheiro Cândido do Rego Chaves);
  • SP-43 Estrada da Quinta Divisão;
  • SP-66 Estrada Velha São Paulo-Rio e Mogi-Guararema (Rodovia Henrique Eroles);
  • SP-70 Rodovia Ayrton Senna;
  • SP-88 Mogi-Dutra (Rodovia Pedro Eroles) e Mogi-Salesópolis (Rodovia Prof. Alfredo Rolim de Moura);
  • SP-98 Mogi-Bertioga (Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro);
  • SP-102 Rodovia Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira.

Mogi das Cruzes conta com duas universidades de grande porte, a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e a Universidade Brás Cubas (UBC), duas faculdades (Clube Náutico Mogiano e Instituto de Filosofia e Teologia Paulo VI), uma unidade de educação a distância da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, e um campus da FATEC.[7]

Em relação ao ensino técnico, a cidade abriga diversas escolas técnicas particulares e a ETEC Presidente Vargas, fundada em 1948 e em funcionamento desde 1957. São 600 vagas em doze cursos de ensino técnico e ensino médio. É a primeira escola técnica estadual e a mais tradicional da Região do Alto Tietê, sendo que até 2007 era a única escola deste tipo na região.[8] No estado de São Paulo a instituição está entre as 20 melhores colocadas no ENEM em 2007. Na Região do Alto Tietê a escola obteve o primeiro lugar entre as instituições públicas de ensino médio, obtendo uma média geral de 70,01 em uma escala de 0 a 100 pontos. Além disso, a ETEC obteve a segunda melhor nota geral entre as 31 escolas de ensino médio no município.[9] No ano de 2008, a escola se manteve no segundo lugar entre as escolas do município que tiveram a melhor nota no ENEM, obtendo a pontuação de 66,65 na escala de 0 a 100. A escola continua liderando a lista entre as escolas públicas mogicruzenses e ocupa o 153º lugar entre as 400 escolas públicas e particulares com melhor média do Estado de São Paulo.[10]

Em relação ao ensino básico (ensino fundamental e ensino médio), de acordo como o Ministério da Educação, entre as dez escolas com médias mais elevadas do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da Região do Alto Tietê, cinco estão no município – incluindo a que conquistou o primeiro lugar entre as instituições do primeiro ciclo do ensino fundamental (1ª a 4ª série), a Escola Municipal Professor Jair Rocha Batalha, que obteve nota 6,5 em uma escala de 0 a 10. A nota coloca a escola entre as poucas do país com qualidade de escola de país desenvolvido. Para entrar neste seleto grupo, uma escola deve obter uma nota maior ou igual a 6 no IDEB.[11]

Saneamento básico

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Levantamento pelo instituto Trata Brasil, com base nos dados fornecidos pelo Ministério das Cidades mostram que o município de Mogi das Cruzes tem o 9ª melhor sistema de saneamento básico entre os 79 municípios brasileiros com mais de 300.000 habitantes. O município tem 96% de atendimento de água e 91% de atendimento de esgoto. Não é a primeira vez que o município por meio do SEMAE (Serviço Municipal de Águas e Esgotos de Mogi das Cruzes) ocupa uma boa posição nesse quesito, Mogi das Cruzes ocupou a 10ª posição em 2004 nessa mesma pesquisa.[12]

Faz parte do conhecido "Cinturão Verde", abastecendo toda a Região Metropolitana de São Paulo e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com sua produção de hortifrutigranjeiros. O parque industrial de Mogi das Cruzes conta com diversas indústrias de vários portes, com destaque para a siderurgia e montadoras automobilísticas (Valtra e General Motors).

O município de Mogi das Cruzes é considerado pela Escola Brasileira de Administração Pública (Ebape) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) um dos 100 municípios com melhores condições para o desenvolvimento de uma carreira profissional. O município ocupa a 72º posição na lista, e foram usados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde. Foram analisadas nessa pesquisa ao todo 127 municípios brasileiros. Mogi das Cruzes também é considerado a 89º melhor município para se viver no Brasil, segundo o Índice de Desenvolvimento Municipal (IFDM) da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).[13]

Além disso, Mogi das Cruzes é o município com o menor índice de pobreza da Região do Alto Tietê, no entanto é o 67ª município mais pobre do Estado de São Paulo. Essa afirmação tem como base o Mapa da Pobreza e Desigualdade 2003 divulgado pelo IBGE. O mapa traz uma série de indicadores e utiliza como base: As Pequisas de Orçamentos Familiares 2002/2003 e o Censo de 2000, e de acordo com o IBGE. A pobreza é definida a partir de critérios técnicos, definidos por especialistas que analisam a capacidade de consumo das pessoas, sendo considerada pobre aquela pessoa que não consegue ter acesso a uma cesta alimentar e de bens mínimos necessários para a sua sobrevivência.[14]

Mogi das Cruzes tem notável potencial turístico, um levantamento feito pela prefeitura constatou que o município tem cinco atrações turísticas: Pico do Urubu (Serra do Itapeti), Parque Centenário (César de Souza), Parque Leon Feffer (Brás Cubas), Pedreira de Sabaúna e a Represa do Rio Jundiaí (Taiaçupeba). São locais de conhecimento dos habitantes locais, mas que não foram devidamente explorados.[15]

Além dessas atrações naturais e parques, Mogi das Cruzes conta desde 13 de junho de 2009 com um "expresso turístico". Trata-se de uma locomotiva da CPTM que puxa dois vagões fabricados na década de 60, entre as estações luz e Mogi das Cruzes.[16]

Arte e cultura

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Mogi das Cruzes possui produção cultural nas mais variadas vertentes artísticas. Possui dois teatros municipais: o Theatro Vasques, inaugurado em 1902 e recentemente restaurado, localizado no Largo do Carmo, e o Teatro Dr. Bóris Grinberg, inaugurado em 2007, localizado no bairro Nova Mogilar.

O "Salão da Primavera" - exposição artística de quadros sobre o tema - é um dos mais antigos da região. São diversas academias de dança, companhias teatrais, músicos, pintores, fotógrafos, escritores.

Também é da cidade o grupo teatral mais antigo da Região do Alto Tietê, o "TEM - Teatro Experimental Mogiano" fundado em 1965, onde atuou Ricardo Blat.

O cartunista Maurício de Sousa, apesar de nascido no município vizinho de Santa Isabel, iniciou sua produção artística durante o período em que morou em Mogi das Cruzes, produções estas distribuídas nos veículos de mídia do município e da região. Vários de seus personagens mais famosos foram inspirados em habitantes de Mogi das Cruzes.

Além disso, existe em Mogi das Cruzes uma antiga música para orquestra e coro composta no Brasil. Trata-se da Ladainha de Nossa Senhora Aparecida, composta por Faustino Xavier do Prado, mestre-de-capela da igreja do Carmo de Mogi das Cruzes, no início do século XVIII (entre 1725 e 1740).

Seguindo essa tradição musical, há em Mogi, atualmente, uma orquestra sinfônica: a Orquestra Sinfônica de Mogi das Cruzes, que tem como regente o maestro Marcelo Jardim.

O CECAP - Centro Cultural Antonio do Pinhal fundado em 15 de dezembro de 2006, desenvolve um conjunto de atividades artísticas culturais, onde oferece gratuitamente o Curso de História da Arte do Século XX, que resgata a história da arte e o artista mogiano.

Nota ortográfica

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O correto é Moji pois prescreve-se o uso da letra "j" para a grafia de palavras de origem tupi-guarani. O nome vem do tupi M'Boiji (ou M'Boîj), Rio das Cobras (referindo-se ao Tietê, o qual em seu alto curso cruza o município). Ao longo dos anos, a grafia M'Boijy foi alterada para Boigy, depois para Mogy, Mogi e finalmente para Moji.

Na ortografia da língua portuguesa, prescreve-se o uso da letra "j" para palavras de origem tupi-guarani. Assim, tanto o dicionário Houaiss como o IBGE usam a grafia Moji. Historicamente, no entanto, o uso mais comum, apoiado pela administração pública e pela imprensa é Mogi para o nome da cidade. Dois outros municípios que usam o nome de Mogi são Mogi Guaçu e Mogi Mirim. Tal obrigatoriedade da atualização ortográfica do topônimo reflete-se em seu gentilíco, escrito com J: mojiano ou mojicruzense.

Referências

Ligações externas

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