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Usuário:Leonardorejorge/Gavial

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Leonardorejorge/Gavial
Gavial
Classificação científica
Reino:
Filo:
Classe:
Ordem:
Família:
Gavialidae
Gênero:
Gavialis
Espécies:
G. gangeticus
Nome binomial
Gavialis gangeticus

O gavial (Gavialis gangeticus) é a única espécie da família Gavialidae, ordem Crocodylia, que habita os rios da Índia, Paquistão, Myanmar e do Bangladesh[1].

Durante o Mioceno (há aproximadamente 18 milhões de anos) existiam também na América do Sul, incluindo 5 gêneros distintos do atual. Ocorreram também na América do Norte durante o Cretáceo (70-65 milhões de anos atrás). São os maiores animais da ordem a que pertencem, podendo chegar aos 6-7 metros de comprimento. O gavial distingue-se dos crocodilos pelas mandíbulas longas e afiladas, pela presença de um longo osso posterior quadradojugal e pela presença de uma protuberância na extremidade do focinho.

Gavialis deriva de um nome hindu, que significa "crocodilo"[2] Gangeticus é derivado de Gange, do rio Ganges, e icus, do latim que significa aquele que pertence. "Gavial" é uma grafia derivada da palavra "gharial" (derivado do hindu, ghariyal) que se refere à Ghara ("pote" em hindu), por ter uma protuberância na ponta do focinho, parecido com um pote.

Comentário Além de haver aparente contradição em duas versões da etimologia, acredito que a introdução deve enfatizar outros aspectos.

A ordem dos crocodilos, que são répteis grandes, apareceram cerca de 84 milhões de anos atrás no final do Período Cretáceo[1]. Eles são parentes vivos mais próximos das aves, pois os dois grupos são os únicos sobreviventes conhecidos da era ( Comentário Não é uma era, é um grupo taxonômico) Archosauria. Os membros do grupo dos crocodilos, o clado Crurotarsi, apareceram cerca de 220 milhões de anos no período Triássico e exibiu uma larga diversidade de formas durante a Era Mesozóica[2].

No passado, esses répteis eram crocodilos marinhos, com o corpo protegido por forte couraça, de focinho muito alongado, perfeitamente adaptado à vida aquática. É importante assinalar que de uma maneira geral a ocupação do nicho marinho por parte dos crocodilianos está em geral associada a um aumento do seu comprimento corporal e ao alongamento do focinho. Estes crocodilos viveriam perto do litoral continental alimentando-se principalmente de cefalópodes e de peixes. Presume-se que capacidades de locomoção terrestre eram muito limitadas, raramente viriam a terra, salvo talvez para fazerem a reprodução[3].

Presume-se que os primeiros representantes de crocodilos teriam sido pequenos insetívoros bípedes. No começo do Jurássico, tinham uma aparência mais crocodiliana.

Já no fim da era jurássica, os animais crocodilomorfos eram ainda pequenos animais quadrúpedes, com cerca de um metro de comprimento, com os membros posteriores mais compridos do que os anteriores, o que revelava a sua ancestralidade bípede[2][3].

Comentário Resumiria o trecho até aqui, já que é geral para crocodilianos. (Um artigo evolução dos crocodilianos como artigo principal a ser indicado seria bem vindo)

Rhamphosuchus crassidens, parente do gavial que existiu no Plioceno.

Os crocodilos modernos teriam aparecido no fim do Cretáceo e muitos dos seus representantes eram já muito semelhantes às formas atuais. O grupo distingue-se dos outros crocodilianos pelo seu palato secundário completo, formado pelas maxilas, palatinos e pterigóides, bem como por outras características do esqueleto. Os modernos crocodilianos compreendem os crocodilos (Crocodylidae), os aligatores (Alligatoridae) e os gaviais (Gavialidae). As duas primeiras famílias são conhecidas desde o Cretácico e através de todo o Terciário, enquanto que a terceira, a qual inclue os gaviais, apenas é conhecida a partir do Eoceno[2].

Os primeiros gaviais podem ter sido relacionados com os tipos modernos: alguns desapareceram ao mesmo tempo que os dinossauros (no final do Cretáceo), outros sobreviveram até o Eoceno. As formas modernas apareceram em grande parte ao mesmo tempo, evoluindo nos estuários e águas costeiras da África, mas que atravessam o Atlântico para chegar a América do Sul também. Em seu auge, os gaviais foram numerosos e diversificados, que ocuparam grande parte da Ásia e da América até o Plioceno. Uma espécie, Rhamphosuchus crassidens da Índia, é um enorme parente do gavial, com média de 15 metros de comprimento.

O gavial e seus ancestrais extintos são agrupados de várias formas por diferentes conceitos científicos:

Comentário Há grande quantidade de inconsistências acima. A terminação “dae” indica família, então não poderiam ser subfamílias. Além disso, não há referências para esses diferentes sistemas.

Pesquisas com moléculas gênicas do gavial, foi propôsto a união do falso-gavial com o gavial na mesma família, pois eles apresentam semelhanças gênicas[4].

O focinho estreito do gavial é uma adaptação soberba para a captura de presas debaixo d'água. Ao fazer pouca pressão na água, e não mover grande quantidade de água com seus movimentos, permite o gavial para chicotear sua cabeça lateralmente para capturar os peixes com seus dentes afiados[5].

A dentição do gavial é composta por 5 dentes pré-maxilares, de 23-24 dentes maxilares, e de 25-26 dentes mandibulares[5]. O número total de dentes pode variar de 106-110[6].

Detalhe nos dentes do gavial, e seu focinho bastante fino em comparação com o de outros crocodilianos.

Seus dentes são ideais para a captura de peixes escorregadios. As mandíbulas delgadas são instrumentos de precisão capaz de manipular habilmente os peixes em posição para engolir[5]. Houve relatos de gaviais maiores serem os mais oportunistas e terem preferencia por presas maiores, incluindo os mamíferos (muito raro), e peixes de grande porte. Os gaviais jovens alimentam-se de invertebrados menores[3].

Outra adaptação evolutiva dos gaviais foi a presença de glândula salivares perto de sua língua, que fazem o mesmo papel das glândulas de sal nas iguanas-marinhas, que expulsa o excesso desse composto de dentro do corpo deles[7].

A pele é coberta por escamas não-sobrepostas compostas por queratina (proteína que forma os mesmos cascos, pele, chifres, penas, pêlos, garras, unhas em outros tetrápodes)[5]. Na cabeça, a pele é fundida com os ossos do crânio. Há pequenas placas de osso, chamado osteodermas ou escudos (principalmente referido como osteodermas) ( Comentário Repetido) sob as escamas. Como as escamas que compõem o casco de uma tartaruga, ou a seção transversal de um tronco de árvore, os osteodermos desses animais tem anéis de crescimento anual, e servem para saber qual a idade do animal. A clavícula é ausente[7].

Osso do crânio de um gavial.

Gaviais, assim como os crocodilianos, não possuem bexiga urinária. Tal como os mamíferos e aves e muitos répteis, os gaviais têm um coração de quatro câmaras, no entanto, ao contrário dos mamíferos, o sangue oxigenado e não oxigenado podem ser misturados. O ventrículo direito tem duas artérias de saída; uma artéria pulmonar, que vai para os pulmões, e uma esquerda, que vai para o corpo, ou circulação sistêmica[8]. Essa veia de saída esquerda, também chamada arco áortico esquerdo, vai diretamente para o intestino, e o teor de CO2 misturado no sangue que vai para o estomado também, tem um papel importante, em uma maior acidificação do suco gástrico, digerindo melhor os ossos das presas[9]. O seu sangue tem sido demonstrado que têm fortes propriedades antibacterianas[7][10].

Gaviais e crocodilos têm pulmões com alvéolos. Eles têm um único músculo chamado diafragma que age como um pistão para ajudar na respiração. Como os outros amniotas, a respiração dos gaviais utilizam os músculos entre as costelas, para aumentar e diminuir o volume torácico. Além disso, a expiração é realizada pela contração de músculos, para diminuir o volume corporal[11]. A inspiração envolve o relaxamento do diafragma. Nos gaviais, a expiração é quase ausente de contrações musculares[12].

O gavial, engolem pedras, que ajudam o pós-processamento da digestão de suas presas. O estômago dos gaviais é dividido em duas câmaras: o primeiro é descrito como tendo poderosos músculos, como a moela de aves. A outra cavidade é mais ácida que a de qualquer outro animal (típico dos crocodilos), pois ele pode digerir tudo o que a maioria de suas presas apresentam: ossos, cartilagens, partes mais densas.

Os dedos exterior de um gavial é dois terços palmado, enquanto que o dedo do meio é apenas um terço palmado. Gaviais tem um escudo forte na borda externa do antebraço, perna e pé. Normalmente, adultos consistem em um tom de cor verde-oliva escuro, enquanto os jovens são verde-oliva pálido, com manchas marrom-escuro[13].

Posição da movimentação natatória do gavial

Muitos dos músculos que não são usados na expiração, são usados na locomoção rápida debaixo da água pelos gaviais, principalmente quando eles vão atacar alguma presa[5][6]. Antes de dar a investida nos animais seu movimento é leve, e em conjunto com seu focinho muito estreito e grande, traz adaptação para um movimento que passe por desapercebido por outros animais, como os peixes[3].

Em terra, os gaviais, passam a maioria do tempo parado, estáticos[5][6]

Ele é mal equipado para a locomoção em terra quando adulto - a musculatura da perna não é adequada para levantar o corpo da terra, necessário para movimentação - por ser capaz de apenas de empurrar o corpo para frente arrastando sobre o chão, na maioria das vezes ("barriga -deslizante"), embora possa andar com maior velocidade quando necessário[6]. É, no entanto, muito ágil na água - a cauda é bem desenvolvida e achatada lateralmente, e os pés traseiros são adaptados ao nado[5].

O gavial tem um longo focinho e, é um dos maiores répteis ainda vivos, medindo de 6 até 7 metros de comprimento. Colocado em uma família, por si só, a Gavialidae, o gavial tem sido separado do resto dos outros crocodilos, com a possível exceção de Tomistoma. ( Comentário Até aqui, esses conteúdos deveriam estar em Anatomia e Taxonomia.) Gaviais são indiscutívelmente o mais aquático dos crocodilianos existentes, e os adultos aparentemente não têm a capacidade de andar em uma semi-postura ereta como outros crocodilianos. Os machos adultos desta espécie se destacam por apresentar um apêndice bulboso na ponta do focinho, parecido com um "pote", chamado de Ghara[3].

Dois gaviais em um zoológico na Índia.

Embora a função do ghara não é bem compreendida, parece que é usado como um indicador visual do sexo, como um ressonador de som ou para a formação de bolhas ou outros comportamentos associados ao sexo.

A longevidade dos gaviais vai de uma média de 40 a 60 anos, e sua maturidade sexual pode variar entre os sexos, normalmente 3 anos para as fêmeas e 10 anos para os machos[14]. Seu peso vai entre de 900 a 1000kg[14].

O gavial é tipicamente residente da profundidade, mas dentro desses rios prefere áreas onde a corrente é reduzida. Locais de áreia nas beiras da água são usados para a nidificação.

As fêmeas podem não atingir a maturidade sexual até que elas estejam com quase 3m de comprimento. A nidação é feita durante a estação seca em buracos escavados em bancos de areia. Diferentemente da maioria dos crocodilianos, que carregam seus filhotes pequenos na boca[15], o gavial parece não fazer isso por causa da morfologia incomum de suas mandíbulas. No entanto, o cuidado materno já foi observado. Gavial fêmea normalmente deixa 30 a 50 ovos, e os ovos são os maiores dos crocodilos, com 160g de peso.

Alimentação

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Esse crocodiliano parece ser essencialmente "comedor de peixes", mas os indivíduos muito grandes podem comer outras presas.

Gaviais jovens comem insetos, larvas e pequenas rãs. Sua morfologia do focinho é ideal para predar peixes. Gaviais muitas vezes usam seu corpo para encurralar peixes contra as margens onde eles podem ser mais facilmente capturados[3].

É importante ressaltar que o gavial não ataca humanos, sem que este ameaçe-o. Apesar de seu tamanho imenso, suas mandíbulas finas e frágeis tornam fisicamente incapaz e impossível de consumir um animal de grande porte, especialmente um ser humano. O mito de que gaviais comem seres humanos podem vir em parte de sua aparência semelhantes aos crocodilos, e também porque uma vez, uma jóia foi encontrada em seu estômago[nota 1]. No entanto, o gavial pode ter ingerido esta jóia como gastrolitos usado para ajudar a digestão ou para a flutuabilidade[3].

Sua ocorrência a oeste era o rio Indo no atual Paquistão e na parte oriental, a maioria, ocorre no rio Irrawaddy na atual Mianmar. Hoje três subpopulações mais amplas são localizadas na Índia, e uma no Nepal.

Gaviais são restritos para a parte norte do subcontinente indiano, onde foram encontrados em quatro bacias hidrográficas: o Indo (Paquistão), o Ganges (Índia e Nepal), o Mahanadi (Índia) e do Brahmaputra (Bangladesh, Índia e Butão)[16].

As fêmeas adultas, que atingem a maturidade e se tornem sexualmente receptivas em torno de dez anos de idade, são defendidas em áreas por indivíduo do sexo masculino. O Ghara é utilizado em momentos de namoro entre gaviais, comumente visto, bolhas saindo de dentro dele. ComentárioFonte?

A nidificação ocorre durante a estação seca, quando as fêmeas se arrastam sobre a terra seca para escavar buracos nos quais cerca de 40 grandes ovos são enterrados[17]. Os ovos são incubados naturalmente no buraco do ninho, mas a fêmea permanece perto dele para protegê-lo de predadores, como porcos, chacais e lagartos. Após cerca de 70 dias, quando os filhotes estão prontos para sair, eles chamam de dentro dos ovos, alertando a mãe para escavar os ovos para fora do buraco do ninho[15].

Enquanto o gavial não apresenta o hábito de transportar filhotes em suas mandíbulas, o jovens permanecem com sua mãe por várias semanas a vários meses[17].

O período de acasalamento ocorre durante dois meses, durante novembro, dezembro e em janeiro. A ida para os locais de areia ocorre em março, abril e maio (estação seca), onde os ninhos são escavados. Contudo, a protecção dos jovens ocorre em torno da área do assentamento por algum tempo após a eclosão[17].

Vocalizações

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De início, crocodilos não emitem sons estrindentes, mas sim pequenos ruídos de baixa amplitude, e estes, nos gaviais, ocorrem principalmente na hora do nascer dos filhotes, e no período em que estão perto da mãe[18][15].

O motivo dessas vocalizações é para sinalizar para a mãe dos filhotes que está no momento de cavar o buraco onde os ovos foram enterrados e que é necessário ela mostrar o caminho do rio para eles iniciarem sua vida aquática.

Conservação

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O gavial foi qualificado para Criticamente em Perigo pela IUCN[19][20], pelo fato de ter havido uma redução do tamanho da população de mais que 80% nos últimos 10 anos ou três gerações, e além disto, o declínio pode não ser reversível. Estimativas mais generalizadas, mostram uma redução mais avassaladora da espécie. A população pode ter caido de 86 a 88% em um intervalo de 10 anos.

Outro critério para enquadrar o gavial como Criticamente em Perigo também pode ser justificado pelo fato do tamanho da população estimada em menos que 250 indivíduos maduros e uma continua queda que pode seguir um ritmo de 25% de três em três anos. As estimativas do tamanho da população adulta indicam que houve um declínio de 436 gaviais adultos em 1997 para 182 em 2006[21]. Isso representa uma queda de 58% em toda a sua gama durante um período de nove anos.

Histórico da população

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Os primeiros registros do gavial são essencialmente subjetivos e raramente quantitativos. Alguns estudos passados, demonstravam certa abundância de gaviais pelo seu habitat. Era comum no rio Indo, no Paquistão nos anos de 1921. Diversos autores mencionavam a ver grandes grupos de gaviais juntos. Em 1885 era comum as pessoas contar 64 gaviais em duas horas[20][19], às margens do rio Jamuna. Outros relatos confirmam que eram encontrados em todos os grandes rios do norte da Índia[22].

Gavial em um zoológico.

Centenas de gaviais foram observados no Rio Narayani, do Nepal, antes da construção da barragem Gandak. Em 1964 e no começo de 1950 cerca de 235 gaviais foram contados ao longo do rio Narayani[19]. Com uma estimativa de 11.000 km de rio com um habitat em uma área geográfica de mais de 20.000 quilômetros quadrados, o gavial tinha uma população inferida de 5.000 a 10.000 nessa época.

Em 1976, a população total estimada de gaviais selvagens no mundo havia diminuído para uma faixa de 5.000 a 10.000 animais. Em 1984 houve a mais drástica queda da espécie: a população foi para apenas 200 animais, uma queda de cerca de 96% [19].

Em 2006[21], a população em idade madura de gaviais na Índia é de um valor semelhante, a menos de 200 e menos de 35 adultos para o Nepal[19][22]. A espécie está praticamente extinta no Paquistão, Bangladesh e Butão[23][24]. Em Mianmar presume-se que esteja extinto desde 1940.

A diminuição drástica na população gavial ao longo dos últimos 60 anos pode ser atribuído a uma variedade de causas, incluindo a caça excessiva para as peles e troféis, coleta de ovos para consumo, matança para a medicina indígena, e matança por pescadores. Enquanto a caça não é mais considerada uma ameaça significativa, a construção de represas, barragens, canais de irrigação, assoreamento, mudanças no curso do rio, aterros artificiais, areia, mineração, agricultura de várzea e de animais domésticos e selvagens se combinaram para provocar uma extrema limitação ao intervalo da espécie devido a esta perda excessiva e irreversível de habitat ribeirinhos. Por exemplo, em 2001 inaugurou-se 276 projetos de irrigação na bacia do rio Chambal. Estas ameaças não cessaram, de fato aumentaram e continuam a comprometer a sobrevivência da espécie. O declínio de gaviais tem andado de mãos dadas com o declínio da taxa dos habitat ribeirinhos e outros animais que compartilham os mesmos rios que eles, outra vez supostamente abundantes e agora ameaçados, incluindo o Golfinho-do-Ganges (Platanista gangetica) e a espécie Crocodylus palustris, bem como inúmeras aves aquáticas e espécies de peixes[25].

Gaviais em cativeiro

A população em idade madura é outra preocupação. Acredita-se que 14% de todos gaviais existentes hoje não estão em fase adulta, ou seja, não estão sexualmente maduros ainda, representando um provável prejuízo para a população. Esses animais que não são considerados maduros, são principalmente machos, que necessitam de 5 anos a mais que as fêmeas para tornar-se reprodutores[25].

O rio Chambal[26] detém, de longe, a maior subpopulação de gaviais, com 48% estimado da população total. O número total de ninhos encontrados no Santuário Chambal em 2006 foi de 68[21]. Outra grande população de gaviais está na Índia no Katerniaghat Wildlife Sanctuary[27], onde 20 ninhos foram encontrados em 2006[21][22].

A maioria dos gaviais encontrados são fêmeas, mas nem todas estão na fase de procriamento, mas mesmo assim, existem mais fêmeas reprodutoras que outras jovens. Supondo relatos, é possível inferir que haveria um total de 13 gaviais adultos na Índia[22]. Considerando a escassez de machos maduros sobre o Chambal nas investigações de 2005 e 2006[21], é provável que existem poucos machos maduros nesse rio[25].

Junto com um total de 20 fêmeas, seis gaviais maduros do sexo masculino foram contados por observadores em um local do rio Chambal em 2006[20][21]. O número total estimado de gaviais maduros nas três subpopulações restantes da Índia, com base nos ninhos contados, aproxima-se de somente 107 indivíduos adultos[19][25].

Alguns gaviais são relatados que fazem cada vez menos ninhos a cada ano. Estimativas de freqüência reprodutiva do sexo feminino retém-se a uma média de 63%. Apesar de que gaviais fazem ninhos anualmente, algumas fêmeas podem ter migrado pelo rio abaixo, onde os machos são muito excassos[25].

Tendo todas essas médias, as análises da população, e a porcentagem reprodutiva, estudos assinalaram que se todos cruzamentos fossem feitos entre a espécie e eles obtiverem sucesso, a população alcançaria um número de 220 indivíduos somente[19].

Há outras duas pequenas populações não-reprodutoras de gaviais na Índia (rio Ken em Madhya Pradesh e Rio Mahanadi em Orissa[28]) e três no Nepal (Rios Kosi, Karnali e Babai), que foram completados pela reintrodução de gaviais criados em cativeiro[22][29].

No Nepal seis ninhos foram contados em 2006[21] e o total de gaviais maduro em todas as subpopulações nesse país é estimada em 35 animais[20].

Com base nestas estimativas o número de gaviais selvagens, maduros em todos territórios que a espécie existe (atualmente só na Índia e no Nepal) é de 182 em cerca de oito habitats fragmentados (mas novas pesquisas indicam que são 14% de gaviais maduros, diminuindo o número para 157 indivíduos totais)[20][22].

Em 1997, foi o ano de pico com o maior número de gaviais maduros e ninhos registrados nos últimos 30 anos, 226 animais adultos e 81 ninhos foram registrados no rio Chambal. Não há dados de nidificação do Nepal existente para este período, mas foi estimado 36 adultos presentes nesse ano. Com base nos dados disponíveis [30], o número de gaviais maduros foi realmente surpreendente em 1997: 436 adultos.

Após esse ano houve uma queda dos 436 gaviais para 188 em 2006[21], mais de 50% de declínio populacional.

Alteração de habitat[31], é o principal dilema. Em todo território atual do gavial seus rios foram represados, desviados para a irrigação e outros fins, levando à estação de secagem de rios. [nota 2]

A pesca[31] está aumentando e a utilização de redes acaba com o principal alimento do gavial. Este perigo é predominante em quase todo o habitat desses animais, mesmo em áreas protegidas.

Os povos ribeirinhos[31] são alguns dos mais pobres na Índia e depende quase exclusivamente dos recursos locais e de sua própria agricultura para sobreviver. Durante os meses de seca, quando o rio está baixo, eles plantam abóbora e o pastoreio de gado nos bancos de areia e as bordas do rio tornou-se predominante ao longo do rio Chambal em particular. Estes são os bancos de areia muito usado pelos gaviais para a reprodução[nota 3].

O tráfico[31] também é outro problema. O ghara, pênis e a gordura dos gaviais são usados como medicamentos, principalmente no Nepal e, ocasionalmente, na Índia. [nota 4]

Os ovos dos gaviais são procurados por pessoas de tribos[31] perto do Rio Girwa para comer, e informou-se que quase todos os ninhos haviam sido invadidas por seres humanos durante as épocas de nidificação de 2001 a 2005. [nota 5]

Comentário Seria interessante reduzir a sobreposição desta sessão com o parágrafo acima sobre causas da redução populacional.

Reintroduções e medidas de conservação

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Programas de Conservação do gavial tem sido realizados na Índia e no Nepal, com base no estabelecimento de áreas protegidas e repovoamento com estes animais nascidos em cativeiro.

De uma perspectiva poderia argumentar-se que mais de 5.000 gaviais jovens foram liberados em habitats amplamente inóspitos na Índia e Nepal e deixados à sua sorte. Em Parque Nacional de Chitawan[32], no Nepal, onde cerca de 300 gaviais foram lançados, havia 16 ninhos em 1977 e em 2006 havia somente seis[21]. Assim, a reintrodução não funcionou tão bem lá [nota 6], em grande parte graças a uma crescente e descontrolada pressões antrópicas, incluindo o esgotamento dos recursos ambientais. Gaviais geralmente são criados por dois a três anos e média, cerca de um metro de comprimento quando são libertados. [nota 7]

No Rio Girwa, onde 909 gaviais foram liberados - incluindo 112 em 2006 - havia quatro ninhos registrados em 1977 e 20 em 2006, para 16 fêmeas em estado de nidação. Isto não é aparentemente uma grande conquista para o dinheiro e o esforço despendido, e vários pesquisadores têm sugerido, talvez que a capacidade de carga de gaviais foi atingida naquele local.

No terceiro, e mais importante habitat de reprodução de gaviais, o rio Chambal onde foram libertados 3.552 Gharial[33][27] - mais 224 em 2006 - havia 12 ninhos registrados em 1978 e 68 em 2006. Enquanto o assentamento aumentou mais de 500%, as fêmeas reproduzem apenas cerca de 2% do total liberado. Um pequeno problema é o que tem sido apontado por certos pesquisadores: muitas vezes, os recém-eclodidos jovens são particularmente propensos a ser liberados a jusante, fora das áreas protegidas, aumentando a taxa de mortalidade dos animais introduzidos no habitat[25].

Escassez de fundos de conservação e de recursos humanos precisam ser focados em outras ações como a avaliação rigorosa do habitat, da pesca, educar as pessoas sobre os esforços de conservação do rio, a fim de melhorar as chances de sobrevivência dos gaviais[34].

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No jogo do PlayStation 2, Metal Gear Solid 3: Snake Eater, um dos mais notáveis animais que Snake (protagonista do jogo) pode consumir para a sua sobrevivência é o gavial. Ela reabastece quantidades significativas de resistência. Um boné com formato de uma cabeça de crocodilo também é um item obtido que pode ser usado para assustar os soldados inimigos de longe. O gaviais no jogo geralmente não são muito perigosos em terra, mas causam apenas danos menores golpeando o protagonista com sua cauda.

O jogo de cartas Magic: The Gathering tem uma carta com um crocodilo chamado de "gavial da escama cinza (grayscaled gharial)" [35], e a expansão para esse jogo, existe outra carta chamada "gavial-alga (algas gavial)"

Em Esperanto, o verbo gaviali ( "to gharial") significa "falar esperanto em uma situação em que outra língua seria mais adequada".

Referências bibliográficas

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  • (em inglês) Janke A, Gullberg A, Hughes S, Aggarwal RK, Arnason U. (2005). "Mitogenomic analyses place the gharial (Gavialis gangeticus) on the crocodile tree and provide pre-K/T divergence times for most crocodilians." J Mol Evol. 61(5):620-6.

Comentário No geral, muito completo e referênciado, mas com uma série de erros, repetições e contradições que devem ser corrigidos.

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  1. O ritual fúnebre Hindu termina com os restos do corpo cremado sendo enviado para o rio, e isto que aconteceu com a jóia encontrada no estomago do gavial.
  2. Ao contrário de muitos outros crocodilianos, os gaviais não andam por terra para encontrar água; Obras nos rios da Índia representarão uma catástrofe total para a vida dos gaviais.
  3. A alteração do habitat inclui a ação dos povos ribeirinhos como um problema para o crescimento da população de gaviais.
  4. Considerando o fato de que não pode ser inferior a 20 machos adultos na natureza, o tráfico é uma grande ameaça.
  5. Esses dados de nascimento, deve-se aos grandes esforços feito por biólogos em 2006 e também com contribuição da guarda florestal e sua equipe da Katerniaghat Wildlife Sanctuary.
  6. De modo geral, se não houvesse essas reintroduções, talvez os gaviais estariam extintos no Nepal atualmente.
  7. Os acompanhamentos que são exigidos na hora da libertação, geralmente não são feitos, e por isso que pouca pesquisa sobre a adaptação, migração e outros aspectos importantes foram realizados.
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