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Geraldo Simplicio - O Nêgo[editar | editar código-fonte]

Escultor nato, Geraldo Simplício - O Nêgo - (Aurora - CE, 1943)[1] faz esculturas nos declives do terreno de sua casa, em Nova Friburgo em um ateliê a céu aberto batizado de Jardim do Nêgo.

Tornou-se um escultor popular, trabalhando na madeira ou confeccionando bonecos de barro desde criança.

Em 1966 fez sua primeira exposição na cidade do Crato.

Nêgo já teve suas obras exibidas  no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio, e na Feira de Artes de Friburgo. Muitas de suas peças foram adquiridas por alemães e algumas encontram-se expostas no Museu de Stuttgart.

O mestre cearense nunca chegou a frequentar uma escola. Nêgo diz ter uma “cultura auditiva” e é capaz de citar os cientistas Galileu e Stephen Hawking, o escritor Franz Kafka, em apenas uma conversa. Bom de papo, brinca que faz as esculturas apenas para atrair as pessoas e prosear.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Desde 1969, Geraldo Simplício, o Nêgo, faz esculturas nos declives do terreno de sua casa, em Nova Friburgo - um ateliê a céu aberto batizado de Jardim do Nêgo. O escultor estreou no mundo das artes em 1966, com uma exposição no município cearense de Crato. À época, suas esculturas eram feitas em madeira e o trabalho teve mostras nas  cidades de Fortaleza e Recife (PE). Neste período, conheceu no Rio de Janeiro a crítica de arte Cecília Falk, que incentivou Nêgo na trajetória artística e em sua mudança para Nova Friburgo.

Em uma manhã de 1981, caminhando por um recanto do seu sítio, na estrada que liga Friburgo a Teresópolis, Nêgo conta que vislumbrou a forma de uma mulher em um barranco. Desta inspiração, nasceu sua musa e primeira obra. Ele abandonou então a madeira e começou a esculpir nas encostas, criando figuras gigantescas espalhadas pelo Jardim do Nêgo, que já recebeu milhares de visitantes. A imagem idealizada pelo artista, depois de modelada com barro, recebe uma camada de lama preta como acabamento. Em seguida é coberta por um plástico e, ao longo dos meses, o clima úmido da região favorece a criação de uma cobertura de musgo sobre trabalho. Este revestimento natural protege as obras da erosão.

O Jardim do Nêgo é um famoso ponto turístico da cidade de Nova Friburgo. Foi atingido pelas fortes chuvas de 2011 e chegou a ficar fechado durante meses. Na época, quatro obras foram danificadas e uma desapareceu, possívelmente carregada pela enxurrada. Depois dos estragos causados pela chuva, Geraldo aproveitou para criar detalhes que deixaram as esculturas ainda mais belas. É o caso da escultura de uma pastora, que segura um terço, de uma tartaruga e de uma mulher, que ganhou realce após a restauração. Nego faz as esculturas com as próprias mãos, utilizando apenas o barro. Para fazer os detalhes, ele usa os dedos como ferramenta.


Referências[editar | editar código-fonte]

  1. [1]
  2. [2]
  3. [3]
  4. [4]

Categoria:Escultores do Brasil

  1. «Jardim do Nêgo». Consultado em 24 de fevereiro de 2015 
  2. Secretaria de Estado de Cultura. «GERALDO SIMPLÍCIO, O NÊGO». rj.gov.br. Consultado em 24 de fevereiro de 2015