Vilar do Paraíso
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Casa Fanny Owen | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização no Município de Vila Nova de Gaia | ||||
Localização de Vilar do Paraíso em Portugal Continental | ||||
Mapa de Vilar do Paraíso | ||||
Coordenadas | ||||
Município primitivo | Vila Nova de Gaia | |||
Município (s) atual (is) | Vila Nova de Gaia | |||
Freguesia (s) atual (is) | Mafamude e Vilar do Paraiso | |||
História | ||||
Extinção | 2013 | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 4,17 km² | |||
População total (2011) | 13 878 hab. | |||
Densidade | 3 328,1 hab./km² |
A Freguesia de Vilar do Paraíso foi uma freguesia portuguesa do Município de Vila Nova de Gaia, que tinha 4,17 km² de área e 13 878 habitantes (2011), e, por isso, uma densidade populacional de 3 328,1 hab/km².
Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à Freguesia de Mafamude, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso com a sede em Mafamude.[1]
População
[editar | editar código-fonte]População da Freguesia de Vilar do Paraíso[2] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
2 412 | 2 521 | 2 958 | 3 223 | 3 492 | 3 509 | 4 040 | 4 623 | 4 829 | 5 842 | 5 284 | 7 734 | 9 574 | 13 126 | 13 878 |
Distribuição da População por Grupos Etários | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |
2001 | 2 266 | 1 783 | 7 725 | 1 352 | 17,3% | 13,6% | 58,9% | 10,3% | |
2011 | 2 180 | 1 467 | 8 261 | 1 970 | 15,7% | 10,6% | 59,5% | 14,2% |
Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4%
Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0%
Descrição
[editar | editar código-fonte]Com o seu centro situado a 8 km da cidade do Porto, tem uma população aproximada aos 13.000 habitantes, a que corresponde cerca de 11.000 eleitores, e dispõe de uma superfície de 419, 6.870 km. Tal superfície é pouco acidentada, com excepção do Monte de S. Caetano, cuja cota ultrapassa os 100,00 m.
Até há uns anos atrás, a agricultura era a sua actividade principal. Hoje, a situação é diferente. Algumas indústrias de pequena e média dimensão fazem de Vilar do Paraíso uma terra porventura mais urbana.
Com um historial milenar, pertenceu ao antigo Couto da Tarouquela, que chegou a ser propriedade de D. Afonso Henriques e mais tarde do Mosteiro de Grijó, reminiscência deste antigo Couto e do seu Mosteiro, é a Capelinha das «Alminhas» de Tarouquela, que ostenta magníficos painéis de azulejos da extinta Fábrica do Agueiro.
No foral manuelino, a freguesia é citada como «Parayso» e, nas Constituições Sinodaes, é um «Curado». O «Julgado de Gaya», nas Inquirições de D. Dinis, refere-se a «Sam Pedro de Parayso».
O património é vasto e rico. Desde o natural (de que o Parque de «São Caetano» e a Quinta da Formiga são expoentes) ao arquitectónico.
A Igreja Matriz, para além da renovada Capela de São Martinho e da Capela (Ermida) de S. Caetano, é a peça mais distinta do património religioso e, afinal, do demais património, pela simples razão de que a sua capela-mor está classificada de monumento nacional. A Quinta do «Menino d´Ouro», a Quinta da Formiga, a «Vila Alice», a Quinta da Condessa de S. Tiago de Lobão, a Quinta do Albaninho e a Quinta das Freiras, são exemplos notáveis de casas senhoriais.
É de assinalar, também, as fontes e «alminhas» existentes, quase todas com elementos decorativos incorporados.
No campo sociocultural, há um forte espírito associativo, que se estende por algumas actividades. Eis os nomes das respectivas instituições: Associação Columbófila de Vilar do Paraíso; Associação Cultural e Recreativa «Os Amigos Vilarenses»; Associação Recreativa «Entre-Parentes»; Associação Recreativa de S. Martinho d' Além; Centro Ciclista de Vilar do Paraíso; Grupo Desportivo da Ilha; Grupo Dramático de Vilar do Paraíso; e Rancho Folclórico de Vilar do Paraíso.
Existem também outras instituições, embora de índole diferente, mas de igual modo com uma implantação notável no meio: referimo-nos à Academia Musical de Vilar do Paraíso e ao Agrupamento de Escuteiros nº 321 (Corpo Nacional de Escutas), o primeiro a ser criado em Vila Nova de Gaia, já lá vão oitenta anos.
Lenda
[editar | editar código-fonte]No tempo dos cruzados havia um conde chamado Conde de Lobão, que um dia, quando vinha de uma das cruzadas, foi até ao mercado e viu uma feirante e achou-a muito bonita. Perguntou-lhe se ela queria ir viver com ele, mas ela aceitou com uma condição: casarem.
Como o marido era cruzado, andava muitas vezes fora de casa. Entretanto ele morreu e ela ficou sozinha com os criados e o mordomo. Passados alguns anos, ela morreu, mas antes disso tinha escondido o seu grande tesouro onde ninguém sabia. Então começaram a procurar, mas não encontraram nada. Depois o mordomo morreu. Ao longo dos anos, foram morando algumas pessoas, mas saíram porque diziam que "ouviam" ou "viam" a condessa.
A casa foi vista e revista de cima a baixo, mas nada… Reza a lenda que o tesouro escondido continua lá na casa…
Património
[editar | editar código-fonte]- Capela de São Martinho
- Igreja de São Pedro (matriz)
- Alminhas de Tarouquela e de Vila Alice
- Ermida de São Caetano
- Parque de São Caetano
- Solar dos Camelos
- Quintas da Capela, de Guardal, da Telheira e da Formiga com eucaliptos
- Palacete do Menino de Ouro
- Casa Fanny Owen
- Casa do Miguel
Referências
- ↑ Diário da República, 1.ª Série, n.º 19,Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias). Acedido a 2 de fevereiro de 2013.
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes