Vilmos (William) Fillinger
Vilmos (William) Fillinger | |
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Nascimento | 24 de setembro de 1888 Krasso Gombas, Hungria |
Morte | 23 de outubro de 1968 (80 anos) São Paulo, SP, Brasil |
Nacionalidade | húngaro |
Alma mater | Academia de Belas Artes (Viena) |
Obras notáveis | Edifício Martinelli, Hotel Victoria |
Vilmos (William) Fillinger (Krasso Gombas, 24 de setembro de 1888 – São Paulo, 23 de outubro de 1968) foi um arquiteto húngaro, conhecido por ter projetado o Edifício Martinelli.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascimento e família
[editar | editar código-fonte]Vilmos (William) Fillinger nasceu em 24 de setembro de 1888, na cidade de Krasso Gombas, na Hungria. Ele pertencia a uma família de ascendência judaico-romena.[3]
Educação e primeiros anos
[editar | editar código-fonte]Ainda jovem, mudou-se para Viena, na Áustria, onde viveu com seus tios. Em Viena, estudou na renomada Academia de Belas-Artes de Viena, formando-se em arquitetura.[3]
Emigração para o Brasil
[editar | editar código-fonte]Em 1912, Fillinger emigrou da Hungria para Santos, no litoral do Brasil, onde trabalhou como engenheiro civil em diversas obras. Pouco após sua chegada, ajudou sua prima de primeiro grau, Izabella Friedmann, a emigrar para o Brasil. Izabella, nascida em 28 de outubro de 1895 em Kevermes, Hungria, chegou ao Brasil em 1913, aos 17 anos de idade, e se casou com Fillinger em 10 de março do mesmo ano. O casal também auxiliou outros parentes a migrarem para o Brasil.[3]
Carreira e Edifício Martinelli
[editar | editar código-fonte]![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f2/Edif%C3%ADcio_Martinelli_in_S%C3%A3o_Paulo.jpg/220px-Edif%C3%ADcio_Martinelli_in_S%C3%A3o_Paulo.jpg)
Embora se saiba pouco sobre sua vida nesse período, Fillinger ganhou notoriedade ao ser contratado pelo italiano Giuseppe Martinelli para projetar o Edifício Martinelli,[4] o primeiro arranha-céus do Brasil. A construção do edifício, planejada para atingir 100 metros de altura, começou em 1924 e foi marcada por diversas dificuldades, como problemas nas fundações e complexidade dos cálculos estruturais. Mesmo assim, o edifício foi crescendo em altura, passando de 12 para 24 andares antes de ser embargado por não possuir licença.[2]
Finalização do Edifício Martinelli
[editar | editar código-fonte]A construção do Edifício Martinelli enfrentou várias disputas legais e políticas até que uma comissão técnica determinou que o prédio era seguro, limitando sua altura a 25 andares. Martinelli, contudo, decidiu construir uma residência de cinco andares no topo do edifício, totalizando 30 andares.[2] Devido às pressões e mudanças constantes, Fillinger acabou se demitindo antes da conclusão da obra, que foi finalizada por Giuseppe Martinelli.
Legado e morte
[editar | editar código-fonte]O Edifício Martinelli impressionava não só pelas dimensões como pela ornamentação e acabamento luxuoso, utilizando materiais de alta qualidade vindos de diversas partes do mundo. Vilmos Fillinger faleceu em 1968. Seu filho, Victor Carlos Fillinger, seguiu os passos do pai e tornou-se engenheiro, continuando o legado da família na construção civil.
Referências
- ↑ «William Fillinger | Arquivo Arq». arquivo.arq.br. Consultado em 22 de julho de 2024
- ↑ a b c Instituto Itaú. «Edifício Martinelli». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 22 de julho de 2024
- ↑ a b c «FILLINGER, William | EBAD». EBAD. Consultado em 22 de julho de 2024
- ↑ Brisola, Sergio (6 de maio de 2018). «Edificio Martinelli». Descubra Sampa - Cidade de São Paulo. Consultado em 22 de julho de 2024