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Vingarne

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Vingarne
Asther, Nils in Vingarne 1916

Nils Ashter em cena do filme
 Suécia
1916 •  pb •  69 min 
Género filme mudo
filme de drama
Direção Mauritz Stiller
Roteiro Axel Esbensen
Mauritz Stiller
Baseado em Herman Bang
Elenco Nils Asther
Lili Beck
Egil Eide
Lars Hanson
Música Röda Kvarns Orkester (orquestra)
Umberto Prandini
Cinematografia Julius Jaenzon
Direção de arte Axel Esbensen
Companhia(s) produtora(s) Svenska Biografteatern AB
Distribuição Svenska Bios Filmbyrå (1916)
Silent Hall of Fame Enterprises (2017)
Lançamento 24 de setembro de 1916
Idioma mudo

Vingarne (trad. Asas) é um filme mudo sueco de 1916 dirigido por Mauritz Stiller, e estrelando Nils Ashter, Egil Eide, Lars Hanson, e Lili Bech. É baseado no romance Mikaël de Herman Bang escrito em 1902. Um dos primeiros filmes com temática gay, também é notável por seu uso de uma narrativa moldura e por mostrar a maior parte da história através de flashbacks.

O filme possui duas narrativas em uma quebra da quarta parede.

Na primeira narrativa, cortada em exibições fora da Suécia, o diretor Mauritz Stiller tem a ideia para um novo filme. Ele encontra um jovem para fazer o papel principal, e filma as primeiras cenas onde o ator Nils Asther contracena com Lili Bech. Vendo a filmagem, Stiller fica insatisfeito com o resultado, e troca Asther por Lars Hanson, um ator mais conhecido. O filme estréia no cinema Röda Kvarn, em Estocolmo, com Lili Bech, Lars Hanson e Nils Asther no salão.

Na segunda narrativa, o escultor Claude Zoret idealiza uma escultura, intitulada As Asas. Ele conhece um jovem pintor, Eugène Mikael, e acredita que ele encarna perfeitamente a imagem de 'Ícaro'. Zoret se aproxima de Mikael, praticamente o adotando, e o faz o modelo para sua escultura.

O jovem acaba se apaixonando pela princesa Lúcia de Zamikow, a noiva de Zoret. Para ficar com a princesa carente, Mikael vende a escultura da qual ele era modelo, a qual ele havia prometido nunca se separar à Zoret. O pintor vai até a princesa em estado de agitação e pede que Mikael volte para ele.

Este triângulo amoroso chega ao fim quando Zoret morre de solidão e o agora arrependido Mikael termina com Lucia.

O esboço de Vingarne foi idealizado pelo colaborador de longa data de Stiller, Axel Esbensen, que depois de ler o romance de Bang escreveu um roteiro intitulado "The Painter". Assim como Stiller e Nils Asther, Esbensen era homossexual. No romance original, uma pintura é o centro de tudo, mas Stiller determinou que a pintura deveria ser substituída por uma escultura. As filmagens ocorreram no estúdio do Swedish Cinema Theatre em Lidingö, no cinema Röda Kvarn, Lärkstaden em Estocolmo, e no terraço do Restaurang Foresta em Lidingö.

O filme estreou em 24 de Setembro de 1916 no cinema Röda Kvarn , em Estocolmo. Na Dinamarca, o filme se tornou um fracasso do público. Durou apenas três dias no cinema Metropolteatret, em Copenhague.

O romance de Bang foi adaptado novamente oito anos depois, em 1924, pelo diretor dinamarquês Carl Th Dreyer para a produtora de cinema alemã Decla-Bioscop, o filme alemão se chama Michael e segue a história de Bang com muito mais fidelidade do que o filme de Stiller. Nos últimos anos, no entanto, Vingarne ganhou fama como o primeiro longa-metragem de temática homoerótica.[1][2]

Acreditava-se que todas as cópias do filme haviam desaparecido, mas em 1987 foi encontrada uma cópia sem cartões de texto que foi restaurada e agora tem uma cópia no arquivo de filmes do Instituto de Cinema Sueco. [3]

Referências

  1. «Musée d'Orsay: Vingarne [The Wings]». www.musee-orsay.fr. Consultado em 18 de julho de 2020 
  2. «Cinema gay». Revista Cult. 12 de março de 2010. Consultado em 18 de julho de 2020 
  3. «VINGARNE | Il Cinema Ritrovato Festival» (em inglês). Consultado em 18 de julho de 2020