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Vog

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Vog denso visto na baía de Hilo, na ilha de Havaí.

Vog é uma forma de poluição do ar que é o resultado da junção do dióxido de enxofre e outros gases emitidos por um vulcão em erupção reagem com o oxigênio e a umidade na presença da luz solar. O termo é uma palavra-valise dos termos em inglês "volcanic" (vulcânico), "smog" e "fog". O termo encontra uso no Arquipélago do Havaí, onde o vulcão Kīlauea, na ilha de Hawaiʻi (também conhecida como "The Big Island"), está em erupção constante desde 3 de janeiro de 1983. Baseando-se em medições feitas em junho de 2008, o Kīlauea emite entre 2 000–4 000 toneladas de dióxido de enxofre(SO2) diariamente.[1]

O vog é criado quando os gases vulcânicos (principalmente óxidos de enxofre) reagem com a luz solar, oxigênio e umidade. O resultado inclui ácido sulfúrico e outros sulfatos.[2] O vog é composto de uma mistura de gases e aerossóis que o tornam difícil de estudar e potencialmente mais perigoso que o estudo de seus componentes separados.[3]

Emissões de dióxido de enxofre da cratera Halemaʻumaʻu, ponto de formação do vog.
Atividade vulcânica vista do ônibus espacial Atlantis.

Vog no Havaí

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No Havaí, os gases do Kīlauea vêm de três lugares: das crateras: Halemaʻumaʻu, da fenda Puʻu ʻŌʻō, e ao longo da costa, onde a lava que flui do vulcão entra no oceano. A fumaça cria uma cobertura de vog que pode "envelopar" toda a ilha, atingindo principalmente a região de Kailua-Kona, no lado oeste da ilha do Havaí, onde o vento alísio prevalente sopra o vog para o sudoeste enquanto os ventos do sul o sopram para o norte para a costa do Kohala.

Períodos prolongados de tempestades Kona, entretanto, podem fazer com que o vog atinja a parte leste da ilha ocasionalmente ou também as ilhas em todo o estado do Havaí.[3] No momento em que vog atinge outras ilhas, o dióxido de enxofre praticamente já se dissipou, deixando para trás cinzas, fumaça, sulfatos e amônia.[4]

Comparação entre vog e smog

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Vog e smog são diferentes. O vog é formado quando enxofre e óxidos de enxofre emitidos por um vulcão reagem com a umidade para formar um aerossol. O aerossol dispersa a luz, fazendo assim o vog ficar visível. Por sua vez, o smog é formado em grande parte pela combustão incompleta de combustíveis, que reagem com óxidos de nitrogênio e ozônio produzido a partir do monóxido de carbono pelas reações com a luz solar, também resultando num aerossol visível. Quando os níveis de smog estão altos, o céu torna-se cinza-amarelado porque os óxidos de nitrogênio são amarelos. Todavia, os óxidos de enxofre são incolores e o vog tem aparência acinzentada. Desaparecendo a camada de vog, manchas cinzentas de vog no céu podem permanecer aprisionadas na camada de inversão. É importante notar que várias substâncias químicas emitidas pelos veículos não são emitidas pelos vulcões. Ao mesmo tempo, as substâncias emitidas pelos vulcões, tais como sulfeto de hidrogênio, cloreto de hidrogênio e fluoreto de hidrogênio não são criadas pelo tráfego. Além disso, o smog produzido pela atividade industrial também possui sua própria composição de contaminantes.

Perigos à saúde

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O vog e as nuvens criaram um sol de formato estranho neste crepúsculo.

Muitos estudos sobre o vog foram conduzidos onde ele está naturalmente presente e não em condições controladas. O vog contém substâncias químicas que prejudicam o meio ambiente e a saúde das plantas, dos humanos e dos animais. Muitos dos aerossóis são ácidos e têm dimensões nas quais podem permanecer nos pulmões e prejudicar a atividade respiratória. Dores de cabeça, olhos lacrimejantes, irritação na garganta, dificuldades respiratórias (incluindo ataques de asma), sintomas semelhantes aos do resfriado, e letargia geral são comumente informados. Tais sintomas são especialmente pronunciados em pessoas com problemas respiratórios e em crianças. Adicionalmente, o vog também reduz a visibilidade, criando perigos para o trânsito, para o tráfego aéreo e para a navegação.[1]

Eventos recentes

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Vários estudos estão sendo realizados para medir a qualidade do ar próxima aos vulcões com maior detalhamento.[5] As emissões de dióxido de enxofre aumentaram em 12 de março de 2008, quando uma nova fenda se abriu. O nível ainda maior de vog provocou a evacuação de pessoas e danificou plantações. Em meados de 2008 e de 2012, o Condado do Hawaiʻi recebeu uma caracterização de desastre em função dos prejuízos à agricultura.[6] Um estudo de longa duração, feito através de análise e simulação em computador, conhecido como VMAP, projetado para prever a localização e as concentrações de vog originadas no Kīlauea foi conduzido pela Universidade do Havaí.[7]

Referências

  1. a b «Frequently Asked Questions about Air Quality in Hawaiʻi». on USGS web site. U.S. Geological Service. Consultado em 29 de dezembro de 2009 
  2. "Sulfur Dioxide" on US Environmental Protection Agency web site
  3. a b "Vog: A Volcanic Hazard" on USGS web site
  4. «Vog Taints Maui Skies». Consultado em 14 de junho de 2017. Arquivado do original em 21 de março de 2011 
  5. Hawaii Air Quality Conditions & Forecasts Arquivado em 5 de julho de 2015, no Wayback Machine. on "Airnow" US Government web site
  6. "Vog: Important Information and Facts" on State of Hawaii Office of the Governor web site
  7. Businger, S., Huff, R., Pattantyus, A., Horton, K., Sutton, A. J., Elias, T. and Cherubini, T. (2015). «Observing and Forecasting Vog Dispersion from Kīlauea Volcano, Hawaii». Bulletin of the American Meteorological Society. 96: 1667–1686. doi:10.1175/BAMS-D-14-00150.1 

Ligações externas

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