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West Coast Main Line

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West Coast Main Line
Informações
Local Entre Londres, na Inglaterra, e Glasgow, na Escócia, com ramais adicionais para Northampton, Birmingham, Manchester, Liverpool e Edimburgo
Tipo de transporte Serviços ferroviários multimodais (intermunicipal, regional, suburbano e carga)
Número de estações 46
Funcionamento
Operadora(s) Avanti West Coast
Caledonian Sleeper
CrossCountry
Northern Trains
ScotRail
Southern
TransPennine Express
Transport for Wales Rail
West Midlands Trains
Dados técnicos
Extensão do sistema 399 milhas (642 km) na linha principal
700 milhas (1 127 km), somando-se os ramais
Bitola 4 ft 8+1⁄2 in (1,435 mm)
Velocidade máxima 110 mph (177 km/h) (p/ trens sem tecnologia de inclinação)
125 mph (201 km/h) (com tecnologia de inclinação)
Mapa da Rede

A West Coast Main Line (WCML) é um dos corredores ferroviários mais importantes do Reino Unido, percorrendo cerca de 399 milhas (642 km) entre as cidades de Londres, na Inglaterra, e Glasgow, na Escócia, com ramais adicionais para Northampton, Birmingham, Manchester, Liverpool e Edimburgo. Com estes, totaliza uma rota de aproximadamente 700 milhas (1 127 km).[1][2] É uma das linhas ferroviárias de tráfego misto mais movimentadas da Europa, com uma mistura de tráfego ferroviário intermunicipal, regional, suburbano e de carga. Foi aberta em etapas entre 1837 e 1881.

A Linha Glasgow–Edimburgo via Carstairs conecta a WCML a Edimburgo. Entretanto, a rota principal entre Londres e capital escocesa é a East Coast Main Line. Várias seções da WCML fazem parte dos sistemas ferroviários suburbanos em Londres, Coventry, Birmingham, Manchester, Liverpool e Glasgow, com muitas outras estações suburbanas menores, além de fornecer ligações para várias cidades rurais.

Por ela passam 40% de todo o tráfego ferroviário de mercadorias do Reino Unido, sendo o principal corredor ferroviário de cargas a ligar a ilha ao continente europeu (pelo Túnel da Mancha) através de Londres e sudeste da Inglaterra até West Midlands, noroeste da Inglaterra e Escócia.[3] Devido a isso, foi declarada uma rota estratégica europeia e designada uma rota prioritária da Rede transeuropeia de transportes (RTE-T).[4]

A WCML não foi originalmente concebida como uma rota única, mas sim construída como uma colcha de retalhos de linhas locais interligadas, construídas por várias empresas, as maiores das quais se fundiram em 1846 para criar a London and North Western Railway (LNWR), que então, gradualmente, absorveu a maioria das outras; as exceções foram a Caledonian Railway, na Escócia, e a North Staffordshire Railway (NSR), que permaneceram independentes até 1923. A rota principal foi construída principalmente entre as décadas de 1830 e 1850, mas várias rotas de corte e ramais foram construídos nas décadas posteriores. Em 1923, toda a rota passou a ser propriedade da London, Midland and Scottish Railway (LMS), quando as empresas ferroviárias foram agrupadas sob o Railways Act 1921. A própria LMS foi nacionalizada em 1947, passando a integrar a British Railways (BR).

Como a WCML é o tronco ferroviário de longa distância mais importante do país, a BR realizou um extenso programa de modernização entre o final da década de 1950 e o início da de 70, que incluiu a eletrificação aérea total da rota e a introdução de modernos serviços intermunicipais de passageiros com velocidades de até 110 mph (177 km/h). Outros esquemas de modernização foram propostos mas abortados, incluindo a introdução do Advanced Passenger Train (APT) na década de 1980, um malfadado trem de alta velocidade que usava tecnologia de inclinação, necessária para permitir velocidades mais rápidas na rotas curvas, e o InterCity 250, um projeto de trem elétrico com uma locomotiva Classe 93, abortado em julho de 1992. A modernização adicional da rota ocorreu, finalmente, durante a década de 2000, no período de privatização, que viu as velocidades aumentarem ainda mais para 125 mph (201 km/h) e a introdução de trens basculantes Classe 390 Pendolino.

Como grande parte da linha tem esta como sendo sua velocidade máxima, ela atende à definição para a União Européia de uma linha de alta velocidade atualizada[5] embora, no Reino Unido, apenas trens Classe 390 Pendolino e Classe 221 Super Voyagers, com mecanismos de inclinação, operados pela Avanti West Coast viagem com essa rapidez. Os trens sem inclinação são limitados a 110 mph (177 km/h).[6]

Trecho da WCML no desfiladeiro do rio Lune e ao lado da autoestrada M6, na Cumbria

A espinha dorsal entre as estações London Euston e Glasgow Central tem 399 milhas (642 km) de comprimento,[7], com as principais estações categoria InterCity em Watford Junction, Milton Keynes Central, Rugby, Stafford, Crewe, Warrington Bank Quay, Wigan North Western, Preston, Lancaster, Oxenholme Lake District, Penrith e Carlisle.

Esta espinha[8] tem desvios que atendem as principais vilas e cidades das regiões de Northampton, Coventry, Birmingham e Wolverhampton. Ramais servem Stoke-on-Trent, Macclesfield, Stockport, Manchester, Runcorn e Liverpool. Há também um ramo para Edimburgo, em Carstairs, na Escócia, que não é a rota mais direta entre Londres e a capital escocesa.[9] Fornece uma conexão direta entre a WCML e a East Coast Main Line (ECML), a outra linha principal ligando Londres à Escócia.

Originalmente, as linhas entre Rugby, Birmingham e Stafford faziam parte dessa rota principal, até a Trent Valley Line ser construída em 1847. Esta linha formou uma conexão direta entre Rugby e Stafford, tornando-se uma parte da rota principal. Ao sul da cidade de Rugby, há um desvio que serve Northampton. Há um ramal na Junção Weaver, ao norte de Crewe, até Liverpool. Este entroncamento é o viaduto ferroviário mais antigo da Grã-Bretanha. Outro ramal ramal se ramifica de Crewe para servir Manchester. Há também um ramal entre a Junção Colwich, no Vale do Trent, ao sul de Stafford, até Stoke-on-Trent, com outro ramal ao norte de Stafford, também para Stoke-on-Trent.

Trem Classe 390 Pendolino da Virgin Trains

A geografia do percurso foi determinada evitando grandes propriedades e áreas montanhosas, como os Chilterns (Tring Cutting); as terras altas de Watford Gap e Northampton, seguidas pelo Vale do Trent; as montanhas da Cúmbria; e Beattock Summit (o ponto mais alto da WCML, em South Lanarkshire. Este legado significa que a WCML tem limitações como linha principal de longa distância, com velocidades máximas mais baixas do que a rota da (ECML). A principal solução foi a adoção de trens basculantes, inicialmente com o APT da British Rail e, posteriormente, com os trens Classe 390 Pendolino, construídos pela Alstom e introduzidos pela Virgin Trains em 2003. Uma tentativa "convencional" de aumentar a velocidade das linhas como parte da atualização por meio projeto ferroviário elétrico InterCity 250, na década de 1990, teria relaxado os níveis máximos de inclinação nas curvas e visto alguns realinhamentos da pista; este esquema fracassou devido à falta de financiamento devido clima economico da época.

  1. Butcher, Louise (16 de Março de 2010). «Railways: West Coast Main Line». House of Commons Library 
  2. «Supplement to the October 2013 Strategic Case for HS2 Technical Annex: Demand and Capacity Pressures on the West Coast Main Line» (PDF). gov.uk. Departamento de Transportes do Reino Unido. Novembro de 2015 
  3. West Coast Main Line Arquivado em 2016-01-17 no Wayback Machine, Network Rail, October 2007.
  4. «Special Focus - West Coast Main Line Backbone of Britain». Modern Railways. 79. Key Publishing. Março de 2022. pp. 51–66 
  5. «General definitions of highspeed». International Union of Railways 
  6. «West Coast Main Line - Question for Department for Transport». UK Parliament 
  7. «West Coast Main Line Pendolino Tilting Trains, United Kingdom». railway-technology.com 
  8. British Railways Board (1974).Electric All The Way. Information booklet.
  9. «History of the West Coast Main Line». Virgin Trains. 2 de Julho de 2004. Cópia arquivada em 15 de Outubro de 2007 

Leituras adicionais

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  • Allen, David (29 de Janeiro – 11 de Fevereiro de 1997). «West Coast Signalling». RAIL (297). EMAP Apex Publications. pp. 34–38. ISSN 0953-4563. OCLC 49953699 
  • Ballantyne, Hugh (1989). The Colour of British Rail: West Coast Main Line. 2. [S.l.]: Atlantic Transport Publishers. ISBN 9780906899328. OCLC 21600017 
  • Joy, David (1967). Main Line Over Shap. [S.l.]: Dalesman Publishing Co. Ltd. ISBN 9780852060636. OCLC 12273695 
  • Longhurst, Roly (1979). Electric Locomotives of the West Coast Main Line. [S.l.]: Bradford Barton. ISBN 9780851533551. OCLC 16491712 
  • Nock, O. S. (1965). Britain's new railway: Electrification of the London-Midland main lines from Euston to Birmingham, Stoke-on-Trent, Crewe, Liverpool and Manchester. London: Ian Allan. OCLC 59003738 
  • Nock, O. S. (1974). Electric Euston to Glasgow. [S.l.]: Ian Allan. ISBN 978-0711005303 
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