Wikipédia:Artigos bons/arquivo/Golpe de Estado no Brasil em 1937
O golpe de Estado no Brasil em 1937, também conhecido como golpe do Estado Novo, foi um golpe militar liderado pelo presidente Getúlio Vargas com o apoio das Forças Armadas em 10 de novembro daquele ano.
Vargas havia chegado ao poder em 1930 com o apoio dos militares, após uma revolução que encerrou a política do café com leite, caracterizada pela alternância de uma mesma oligarquia no poder. Vargas governou como presidente em exercício até as eleições da Assembleia Nacional Constituinte, em 1934. Sob uma nova constituição, tornou-se o presidente constitucional do Brasil, mas após uma insurreição comunista em 1935, as especulações aumentaram sobre um possível autogolpe. Os candidatos para a eleição presidencial de 1938 anunciaram suas candidaturas já no final de 1936. Vargas não pôde concorrer a um novo mandato, mas ele e seus aliados não estavam dispostos a abandonar o poder. Apesar do afrouxamento da repressão política após a revolta comunista, o forte sentimento por um governo ditatorial permaneceu, e a crescente intervenção federal nos governos estaduais abriria o caminho para um golpe.
Com o início oficial dos preparativos para o golpe em 18 de setembro de 1937, oficiais superiores militares utilizaram o Plano Cohen, um documento fraudulento, para provocar o Congresso Nacional a declarar o estado de guerra. Depois que a Brigada Militar gaúcha foi incorporada às forças federais por uma comissão relacionada ao estado de guerra em seu estado, o governador Flores da Cunha, que se opunha a Vargas, exilou-se em meados de outubro de 1937. Os governadores da Bahia e Pernambuco também foram atacados por comissões em seus estados. Francisco Campos redigiu uma nova e ambiciosa constituição para que Vargas se tornasse um ditador. Em novembro, o presidente detinha a maior parte do poder no país, e havia pouco a ser feito para deter o plano. Na manhã de 10 de novembro de 1937, os militares cercaram o Congresso Nacional. (ler mais...)