Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Bombaim sob domínio português
O domínio português sobre a região atualmente ocupada por Bombaim, a capital financeira da Índia e uma das cidades mais populosas do mundo, teve início em 1535 e terminou formalmente em 1665, embora algumas partes só tenham deixado de ser administradas por portugueses em 1737. Quando os portugueses chegaram à região, situada na costa do mar da Arábia, o local onde hoje se encontra a cidade era constituído por um arquipélago de sete ilhas. Entre os séculos III a.C. e XIV d.C., essas ilhas estiveram sob o controlo de sucessivas dinastias hindus; foram anexadas em 1348 pelo soberano muçulmano de Guzarate, que já controlava há algumas décadas Baçaim e o que é hoje Tana. Mais tarde, entre 1391 e 1534, as ilhas fizeram parte do Sultanato de Guzarate.
Devido à crescente ameaça colocada pelo poderio do imperador mogol Humaium (r. 1530–1556), o sultão Badur Xá de Guzarate (r. 1526–1537) viu-se obrigado a assinar o Tratado de Baçaim com os portugueses em 23 de dezembro de 1534. Nos termos deste tratado, as sete ilhas de Bombaim, a cidade vizinha estratégica de Baçaim (Vasai) e as suas dependências eram oferecidas a Portugal, o que aconteceu em 25 de outubro de 1535. O arquipélago teve vários nomes em português, até que finalmente se estabilizou a forma Bombaim. Durante o período português, as ilhas foram arrendadas a vários oficiais portugueses.
Os portugueses promoveram ativamente o estabelecimento e crescimento de várias ordens religiosas católicas em Bombaim. Os franciscanos e jesuítas construíram várias igrejas, entre as quais se destacam a de São Miguel em Maim, Igreja de São João Batista em Anderi, de Santo André em Bandorá e de Nossa Senhora da Glória em Bicula. (leia mais...)