William Greer
William Greer | |
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Nascimento | 22 de setembro de 1909 Condado de Tyrone |
Morte | 23 de fevereiro de 1985 (75 anos) Condado de Haywood |
Cidadania | Irlanda, Estados Unidos |
Ocupação | U.S. Secret Service agent |
Empregador(a) | Serviço Secreto dos Estados Unidos |
William Robert Greer (22 de Setembro de 1909 - 23 de Fevereiro de 1985) foi um agente do Serviço Secreto dos EUA, mais conhecido por ser o motorista da limusine presidencial do presidente John F. Kennedy na carreata de Dealey Plaza em Dallas, no Texas, em 22 de novembro de 1963, quando o presidente foi assassinado.
História
[editar | editar código-fonte]Greer nasceu em uma fazenda em Stewartstown, County Tyrone, na Irlanda, e emigrou para os Estados Unidos em 1929.[1] Após trabalhar por mais de uma década como chofer e servente de várias famílias ricas nas áreas de Boston e Nova York, incluindo a família Lodge e vários anos com Franklin Q. Brown em Dobbs Ferry, NY (o censo de 1940 o aponta como servente de Franklin Brown em Dobbs Ferry e no testemunho de Greer na Comissão Warren, ele disse que trabalhou para uma "família privada" em Dobbs Ferry por "13 anos" antes de se alistar na Marinha em 1942), Greer alistou-se na Marinha dos EUA na Segunda Guerra Mundial, foi designado para o iate presidencial em Maio de 1944, foi dispensado em 18 de Setembro de 1945 e então se juntou ao Serviço Secreto dos Estados Unidos em 1 de Outubro de 1945.
Greer assumiu um papel próximo a Kennedy e pode ser visto em várias fotos com a família Kennedy. Ele foi motorista do presidente em muitas ocasiões, incluindo o dia do assassinato. Como todos os agentes envolvidos, ele tem sido alvo de muita especulação e crítica por suas ações naquele dia. Greer, junto com os agentes do Serviço Secreto Roy Kellerman, Clint Hill e Rufus Youngblood, prestaram depoimentos à Comissão Warren em Washington, DC em 9 de Março de 1964.[2]
Teorias da conspiração infundadas afirmam que na filmagem de Abraham Zapruder, Greer aparece dando o tiro fatal em Kennedy. Mas uma análise atenta indica que aquilo que aparece brilhando na imagem não é um revólver, e sim o cabelo do agente Roy Kellerman, que estava ao lado de Greer.
Greer aposentou-se por invalidez do Serviço Secreto em 1966 devido a uma úlcera estomacal que piorou após o assassinato de Kennedy.[3][4] Em 1973 ele se mudou para Waynesville, Carolina do Norte,[5] onde morreu de câncer.
Análise e Crítica
[editar | editar código-fonte]Os procedimentos do Serviço Secreto em vigor na época não permitiram que Greer agisse sem as ordens do agente sênior Roy Kellerman, que estava à direita de Greer. Kellerman afirmou que gritou para Greer: "Vamos sair da linha, fomos atingidos", mas Greer aparentemente se virou pra olhar para Kennedy, iniciando um atraso fatal, antes de acelerar o carro para fora da zona de perigo.[6] Como Roy Kellerman disse ao escritor William Manchester: "Greer então olhou pra parte de trás do carro. Talvez ele não tenha acreditado em mim".[7]
Nenhum agente foi repreendido ou punido por suas ações durante o tiroteio, mas, em particular, Jackie Kennedy criticava duramente o desempenho dos agentes, especialmente o de Greer, comparando seus esforços aos de "Maud Shaw" (a babá dos filhos de Kennedy).[8] Greer mais tarde entregou um sincero pedido de desculpas a ela.[9]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Did Stewartstown native kill JFK?». Tyrone Times. Dungannon, Northern Ireland. 17 de julho de 2008. Consultado em 17 de janeiro de 2013
- ↑ «Testimony Of William Robert Greer, Special Agent, Secret Service». Hearings Before the President's Commission on the Assassination of President John F. Kennedy, Volume II. Washington, D.C.: United States Government Printing Office. 1964. pp. 61, 112–132
- ↑ Lewis, Alfred E. (2 de julho de 1966). «Kennedy Death Car Driver Is Retiring With His Memories». The Washington Post. p. A5
- ↑ «Article 1–No Title». The Washington Post. 28 de fevereiro de 1985. p. C6
- ↑ Ohnesorge, Steve (2013). «Secret Service agent: I was in the front seat when Kennedy was assassinated». WBTV. Raycom Media. Consultado em 1 de janeiro de 2018
- ↑ Philip H. Melanson, with Peter F. Stevens, The Secret Service: The Hidden History of an Enigmatic Agency, (Carroll & Graf, 2002), p. 74.
- ↑ The Death of a President by William Manchester (Perennial Edition, 1988), page 160.
- ↑ Mary Gallagher, My Life With Jacqueline Kennedy, McKay, 1969, pp. 343, 351
- ↑ William Manchester, The Death of a President, Harper & Row, 1967, p. 290.