Zosis
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||||||
Zosis é um gênero de aranhas da família Uloboridae de distribuição pantropical.[1]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Os machos de Zosis, Ponella e Philoponella têm um ampla e largo sulco torácico transverso. Todos os olhos são quase iguais em tamanho e não possuem tapetum (membrana posicionada dentro do globo ocular (fundo do olho) de certos animais vertebrados capaz de refletir a luz que entra nos olhos).[2]
As fieiras anteriores parecem ter três segmentos: um grande segmento basal; um segmento médio muito curto, em forma de anel; e um segmento apical curto em forma de cúpula. As fieiras medianas têm um segmento único e as fieiras posteriores possuem dois segmentos cilíndricos, sendo o proximal o mais longo deles.[2]
Na Austrália, a espécie Zosis geniculata é frequentemente vista em construções próximas à habitações humanas.[3]
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Macho de Z. geniculata
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Fêmea de Z. geniculata
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Sacos de ovos de Z. geniculata
Hábitos
[editar | editar código-fonte]Alimentação
[editar | editar código-fonte]Quando a aranha sente uma presa em sua teia, ela geralmente sacode a teia várias vezes com força (como observado por Marples, 1962), de uma maneira que lembra os membros do gênero Hyptiotes (Comstock, 1913; Gertsch, 1949) e Miagrammopes (Lun et al., 1978). Esse comportamento às vezes se repete à medida que a aranha se aproxima da presa e pode servir para enredá-la ainda mais, avaliar qual o tamanho da presa ou garantir que ela esteja seguramente presa pela teia e não atacará a aranha.[2]
À medida que a aranha se aproxima da presa, uma de suas primeiras patas frequentemente sonda e entra em contato levemente com a presa, balançando-a em um pequeno círculo. Mantendo distância, a aranha se afasta da presa, pendura-se nas primeiras e segundas pernas e usa as quartas pernas para jogar seda na presa. Esta seda muitas vezes não envolve a presa, mas logo deixa seus membros presos para evitar que a presa fique se debatendo na teia. Depois de um curto período de tempo, a aranha se aproxima e começa a envolver completamente a presa, o que pode levar de cerca de um minuto para uma pequena mosca da fruta a 20 minutos para um inseto tão grande quanto à aranha.[2]
A presa é então transportada para o centro da teia, onde camadas adicionais de seda podem ser adicionadas antes que a aranha agarre a presa com suas garras palpais e comece a se alimentar. As aranhas Zosis, assim como outros membro da família Uloboridae, sem glândulas venenosas, matam e digerem as presas derramando enzimas digestivas sobre elas. Uloborídeos fazem não usam suas quelíceras para perfurar ou amassar a presa; e precisam de até três horas para se alimentar de um besouro de 5 a 6 mm de comprimento. A alimentação, embora lenta, é completa e quando termina, apenas o exoesqueleto da presa permanece.[2]
Ovos
[editar | editar código-fonte]Membros dos gêneros Uloborus, Zosis, Philoponella e miagrammopes constroem enquanto suspensos, sacos de ovos estrelados ou cilíndricos. Philoponella tingena e Zosis geniculatas primeiro constroem uma plataforma de seda horizontal em suas teias, depositam grupos de 40 a 80 ovos sob essa plataforma e, em seguida, tecem uma cobertura convexa e ajustada ao redor dessa massa de ovos, fixando suas margens às da parte superior da plataforma. Estes sacos de ovos estrelados que ficam suspensos na teia geralmente possuem cinco a oito pontos marginais que representam locais de fixação de linhas que suportam a plataforma.[2]
Espécies
[editar | editar código-fonte]São reconhecidas 5 espécies do gênero:[1]
- Zosis costalimae (Mello-Leitão, 1917) - Brasil
- Zosis geniculata (Olivier, 1789) - Estados Unidas a Brasil, Caribe. Introduzido na Macaronésia, África Ocidental, Seicheles, Índia, Indonésia, Filipinas, China, Coreia, Japão, Austrália, Havaí
- Zosis geniculata fusca (Caporiacco, 1948) - Guyana
- Zosis geniculata timorensis (Schenkel, 1944) - Timor
- Zosis peruana (Keyserling, 1881) - Colombia a Argentina
Referências
- ↑ a b «Gen. Zosis». NMBE - World Spider Catalog. Consultado em 3 de maio de 2024
- ↑ a b c d e f Opell, Brent D.; Opell, Brent D. (1979). «Revision of the genera and tropical American species of the spider family Uloboridae». Bulletin of the Museum of Comparative Zoology at Harvard College: 443––549. Consultado em 4 de maio de 2024
- ↑ Mascord, Ramon (1970), Australian Spiders in Colour, Artarmon NSW, Australia: Reed, p. 24