Anakalang

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Anakalang

Megalithic Royal Gravestone em Anakalang, Sumba Central

Localização em Sumba
Localização atual
País Indonésia
Localização Sumba

Anakalang é uma sociedade e um sítio megalítico[1] da ilha de Sumba, na Indonésia. Devido aos adornos quadrangulares e os numerosos túmulos, os melhores túneis megalíticos localizam-se na ilha.[2] Em geral, são grandes e bem decorados, contendo telhados de diferentes formas. Anakalang é o lar da rainha Purung Takadonga Ratu.[3][4]

Geografia[editar | editar código-fonte]

O sítio de Anakalung está situado em um vale, com túmulos megalíticos espalhados ao redor do distrito de Anakalang. Este vale situa-se ao leste da província indonésia de Waikabubak.[5] Anakalang distancia-se a 20 km de Waikabubak e fica perto da estrada principal para Waingapu.[6] O distrito de Anakalung contém as maiores concentrações de túmulos megalíticos da região de Sumba. Na estrada principal de Pasunga, está uma das maiores tumbas de toda a aldeia.[6]

História[editar | editar código-fonte]

Há um debate sobre a idade exata do sítio megalítico. A datação por radiocarbono não foi feita para afirmar a categorização. A sepultura de xisto de pedra com três adzes infere a possibilidade de ser de uma idade pós-neolítico, embora nenhum objeto de ferro tenha sido encontrado. Por outro lado, as construções quadrangulares não exibem características da idade Neolítica, aparentando serem, no entanto, pós-neolíticas.[2] A tradição de construir túmulos megalíticos cintrubuiu até os tempos atuais em West Sumba. Anakalang é um dos poucos locais da Indonésia em que podem se encontrar monumentos megalíticos, construídos a partir de métodos tradicionais.[7] Em 1880, Umbu Dongu Ubini Mesa tornou-se o primeiro príncipe-chefe de Anakalang. Em 1927, Umbu Sappy Pateduk conseguiu o mesmo título. Umbu Sulung Ibiliona foi o quarto raja, sucedendo Umbu Remu Samapati.[8]

Túmulos megalíticos[editar | editar código-fonte]

A sepultura em lápides megalíticas na aldeia de Kampung tem uma laje de pedra erguida em direção vertical. Esculpidas em 1926, as imagens relembram a cerimônia de enterro que envolveu o sacrifício de 150 búfalos, mantendo seus chifres no local. Outro túmulo está na mesma estada a cerca de 2,5 km de distância da aldeia de Koboduk. Este segundo túmulo é composto de concreto de azulejos, sendo definido como o maior túmulo de Sumba. O túmulo Umba Saola, que levou cerca de seis anos para ser construído, foi esculpido em uma única rocha. Este túmulo tem a altura de 5 por 4 metros, 1 metro de espessura e pesa 70 toneladas. Nos locais de enterro, também existem tumbas no lado leste do local. Em maioria, as tmbas são lajes verticais com esculturas do rei e rainhas locais com elementos de búfalos e galos ao redor. Perto da tumba, o filho do Raja vive com sua esposa e narra a história de Anakalang para os visitantes.[5]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Em termos linguísticos, Anakalang pertence à Sumba Leste, embora politicamente e geograficamente esteja situado dentro de Sumba Oeste.[9] As mulheres, em maioria, são tecelãs, desenvolvendo cestas e tapetes. Os homens, no entanto, envolvem-se na fabricação de cordas e de outros utensílios. Ornamentos são, de maneira geral, escondidos para ancestrais.[10]

Referências

  1. Keane, Webb (1997). Signs of Recognition: Powers and Hazards of Representation in an Indonesian Society. University of California Press. [S.l.: s.n.] p. 18. ISBN 978-0-520-91763-7. Consultado em 10 de fevereiro de 2013 
  2. a b Simanjuntak, Truman (2006). Archaeology: Indonesian Perspective : R.P. Soejono's Festschrift. Yayasan Obor Indonesia. [S.l.: s.n.] p. 288. ISBN 978-979-26-2499-1. Consultado em 14 de novembro de 2017 
  3. Indonesia. Direktorat Jenderal Pariwisata (1987). Destination Indonesia. Directorate General of Tourism. [S.l.: s.n.] Consultado em 14 de novembro de 2017 
  4. Müller, Kal (1997). East of Bali: From Lombok to Timor. Tuttle Publishing. [S.l.: s.n.] p. 177. ISBN 978-962-593-178-4. Consultado em 14 de novembro de 2017 
  5. a b Ver Berkmoes, Ryan (1 de janeiro de 2010). Indonesia. [S.l.]: Lonely Planet. p. 587. ISBN 978-1-74104-830-8. Consultado em 14 de novembro de 2017 
  6. a b Trade & Trade & Travel Publications (1993). Indonesia, Malaysia & Singapore Handbook. Prentice Hall. [S.l.: s.n.] Consultado em 14 de novembro de 2017 
  7. Keane, Webb (4 de dezembro de 2006). Christian Moderns: Freedom and Fetish in the Mission Encounter. University of California Press. [S.l.: s.n.] p. 156. ISBN 978-0-520-93921-9. Consultado em 14 de novembro de 2017 
  8. Barker, Joshua (1 de julho de 2009). State of Authority: The State in Society in Indonesia. SEAP Publications. [S.l.: s.n.] p. 141. ISBN 978-0-87727-780-4. Consultado em 14 de novembro de 2017 
  9. Webb (1997), p. xvi
  10. Webb (1997), pp. 247-249