Aukštieji Paneriai

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Túnel ferroviário em Paneriai - o primeiro na Lituânia. Foto de 1879.
Cova utilizada para queimar cadáveres, que foram exumados para destruir evidências de execuções em massa.

Aukštieji Paneriai (em polonês/polaco: Ponary, em iídiche: פאנאר /Ponar) é um bairro de Vilnius, situado a cerca de 10 quilômetros do centro da cidade, na Lituânia. Esta localizado numa região de colinas baixas e florestas, na estrada que liga Vilnius a Varsóvia, na Polônia. Paneriai foi o local do massacre de Paneriai, um assassinato em massa de até 100.000 pessoas de Vilnius e cidades e vilas próximas, durante a Segunda Guerra Mundial.

História[editar | editar código-fonte]

A vila foi fundada no século XIV. Em 1390, foi adquirida pelo Bispado de Vilnius, e se tornou a principal fornecedora de tijolos para a cidade vizinha. Aukštieji Paneriai compartilhou uma história comum com Vilnius. Após a partição final da Polônia, em 1795, se tornou parte da província de Vilna, pertencente ao Império Russo. Durante a Revolta de novembro, em 19 de junho de 1831, ocorreu a Batalha de Paneriai, na qual os exércitos de Dezydery Chłapowski e Antoni Giełgud foram derrotadas pela infantaria russa.

Século XX[editar | editar código-fonte]

Como resultado da retirada da Rússia da Primeira Guerra Mundial, e da assinatura do Tratado de Brest-Litovsk, a região foi ocupada pelas forças alemãs e transferida para a Lituânia. Com a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, o território passou por seguidos conflitos, mas após a Guerra Lituano-Bolchevique, a Guerra Polonês-Bolchevique e a Guerra Polonês-Lituana, acabou se tornando parte da Polônia. Em 1939, após a invasão da Polônia pela Alemanha nazista, a vila foi capturada pela União Soviética e transferida novamente para a Lituânia, sendo reanexada pelos soviéticos no ano seguinte.

Entre julho de 1941 e agosto de 1944, Paneriai se tornou o local do assassinato em massa de aproximadamente 70.000[1] judeus, 20.000 intelectuais poloneses e 8.000 prisioneiros de guerra russos.[2] As execuções foram planejadas e executadas por unidades alemãs da Sicherheitsdienst (SD) e Schutzstaffel (SS), com o auxílio de colaboradores locais Special SD e Security Police Squad.[2][3] O local do massacre é lembrado por um memorial às vítimas do Holocausto, um memorial às vítimas polonesas e um pequeno museu.

Desde 1990, quando voltou a ser parte da Lituânia independente, foi incorporada à cidade de Vilnius como um de seus distritos.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Brook, Daniel (26 de julho de 2015). «Double Genocide» – via Slate 
  2. a b (em polonês/polaco) Śledztwo w sprawie masowych zabójstw Polaków w latach 1941 - 1944 w Ponarach koło Wilna dokonanych przez funkcjonariuszy policji niemieckiej i kolaboracyjnej policji litewskiej Arquivado em 2007-10-10 no Wayback Machine (Investigation of mass murders of Poles in the years 1941-1944 in Ponary near Wilno by functionaries of German police and local collaborating police). Institute of National Remembrance documents from 2003 on the ongoing investigation]. Last accessed on 10 February 2007.
  3. Arūnas Bubnys (2004). Vokiečių ir lietuvių saugumo policija (1941–1944) (German and Lithuanian security police: 1941-1944) (em lituano). Vilnius: Lietuvos gyventojų genocido ir rezistencijos tyrimo centras. Consultado em 9 de junho de 2006