Banco do Estado do Ceará

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BEC
Razão social Banco do Estado do Ceará S/A
Empresa de capital aberto
Atividade Serviços financeiros
Fundação 23 de junho de 1964
Encerramento 2006
Sede Fortaleza, Ceará, Brasil
Área(s) servida(s) Estado do Ceará
Proprietário(s) Governo do Estado do Ceará (1964-1999)
Governo Federal (1999-2006)
Empregados 856 (2005)
Subsidiárias BEC Distribuidora
BEC Corretora de Seguros
BEC Financeira
BEC Crédito Imobiliário
BEC Turismo
Sucessora(s) Bradesco
Website oficial www.bec.com.br[ligação inativa]

O Banco do Estado do Ceará S/A (BEC) foi fundado em 1964 pelo então presidente da república do Brasil Castelo Branco em sintonia com o Governador do Ceará Virgílio Távora. Em 2005 foi privatizado, passando a pertencer ao grupo Bradesco.[1]

O BEC era uma instituição financeira sólida e lucrativa e, inegavelmente, um dos maiores orgulhos do povo do Ceará, chegando a ser classificado, em 1994, entre as 50 maiores instituições financeiras do Brasil, incluído no restrito clube dos Bancos da América Latina de menor risco, considerado pelas autoridades monetárias e por especialistas do mercado como modelo de Banco Estadual sério e profissionalizado.[2]

O banco tinha o intuito de levar desenvolvimento para o estado do Ceará. O BEC possuía 70 agências bancárias espalhadas por todo o estado do Ceará, além de estar presente também em vários estados, como Rio de Janeiro e São Paulo.

Federalização do BEC[editar | editar código-fonte]

Em Julho de 1998, o Governo do Estado assina com a União carta de federalização do BEC. Em Novembro do mesmo ano a Assembleia Legislativa aprova a federalização.

Em maio de 1999, é oficializada a federalização onde o referido banco passa a ser gerido sob égide do Banco Central. Em Assembleia Geral Extraordinária, foi eleito o novo Presidente do Banco, o Presidente do Conselho de Administração e o Presidente do Conselho Fiscal.[2]

O Processo de Desestatização[editar | editar código-fonte]

O BEC foi incluído no Programa Nacional de Desestatização – PND – pelo Decreto nº 3.286/00, de 14.11.1999, em conformidade com o objetivo de desestatização da atividade econômica, conforme a regulamentação aplicável. Para a consecução desse objetivo, foi confeccionado o Edital PND 2005/001, que explicitou o procedimento adotado para a venda do BEC.

O Leilão de Privatização do BEC foi realizado na BOVESPA, em 21.12.2005, ocasião em que o Bradesco apresentou sua oferta de compra superior em 28,98% do preço mínimo fixado.[3]

Além do Bradesco, Itaú, Unibanco e GE Capital estavam oficialmente na disputa pela compra do banco.

Na primeira fase do leilão, onde as ofertas foram feitas por envelopes, apenas duas instituições fizeram ofertas: o GE Capital ofereceu R$ 542,8 milhões, enquanto o Bradesco ofertou R$ 561 milhões. Diante da diferença inferior a 20% entre as duas propostas o leilão prosseguiu na disputa viva-voz. O Bradesco arrematou o banco cearense após dez ofertas no viva-voz.

No leilão de privatização do BEC, foi ofertado um bloco de 82.459.053 ações ordinárias, equivalente a 89,17% do capital social do banco cearense.

Uma briga judicial adiou diversas vezes a privatização do banco. O centro da disputa é a administração das contas do governo cearense pela instituição privada compradora do BEC. Ações questionando a legalidade da transferência dessas contas para um banco privado tramitaram no Supremo Tribunal Federal (STF) e geraram liminares - depois cassadas - que suspenderam o leilão.

A decisão que permitiu a venda hoje partiu da ministra Ellen Gracie, que cassou a liminar impedindo a operação dada ontem pelo ministro Marco Aurélio Mello.[4]

Em Junho de 2006, as agências do BEC passaram a utilizar a marca Bradesco.

Notas e referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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